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Published By Universidade Do Estado De Santa Catarina

1984-7246, 1984-7246

2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 270-291
Author(s):  
Daniel Velasco Leão

Este artigo expõe e discute as diferentes formas pelas quais o cinema documentário latino-americano buscou traduzir os dilemas sociais do continente. A partir da análise de filmes realizados no continente nos últos 60 anos, abordamos algumas das principais escolas e modos de fazer documentário, como os modelos inglês e sociológico, o terceiro cinema, o documentário em primeira pessoa e o filme-ensaio. Buscamos apontar as origens das distintas abordagens (tanto cinematográficas quanto social) nos distintos contextos sociais, circunstâncias históricas e em novas possibilidades de deslocamento e registro propiciadas pelo advento de novas tecnologias.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 215-242
Author(s):  
Carolina Ferreira de Figueiredo ◽  
Marina Lis Wassmansdorf

Este artigo tem por objetivo propor pontos de contato entre as experiências de violência e produção de memória no contexto da Argentina e da Palestina, a partir da análise de duas obras distintas, um livro autobiográfico escrito pela palestina Ibtisam Barakat e um livro de memórias produzido por um coletivo de filhos/as de repressores argentinos. Partindo de campos diversos, as fontes apresentam um potencial analítico em comum: a escrita contemporânea de mulheres, com formas narrativas e preocupações temáticas relacionáveis. Propõe-se reflexões entre as obras analisadas, considerando dois objetivos principais: de que forma a “pós-memória” pode ser uma categoria pertinente para pensar esses processos históricos, a partir de uma revisão bibliográfica do conceito que o testa em cenários marginais, e conjecturar sobre o lugar da autoficção feminina na produção do passado recente. Entendendo a pós-memória como um dispositivo crítico e tendo em vista a complexidade temporal que os casos argentino e palestino suscitam, o uso da categoria pode ser uma possibilidade analítica para o emaranhamento de memórias refletidas nesses textos, ainda que particularidades dos efeitos da violência de Estado se coloquem para cada caso.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 408-441
Author(s):  
Juliano Strachulski ◽  
Nicolas Floriani

O presente artigo tem por objetivo compreender o etnoconhecimento das plantas indicadoras em relação com a paisagem das ‘terras de plantar’ do Faxinal Taquari dos Ribeiros, Rio Azul - PR. Metodologicamente, o trabalho teve início com a aplicação de um teste piloto. Em seguida, utilizou-se de entrevistas de caráter aberto, semi-estruturado e não estruturado. Posteriormente, realizou-se uma turnê guiada (etnocaminhada) para a coleta das espécies indicadoras e sua identificação em laboratório. Deste modo, foi possível elencar 42 etnoespécies, sendo 32 relacionadas somente à qualidade das terras e 10 correlacionadas diretamente aos tipos de terras (Branca, Preta e Roxa). A classificação da vegetação espontânea e sua relação com as terras revela que a lógica avaliativa da potencialidade produtiva da paisagem se dá de maneira sintética. Na paisagem se verifica, portanto, uma relação inextricável entre os grupos humanos e a natureza, em que se apresentam as feições, conteúdos e saberes desta interação.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 197-214
Author(s):  
Vera Rozane A. F. Araújo

O artigo tem como objetivo, a partir de uma reflexão teórica que aproxima feminismo e marxismo, o estudo de alguns trabalhos da série “Ouve-me”, da artista portuguesa Helena Almeida (1934-2018). Para tanto, as categorias analíticas de género (LAURETIS, 1987), ideologia (HADJINICOLAOU, 1980) e experiência (SPIVAK, 2010) são mobilizadas na análise dos caminhos percorrido pela artista, durante as décadas de 60 e 70. Através de sua prática artística, em que o corpo é elemento chave, observa, pensa, regista e critica o meio social e cultural ao qual esteve inserida.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 005-014
Author(s):  
Paula Guerra ◽  
Fábio Leonardo Castelo Branco Brito ◽  
Daniel Lopes Saraiva

2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 015-042
Author(s):  
Paula Guerra

Este artigo expõe a trajetória de um músico português - Tó Trips – e da sua última banda – os Dead Combo – no intuito de fundir um percurso musical com uma paisagem sonora na linha da concetualização de Schafer (2012). Socorrendo-nos, em termos metodológicos, de uma história de vida e de materiais documentais, iremos estabelecer uma sincronia entre cidade, sons, criação musical e intervenção artística. Os Dead Combo e Tó Trips são, no quadro deste artigo, os (re)criadores ativos de Lisboa, permitindo, simultaneamente, estabelecer algumas asserções sobre o valor do som e da música como carburantes de identidades coletivas e individuais; e a potenciação da construção de imaginários simbólicos e afetivos face a um espaço urbano na senda de Frith (1996). Num processo que alguns designam como spatial turn (STAHL, 2004) nas últimas décadas, iremos evidenciar que a globalização parece ter renovado a ênfase no local, encorajando reconstruções identitárias através do surgimento de novas expressões artísticas de vínculo à cidade e, portanto, de uma re-imaginação da cidade, partindo de uma produção artística territorialmente ancorada, vivida e sentida. E tal ênfase parece revestir-se de uma urgência crítica nestes tempos distópicos.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 292-318
Author(s):  
Natalie Souza de Araujo Lima
Keyword(s):  

Este artigo investiga a performance Notícias da América, do artista Paulo Nazareth. Nela são identificadas discussões (e ações) que manejam uma pluralidade de passados (ancestrais, coloniais) e, ao mesmo tempo, abrem perspectivas relacionais, característica típica da arte contemporânea desde os anos 1960. Na performance, à medida que Nazareth se desloca por cidades latino-americanas, as imagens e os discursos produzidos forjam um espaço comum entre ele próprio, seus interlocutores e a paisagem. Simultaneamente, emerge uma temporalidade múltipla em que subjetividades periféricas se tornam visíveis. É também a partir dessa relação espaço-temporal que outras de suas produções artísticas (como a série Aqui é arte), podem ser desdobradas.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 043-064
Author(s):  
Gisele Cristina Voss ◽  
Franciele Clara Peloso
Keyword(s):  
De Re ◽  

Este ensaio teórico tem como objetivo versar sobre a arte e o/a artista com base nas contribuições de intelectuais latino-americanos e promover uma análise dessas contribuições junto a categoria da práxis de re-existência. Ao tecer reflexões de(s)coloniais dentro deste assunto, estes autores ampliam as possibilidades de compreensão sobre o sujeito artista e a arte a partir da América Latina. São eles: o antropólogo, pintor e investigador afro-colombiano Adolfo Albán Achinte; o historiador literário brasileiro Alfredo Bosi; e o filósofo argentino Enrique Dussel. Nas reflexões apresentadas sobre o fazer artístico reconhecemos suas possibilidades de resistência aos domínios do padrão de poder moderno-colonial, e os/as artistas como sujeitos que têm condições de contribuir nas transformações buscadas na de(s)colonialidade. Destacamos características como a inteligência criativa, a reflexão crítica, a relação com o tempo e a capacidade de expressão de si e de seu entorno, que se apresentam como ferramentas para a re-criação de lógicas outras de ser e estar no mundo.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 243-269
Author(s):  
Talita Baldin ◽  
Paulo Eduardo Viana Vidal ◽  
Simone Ravizzini
Keyword(s):  

Este trabalho é fruto da experiência de seus autores com a clínica psicanalítica e o teatro. Como objetivo visamos articular o conceito de teatralidade (Josette Féral) com o teatro da crueldade de Antonin Artaud para, em seguida, desenvolver uma análise acerca da teatralidade vivida na dimensão da vida no sujeito do cotidiano. A crítica de Artaud aos modos de se fazer teatro em sua época nos faz questionar sobre qual é a arte ou o fazer artístico que nos interessa e como ele se apresenta em nosso dia a dia, abordando casos conhecidos pelo grande público: Coringa, do filme Joker (2019), e dois casos reais, de Sandro, do ônibus 174 em 2002, e de William, que parou a ponte Rio-Niterói em 2019. Com suas histórias resgatamos a recepção pela escuta – que vai muito além de ouvir – como ferramenta imprescindível para alguém se fazer sujeito e concluímos que a teatralidade pode ser uma saída encontrada na vida tal como ela é, por cidadãos comuns, para subverter o discurso do Outro, o qual nos arremessa no desafio de sobreviver às violências inerentes à vida suburbana, racismo, pobreza, violência física e dos discursos. Acreditamos que, talvez, ao transformar submissão em opressão essas personagens da vida real encontrem por ao menos um instante uma possibilidade de alterar suas histórias.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 001-004
Author(s):  
Renata Rogowski Pozzo

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