Revista Brasileira de Análise do Comportamento
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Published By Universidade Federal Do Para

2526-6551, 1807-8338

Author(s):  
Anne Carolynne Bogo ◽  
Beatriz Miyuki Suzuki ◽  
Camila Muchon De Melo ◽  
Silvia Regina De Souza

O termo conhecer é comumente usado em situações cotidianas ou educacionais. Discutir esse termo é relevante, na medida em que sua concepção pode implicar nas práticas de ensino adotadas. A Análise do Comportamento tem contribuído para a educação por meio de discussões teóricas e tecnologias que favorecem o processo de ensino. Diante disso, o presente estudo visou a apresentar e a esclarecer as acepções do termo sob a ótica da Análise do Comportamento e abordar formas de ensiná-lo. Para tanto, foram selecionados dois textos de Skinner sobre o tema. Utilizou-se o Procedimento de Interpretação Conceitual de Texto como método de análise. Nas Etapas 1 e 2 foram levantadas as definições do termo conhecer presentes nos textos, as teses tradicionais, críticas e teses alternativas discutidas pelo autor. Como resultado, foram discutidas as teses tradicionais descritas como “teoria da cópia” e “teoria da informação” e as críticas atribuídas a elas. Como teoria alternativa, apresentou-se a acepção de que conhecer é comportamento, e como tal, pode ser ensinado. Conhecer pode ser entendido como saber fazer, comportar-se de modo efetivo, modificar o repertório comportamental e agir sob controle de algo. Seu ensino envolve colocar os alunos em contato com contingências relevantes para seu aprendizado, ensinar regras que tenham relação com as contingências de vida e planejar para que entrem em contato com as contingências descritas pelas regras. Entende-se que responder a pergunta “como ensinar” parece ser tão importante quanto a pergunta “o que ensinar” para garantir que o aluno conheça.Palavras-chave: Conhecimento, educação, aprendizagem.


Author(s):  
Paulo César Morales Mayer ◽  
Marcus Bentes De Carvalho Neto

O modelo de seleção por consequências foi um grande marco na análise do comportamento. Explicitou a relação entre os três níveis de seleção (filogenético, ontogenético e cultural) e consolidou uma aproximação com a Biologia. Contudo, o modelo proposto por Skinner abarca apenas mecanismos de seleção deixando de lado mecanismos responsáveis pela eliminação de características ou comportamentos não favoráveis à sobrevivência do organismo. Este artigo é um ensaio teórico que visa discutir a possibilidade de ampliação do modelo de seleção para um modelo também de “desseleção”, verificando se a analogia com a seleção natural continuaria compatível. Primeiro, discute-se a possibilidade de mecanismos de eliminação de comportamentos, no nível operante, distinto da extinção. Após, apresenta-se a noção e os mecanismos de extinção na biologia evolutiva. Por fim, avalia-se a compatibilidade entre os conceitos e mecanismos de punição e extinção da teoria operante com os de extinção da teoria evolutiva. Argumenta-se que, apesar de controversas, a explicação de punição na análise do comportamento e a necessidade de maior compreensão da neurofisiologia envolvida, seriam fatores potencialmente importantes na construção de uma analogia entre seleção e “desseleção”.Palavras-chave: seleção natural, punição, extinção, desseleção, análise do comportamento.


Author(s):  
Bruna Colombo Dos Santos ◽  
Marcus Bentes De Carvalho Neto

O behaviorismo não é uma filosofia unificada na ciência. São identificados pelo menos 15 behaviorismos diferentes, divididos em behaviorismos psicológicos e filosóficos. Dessa forma, fazer uma análise comparativa entre estes behaviorismos pode se apresentar como uma tarefa produtiva para estudiosos desta área. O objetivo desse ensaio foi analisar comparativamente os behaviorismos de Kantor e Skinner, de forma a revelar similaridades e diferenças entre ambos. Foram elencados como tópicos para análise: objeto de estudo, unidade de análise e seus componentes e modelo de causalidade. De maneira geral, observou-se que as propostas destes autores apresentam características em comum, como por exemplo, comportamento como fenômeno interacional e como objeto de estudo científico, rejeição do dualismo e de “agentes” internos como causas do comportamento. Por outro lado, alguns aspectos abordados pelo interbehaviorismo não são abordados por Skinner, ou o são de maneira bastante distinta. Argumenta-se que esse exercício pode trazer elementos que auxiliem ambas as áreas em sua própria revisão e, se necessário, reformulação.Palavras-chave: Behaviorismo Radical, Interbehaviorismo, análise comparativa.


Author(s):  
João Cláudio Todorov ◽  
João Guilherme Siqueira Casalecchi ◽  
Thatielle Marinho Tomm ◽  
Alessandra Rocha De Albuquerque
Keyword(s):  

A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, objetiva coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Este estudo analisou contingências presentes na Lei com foco nos seus objetivos e no papel da família e sociedade na proteção da mulher. Os artigos da Lei foram classificados como comportamento, antecedente ou consequente e, posteriormente, analisados a fim de agrupar os diferentes termos componentes das contingências. A Lei representa avanços em relação aos seus objetivos de coibir comportamentos de violência doméstica contra a mulher e fornecer assistência e proteção às vítimas. Foram identificadas lacunas (contingências incompletas) relativas ao papel da família e sociedade na prevenção à violência as quais podem favorecer múltiplas interpretações e o descumprimento da Lei. Ainda que leis, por si só, não alterem diretamente comportamentos, a formulação de enunciados claros e completos, nos termos da contingência, é uma das variáveis a serem consideradas no sentido de favorecer a sua eficácia. Nesse sentido, o presente estudo se soma a análises anteriores, de outras leis, baseadas nos conceitos de contingências e metacontingências. A análise específica de uma lei de proteção à mulher contribui para discussões relativas à desigualdade de gênero, ainda escassas no âmbito da Análise do Comportamento.Palavras-chave: Contingência, Violência Contra a Mulher, Lei Maria da Penha.


Author(s):  
Luciana Chequer Saraiva Messa ◽  
Elizeu Borloti ◽  
Verônica Bender Haydu

Os indivíduos são mais propensos a emitir ironia quando tais emissões são reforçadas pela audiência e o ambiente se assemelha àquele em que o reforço ocorreu. O objetivo desse estudo foi analisar a produção da ironia por humoristas profissionais que publicam constantemente produtos de seus comportamentos verbais em sites e redes sociais na rede mundial de computadores. Cinco humoristas profissionais responderam um questionário com questões descritivas dos elementos funcionais de sua produção irônica (sobre sexo, política e religião), das consequências sobre ouvintes e dos sentimentos correlatos a elas. Os resultados destacam “humor” e “conscientização do leitor” (em relação aos temas ironizados) como consequências positivas ao comportamento de emitir ironias, e “ameaça”, “acusação” e “incompreensão”, como consequências aversivas. Sobre algumas audiências, o efeito que o falante produz emitindo ironias é a ridicularização; sobre outras, o humor, a incompreensão, a inadequação ou a revolta. O humorista profissional modifica seu próprio comportamento verbal irônico a partir desse controle múltiplo, composto, além dessas audiências, de estímulos verbais e não verbais, e operações motivacionais. Conclui-se que os humoristas profissionais, em geral, definem sua ironia pelo sentido tradicional de “contrário dos fatos”, aparente na discriminação da função de seu humor irônico “maquiar” ou “esconder” os fatos. A audiência reforçadora dessa ironia é marcada por ouvintes com comportamentos não verbais (e.g., comprar humor) e verbais (e.g., consciência) que, indiretamente, geram dinheiro como reforçador condicional ao humor irônico.Palavras-chave: Ironia, produção irônica, comportamento verbal, análise do comportamento.


Author(s):  
Elenice S. Hanna ◽  
Derek E. Blackman

The present study examined the effects of a changeover delay (COD) on the choice between smaller, shorter delayed reinforcement and larger, longer delayed reinforcement in a complex concurrent-chains schedule. Four pigeons were exposed to three conditions in an ABA or BAB reversal design. A COD of 2 seconds was included in the initial links during condition B. The concurrent-chains schedule had identical variable-interval schedules in the initial links and different delays and magnitudes of reinforcement that were programmed according to a fixed-ratio 10 (FR10) schedule in the terminal links. Each experimental condition lasted for two long sessions and five short sessions. Changeover rates were lower, and preference for the larger, longer delayed reinforcer was more pronounced during conditions with the programmed 2-second COD. The analysis of initial pauses and running rates during the FR10 schedules of the terminal links revealed no systematic effects of the COD on behavior in the terminal links. The COD had similar effects on choice performance in this modified concurrent-chain procedure as on simple concurrent performance.Keywords: Choice behavior, concurrent-chains, COD, self-control paradigm, pigeons.


Author(s):  
Marileide A. Oliveira ◽  
Erik Arntzen

The concept of meaning has been a traditional object of scientific study over recent decades within the behavioral and cognitive psychology fields. The former defines meaningful events in terms of their existing or acquired behavioral functions. The latter focuses on explanatory models to describe the role of meaningful events in cognitive performance. We performed a literature review of research studies that were published between 2012 and 2017 that investigated the relationship between meaningful events and cognitive processes that are related to language acquisition and behavioral processes, specifically the formation of stimulus equivalence classes. The final sample included 33 articles that were identified by searching three different databases (Web of Science, PsycINFO, and Google Scholar) using specific keywords. The results showed that meaningful events play an important role in cognitive/behavioral processes. More studies were found within the cognitive approach, whereas a stronger effect of meaningful events was observed in studies that employed a behavioral approach.Keywords: Behavioral psychology, cognitive psychology, meaningful events, meaning. 


Author(s):  
Rafael Diego Modenesi ◽  
Priscila C. Grisante ◽  
Paula Debert

Quando o MTS é utilizado para produzir classes de equivalência, a depender da estrutura de treino, discriminações simples requeridas no treino serão diferentes daquelas requeridas nos testes. Alguns autores discutem que essas diferenças são responsáveis por diferentes desempenhos obtidos com diferentes estruturas. Um estudo com o procedimento Go/no-go com estímulos compostos, que apresenta as mesmas discriminações nos treinos e testes, forneceu subsídios a essa interpretação na medida em que revelou ausência de diferenças entre os desempenhos produzidos com estruturas diferentes. Entretanto, nesse estudo, cada grupo de participantes foi submetido a uma das estruturas constituindo um delineamento de grupo. O objetivo do presente estudo foi avaliar se diferentes estruturas de treino, utilizando o procedimento Go/no-go com estímulos compostos, produziriam diferenças na aquisição e emergência de classes de equivalência submetendo cada participante às três diferentes estruturas de treino em cada uma das sessões. Dessa forma, os desempenhos do mesmo participante, obtidos com cada direcionalidade, poderão ser comparados. Participaram quatro universitários. Foram treinadas, simultaneamente, 24 relações entre estímulos (oito relações para cada estrutura de treino – MTO, OTM e LS). Durante o treino, respostas aos compostos “relacionados” (A1B1, A2B2, B1C1, B2C2, D1E1, D2E2, F1E1, F2E2, G1H1, G2H2, G1I1 e G2I2) foram reforçadas e respostas aos compostos “não-relacionados” (A1B2, A2B1, B1C2, B2C1, D1E2, D2E1, F1E2, F2E1, G1H2, G2H1, G1I2 e G2I1) não foram. Testes em extinção avaliaram a emergência de classes de equivalência. Todos os participantes apresentaram desempenhos consistentes com a formação de classes para todas as relações treinadas. Tais resultados sugerem que as diferenças nas discriminações simples requeridas nos treinos e testes são variáveis críticas quando diferentes estruturas de treino são utilizadas no procedimento MTS.Palavras-chave: Equivalência, estruturas de treino, go/no-go, estímulos compostos.


Author(s):  
Romariz Da Silva Barros

Editorial


Author(s):  
Andréia Schmidt

O aumento da prevalência de idosos na população requer o desenvolvimento de conhecimentos básicos sobre o declínio “cognitivo” decorrente do processo natural de envelhecimento, ou de transtornos neurocognitivos. Estudos sobre controle de estímulos e, especificamente, sobre a formação de classes de equivalência, podem ajudar a elucidar essa questão. Os objetivos desta revisão foram: a) analisar estudos sobre o desempenho de idosos saudáveis em relação à aprendizagem de relações condicionais e formação e/ou manutenção de classes de equivalência; b) descrever o desempenho de idosos nessas tarefas em comparação a participantes jovens. Após busca nas bases Periódicos Capes e PsychInfo, e busca manual em cinco periódicos específicos de Análise do Comportamento, foram selecionados para análise nove artigos que tinham como participantes idosos saudáveis, que passaram por procedimentos de ensino de relações condicionais e testes de formação de classes de equivalência. A maioria dos estudos verificou que idosos aprendem as relações condicionais ensinadas e formam classes de equivalência. Falhas em atingir critérios nos procedimentos não podem ser seguramente atribuídas à idade. Estudos que investigaram o efeito de diferentes estruturas de treino de relações condicionais apresentaram resultados inconclusivos. Os três estudos que compararam o desempenho de idosos e jovens nessas tarefas verificaram pior desempenho dos idosos. Compreender as variáveis que contribuem ou prejudicam o desempenho de idosos na aprendizagem de relações condicionais e formação de classes de equivalência requer a ampliação das pesquisas, o controle cuidadoso de características dos idosos (e.g., escolaridade), a análise dos procedimentos adotados e o aumento do número de participantes estudados.Palavras-chave: Equivalência de estímulos, relações condicionais, estruturas de treino, controle de estímulos, idosos.


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