Revista Brasileira de Ortopedia
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

1262
(FIVE YEARS 509)

H-INDEX

13
(FIVE YEARS 2)

Published By Georg Thieme Verlag Kg

0102-3616, 0102-3616

Author(s):  
Leonardo R. Bastos ◽  
Mila M. Almeida ◽  
Elizabeth A. Marques ◽  
Robson Souza Leão

Resumo Objetivo Estimar a frequência da colonização por Staphylococcus aureus e as bactérias não suscetíveis à cefalosporina, em pacientes com fratura proximal do fêmur durante a internação pré-operatória. Métodos Avaliação da prevalência e incidência em 63 pacientes hospitalizados ao longo de um ano. O tempo médio de internação pré-tratamento foi de 12 dias. As amostras foram coletadas das narinas, pele da virilha e mucosa anal, durante a internação prévia ao tratamento e testadas pela técnica de disco-difusão. Resultados A incidência da colonização hospitalar e a prevalência de resultados positivos foram de 14,3% e 44,4% para Staphylococcus aureus; 3,2% e 6,4% para S. aureus resistente à meticilina; 28,6% e 85,7% para Staphylococcus coagulase-negativo resistente à meticilina; 28,6% e 61,9% para Enterobacteriaceae não suscetível à cefazolina (KFNSE); e 20,6% e 28,6% para Enterobacteriaceae não suscetível à cefuroxima (CXNSE). Além da duração do período de internação pré-tratamento, os pacientes não deambularam previamente à ocorrência da fratura e nem fizeram uso de antimicrobiano. Além disso, a duração do período de internação pré-tratamento cirúrgico, ser não-deambulador antes da fratura, uso de antimicrobianos, risco cirúrgico IV pela American Society of Anesthesiologists (ASA) e internação anterior, estiveram relacionados a um aumento na incidência de aquisição hospitalar e prevalência de colonização pelas cepas avaliadas. A prevalência de colonização pela KFNSE foi três vezes maior do que pela CXNSE na admissão e duas vezes maior no momento do tratamento da fratura. Conclusão Observou-se uma alta incidência da colonização hospitalar e prevalência da colonização por todas as cepas estudadas, o que pode orientar a indicação de medidas profiláticas contra a infecção.


Author(s):  
Diego Escudeiro de Oliveira ◽  
Melanie Mayumi Horita ◽  
Victor Eduardo Roman Salas ◽  
Fabricio Roberto Severino ◽  
Luiz Gabriel Betoni Guglielmetti ◽  
...  

ResumoO canto posterolateral tem grande importância na estabilidade do joelho. Sua lesão pode ser negligenciada, o que tem um impacto direto no prognóstico e resulta em instabilidade residual, dor crônica, deformidades e falha do reparo de outras estruturas. Existem diversas técnicas de reconstrução do canto posterolateral e o uso de enxertos autólogos dos isquiotibiais ou homólogos são as mais comuns. Uma opção pouco utilizada para reconstruções ligamentares no joelho é o enxerto do tendão fibular longo. Apesar de descrito como boa opção na reconstrução do ligamento cruzado anterior, não foi encontrado nenhum caso de uso do enxerto do tendão fibular longo na reconstrução do canto posterolateral. Neste artigo, descrevemos o caso de um paciente submetido a reconstrução não anatômica do canto posterolateral com uso do enxerto do tendão fibular longo.O paciente foi submetido a procedimentos cirúrgicos para reconstrução ligamentar e correção de deformidade ocasionada pela falha do enxerto, mas manteve instabilidade ligamentar. No planejamento pré-operatório, optou-se pela reconstrução do canto posterolateral com enxerto do tendão fibular longo ipsilateral.Estudos evidenciaram que o enxerto do tendão fibular longo não provoca aumento de morbidade em relação ao tornozelo abordado, bem como se apresenta com comprimento e diâmetro favoráveis à reconstrução ligamentar. Dessa forma, este artigo aponta para a importância do diagnóstico correto das lesões ligamentares na fase aguda, e para uma nova técnica na reconstrução do canto posterolateral, que deve fazer parte do arsenal de conhecimentos do cirurgião, pois aumenta as opções de técnicas.


Author(s):  
Theerawit Hongnaparak ◽  
Fatin Binlateh ◽  
Khanin Iamthanaporn ◽  
Pramot Tanutit ◽  
Varah Yuenyongviwat

Resumo Objetivo O ácido tranexâmico (TXA) é um antifibrinolítico amplamente utilizado para diminuir as taxas de perda de sangue e de transfusão de sangue na artroplastia total do quadril. No entanto, há evidências limitadas de uso tópico de TXA na hemiartroplastia do quadril para fraturas no pescoço femoral. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do TXA tópico na perda de sangue e transfusões de sangue em pacientes com fratura femoral que foram submetidos a hemiartroplastia bipolar cimentada. Métodos Vinte e seis pacientes com fraturas no pescoço femoral e programados para artroplastia cimentada bipolar foram randomizados em dois grupos. O primeiro grupo de 12 pacientes recebeu TXA tópico durante a operação; no segundo grupo, 14 pacientes receberam placebo. O hematócrito foi medido às 6 e 24 horas no pós-operatório. Também foram registradas transfusões de sangue e complicações pós-operatórias. Resultados A perda total de sangue não foi diferente entre o grupo TXA e o grupo controle (grupo TXA: 459,48 ± 456,32 ml; e grupo controle: 732,98 ± 474,02 ml; p = 0,14). No entanto, não houve pacientes dentro do grupo TXA que necessitaram de transfusão de sangue, enquanto 4 pacientes no grupo controle fizeram transfusões de sangue halogênicas (p = 0,044). Não houve complicações pós-operatórias, tais como complicação da ferida, tromboembolismo venoso ou complicações cardiovasculares dentro de qualquer grupo. Conclusão O TXA tópico não conseguiu diminuir a perda total de sangue, mas foi capaz de reduzir as taxas de transfusão, em pacientes submetidos a hemiartroplastia de quadril bipolar cimentada em fraturas no pescoço femoral. Outros estudos com doses de TXA tópico em um tamanho amostral maior seriam benéficos. Nível de Evidência II.


Author(s):  
Alex de Lima Santos ◽  
Camila Gonzaga da Silva ◽  
Leticia Siqueira de Sá Barreto ◽  
Marcel Jun Sugawara Tamaoki ◽  
Fernando Gonçalves de Almeida ◽  
...  

Resumo Objetivo Mensuração semiquantitativa e automatizada da remoção de material nuclear e da infiltração celular em scaffolds tendinosos descelularizados (STDs). Método Foram utilizados 16 coelhos Nova Zelândia puros, sendo o tendão do músculo gastrocnêmio coletado bilateralmente de metade destes animais (16 tendões coletados); 4 foram mantidos como controle e 12 foram submetidos ao protocolo de descelularização (STD). Dos STDs, 8 foram utilizados como implante in vivo no modelo experimental de lesão do manguito rotador (LMR) e os restantes, assim como os controles, foram utilizados na avaliação semiquantitativa e automatizada da remoção de material nuclear. Os oito coelhos adicionais foram utilizados na confecção do modelo experimental de LMR e posterior avaliação da infiltração celular após 2 ou 8 semanas, dentro do STD. Resultados A análise semiquantitativa e automatizada utilizada demonstrou uma remoção de 79% do material nuclear (p < 0,001 e poder > 99%) e uma diminuição de 88% (p < 0,001 e poder > 99%) na área ocupada por material nuclear após o protocolo de descelularização. Sobre a infiltração celular no STD, foi observado um aumento de 256% (p < 0,001 e poder > 99%) no número de células dentro do STD na comparação entre 2 e 8 semanas de pós-operatório. Conclusão O método de mensuração semiquantitativo e automatizado proposto foi capaz de mensurar objetivamente a remoção de material nuclear e a infiltração celular no STD.


Author(s):  
Adilson Sanches de Oliveira Junior ◽  
Beatriz D'Andrea Pigossi ◽  
Guilherme Honda Saito ◽  
Danilo Ryuko Cândido Nishikawa ◽  
Alberto Abussamra Moreira Mendes ◽  
...  
Keyword(s):  

Resumo Objetivo Avaliar os resultados obtidos do tratamento cirúrgico das fraturas maleolares do tornozelo associadas a lesão da sindesmose tibiofibular distal (STFD) submetidas a procedimento cirúrgico convencional de fixação da fratura e fixação da STFD pelo suture button (SB). Métodos Avaliou-se retrospectivamente 49 pacientes com uma média de idade de 45 anos e seguimento médio de 34,1 meses. A avaliação clínica e funcional foi baseada na escala visual analógica (EVA) e na escala American Foot and Ankle Society Score (AOFAS, na sigla em inglês) para tornozelo e retropé, retorno às atividades da rotina e retorno ao esporte. Resultados As médias pós-operatórias das escalas AOFAS e EVA foram, respectivamente, 97,06 (índice de confiança [IC 95%: 95,31 – 98,81] e 0,16 [IC 95% 0,04 – 0,29]. Todos os pacientes retornaram às atividades prévias do cotidiano, sendo que apenas 12 apresentaram algum sintoma residual. Não se verificou instabilidade pós-operatória em nenhum paciente. Ao todo, 46 pacientes retornaram às atividades desportivas e, destes, apenas 1 não retornou ao nível prévio à lesão. Apenas dois pacientes apresentaram alterações relacionadas ao SB. Não houve relato de insatisfação. Conclusão Em fraturas maleolares do tornozelo com lesão da STFD, a fixação da sindesmose com o SB demonstrou excelentes resultados pós-operatórios. Nível de Evidência IV, série de casos retrospectiva.


Author(s):  
Sanjay Bhalchandra Londhe ◽  
Ravi Vinod Shah ◽  
Paras Banka
Keyword(s):  

ResumoA artroplastia total do joelho (ATJ) é uma das cirurgias mais eficazes para alívio da dor e melhora da função no estágio final da artrose (quando ocorre contato entre os ossos). As várias complicações intraoperatórias da ATJ incluem fratura, lesão em tendão ou ligamentos, e complicações nervosas ou vasculares. Neste artigo, descrevemos uma complicação incomum: a migração do pino intramedular dentro do canal femoral durante a ATJ. Um paciente do sexo masculino de 72 anos foi submetido a ATJ com sistema de estabilização posterior e sacrifício do ligamento cruzado posterior. A porção distal do fêmur foi seccionada, e o equilíbrio foi verificado em extensão. Em seguida, um bloco anteroposterior (AP) cinco em um foi utilizado para seção anterior, posterior, de chanfro, e entalhe. Por apresentar uma saliência medial, o bloco foi deslocado em sentido lateral. Ao fazê-lo, os pinos também tiveram de ser deslocados, e um deles foi inadvertidamente inserido na abertura do canal medular do fêmur criado. Como instrumentos ortopédicos usuais, como pinça reta longa e saca-bocado pituitário não conseguiram remover o pino migrado, uma pinça laparoscópica extralonga foi usada sob controle fluoroscópico para localizar, agarrar e remover o pino migrado.


Author(s):  
Henrique Mansur ◽  
Roberto Luiz Bisol ◽  
Daniel Augusto Maranho

ResumoA luxação do cotovelo é relativamente incomum em crianças, sendo que a maioria dos casos ocorre com fraturas associadas. A luxação isolada do cotovelo é relativamente rara, podendo implicar em uma maior probabilidade de lesões graves dos tecidos moles. Uma possível complicação é o desenvolvimento da ossificação heterotópica, que geralmente é assintomática, mas pode alterar o movimento articular. Descrevemos o caso de uma menina de 11 anos que sofreu luxação do cotovelo sem fraturas associadas, mas com ruptura parcial distal do músculo braquial. Após a redução fechada, a paciente desenvolveu ossificação heterotópica no terço distal anterior do úmero, com perda da amplitude do movimento articular do cotovelo. O tratamento cirúrgico, com excisão da ossificação heterotópica, por meio de uma abordagem lateral direta, proporcionou um excelente resultado. A ossificação heterotópica é uma possível complicação após luxação do cotovelo em crianças, sendo que a excisão cirúrgica mediante uma abordagem lateral é sempre uma opção de tratamento quando há limitação funcional. Antes de ser tomada a decisão cirúrgica, a maturação do processo de ossificação deve ser observada.


Author(s):  
Edmar Stieven Filho ◽  
Carolline Popovicz Nunes ◽  
Fernando Martins Rosa ◽  
Paul André Alain Milcent ◽  
Mário Namba ◽  
...  

ResumoA primeira sutura meniscal foi realizada em 1885 e levou cerca de um século para tornar-se popular. Atualmente, os dispositivos de reparo meniscal all-inside são amplamente utilizados. Contudo, esta técnica apresenta a desvantagem de ser um método dependente de dispositivos específicos, apresentando um custo superior aos de outras técnicas. Este valor elevado limita o uso de tal técnica em muitos locais. O objetivo da presente nota técnica é descrever uma técnica de sutura meniscal microinvasiva, como uma modificação da técnica all-inside, utilizando uma agulha descartável de procedimento de 40 × 12 mm. Os autores acreditam que a modificação proposta para a técnica pode torná-la mais popular, possibilitando o uso da técnica microinvasiva em locais com recursos limitados.


Author(s):  
Thiago Sampaio Busato ◽  
Daniel Baldasso ◽  
Gladyston Roberto Matioski Filho ◽  
Lucas Dias Godoi ◽  
Marcelo Gavazzoni Morozowski ◽  
...  
Keyword(s):  

Resumo Objetivo Neste estudo, investigamos a concordância intra e inter-observador da nova classificação Arbeitsgemeinschaft für Osteosynthesefragen/Orthopaedic Trauma Association (AO/OTA) para fraturas da extremidade proximal do fêmur. Métodos Foram selecionadas 100 radiografias do quadril de pacientes que sofreram fraturas da região trocantérica ou do colo do fêmur. Quatro ortopedistas cirurgiões de quadril e quatro residentes de ortopedia e traumatologia avaliaram e classificaram as fraturas segundo o novo sistema AO/OTA em duas ocasiões distintas. O coeficiente de kappa (k) foi utilizado para avaliar a concordância intra e inter-observadores nos diferentes passos da classificação, a saber: tipo, grupo, subgrupo e qualificador. Resultados Especialistas em cirurgia do quadril obtiveram concordância intra-observador quase perfeita de tipo, substancial para grupo e, apenas moderada para subgrupo e qualificadores. Os residentes tiveram desempenho inferior, com concordância substancial para o tipo, moderada para o grupo, e razoável para o subgrupo e qualificador. Na avaliação inter-observadores dos especialistas, também se observou queda gradual da concordância entre tipo (quase perfeita) e grupo (moderada), que se mostrou ainda menor para subgrupo e qualificadores. Residentes tiveram uma concordância inter-observadores substancial para tipo, moderada para grupo e razoável nas demais ramificações. Conclusão A Nova Classificação AO/OTA Para Fraturas Da Região Trocantérica E Do Colo Do Fêmur Mostrou Concordâncias Intra E Inter-Observadores Consideradas Adequadas Para Tipo E Grupo com queda nas ramificações subsequentes ou seja para subgrupo e qualificador. Ainda assim em relação à classificação AO/OTA antiga houve melhora nas concordâncias para subgrupo.


Author(s):  
Arsanto Triwidodo ◽  
Hendar Nugrahadi Priambodo ◽  
Yogi Ismail Gani
Keyword(s):  

ResumoAs lesões esqueléticas mais frequentes são as fraturas que ocorrem nas mãos, que representam aproximadamente 20% de todas as fraturas. As mais comuns são as fraturas falangeanas, que abrangem 6% de todas as fraturas. As fraturas da falange proximal aparecem com mais frequência. O principal objetivo do atendimento é corrigir a anatomia, reduzir os danos aos tecidos moles, e mobilizar os dedos atingidos assim que a estabilização da fratura permitir. Este relato tem como objetivo examinar os efeitos clínicos e da radiação nas fraturas da falange proximal, em pacientes infectados com a fixação de parafuso intramedular que foram submetidos a redução fechada. Este é o relato de três casos consecutivos de fratura da falange: duas fraturas da base e uma fratura simples da diáfise. Todos foram submetidos a redução fechada com parafuso intramedular de compressão sem cabeça. A magnitude pré-operatória da angulação da falange proximal foi em média 30,3° (variação de 13° a 42°). Dois pacientes apresentaram deformidade rotacional. Os achados clínicos foram medidos com a versão abreviada do questionário de Disfunções do Braço, Ombro e Mão (Quick Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand, QuickDash, em inglês), em que foram avaliados a amplitude de movimento e os resultados funcionais. Complicações foram observadas em um período mínimo de 3 meses. Os pacientes apresentavam flexo-extensão ativa total na articulação interfalangiana proximal e na articulação metacarpofalangiana de flexo-extensão sem deformidade rotacional. A pontuação no Quick-DASH foi satisfatória (média: 2,3; variação: 0 a 4,5). Não houve cirurgias secundárias, e não se observaram complicações. A fixação intramedular das fraturas da falange proximal com o parafuso de tensão canulado tem se mostrado uma cirurgia segura, com excelente desempenho funcional e recuperação precoce. A fratura é minimizada e consolidada adequadamente pelos pacientes.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document