scholarly journals A eficácia do ácido tranexâmico tópico em pacientes com fraturas no pescoço femoral submetidos a hemiartroplastia bipolar cimentada: Um ensaio controlado duplo-cego randomizado

Author(s):  
Theerawit Hongnaparak ◽  
Fatin Binlateh ◽  
Khanin Iamthanaporn ◽  
Pramot Tanutit ◽  
Varah Yuenyongviwat

Resumo Objetivo O ácido tranexâmico (TXA) é um antifibrinolítico amplamente utilizado para diminuir as taxas de perda de sangue e de transfusão de sangue na artroplastia total do quadril. No entanto, há evidências limitadas de uso tópico de TXA na hemiartroplastia do quadril para fraturas no pescoço femoral. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do TXA tópico na perda de sangue e transfusões de sangue em pacientes com fratura femoral que foram submetidos a hemiartroplastia bipolar cimentada. Métodos Vinte e seis pacientes com fraturas no pescoço femoral e programados para artroplastia cimentada bipolar foram randomizados em dois grupos. O primeiro grupo de 12 pacientes recebeu TXA tópico durante a operação; no segundo grupo, 14 pacientes receberam placebo. O hematócrito foi medido às 6 e 24 horas no pós-operatório. Também foram registradas transfusões de sangue e complicações pós-operatórias. Resultados A perda total de sangue não foi diferente entre o grupo TXA e o grupo controle (grupo TXA: 459,48 ± 456,32 ml; e grupo controle: 732,98 ± 474,02 ml; p = 0,14). No entanto, não houve pacientes dentro do grupo TXA que necessitaram de transfusão de sangue, enquanto 4 pacientes no grupo controle fizeram transfusões de sangue halogênicas (p = 0,044). Não houve complicações pós-operatórias, tais como complicação da ferida, tromboembolismo venoso ou complicações cardiovasculares dentro de qualquer grupo. Conclusão O TXA tópico não conseguiu diminuir a perda total de sangue, mas foi capaz de reduzir as taxas de transfusão, em pacientes submetidos a hemiartroplastia de quadril bipolar cimentada em fraturas no pescoço femoral. Outros estudos com doses de TXA tópico em um tamanho amostral maior seriam benéficos. Nível de Evidência II.

2017 ◽  
Vol 43 (6) ◽  
pp. 450-456 ◽  
Author(s):  
J.L. Gallo-Vallejo ◽  
M. Naveiro-Fuentes ◽  
A. Puertas-Prieto ◽  
F.J. Gallo-Vallejo

Author(s):  
Mariana Vanon Moreira ◽  
Aline Batista Brighenti dos Santos ◽  
Júlia Abrahão Lopes ◽  
Cecília Barra de Oliveira Hespanhol

Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma das principais causas de morbimortalidade materno-fetal. Isso porque, durante a gestação, a predisposição a essa condição eleva-se em virtude do estado de hipercoagulabilidade do sangue da mãe, já que durante esse período a gestante apresenta fatores de risco para os três componentes da tríade de Virchow. Dessa forma, há: a) estase venosa, pela diminuição do tônus venoso e obstrução do fluxo venoso pelo aumento do útero; b) hipercoagulabilidade, com aumento da geração de fibrina, diminuição da atividade fibrinolítica e aumento dos fatores de coagulação II, VII, VIII e X, além de queda progressiva nos níveis de proteína S e resistência adquirida à proteína C ativada; e c) lesão endotelial decorrente da nidação e do remodelamento vascular das artérias uteroespiraladas com o parto e com a dequitação placentária. Apesar de tais fenômenos serem necessários para o controle hemorrágico da mulher durante e após o parto, pode ocorrer obstrução de vasos placentários, acarretando abortos de repetição, descolamento prematuro de placenta e hipertensão arterial materna. Objetivo: Analisar a tromboprofilaxia gestacional recomendada para mulheres com risco de TEV. Material e Método: Em março de 2021, foi realizada uma revisão sistemática na base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), utilizando os descritores: “hematologic pregnancy complications”; “treatment”; “venous thromboembolism”; e suas variações, obtidas do Medical Subject Headings (MeSH). Foram incluídos ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR), publicados nos últimos cinco anos e na língua inglesa. Resultados: Encontraram-se 24 artigos, dos quais seis foram empregados para a confecção deste trabalho. Dois ECCR selecionados envolveram 4.258 grávidas com predisposição ao TEV, as quais foram divididas em grupo controle e grupo experimental. Ambos os estudos utilizaram um tratamento profilático antes e depois da gestação e relataram a necessidade de submeter toda grávida a uma avaliação de risco para TEV. Em caso positivo, é recomendada a utilização de heparina de baixo peso molecular (HBPM) como principal agente de escolha profilática. A respeito da terapia pós-gestacional, postula-se o uso de HBPM e de meias compressivas por sete dias após o nascimento da criança, salvo em mulheres que já utilizavam anticoagulantes antes da gravidez - as quais precisam ingerir o medicamento por seis semanas. Conclusão: As mudanças anatômicas que ocorrem no organismo da mulher tornam as gestantes suscetíveis aos riscos de um evento trombótico durante a gravidez. Dessa forma, um tratamento profilático adequado é essencial para evitar a mortalidade obstétrica na ausência de um manejo adequado. Nesse quesito, destaca-se o uso de HBPM e de meias compressivas.


1999 ◽  
Vol 43 (6) ◽  
pp. 433-441 ◽  
Author(s):  
Marcia J. Kayath

Raloxifeno é um modulador seletivo do receptor de estrógeno de segunda geração com ação agonista no osso e sistema cardiovascular e ação antagonista na mama e útero. Sua seletividade tecidual ocorre devido a diversos mecanismos como diferentes receptores de estrógenos, distribuição diferencial destes receptores, diferentes co-fatores protéicos transcricionais e diferente conformação do receptor após ligação de raloxifeno. No osso, raloxifeno aumenta a massa óssea na coluna, fêmur, corpo inteiro, é eficaz em prevenir osteoporose em mulheres na pós-menopausa e reduz a incidência de fraturas vertebrais em 50% em mulheres com osteoporose. No sistema cardiovascular, raloxifeno reduz o colesterol total, LDL-colesterol, fibrinogênio e lipoproteína (a), não tendo efeito nos triglicérides e HDL-colesterol total, porém aumenta a subfração HDL-C2. Raloxifeno tem atividade antiproliferativa na mama, não induz mastalgia e uma redução na incidência de novos casos de câncer de mama tem sido demonstrada em mulheres em uso de raloxifeno em grandes estudos clínicos para osteoporose. No útero, raloxifeno não estimula o endométrio e não aumenta a incidência de sangramento vaginal ou carcinoma endometrial. O evento adverso mais comum com raloxifeno são ondas de calor e o mais sério é o tromboembolismo venoso com incidência semelhante à terapia de reposição hormonal. Raloxifeno é uma alternativa para o tratamento e prevenção de osteoporose em mulheres na pós-menopausa com evidências de efeitos benéficos seletivos em outros órgãos. Outros benefícios potenciais de raloxifeno como proteção cardiovascular e prevenção de câncer de mama estão sendo investigados em grandes estudos clínicos a longo prazo.


2009 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 29-32 ◽  
Author(s):  
Daniela Kleinfelder ◽  
Jó Luis Andrade ◽  
Sascha Werner Schlaad ◽  
Francine Correa Carvalho ◽  
Bonno Van Bellen

CONTEXTO: Os fatores desencadeantes da doença tromboembólica venosa vêm sendo cada vez melhor identificados. Causas externas podem influir na sua ocorrência, e algum destaque tem sido dado a fatores climáticos. Nada se sabe quanto a essa interferência em nossa latitude. OBJETIVOS: Analisar se há diferença na incidência do tromboembolismo venoso de acordo com as estações do ano, num hospital da cidade de São Paulo, Brasil, cujo clima é categorizado como subtropical. MÉTODOS: Foi realizado trabalho retrospectivo de levantamento de dados a partir de prontuários de pacientes cujo diagnóstico de internação ou óbito foi de trombose venosa profunda ou tromboembolismo pulmonar, no período de janeiro de 1996 a outubro de 2003, no Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Para comparação e estudo, os casos foram agrupados em trimestres (primeiro trimestre = janeiro, fevereiro e março; segundo trimestre = abril, maio e junho; terceiro trimestre = julho, agosto e setembro; e quarto trimestre = outubro, novembro e dezembro) e conforme sua ocorrência nos chamados meses quentes e frios, de acordo com a média de temperatura mensal (meses quentes = outubro a abril; meses frios = maio a setembro). RESULTADOS: Foram encontrados 955 casos de tromboembolismo venoso no período analisado. Foi utilizado o teste ANOVA para análise, que não revelou diferença estatisticamente significativa na incidência do tromboembolismo venoso de acordo com os trimestres. Quando analisados separadamente, também não se evidenciou significância estatística em relação ao tromboembolismo pulmonar e à trombose venosa profunda. Quando comparados os meses quentes e frios, observou-se aumento da incidência de trombose venosa profunda nos meses quentes (p < 0,05, teste de Mann-Whitney). CONCLUSÃO: O tromboembolismo venoso é uma doença que não tem uma relação bem estabelecida com as variações climáticas. A influência da temperatura ambiental na coagulabilidade ainda precisa ser amplamente estudada.


Author(s):  
E. Rocha Hernando ◽  
J. Feli Snchez ◽  
M.P. Snchez Antn ◽  
R. Lecumberri Villamediana

2019 ◽  
Vol 24 (2) ◽  
pp. 62-68
Author(s):  
Ana Caroline De Mendonça Motta ◽  
Jacqueline Ramos de Andrade Antunes Gomes ◽  
Glayson Carlos Miranda Verner ◽  
Thaís Lôbo Campos ◽  
Weslei Da Silva Araújo ◽  
...  

Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de pacientes obesos de um serviço ambulatorial de avaliação perioperatória, realizado por enfermeiros e anestesiologistas, baseado em estratificações e avaliações do risco cardíaco. Método: Estudo descritivo, retrospectivo, composto por dados de 292 pacientes consultados pelo serviço ambulatorial de avaliação perioperatória, em que 88 foram identificados com obesidade. Foram analisadas variáveis demográficas, antropométricas (por índice de massa corporal — IMC), clínicas e cardíacas pelo teste do χ2 . Resultados: Entre os pacientes, 30% eram obesos, dos quais 91% eram do sexo feminino. Em relação à presença de comorbidades, 50% eram portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e 22% a tinham associada ao diabetes mellitus (DM). Foi verificada prevalência de ASA P2 (74%) e alto risco para tromboembolismo venoso (63%); em relação aos riscos cardíacos pelo ACP (American College of Cardiology/American Heart Association — ACP, modificado por Detsky), a maioria (74%) foi estratificada como risco intermediário. Conclusão: A significativa incidência de comorbidades constatada acusa a necessidade de utilizar estratégias multiprofissionais na assistência perioperatória, voltadas para a população obesa, sendo possível identificar vulnerabilidades e diminuir riscos aos quais o indivíduo está sujeito, ao submeter-se a procedimentos cirúrgicos.


2021 ◽  
Author(s):  
◽  
Beatriz Lacruz Escalada

La enfermedad tromboembólica venosa (ETV) incluye el embolismo pulmonar (EP) y la trombosis venosa profunda (TVP). La incidencia de ETV aumenta con la edad y la recurrencia, el sangrado y la mortalidad durante el tratamiento puede diferir en los diferentes grupos etarios. Los pacientes centenarios y muy jóvenes son escasamente representados en los ensayos clínicos con tratamiento anticoagulante, por lo que desconocemos las complicaciones de la enfermedad y del tratamiento en estos grupos de edad. Utilizamos datos del registro RIETE para evaluar las características clínicas, los factores de riesgo y los resultados durante el curso de anticoagulación en pacientes con ETV de ≥ 100 años y 10-24 años. Posteriormente se han analizado los datos y se han publicado dos artículos, "Tromboembolismo venoso en centenarios" y "Tromboembolismo venoso en adultos jóvenes". En resumen, nuestro estudio en centenarios revela que la anticoagulación estándar induce sólo un mínimo efecto secundario, mientras que los resultados negativos de la ETV en centenarios siguen siendo extremadamente serios, ya que el riesgo de morir de EP supera al riesgo de sangrado. Por tanto, nuestros datos apoyan el uso de terapia anticoagulante a dosis plenas en esta población. Por otro lado, en la mayoría de los pacientes jóvenes con EP las características clínicas basales pueden dificultar el diagnóstico precoz y la estratificación de la EP. Durante la anticoagulación, las mujeres tuvieron tasas similares de recurrencias de ETV y hemorragia mayor, pero en los hombres el riesgo de recurrencias de ETV supera el riesgo de sangrado. Estas diferencias probablemente no se debieron al género en sí, ya que desaparecieron después de ajustar por posibles factores de confusión.


2011 ◽  
Vol 31 (2) ◽  
pp. 200-204
Author(s):  
Sinara Mônica de Oliveira Leite ◽  
Cleber Luíz Scheidegger Maia Júnior ◽  
Alexandre Miranda Silveira

O tromboembolismo venoso é uma causa comum de mortalidade e morbidade nos pacientes com câncer. Estes apresentam risco de 5-6 vezes maior de eventos tromboembólicos, comparados com a população geral. A cirurgia colorretal nesses pacientes implica em alto risco de complicações tromboembólicas pós-operatórias. Este artigo relata o caso de um paciente de 46 anos com câncer colorretal e carcinomatose peritoneal evoluindo com complicações tromboembólicas, além de revisão de literatura.


2020 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
pp. e350
Author(s):  
Valeria Garro Urbina ◽  
Valeria Robles Arce ◽  
Sofia Rojas Vázquez

El tromboembolismo venoso hace referencia a un grupo de enfermedades tromboembólicas las cuales abarcan la trombosis venosa profunda, el tromboembolismo pulmonar y la tromboflebitis superficial. La relevancia de esta patología se debe a que es la tercera enfermedad cardiovascular más importante por su alta tasa de morbilidad y mortalidad. Se puede sospechar su diagnóstico por la presentación clínica del paciente, sin embargo, el diagnóstico final se establece mediante valoración de riesgo pretest, laboratorios y estudios de imágenes. El uso de anticoagulantes ya sean parenterales o anticoagulantes orales directos, es la base del tratamiento para esta patología. Un tratamiento certero y a tiempo disminuye la probabilidad de complicaciones lo que implica mejorar la calidad de vida en estos pacientes.


2021 ◽  
Vol 10 (15) ◽  
pp. e46101522699
Author(s):  
Patrícia Lima Gomes ◽  
Adrielle Aquino da Silva ◽  
Omero Martins Rodrigues Junior

A trombose venosa profunda (TVP) é definida como um evento trombótico que envolve as veias profundas dos membros inferiores, veias poplíteas, femurais ou ilíacas. A TVP geralmente é acompanhada por embolia pulmonar (EP) e o Tromboembolismo venoso (TEV) é um termo usado para especificar as duas possibilidades. Desse modo, esta pesquisa teve como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica sobre o uso dos anticoagulantes em pacientes hospitalizados e a atuação do farmacêutico na orientação da equipe multidisciplinar hospitalar sobre a utilização adequada dos fármacos. Trata-se de uma revisão bibliográfica por meio de uma abordagem qualitativa, através de fontes secundárias para descrição sobre o uso de anticoagulantes em pacientes com trombose venosa profunda em membros inferiores. Por meio dos resultados obtidos verifica-se que, cabe ao farmacêutico instruir o paciente quanto à utilização do medicamento, dose, melhor horário de administração, interação medicamentosa, além de hábitos saudáveis no cuidado não terapêutico, podendo fazer intervenções que vão desde a simples sinalização de uma interação, a sugestões de terapias alternativas ou ajustes nas doses prescritas pelo médico, quando identificado algum erro ou problemas relacionados à terapia. Esse ajuste deve ser documentado e informado ao médico prescritor, constituindo um elo entre farmacêutico, médico e paciente.


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