scholarly journals Ocorrência de Sarcocystis spp. em gambás (Didelphis aurita e Didelphis albiventris) em regiões do Estado de São Paulo, Brasil

Author(s):  
Renata Assis Casagrande ◽  
Marina Oliveira Cesar ◽  
Hilda Fátima de Jesus Pena ◽  
Ticiana Zwarg ◽  
Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira ◽  
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O objetivo deste estudo foi de determinar a ocorrência de Sarcocystis spp. em D. albiventris e D. aurita em três regiões do Estado de São Paulo. Para tal, utilizou-se noventa e oito Didelphis mortos, sendo 66 D. aurita e 32 D. albiventris, e também 28 D. aurita e cinco D. albiventris vivos. O método de centrífugo-flutuação em solução de sacarose foi empregado para isolamento dos oocistos/esporocistos de Sarcocystis spp. do intestino delgado e das fezes. Encontrou-se Sarcocystis spp. no intestino delgado de 9,1% dos D. aurita (6/66), sendo que quatro destes também houve positividade nas fezes. Não houve diferença estatística significativa entre machos e fêmeas positivos (P= 0,522), e entre os positivos de diferentes origens do Estado de São Paulo (P= 0,627), quanto a ocorrência de Sarcocystis spp. Entretanto, houve diferença estatística significativa entre animais de vida livre e de cativeiro (P = 0.009), sendo que somente os de vida livre foram positivos. Entre adultos e filhotes positivos também houve diferença (P= 0,004), sendo os adultos mais parasitados que os filhotes. Das amostras provenientes dos 28 D. aurita vivos, encontrou-se Sarcocystis spp. em 7.1% (2/28) deles. Dos 32 D. albiventris, todos foram negativos para Sarcocystis spp. nas amostras de intestino delgado e fezes. Os cincos D. albiventris vivos também foram negativos. Sendo assim, pode-se observar que a ocorrência de Sarcocystis spp. em D. aurita e D. albiventris nestas três regiões do Estado de São Paulo é baixa para estas condições analisadas.

2011 ◽  
Vol 41 (3) ◽  
pp. 492-496 ◽  
Author(s):  
Renata Assis Casagrande ◽  
Luiz Fernando Larangeira Lopes ◽  
Eliane Moura dos Reis ◽  
Dália dos Prazeres Rodrigues ◽  
Eliana Reiko Matushima

No Brasil, não há relato de estudos de Salmonella em gambás, sendo assim, este trabalho tem por objetivo determinar a frequência de isolamento de Salmonella enterica em gambás (D. aurita e D. albiventris) no Estado de São Paulo. No período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006, foram necropsiados 106 D. aurita e 40 D. albiventris e colhidos fragmentos de intestinos delgado, grosso e suabe da cloaca. As amostras foram plaqueadas diretamente em ágar Mac Conkey, paralelamente suspendidas nos caldos Rappaport-Vassiliadis e Tetrationato e posteriormente plaqueados em ágar XLT4. As colônias sugestivas de Salmonella foram confirmadas através de provas bioquímicas e sorotipagem. Encontrou-se Salmonella enterica em 17,0% (18/106) dos D. aurita. Destes, 50% apresentaram positividade no intestino delgado (ID), 88,9% no intestino grosso (IG) e 66,7% na cloaca. Da espécie S. enterica, as subespécies encontradas foram: diarizonae (11,1%) houtenae e enterica (5,5% cada um); enquanto da subespécie S. enterica enterica os sorotipos foram Newport (83,3%), Typhimurium e Cerro (5,5% cada um). Nos D. albiventris, 17,5% (7/40) eram positivos, sendo que se encontraram 42,8% no ID, 85,7% no IG e 71,4% na cloaca. O sorotipo mais prevalente também foi Newport (71,4%), seguido por Typhimurium, Bareilly e Thompson (14,3% cada um). Através dos resultados obtidos neste estudo pode-se comprovar a presença de Salmonella enterica no trato intestinal de gambás no Brasil.


Author(s):  
Mauricio Claudio Horta ◽  
Alessandra Mara Alves Ragozo ◽  
Renata Assis Casagrande ◽  
Eliana Reiko Matushima ◽  
Gisele Oliveira de Souza ◽  
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O gambá (Didelphis spp.) é um marsupial onívoro nativo das Américas que apresenta comportamento sinantrópico em áreas urbanas. Apesar da sua proximidade com animais domésticos e o homem, o conhecimento da sua participação na epidemiologia de alguns agentes zoonóticos é fundamental. Este estudo objetivou determinar a presença de anticorpos contra Toxoplasma gondii, Neospora spp. e Leptospira spp. em amostras de sangue colhidas de gambás de 18 municípios do estado de São Paulo, Brasil, entre 2003 e 2008. Foram obtidas amostras sanguíneas de 343 gambás: Didelphis aurita (n = 256) e Didelphis albiventris (n = 87). As amostras foram testadas para detecção de anticorpos contra T. gondii, utilizando o teste de aglutinação modificado (TAM-Toxo; ponto de corte ≥ 25); Neospora spp., utilizando a reação de imunofluorescência indireta (RIFI; ponto de corte ≥ 25); e Leptospira spp., utilizando a soroaglutinação microscópica (SAM-Lepto; ponto de corte ≥ 100). As frequências de anticorpos contra T. gondii, Neospora spp. e Leptospira spp. foram 22,7%, 1,5% e 3,5%, respectivamente. Os sorogrupos-sorovares de Leptospira spp. que apresentaram soropositividade foram: Autumnalis-Butembo; Mini-Mini; Ballum-Castellonis; Icterohaemorrhagiae-Icterohaemorrhagiae; Icterohaemorrhagiae-Copenhageni e Grippotyphosa-Grippotyphosa ou Bananal. Esse estudo demonstrou que esses agentes estão circulando em populações de gambás no estado de São Paulo. Desta forma, investigações que visam determinar o papel dos marsupiais na epidemiologia de cada doença devem ser conduzidas, especialmente visando o entendimento do comportamento desses animais como hospedeiros dessas zoonoses.


2016 ◽  
Vol 25 (3) ◽  
pp. 348-352 ◽  
Author(s):  
Andréia Lima Tomé Melo ◽  
Daniel Moura de Aguiar ◽  
Mariana Granziera Spolidorio ◽  
Natalino Hajime Yoshinari ◽  
Eliana Reiko Matushima ◽  
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Abstract This work involved a serological investigation of tick-borne pathogens in opossums in eight municipalities of the state of São Paulo, Brazil. Serum samples from 109 opossums (91 Didelphis aurita and 18 Didelphis albiventris) were tested to detect antibodies to Rickettsia rickettsii (Taiaçu strain, 1:64 cut-off) and Ehrlichia canis (São Paulo strain, 1:40 cut-off), by indirect immunofluorescence assay (IFA); and against Borrelia burgdorferi (strain G39/40) by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). The presence of antibodies to anti-R. rickettsii, anti-E. canis and anti-B. burgdorferi was detected in 32 (29.35%), 16 (14.67%) and 30 (27.52%) opossums, respectively. Opossum endpoint titers ranged from 64 to 1,024 for R. rickettsii, from 40 to 160 for E. canis, and from 400 to >51,200 for B. burgdorferi. These serological results suggest that opossums have been exposed to Rickettsia spp., Ehrlichia spp., and B. burgdorferi-related agents in the state of São Paulo. Our study underscores the need for further research about these agents in this study area, in view of the occurrence of Spotted Fever and Baggio-Yoshinari Syndrome disease in humans in the state of São Paulo, Brazil.


2003 ◽  
Vol 21 (3) ◽  
pp. 478-481 ◽  
Author(s):  
Jerônimo L. Andriolo ◽  
Mastrângello E. Lanzanova ◽  
Márcio Witter
Keyword(s):  

Comparou-se o rendimento de frutos de meloeiro cultivado em substrato com três soluções nutritivas, no interior de um túnel alto de polietileno, na UFSM, RS. A semeadura foi feita em 19/07/01 em bandejas de poliestireno e 32 dias depois as mudas foram transferidas para sacolas de polietileno contendo 4,5 L de substrato comercial, no espaçamento de 1,0 m entre fileiras e 0,30 m entre sacolas. Durante o ciclo da cultura, as plantas foram conduzidas verticalmente e dois frutos foram deixados em cada planta, removendo-se os frutos excedentes duas vezes por semana. Os tratamentos constituíram-se de três soluções nutritivas, empregadas no cultivo comercial do meloeiro. No tratamento 1 (T1) foi utilizada a solução recomendada no estado de São Paulo para o cultivo dessa espécie em NFT e nos tratamentos 2 (T2) e 3 (T3) utilizaram-se as soluções recomendadas para o cultivo da mesma espécie em substrato na França e na Espanha, respectivamente. Em cada tratamento aplicou-se o volume de 1 L de solução para cada planta, em intervalos semanais, via fertirrigação. A área foliar foi estimada semanalmente a partir de medidas não destrutivas no período entre os 35 e 63 dias após o plantio. A produtividade de frutos determinada ao final do experimento apresentou valores mais elevados nas plantas que receberam as soluções nutritivas T2 e T3, as quais não diferiram significativamente entre si.


2007 ◽  
Vol 97 (3) ◽  
pp. 246-252 ◽  
Author(s):  
Maria Santina de C. Morini ◽  
Catarina de B. Munhae ◽  
Roberto Leung ◽  
David F. Candiani ◽  
Júlio C. Voltolini

As comunidades de formigas que vivem em fragmentos de Mata Atlântica rodeados por um ecossistema urbano bem desenvolvido, foram investigadas. Avaliou-se a riqueza, a freqüência de ocorrência das espécies bem como a similaridade entre três áreas da cidade de São Paulo: Parque da Previdência (PP), Reserva Florestal "Armando Salles de Oliveira" (CUASO) e Horto Oswaldo Cruz (HOC). Foram colocadas armadilhas do tipo "pitfall" em locais onde não ocorre visitação pública, durante uma semana, nos meses de março, junho, setembro e dezembro de 2001. Em todos os fragmentos foram coletadas 79 espécies de formigas, pertencentes a nove subfamílias e 32 gêneros. A subfamília Myrmicinae e os gêneros Pheidole e Hypoponera foram os mais ricos. No PP foram registradas 62 espécies, na CUASO 46 e no HOC 43, sendo que PP e CUASO são mais similares entre si. Tal similaridade possivelmente esteja relacionada ao tamanho de ambas as áreas e, também, a uma semelhança nos sítios de nidificação e de alimentação. No geral, a fauna de formigas é generalista, com a presença de alguns gêneros especialistas, como Discothyrea, Acanthognathus, Gnamptogenys, Oxyepoecus e Pyramica; ou de gêneros cujos hábitos alimentares ainda são desconhecidos (Heteroponera e Myrmelachista). A presença de espécies caracteristicamente de áreas domiciliares também foi constatada: Pheidole megacephala Fabricius, 1793, Linepithema humile Mayr, 1868, Wasmannia auropunctata Roger, 1863, Paratrechina fulva Mayr, 1862, P. longicornis Latreille, 1802 e Tapinoma melanocephalum Fabricius, 1793.


2008 ◽  
Vol 32 (3) ◽  
pp. 583-595 ◽  
Author(s):  
Eliana Cardoso Leite ◽  
Ricardo Ribeiro Rodrigues
Keyword(s):  

No Brasil, a floresta tropical estacional se localiza entre as florestas úmidas do leste e as savanas do oeste e foi historicamente fragmentada, restando atualmente poucos remanescentes. Este estudo foi realizado no Parque Municipal de São Roque, também conhecido como "Mata da Câmara" em São Roque, SP, Brasil, e teve como objetivo o levantamento fitossociológico do estrato arbóreo em três situações altitudinais distintas e a caracterização sucessional através da identificação do grupo ecológico das espécies amostradas. Foi utilizado o método de parcelas, num total de 42, dispostas em três blocos de 14 parcelas cada, totalizando 0,945 ha de área amostrada. Foram amostrados todos os indivíduos com CAP (circunferência à altura do peito) superior ou igual a 15 cm. Amostraram-se 1.413 indivíduos pertencentes a 117 espécies e 47 famílias. O índice de diversidade de Shannon foi 4.011. As três áreas apresentaram, respectivamente, 22, 32 e 13% de indivíduos de espécies pioneiras, 43, 28 e 46% de indivíduos de espécies secundárias iniciais e 32, 38 e 39% de indivíduos de espécies secundárias tardias. Pode-se concluir que a área se encontra em estádio sucessional inicial em sua porção periférica e em estádio intermediário, tendendo para o avançado em seu interior; porém, tendo-se como referência os fragmentos de floresta estacional do Estado de São Paulo, pode-se afirmar que a Mata da Câmara representa um trecho de floresta bem conservado.


2001 ◽  
Vol 87 (6) ◽  
pp. 1449 ◽  
Author(s):  
J. P. Dubey ◽  
D. S. Lindsay ◽  
B. M. Rosenthal ◽  
C. E. Kerber ◽  
N. Kasai ◽  
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