scholarly journals Qualidade de vida relacionada à saúde em idosos residentes em região de alta vulnerabilidade para saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais

2016 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 280-293 ◽  
Author(s):  
Lidyane do Valle Camelo ◽  
Luana Giatti ◽  
Sandhi Maria Barreto

RESUMO: Objetivo: Investigar se as relações sociais, juntamente com características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde estão associados à qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em idosos residentes em região considerada de alta vulnerabilidade para a saúde. Métodos: Estudo transversal realizado com amostra aleatória de 366 idosos (≥ 60 anos) adscritos a um centro de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. A QVRS foi aferida pelo Medical Outcomes Study 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) e os escores obtidos nos componentes físico (PCS) e mental (MCS) foram utilizados como variáveis resposta. As variáveis explicativas foram divididas em quatro blocos: sociodemográfico, relações sociais, hábitos de vida e condições de saúde. Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados. Resultados: Nos modelos multivariados finais, encontramos que elevado número de diagnósticos de doenças crônicas e ter estado acamado nos últimos 15 dias foram variáveis associadas à pior QVRS no domínio físico e mental. Entretanto, ausência de escolaridade, insatisfação com relacionamentos pessoais e não ter sempre que necessário o apoio de alguém para ajudar a ficar de cama, ir ao médico e preparar refeições foi associado à pior QVRS apenas no MCS. Ter declarado cor da pele preta, ausência de atividade de trabalho, não praticar atividade física, não consumir álcool e internação nos últimos 12 meses estiveram associados à pior QVRS apenas no PCS. Conclusão: Além da adversidade social, hábitos de vida e condições de saúde, alguns aspectos funcionais das relações sociais foram importantes para compreensão da QVRS em idosos em vulnerabilidade social.

2012 ◽  
Vol 35 (4) ◽  
pp. 1013
Author(s):  
Maryane Oliveira Campos ◽  
João Felício Rodrigues Neto

Introdução: A qualidade de vida tornou-se uma importante medida de impacto em saúde. Sua avaliação tem crescido tanto na população em geral quanto relacionada ao impacto de doenças. Objetivo: Verificar a qualidade de vida e presença de associação com fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis na população urbana do município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Métodos: Estudo transversal de base populacional. A amostra foi calculada considerando a prevalência do fator de risco sobrepeso de 30%, α=0,05 e corrigida para um efeito de delineamento de 30%. Amostragem por conglomerados de setores censitários urbanos. Sortearam-se 17 setores censitários. Em cada domicílio entrevistou-se um morador ≥ 18 anos e verificaram-se os dados socioeconômicos, demográficos, comorbidades autorreferidas, fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis e qualidade de vida pelo The Medical Outcomes Study 36 Item Short Form Health Survey (SF-36). Resultados: Foram entrevistados 648 residentes na região urbana de Montes Claros (MG), de ambos os sexos. As dimensões de maior comprometimento na qualidade de vida da população em geral foram: Vitalidade (65,7±22,5), Dor (67,6±21,4), Estado Geral de Saúde (65,8± 28,4) e Saúde Mental (67,6±21,4). Os fatores de risco mais prevalentes foram o baixo consumo de frutas (77,3%), baixo consumo de verduras e legumes (55,1%) e sobrepeso (32,6%). Na análise multivariada, os fatores de risco que permaneceram associados a pior qualidade de vida foram o tabagismo, nas dimensões Limitação por Aspectos Físicos, Estado Geral de Saúde, Vitalidade, Aspectos Sociais e Saúde Mental; os níveis pressóricos alterados permaneceram associados a Limitação por Aspectos Físicos; a obesidade e o consumo excessivo de álcool permaneceram associados com Capacidade Funcional. Conclusão: Os fatores de risco que estão associados a pior estado de qualidade de vida são os níveis pressóricos alterados, o tabagismo, a obesidade e o consumo excessivo de álcool.


2020 ◽  
Author(s):  
Ana Paula Fonseca ◽  
Elaine Silva ◽  
Ana Cristina Fernandes

O termo saúde do trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre trabalho e processo saúde-doença. Nesta acepção, considera-se a saúde e a doença como processos dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em determinado momento histórico. O professor na atualidade, para atuar junto ao educando, precisa ser criativo e flexível em relação as novas situações que lhe são apresentadas cotidianamente pela escola, além de encontrar soluções inerentes à profissão. Diante das novas funções delegadas ao trabalho docente, alguns estudos acerca do adoecimento do professor vêm sendo desenvolvidos, mas muitos desses estudos se fecham em doenças ligadas ao estresse. O objetivo deste trabalho foi avaliar saúde e qualidade de vida dos professores universitários vinculados à Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade de Divinópolis. Tratou-se de uma pesquisa transversal quantitativa exploratória onde participaram do estudo os professores da UEMG – Unidade de Divinópolis. O instrumento de coleta de dados é SF-36 (Medical Outcomes Study 36 – Item Short – Form Health Survey) que é um questionário de avaliação da qualidade de vida, de fácil administração e compreensão. Considerando a importância de desenvolvimento de estudos nessa área, esta pesquisa auxiliou no sentido de gerar conhecimentos que subsidiaram as discussões sobre a saúde dos docentes de Ensino Superior da UEMG – Unidade Divinópolis. Por meio deste estudo conclui-se, que a avaliação de qualidade de vida, através do questionário SF-36, apresentou valores acima do escore 50. Todos os domínios alcançaram valor maior que 50, concluindo- se que os funcionários da UEMG-Divinópolis apresentam uma boa qualidade de vida até o momento.


2001 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 139-144 ◽  
Author(s):  
Paula Luciana Scalzo ◽  
Edifrance Sá De Souza ◽  
Aline Gracielle de Oliveira Moreira ◽  
Daniela Aparecida Forzan Vieira

O acidente vascular cerebral (AVC) resulta em inúmeras manifestações clínicas que limitam a realização das atividades de vida diária, restringem a participação social e pioram a qualidade de vida (QV). Objetivo. Determinar o perfil e avaliar a QV dos pacientes com diagnóstico clínico de AVC em tratamento na Clínica de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Betim. Método. Foi aplicado um questionário para obter os dados sócio-demográficos, o Mini-Exame do Estado Mental para avaliar a função cognitiva e o SF-36 (The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey) para avaliar a QV. Resultados. Foram avaliados 47 pacientes (27 homens e 20 mulheres), com idade média de 60,4 (±10,1). Foram observados baixos escores em todos os domínios do SF-36, principalmente nos aspectos físicos e capacidade funcional. Os escores no domínio capacidade funcional foram menores nos pacientes que necessitavam de auxílio para deambulação ou estavam restritos à cadeira de rodas. O tempo de AVC e o tempo de tratamento em nosso serviço influenciaram positivamente os domínios estado geral de saúde e saúde mental. Conclusão. Nossos resultados corroboram outros estudos que mostram a piora da QV em sobreviventes de AVC, principalmente pelo comprometimento dos aspectos físicos e capacidade funcional.


2021 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 15-20
Author(s):  
Renalty Ibsen Alves Pereira ◽  
João Victor França Sousa ◽  
Glaucia Posso Lima

O presente estudo tem como objetivo analisar os indicadores sociodemográficos e de qualidade de vida dos estudantes dos cursos de saúde da Universidade Estadual do Ceará correlacionando os resultados obtidos entre os cursos. Trata-se de um estudo transversal quantitativo onde 432 estudantes de graduação dos cursos da área da saúde foram voluntariamente convidados a participar. O instrumento utilizado nesta pesquisa para avaliar a qualidade de vida dos estudantes é o genérico “Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-36) que divide em oito domínios o estudo da qualidade de vida. As características sociodemográficas: sexo feminino (63,6%), sexo masculino 36,3%. solteiros correspondendo a 94,2% e casados 5,09%. Dentre os domínio analisados, vitalidade foi o que menos pontuou nos cursos de medicina (48,17), ciências biológicas (46,56), enfermagem (48,11) e nutrição (59,7). O aspecto menos prejudicado em todos os cursos é o de capacidade funcional, sendo inclusive o único a apresentar valores acima de 80 pontos em todos os cursos, com o menor sendo da ciências biológicas (82,31) e o maior sendo do curso de nutrição (89,40). O estudo identificou que a percepção da qualidade de vida para os estudantes das áreas da saúde apresentou valores semelhantes quando comparados entre si.Os achados deste estudos evidenciam a necessidade das instituições de ensino em preocupar-se com o bem-estar físico e emocional dos seus alunos que pode estar diretamente ligado ao sucesso acadêmico e profissional destes.


2011 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. 1557-1560
Author(s):  
Camila Lima ◽  
Maria Aparecida Fadil Romão ◽  
Igor Denizarde Bacelar Marques ◽  
Carmen Mohamad Rida ◽  
Elisa Midori Yagyu ◽  
...  

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes portadores de doença renal crônica após o transplante renal. Método: Trata-se de um estudo transversal, exploratório, que foi realizado em 50 pacientes, utilizando o instrumento que avalia a qualidade de vida, o Medical Outcomes Study 36 Item Short Form Health Survey (SF-36) e variável de classificação econômica após o transplante renal. O resultado do estudo foi comparado com 50 pacientes em hemodiálise, utilizando o mesmo instrumento. Resultados: A mediana dos resultados do SF-36 foram: capacidade funcional 92, aspectos físicos 100, dor 74, estado geral de saúde 63, vitalidade 70, aspectos sociais 87, aspectos emo- cionais 100 e saúde mental 76. Comparando estes resultados com os obtidos em pacientes em hemodiálise, houve melhora na capacidade funcional (92 vs. 80; p<0,05). Os demais componentes do SF-36 foram semelhantes entre pacientes transplantados e dialíticos. Conclusão: Pacientes transplantados renais apresentam melhor qualidade de vida, expressa pelo domínio capacidade funcional do escore SF-36, do que pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico.


2018 ◽  
Vol 10 (4) ◽  
Author(s):  
Santiago Cattin Munhos ◽  
Carmen Lúcia Penteado Lancellotti ◽  
Vera Lúcia dos Santos Alves

OBJETIVO: Avaliar o impacto da cinesioterapia laboral na qualidade de vida dos auxiliares de enfermagem de um centro cirúrgico geral de um hospital universitário de um hospital terciário da cidade de São Paulo.MÉTODOS: Ensaio clínico prospectivo, duplo-cego, randomizado em grupo de intervenção e de controle, realizado com auxiliares de enfermagem atuantes em centro cirúrgico. O protocolo do estudo foi dividido em três etapas, onde foi avaliada a qualidade de vida pelo questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), ministrada aula educativa e os participantes foram submetidos à cinesioterapia laboral por um período de 15 minutos, três vezes por semana durante dois meses no local de trabalho. A análise descritiva foi realizada entre as variáveis de interesse.RESULTADOS: Foram elegíveis para o estudo 90 participantes e excluídos 44 por não atenderem aos critérios de inclusão. Foram randomizados 46 pacientes e alocados 23 em cada grupo (controle e intervenção). Os participantes do grupo intervenção demonstraram aumento significativo após o protocolo proposto de cinesioterapia laboral, nos escores de capacidade funcional (p=0,001), aspectos físicos (p=0,001) e dor (p=0,001) avaliados pelo questionário SF-36.CONCLUSÕES: A cinesioterapia laboral foi eficaz na melhora da qualidade de vida, com valores estatisticamente significante nos escores de dor, da capacidade funcional e dos aspectos físicos, avaliados por meio do questionário de qualidade de vida SF-36.


2012 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 505-515 ◽  
Author(s):  
Inês de Lourdes Ferraz O.B.L. Barricelli ◽  
Irene Keiko Yagome Sakumoto ◽  
Lívia Helena Moreira da Silva ◽  
Cibelle Vanessa de Araujo

OBJETIVO: Identificar modalidades de orientação religiosa, se intrínseca ou extrínseca, e possíveis relações com a qualidade de vida de idosos ativos, além de compreender as manifestações do fenômeno religioso para uma adequada atuação clínica nos desafios das práticas do atendimento ao idoso. MÉTODOS: A amostra foi composta de 60 idosos ativos, frequentadores de grupos de convivência na cidade de São José dos Campos, SP. Foram aplicados dois instrumentos: questionário genérico Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), para avaliar a qualidade de vida, e Escala de Orientação Religiosa Intrínseca e Extrínseca, além de entrevista orientada por um questionário sociodemográfico, elaborado pelas pesquisadoras. Os dados foram tratados estatisticamente utilizando o teste t Student bilateral, a um nível de confiança de 5%. RESULTADOS: Foram avaliados 11 homens (18%) e 49 mulheres (82%), com idade entre 61 e 85 anos. Não houve diferença estatisticamente significativa em todos os domínios relacionados do SF-36 entre as mulheres com religiosidade intrínseca e extrínseca. Entre os homens, somente foi encontrada diferença estatisticamente significativa no domínio "estado geral de saúde", que foi considerado melhor entre aqueles com religiosidade intrínseca. CONCLUSÃO: De modo geral, não se verificaram relações significativas entre a orientação religiosa e a qualidade de vida. Pode-se aventar, diante disso, que esses resultados se devem ao fato de a população estudada participar de grupos de convivência e morar em cidade com alto nível de futuridade, sentindo-se amparada nos aspectos de proteção, participação e saúde.


2020 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. e03911520
Author(s):  
Brenda Kézia Agostinho ◽  
Laura Menezes Silveira ◽  
Matheus Rozário Matioli ◽  
Thais Mara Alexandre Bertazone ◽  
Vilson Donizete Matias ◽  
...  

A qualidade de vida e o apoio social podem contribuir para o envelhecimento saudável e na motivação para prática de atividades físicas. O objetivo deste estudo foi avaliar o apoio social e a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) e compreender as experiências de mulheres participantes de um programa de treinamento físico. Estudo transversal, exploratório e de desenho misto. O apoio social foi avaliado pela Escala de Apoio Social para a Prática de Atividades Físicas em Adultos e a QVRS pelo questionário Medical Outcomes Study – Item Short-Form Health Survey, versão 1. A amostra foi composta por 17 mulheres, com média da idade de 59,8 anos. A avaliação da QVRS mostrou escore médio superior a 80, antes e depois do início do programa de treinamento. A avaliação do apoio social, mostrou que a maioria das mulheres respondeu que “nunca” ou “as vezes” recebeu apoio de familiares e amigos para a prática de atividades físicas. As experiências relatadas evidenciaram melhorias nos aspectos físicos, emocionais e sociais. Este estudo indica que as mulheres possuem pouco apoio social para a prática atividades físicas e não houve melhora na QVRS. Por outro lado, a fala das mulheres mostrou melhora em vários aspectos da vida cotidiana.


2015 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
Author(s):  
Marcelo De Maio Nascimento ◽  
Emília Cristina Ferreira de Carvalho

<p><strong>OBJETIVO: </strong>Analisar a variação dos níveis da qualidade de vida (QV) de dois grupos de idosos, ativo e iniciantes, antes e após a participação em um programa de exercícios fundamentado no método Pilates.</p><p><strong>MÉTODO: </strong>Estudo do tipo quase experimental, com pré e pós-teste, com amostra de conveniência. Foram investigadas 40 idosas (60-69 anos), divididas em grupo Pilates (n=19), integrantes de um programa de extensão universitária e grupo Iniciante (n=21), idosas admitidas na modalidade Pilates, do mesmo programa. A intervenção realizada com ambos os grupos compreendeu: 11 exercícios do método Pilates, ao longo de 12 semanas, com duas seções semanais de 50 minutos. Três instrumentos foram utilizados: o questionário sociodemográfico, o Mini-exame do Estado Mental (MEEM) e o <em>The Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survey - Short Form-36 </em>(SF-36). A homogeneidade dos dados foi verificada com o Teste de Shapiro-Wilk, aplicando-se o Teste de Wilcoxon para averiguar a significância dos resultados do pré e pós-teste do SF-36. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05).</p><p><strong>RESULTADOS: </strong>Os valores das médias dos domínios do SF-36 para ambos os grupos atingiram níveis entre bom e excelente do teste para o reteste. Um importante resultado é que idosos ativos, quando deixam de praticar o exercício físico, passam a perceber domínios da QV em níveis próximos ou inferiores aos percebidos por idosos iniciantes.</p><p><strong>CONCLUSÂO</strong>: A prática do método Pilates mostra-se eficaz à promoção da saúde física e mental de cidadãos idosos.</p>


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