scholarly journals Verbenaceae no Parque Nacional do Itatiaia, Brasil

Rodriguésia ◽  
2020 ◽  
Vol 71 ◽  
Author(s):  
Ananda de Oliveira Santiago ◽  
Pedro Henrique Cardoso ◽  
Fátima Regina Gonçalves Salimena ◽  
Marcelo Trovó

Resumo Este estudo compreende a flora de Verbenaceae no Parque Nacional do Itatiaia, um importante remanescente de Floresta Atlântica no Complexo da Serra da Mantiqueira. O trabalho foi realizado em toda a extensão do parque com base em materiais coletados em campo e espécimes depositados em herbários. Foram encontrados seis gêneros: Glandularia, Lantana, Lippia, Petrea, Stachytarpheta e Verbena e nove espécies, destacando-se Lippia pubescens e Stachytarpheta speciosa com ocorrência restrita ao Parque. As espécies ocorrem nas diversas fitofisionomias do Parque, desde sub-bosque de florestas ombrófilas a campos de altitude. São fornecidas descrições, chave de identificação, fotografias e comentários sobre ecologia, taxonomia e distribuição geográfica das espécies.

Rodriguésia ◽  
2008 ◽  
Vol 59 (1) ◽  
pp. 161-195 ◽  
Author(s):  
Daniele Monteiro ◽  
Elsie Franklin Guimarães

RESUMO O Parque Nacional do Itatiaia tem sido objeto de estudo mesmo antes de ser designado como parque em junho de 1937. Localizado em terras fluminenses e mineiras, protege atualmente cerca de 30.000 hectares de patrimônio biótico e geomorfológico da Serra da Mantiqueira. A pesquisa teve como objetivo conhecer e descrever os táxons de Peperomia ocorrentes na região, averiguando suas preferências ambientais, além de ampliar o conhecimento sobre espécies raras e endêmicas e gerar subsídios para o conhecimento da flora do estado. Peperomia, o segundo maior gênero das Piperaceae, apresenta cerca de 1.500 espécies, das quais aproximadamente 200 ocorrem no Brasil, habitando preferencialmente locais úmidos e sombreados. O levantamento realizado levou ao reconhecimento de 34 taxa, dos quais seis constituíram novas ocorrências para a região. Estes táxons, que ocorrem no interior da floresta e nos campos de altitude, são encontrados em gradientes altitudinais de 600 a 2.700 m, como epífitos, saxícolos ou terrestres e são diferenciados principalmente pela filotaxia, forma, tamanho e nervação foliares, pilosidade, comprimento do pecíolo e pedúnculo e forma dos frutos.


Rodriguésia ◽  
2016 ◽  
Vol 67 (4) ◽  
pp. 1025-1030 ◽  
Author(s):  
Isis de Mello Rollim ◽  
Marcelo Trovó

Resumo O presente manuscrito apresenta o tratamento florístico de Campanulaceae no Parque Nacional do Itatiaia. A família está representada na área por três gêneros, Lobelia com duas espécies: L. camporum e L. fistulosa, Siphocampylus, com quatro espécies: S. duploserratus, S. longepedunculatus, S. umbellatus e S. westinianus e Wahlenbergia, com uma espécie: W. linarioides. As espécies foram encontradas majoritariamente na parte alta do parque, geralmente associadas a afloramentos rochosos dos campos de altitude, com vegetação graminoide ao redor. Somente S. longepedunculatus foi coletado em sub-bosque de floresta ombrófila, em local úmido. São fornecidas descrições, chave de identificação, além de comentários sobre distribuição geográfica, hábitat e variação morfológica das espécies.


2017 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
Author(s):  
Larissa Santos Vieira ◽  
Ivyn Karla Lima-de-Sousa ◽  
Tatiana Nascimento Docile ◽  
Milena De Sousa Nascimento ◽  
Ronaldo Figueiró

Simulídeos são dípteros nematóceros pertencentes à classe Insecta, ordem Diptera e família Simuliidae, também conhecidos como piuns ou mais comumente chamados de borrachudos. São insetos holometábolos, completam seu ciclo biológico tanto em meio terrestre quanto em aquático e suas larvas estão entre os componentes mais numerosos dos ecossistemas lóticos, pois têm grande potencial colonizador. Os borrachudos são encontrados em água corrente de diferentes volumes, velocidades, temperatura, pH e altitude, a partir do nível do mar. Esses insetos trazem problemas à saúde, sendo vetores de doenças, e também afetam as áreas de turismo e agropecuárias, porém esses insetos são indicadores da qualidade da água. O estudo da bionomia dos simulídeos, que possuem importância veterinária, epidemiológica e turística, pois podem proporcionar informações vitais para programas de controle. Alguns fatores ambientais afetam sua distribuição como condições climáticas, a velocidade da água, a turbulência nos criadouros, a temperatura, teor de oxigênio dissolvido e a quantidade de compostos orgânicos. O presente trabalho teve como objetivo estudar a relação do tamanho corporal das larvas de Diptera: Simuliidae e a velocidade da correnteza, determinando se este fator do meso-habitat tem influência sobre a morfologia larvar. As coletas foram feitas em dois diferentes sítios de coleta, Brejo da Lapa e Alsene. O material coletado foi armazenado em tubos falcons contendo álcool etílico 95. Foi empregada uma regressão linear que demonstrou uma correlação positiva significativa forte, sugerindo que a velocidade da correnteza tem influência direta sobre o tamanho das larvas. A regressão linear apresentou uma correlação positiva significativa forte (F=7,299; R2=0,1191; P=0.0092), sugerindo que a velocidade da correnteza tem influência direta sobre o tamanho das larvas.


2016 ◽  
Vol 20 (02) ◽  
pp. 200-218 ◽  
Author(s):  
Izar Aximoff ◽  
André Felippe Nunes-Freitas ◽  
João Marcelo Alvarenga Braga

2013 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 139-151 ◽  
Author(s):  
Marcel Serra Coelho ◽  
Marco Antônio Alves Carneiro ◽  
Cristina Branco ◽  
Rafael Augusto Xavier Borges ◽  
Geraldo Wilson Fernandes

Gall-inducing insects are very specious in vegetations of southeastern Brazil. Our goal was describe the gall richness by characterizing their external forms and their patterns of occurrence on host plants. Samples were collected from Campos de Altitude at four regions of the Mantiqueira Range: 1) Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 2) Parque Nacional do Caparaó, 3) Parque Estadual do Ibitipoca, 4) Parque Nacional do Itatiaia. We found 93 gall species within 13 families, 30 genera and 50 host plant species. We recorded 38 gall species in Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, 21 in Parque Nacional do Caparaó, 23 in Parque Estadual do Ibitipoca and 20 in Parque Nacional do Itatiaia. Asteraceae represented 33% of the species collected, followed by Melastomataceae at 17%; with each one concentrating 56% and 18% of the galling insects, respectively. 98% of galls were Cecydomiidae (Diptera). The most attacked organ was the stem (56%), followed by the leaf (23%). Only 12% of the galls described in our study had been already recorded in previous studies, thus reinforcing the need to increase the sampling effort toward a better understanding of the richness and the natural history of gall-inducing insects from Brazil.


2010 ◽  
Vol 24 (2) ◽  
pp. 378-385 ◽  
Author(s):  
Mauricio Salazar Yepes ◽  
Aníbal Alves de Carvalho Júnior

A partir de recentes coletas de Uredinales realizadas no Parque Nacional do Itatiaia e em áreas de proteção ambiental ao redor deste parque, foram identificadas novas ocorrências para o Brasil: Dicheirinia binata (Berkeley & Curtis) Arthur, Maravalia manettiae Jørstad, Prospodium bignoniacearum (Spegazzini) Cummins, Puccinia ancizari Mayor, Puccinia investita Schweinitz, Puccinia lasiacidis Kern, Puccinia mandevillae Jackson & Holway e Uredo chusqueae Pardo-Cardona. Estas espécies já haviam sido reportadas em alguns países adjacentes ao Brasil. Além disso, após minuciosa análise bibliográfica, é proposta a sinonimização de Puccinia interjecta Jackson para Puccinia ancizari Mayor. Estas coletas permitiram incrementar as coleções brasileiras e as coleções do Herbário do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB).


2006 ◽  
Vol 35 ◽  
Author(s):  
Leonardo Von Linsingen ◽  
Juliano De Souza Sonehara ◽  
Alexandre Uhlmann ◽  
Armando Cervi

A vegetação da região nordeste do estado do Paraná, situada norevés do escarpamento estrutural Furnas, compreende um mosaico composto por fragmentos de florestas, campos e cerrados. Essa impressionante diversidade fisionômica, deve-se a dois motivos principais. Em primeiro lugar a região abriga uma das áreas de transição entre cerrados do Brasil central e florestas estacionais semidecíduais do sudeste e sul do país. Em segundo lugar esta transição se verifica em pleno limite de ocorrência das espécies típicas dos campos sulinos. Esses fatores são acentuados pelo escarpamento estrutural furnas, cujo relevo promove variação ambiental formando fragmentos de vegetação peculiares nas maiores altitudes. De uma maneira geral as fisionomias dos campos rupestres e campos de altitude estão associadas aos solos rasos e jovens em áreas de altitudes, ao passo que em altitudes moderadas, nos solos mais antigos e profundos, ocorrem cerrados ou florestas. Essas formações estão condicionadas à fertilidade e regime de água dos solos e freqüência de incêndios (OLIVEIRA-FILHO et al., 1994; TANNUS & ASSIS, 2004). Devido aos processos de ocupação e exploração à vegetação foi substituída por monoculturas e os relíctos, em forma de remanescentes, esparsos são inúmeras vezes perturbados pelo fogo, pecuária ou pela retirada seletiva de madeira. O Parque Estadual do Cerrado constitui uma importante amostra da vegetação da região nordeste do estado, pois seus quatro tiposfisionômicos principais (floresta, cerrado, campo e refúgio vegetacional rupestre) encontram-se bem preservados. Por estemotivo, o Parque abriga uma notável diversidade de espécies deplantas em uma área relativamente pequena, o que atraiu a  atenção de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (e. g., LAROCA & ALMEIDA, 1994) e de outras instituições, que têm realizado ali várias expedições científicas. A primeira descrição da vegetação do Parque foi realizada por UHLMANN et al. (1995 & 1997). Os autores classificaram a vegetação em três tipos fisionômicos, floresta estacional semidecídua, cerrado e campo.O propósito do presente trabalho é de amostrar a vegetação edescrever os diferentes tipos fisionômicos, dentro de uma abordagem interpretativa na qual as variações da vegetação são associadas às diversidades ambientais.


2010 ◽  
Vol 50 (1) ◽  
pp. 1-29 ◽  
Author(s):  
Marcelo Ferreira de Vasconcelos ◽  
Marcos Rodrigues

Montane open-habitats of southeastern Brazil are represented by the campos rupestres (principally in the Espinhaço Range) and by the campos de altitude (in the Serra do Mar and Serra da Mantiqueira). In spite of the occurrence of endemic species in both vegetation types, an analysis and synthesis of their bird communities have never been conducted. In this paper, we present an avifaunal survey of these areas, describe patterns of geographic distribution, and comment on the conservation of those open-habitats and their avifauna. A total of 231 bird species was recorded in the open-habitats of southeastern Brazilian mountaintops. In the campos rupestres, 205 species were recorded, while in the campos de altitude, the total was 123 species. Five patterns of distribution are recognizable among birds occurring in these habitats: non-endemic (191 species), Atlantic Forest endemics (26 species), Cerrado endemics (6 species), Caatinga endemic (1 species), and montane open-habitat endemics (7 species). In spite of the presence of several protected areas in those regions, the existing reserves do not guarantee the conservation of their important vegetation types and their avifaunas under current low levels of implementation. Since several endemic and threatened bird species live in the campos rupestres and campos de altitude, more efforts must be directed for their conservation.


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