scholarly journals Visita à criança hospitalizada em terapia intensiva: vivências de irmãos reveladas por meio do brinquedo terapêutico dramático

2022 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Glicinia Elaine Rosilho Pedroso ◽  
Ana Paula Rigon Francischetti Garcia ◽  
Luciana de Lione Melo

Resumo Objetivo: compreender, por meio do brinquedo terapêutico dramático, o significado, para o irmão, de visitar a criança hospitalizada em terapia intensiva. Método: pesquisa qualitativa, modalidade fenomenológica, que utilizou o brinquedo terapêutico dramático para acessar às experiências dos irmãos. Foi realizada em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do interior do estado de São Paulo, Brasil. Participaram das sessões de brinquedo terapêutico 11 irmãos menores de 10 anos, as quais foram analisadas à luz da Teoria do Amadurecimento. Resultados: os irmãos, tendo um lugar para brincar, dramatizaram situações, anteriormente, vividas, de seu cotidiano e da visita à criança hospitalizada. Ao viver, criativamente, revelaram que brincar é fazer a integração das experiências do “eu”, favorecendo o continuar a ser diante da situação vivida. Conclusões e implicações para a prática: o Brinquedo Terapêutico Dramático compreendido à luz de um referencial teórico possibilitou que o irmão significasse a visita como uma experiência de integração do “eu”, revelando emoções, desejos e preferências do cotidiano. Nesse sentido, o cuidado ao irmão da criança hospitalizada define-se pela oferta do brincar livre, para que ele demonstre o sentimento de continuar a ser em suas interações com o mundo, no qual o contexto hospitalar tornou parte da realidade.

2019 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 12
Author(s):  
Manuella Fernanda De Souza ◽  
Jéssica Caxias Bento ◽  
Clarice Santana Milagres

A morte encefálica (ME) representa a ausência de funcionamento cerebral, no qual há inexistência de atividade elétrica na região do encéfalo e o paciente somente consegue sobreviver devido a meios artificiais, permanecendo com a função cardiorrespiratória intacta temporariamente. O enfermeiro tem importante papel na identificação, notificação e captação de órgãos de pacientes com este diagnóstico, atuando na comunicação com a família para que eles possam decidir sobre aceitar ou recusar a doação de órgãos. Objetivo: Verificar a percepção dos enfermeiros intensivistas diante da morte encefálica e da doação de órgãos. Métodos: Pesquisa qualitativa convergente assistencial, realizada em um hospital público no interior do Estado de São Paulo. Foram selecionados enfermeiros intensivistas que atuam neste setor de Unidade de Terapia Intensiva adulto. Para a pesquisa, foi realizada uma entrevista com questões norteadoras discursivas, e, posteriormente, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin. Nesta proposta, a categorização foi utilizada e empregada a representatividade. Resultados: Da análise das transcrições das entrevistas obtidas emergiram três categorias temáticas: percepção dos enfermeiros para lidar com a morte; preparo do enfermeiro intensivista sobre a morte e seus critérios de definição; e processo de trabalho do enfermeiro na efetividade do processo de doação de órgãos para transplante. Conclusão: O presente estudo proporcionou a percepção do enfermeiro intensivista diante da morte encefálica e da doação de órgãos. O processo de trabalho deste profissional consta, entre diversas atividades, realizar uma assistência de qualidade ao indivíduo em ME, reconhecer os sinais e sintomas da ME, realizar os cuidados ao corpo e, por fim abordar os familiares de forma empática e humana, assim como orientá-los, sobre a doação de órgãos. Diante desta última ação, o êxito de um futuro transplante pode ser possível.Palavras-chave: morte encefálica, transplantes, unidades de terapia intensiva.  


2010 ◽  
Vol 35 (2) ◽  
pp. 225-229
Author(s):  
Alexandre Luque ◽  
Camila Gabriela Garcia Martins ◽  
Marcele Siegler Santiago Silva ◽  
Fernanda de Córdoba Lanza ◽  
Mariana Rodrigues Gazzotti

2012 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. 107-115 ◽  
Author(s):  
Larissa Lenotti Zuliani ◽  
Marli de Carvalho Jericó

OBJETIVO: Descrever e comparar o consumo e gastos com medicamentos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e Semi-intensiva Pediátricas. MÉTODOS: Estudo descritivo, exploratório, retrospectivo, com abordagem quantitativa por meio de estatística descritiva simples. A coleta de dados ocorreu no período de junho de 2007 a maio de 2008 nas UTI e Semi-intensiva Pediátricas de um hospital de ensino do interior do Estado de São Paulo, utilizando-se a classificação ABC. RESULTADOS: O gasto médio/leito da Unidade Cardiológica foi de R$ 1.400,00±0,26 leito/mês e da Neonatal de R$ 1.530,00±0,27 leito/mês, sendo menor na UTI e Semi-intensiva Pediátrica (R$ 260,00±0,13 leito/mês). Houve variação significativa do gasto mensal com medicamentos independentemente da taxa de ocupação. Na Classe A, os dez medicamentos de maior custo representaram 57,1, 54,3, e 46,3% do orçamento das UTI e Semi-intensivas Cardiológica, Neonatal e Pediátrica, respectivamente. Na Neonatal, os dez medicamentos mais consumidos corresponderam à Classe C, com 6,6% do orçamento, enquanto que nas outras unidades se enquadram oito, responsáveis por 7,8% do orçamento da Cardiológica e 7,7% da Pediátrica. CONCLUSÕES: A classificação ABC permitiu conhecer o consumo e os gastos com medicamentos; esse método favorece a gestão desses recursos nas unidades avaliadas.


2007 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 305-310 ◽  
Author(s):  
Simone Paschoa ◽  
Suely Sueko Viski Zanei ◽  
Iveth Yamaguchi Whitaker

OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida (QV) dos técnicos e auxiliares de enfermagem que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva e identificar os fatores sociodemográficos e relacionados ao trabalho que podem influenciar a QV. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em um hospital escola da cidade de São Paulo. A coleta de dados de 126 trabalhadores de enfermagem em nove Unidades de Terapia Intensiva foi realizada em outubro e novembro de 2005. Utilizou-se como instrumento de avaliação de QV o WHOQOL-BREF. RESULTADOS: As médias em cada domínio da QV foram: Relações Sociais 66,3; Psicológico 60,8; Físico 53,1 e Meio-Ambiente 49,4. A variável idade apresentou correlação positiva somente com o domínio físico e o número de empregos se correlacionou inversamente com os domínios Físico, Psicológico e Relações Sociais. CONCLUSÃO: A qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem em todas as dimensões é relativamente baixa, considerando-se os valores entre 0-100. Há fraca correlação dos domínios com idade e número de empregos.


2007 ◽  
Vol 20 (4) ◽  
pp. 404-409 ◽  
Author(s):  
Tereza Yoshiko Kakehashi ◽  
Eliana Moreira Pinheiro ◽  
Gilberto Pizzarro ◽  
Guilherme

OBJETIVO: Verificar o nível de ruído da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e identificar suas fontes. MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo e exploratório, conduzido em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de São Paulo. A coleta de dados ocorreu de abril a maio de 2005, utilizando um dosímetro para 96 horas de registro do nível de pressão sonora e 9 horas de observação, para identificar as fontes de ruído. RESULTADOS: Registrou-se Leq entre 61,3 a 66,6 dBA, sendo maior nos dias do final de semana. Os valores dos picos variaram de 90,8 a 123,4 dBC, sendo mais elevados no período noturno. As principais fontes foram: alarme dos ventiladores, dos oxímetros, conversa entre profissionais e pais e outros. CONCLUSÃO: Considerando os efeitos deletérios do nível elevado de ruído sobre neonatos e equipe de saúde, os resultados demonstram a necessidade de intervenções em algumas rotinas e na conduta dos profissionais e familiares.


2004 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 83-91 ◽  
Author(s):  
Marcia Galan Perroca ◽  
Raquel Rapone Gaidzinski

Este artigo parte de uma pesquisa sobre a avaliação da confiabilidade e validade do instrumento de classificacão de pacientes, elaborado por Perroca, e tem por propósito analisar a validade de constructo desse instrumento, bem como verificar sua aplicabilidade na prática gerencial do enfermeiro. Integraram o estudo 141 pacientes, alocados em Unidades de Internacão e Unidades de Terapia Intensiva, de um hospital de ensino no interior de São Paulo. A validade de constructo do instrumento foi realizada por um conjunto de tratamentos estatísticos. O resultado do estudo evidenciou todos os indicadores críticos como importantes, tendo cada um papel próprio na determinação do grau de complexidade do paciente em relação à atenção de enfermagem, assim como mostrou que o instrumento apresenta evidências de validade, estando em condições de ser aplicado na prática gerencial do enfermeiro como norteador das necessidades de cuidado do paciente, bem como da carga de trabalho da equipe de enfermagem.


2021 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. e6414
Author(s):  
Rená Alves ◽  
Samara Bertin Suguitani Santello ◽  
Andressa Ferreira Adão

Objetivo: Identificar a percepção de médicos acerca do manejo da dor e os critérios para a escolha analgésica em pacientes pediátricos e neonatais hospitalizados em unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal. Métodos: Estudo descritivo, qualitativo, realizado no ano de 2020 em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINEO) de um Hospital Regional de nível terciário vinculado a uma universidade privada do interior do estado de São Paulo. Para a realização das entrevistas, foi utilizada uma entrevista semiestruturada e analisada segundo Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Em relação à caracterização dos participantes, cinco eram do sexo masculino e 14 do sexo feminino. Sete participantes possuem formação em pediatria intensivista, sete em pediatria neonatal e cinco residentes em pediatria e neonatologia. O tempo de atuação na área infantil variou entre quatro meses a 42 anos, sendo a média de 10 anos. Os dados foram categorizados em duas categorias temáticas. Conclusão: Possibilitou apreender que os participantes estão sensibilizados com a dor pediátrica, porém, foi possível identificar que não utilizam instrumentos de avaliação da dor pediátrica, o que pode influenciar no manejo da dor como um todo.


2020 ◽  
Vol 23 (264) ◽  
pp. 3906-3921
Author(s):  
Thais De Lima ◽  
Carla Roberta Monteiro ◽  
Tânia Arena Moreira Domingues ◽  
Ana Paula Dias de Oliveira ◽  
Cassiane Dezoti da Fonseca

Objetivo: Verificar o conhecimento teórico-prático dos enfermeiros sobre a técnica do exame físico céfalo-caudal em um hospital universitário da cidade de São Paulo. Método: Estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa realizado com 51 enfermeiros de unidades de internação e terapia intensiva adulto, submetidos a um questionário estruturado. A análise dos resultados foi feita por meio da estatística descritiva e análise inferencial por associação entre as variáveis de interesse. Resultados: Os dados revelaram índices de acertos acima de 70%. A graduação foi considerada o período de maior aquisição de conhecimento sobre o exame físico (p=0,039). O tempo de formação e atuação foram associados a maior escolaridade (p<0,05), a qual foi determinante para prática do exame físico (73,8%). Conclusão: os achados desta investigação reforçam a importância da educação permanente junto aos enfermeiros para a prática do exame físico com objetivo de manter uma assistência de qualidade orientada para a segurança do paciente.


2021 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
Author(s):  
Daiane Vieira Medeiros Costa ◽  
Vanessa Rossato Gomes ◽  
Ana Maria Limeira de Godoi

Introducción: En la asistencia sanitaria es necesario registrar las actividades realizadas a través de la historia clínica electrónica del paciente, la cual se constituye como una herramienta que incide en diversas tareas, entre ellas, las realizadas en las unidades de cuidados intensivos. Cualquier problema que se presente en estos sistemas electrónicos tiene un impacto directo en la prestación de la asistencia sanitaria. El objetivo de este estudio fue evaluar la percepción sobre el uso de la historia clínica electrónica y la satisfacción entre los profesionales de enfermería del área de cuidados intensivos, así como evaluar un instrumento de cuestionario para este fin. Materiales y métodos: Se realizó un estudio transversal cuantitativo en la ciudad de São Paulo. El instrumento de recolección fue elaborado por los autores y validado en cuanto a apariencia y contenido. Las variables categóricas se compararon mediante la prueba exacta de Fisher y la prueba de chi-cuadrado, y las variables numéricas a través de la prueba de Krushal-Wallis. Resultados: En el estudio participaron 75 profesionales de enfermería, la mayoría mujeres, que pertenecían a la categoría de técnicos de enfermería. La mayoría de los participantes consideró que la historia clínica electrónica era fácil de usar, indicó tener conocimiento suficiente sobre el manejo de la historia clínica electrónica, señaló que el número de computadores en el hospital era insuficiente y afirmó que había mejorado la seguridad del paciente y del equipo asistencial con el uso de la historia clínica electrónica del paciente. A los enfermeros les resulta más difícil utilizar esta herramienta. Conclusiones: Se encontró que la historia clínica electrónica resulta fácil de usar, mientras que las principales dificultades están relacionadas con su funcionalidad, especialmente por parte de los enfermeros. Como citar este artículo: Costa, Daiane Vieira Medeiros; Gomes, Vanessa Rossato; Godoi, Ana Maria Limeira de. Prontuário eletrônico em terapia intensiva: validação de instrumento sobre percepção e satisfação da enfermagem. Revista Cuidarte. 2021;12(2):e1332. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1332   


2012 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 59-67 ◽  
Author(s):  
Lilia de Souza Nogueira ◽  
Regina Marcia Cardoso de Sousa ◽  
Katia Grillo Padilha ◽  
Karina Mitie Koike
Keyword(s):  
De Se ◽  

Este estudo objetivou comparar as características clínicas, evolução e gravidade de pacientes adultos internados em Unidades de Terapia Intensiva públicas e privadas. Trata-se de uma análise retrospectiva, longitudinal e quantitativa de 600 pacientes admitidos em quatro Unidades de Terapia Intensiva em São Paulo, Brasil. Diferenças foram encontradas entre os pacientes admitidos nos hospitais privados e públicos em relação às seguintes variáveis: idade, procedência, tempo de internação e mortalidade na unidade crítica, insuficiências cardiológica, hematológica, neurológica e renal, além de algumas comorbidades. Tais resultados revelam a importância de se analisar detalhadamente as características clínicas e a assistência prestada aos pacientes admitidos em instituições públicas, frente a maior mortalidade encontrada. O Enfermeiro de Terapia Intensiva pode contribuir para alterar esse panorama, visto que detém um papel de liderança no planejamento assistencial e na provisão de recursos necessários para assistência intensiva.


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