scholarly journals Epidemiological factors related to the transmission risk of Trypanosoma cruzi in a Quilombola community, State of Mato Grosso do Sul, Brazil

2011 ◽  
Vol 44 (5) ◽  
pp. 576-581 ◽  
Author(s):  
Marlon Cezar Cominetti ◽  
Renato Andreotti ◽  
Elisa Teruya Oshiro ◽  
Maria Elizabeth Moraes Cavalheiros Dorval

INTRODUCTION: This work was an epidemiological investigation of the risk of Trypanosoma cruzi transmission in the rural Quilombola community of Furnas do Dionízio, State of Mato Grosso do Sul, Brazil. METHODS: Of the 71 animals examined, seven were captured (two opossums, Didelphis albiventris; four rats, Rattus rattus; and one nine-banded armadillo, Dasypus novemcinctus) and 64 were domestic (one canine, Canis familiaris; five pigs, Sus scrofa; two bovines, Bos taurus; five caprines, Capra sp.; and 51 ovines, Ovis aries). Parasitological tests were performed to detect parasites in the blood and to identify the morphology of flagellates. These methods included fresh examinations, buffy coat tests and blood cultures. Molecular analysis of DNA for identification of trypanosomatids was performed by polymerase chain reaction (PCR) with primers S35 and S36. RESULTS: The parasitological tests showed flagellates in an opossum and two cattle. The molecular tests showed DNA from T. cruzi in an opossum and a pig. Triatoma sordida was the only triatomine species found in the community, and it colonized households (four specimens) and the surrounding areas (124 specimens). Twenty-three specimens tested positive for flagellates, which were subsequently identified as T. cruzi by PCR. CONCLUSIONS: Data analysis demonstrated that T. cruzi has a peridomestic life cycle that involves both domestic and wild mammals.

2004 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 165-169 ◽  
Author(s):  
Raul José Silva Girio ◽  
Fernando Lúcio Garcia Pereira ◽  
Moacir Marchiori Filho ◽  
Luís Antônio Mathias ◽  
Rita de Cássia Pereira Herreira ◽  
...  

Foram examinadas 315 amostras de soros sangüíneos de diversas espécies de animais que vivem em estado feral ou silvestre na região de Nhecolândia, Corumbá, MS, por meio da prova de soroaglutinação microscópica para leptospirose. Dessas amostras, 67 foram de bois baguás (Bos taurus indicus), 39 de porcos-monteiros (Sus scrofa), 39 de búfalos (Bubalus bubalis), nove de quatis (Nasua nasua), 41 de veados-campeiros (Ozotoceros bezoarticus), 10 de veados-mateiros (Mazama americana) e 110 amostras de ovinos (Ovis aries). Em 12 animais que vieram a óbito, seis porcos-monteiros, quatro veados-campeiros e dois ovinos, foram realizadas tentativas de isolamento de Leptospira do fígado e dos rins por cultura em meio semi-sólido. Fragmentos desses órgãos foram submetidos a exame histopatológico e também a exame para detecção das Leptospiras pela técnica de imuno-histoquímica. Os resultados dos exames sorológicos mostraram que 64 (20,3%) das amostras foram reagentes para, pelo menos, um sorovar de Leptospira patogênica; foram reagentes 41,0% das amostras de búfalos, 40,3% das de bois baguás, 17,9% das de porcos-monteiros, 9% das de ovinos e 9,7% das amostras de veados-campeiros; nenhuma das amostras de veados-mateiros e de quatis foi reagente. Os sorovares mais freqüentes foram: pomona, para búfalos e ovinos; icterohaemorrhagiae, para ovinos, veados-campeiros e suínos; e copenhageni, para veados-campeiros e suínos. As tentativas de isolamento dos rins e fígados foram todas negativas, e pela técnica da imuno-histoquímica foi detectada Leptospira no fígado de um porco-monteiro. As principais alterações estruturais, encontradas nos rins de dois veados-campeiros e de um porco-monteiro, foram infiltrado inflamatório intersticial com congestão associada a hemorragias.


2018 ◽  
Vol 194 ◽  
pp. e9
Author(s):  
Ana Beatriz Marques de Almeida ◽  
Fábio Morotti ◽  
Anne Kemmer Souza ◽  
Maria Isabel Mello Martins

Author(s):  
Wesley Arruda Gimenes Nantes ◽  
Wanessa Teixeira Gomes Barreto ◽  
Filipe Martins Santos ◽  
Gabriel Carvalho de Macedo ◽  
Andreza Castro Rucco ◽  
...  

2008 ◽  
Vol 38 (5) ◽  
pp. 1351-1356 ◽  
Author(s):  
Alda Izabel de Souza ◽  
Daniel Paulino-Junior ◽  
Marlos Gonçalves Sousa ◽  
Aparecido Antonio Camacho

A doença de Chagas causada pelo T. cruzi é transmitida, principalmente, por insetos vetores e está distribuída na Argentina, no Chile, na Venezuela e no Brasil. O cão, além de ser um importante reservatório, também é vítima da doença e a única espécie capaz de desenvolver manifestações clínicas iguais a do homem. O presente trabalho teve como objetivo descrever as alterações clínicas encontradas em quatro cães infectados naturalmente pelo T. cruzi e alertar para a possibilidade de que a ocorrência dessa enfermidade em cães de Mato Grosso do Sul possa estar sendo subestimada. Os animais foram selecionados a partir de exames sorológicos de reação de imunofluorescência indireta (RIFI), ensaio imunossorvente ligado à enzima (ELISA) e immunoblotting com antígeno secretado e excretado da forma tripomastigota do T. cruzi (TESA-blot) e submetidos a xenodiagnóstico, exame físico, radiografia torácica, eletrocardiografia, ecocardiografia e bioquímica sérica. As alterações encontradas foram aumento de ventrículo direito, presença de arritmias do tipo bloqueio átrio ventricular, sinus arrest e bloqueio de ramo direito, além de disfunção sistólica e diastólica. Três animais apresentaram hiperproteinemia e as dosagens das enzimas CK e CK-MB revelaram valores indicativos de uma miocardite ativa. Esses são os primeiros casos descritos de cães com evidências consistentes de infecção natural pelo T. cruzi em Mato Grosso do Sul e ressalta-se o alerta aos médicos veterinários para a importância clínica e o papel dessa espécie como reservatório da doença.


2014 ◽  
Vol 47 (6) ◽  
pp. 747-755 ◽  
Author(s):  
Marlon Cezar Cominetti ◽  
Bárbara Guimarães Csordas ◽  
Rodrigo Casquero Cunha ◽  
Renato Andreotti

2011 ◽  
Vol 41 (8) ◽  
pp. 1447-1452 ◽  
Author(s):  
Alberto Gomes ◽  
Wilson Werner Koller ◽  
Antonio Thadeu Medeiros de Barros

O carrapato bovino, Rhipicephalus (Boophilus) microplus, destaca-se dentre os ectoparasitas de importância econômica à pecuária nacional, tornando-se necessária a adoção de medidas de controle, particularmente em rebanhos Bos taurus e seus cruzamentos. O controle do carrapato tem sido cada vez mais difícil devido à constatação de populações resistentes aos diversos produtos em uso. Neste estudo, teve-se por objetivo conhecer a suscetibilidade desse carrapato a acaricidas em Mato Grosso do Sul. De outubro de 2003 a outubro de 2006, testes carrapaticidogramas foram realizados em onze das principais regiões pecuárias do estado. Nos testes de suscetibilidade, foi utilizada a técnica de imersão de adultos, com posterior avaliação de parâmetros biológicos. Foram testados doze acaricidas comerciais, abrangendo sete princípios ativos (isoladamente ou em associação), pertencentes a três grupos químicos: amidinas (amitraz), piretróides sintéticos (cipermetrina) e organofosforados (clorfenvinfós, clorpirifós, diazinon, diclorvós e etion). Baixa suscetibilidade foi detectada em todas as propriedades, evidenciando uma reduzida eficácia de todos os grupos químicos testados. Apesar da grande variação de suscetibilidade demonstrada pelas distintas populações a cada acaricida testado, foi possível observar um gradiente de eficácia desses produtos. Independente da classe, a eficácia média dos produtos com um único princípio ativo (19,94%-64,27%) foi, de modo geral, menor que a das associações, tanto entre piretróide e organofosforados (46,38%-82,68%), como exclusivamente entre organofosforados (85,28%-97,68%). A associação contendo piretróide, organofosforados, sinergista e repelente (cipermetrina + clorpirifós + butóxido de piperonila + citronelal) apresentou 100% de eficácia, embora testada em menor número de populações. Embora comparações com cepas suscetíveis não tenham sido efetuadas, a baixa suscetibilidade demonstrada aos distintos produtos testados sugere que a resistência do carrapato a diferentes classes esteja amplamente disseminada no Estado, motivo pelo qual recomenda-se a realização rotineira de testes de suscetibilidade antes da seleção e aplicação de produtos acaricidas para controle do carrapato.


2010 ◽  
Vol 100 (1) ◽  
pp. 43-54 ◽  
Author(s):  
José Jurberg ◽  
Helene S. Barbosa ◽  
Cleber Galvão ◽  
Dayse da S. Rocha ◽  
Maria Beatriz A. Silva

Os autores descreveram as características morfológicas de Triatoma klugi Carcavallo, Jurberg, Lent & Galvão, 2001 pertencente ao grupo de espécies que compõem o "complexo T. oliveirai". Até o presente tem sido difícil separar essas espécies com base nas características ninfais, o que justifica o desenvolvimento deste trabalho. Os espécimes foram coletados em frestas de rochas no morro Malavok na localidade de Linha Brasil, município de Nova Petrópolis, no Estado do Rio Grande do Sul. O local de captura dos triatomíneos situa-se entre 700 e 800 m de altitude (29º18'38''S, 51º04'57''W). Juntamente com T. oliveirai (Neiva, Pinto & Lent, 1939), espécie morfologicamente mais próxima, são as únicas do complexo que não foram encontradas, até o momento, no Estado do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, Brasil. Em condições experimentais, já foi testada e comprovada a sua susceptibilidade à infecção pelo Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909) e Trypanosoma rangeli (Tejera, 1920). A análise comparativa das ornamentações do exocório dos ovos e de três estádios ninfais de T. klugi por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura mostrou algumas particularidades morfológicas, com destaque para: a face ventral da cabeça, o sulco estridulatório e os últimos segmentos abdominais (IX, X - futura genitália e XI - tubo anal). Esses dados contribuem para a ampliação dos parâmetros diferenciais visando à diagnose de T. klugi durante o seu desenvolvimento ninfal.


2019 ◽  
Vol 20 ◽  
Author(s):  
Filipe Martins Santos ◽  
Gabriel Carvalho de Macedo ◽  
Wanessa Teixeira Gomes Barreto ◽  
Wesley Arruda Gimenes Nantes ◽  
William Oliveira de Assis ◽  
...  

Resumo O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do sexo, da sazonalidade e de infecções por Trypanosoma cruzi e Trypanosoma evansi nos valores hematológicos de lobinhos (Cerdocyon thous) que habitam o Pantanal Sul-Mato-Grossense. Entre novembro de 2015 e outubro de 2016, foram amostrados 48 lobinhos. Os valores hematológicos mensurados foram as contagens de eritrócitos e leucócitos, volume globular e volume corpuscular médio. Consideramos como parasitados os animais positivos para T.cruzi e T. evansi em qualquer um dos testes diagnósticos utilizados. Observamos que sete (14.5%) lobinhos encontraram-se parasitados somente por T.cruzi, sete por T. evansi, e nove (19%) estavam coinfectados. Os animais parasitados por T.cruzi mostraram um aumento significativo das contagens de leucócitos (14.7 x 103) em relação aos animais não parasitados (10.4 x 103), parasitados por T. evansi (12.4 x 103) e coinfectados (12.9 x 103). Observamos diferença significativa em relação aos valores médios de eritrócitos e volume corpuscular médio entre os períodos de cheia e seca: 2.6 x 106 e 165, e 3.4 x 106 e 132, respectivamente. Todos apresentaram macrocitose não confirmada morfologicamente.


2005 ◽  
Vol 38 (6) ◽  
pp. 473-478 ◽  
Author(s):  
Maurício Antonio Pompilio ◽  
Maria Elizabeth Moraes Cavalheiros Dorval ◽  
Rivaldo Venâncio da Cunha ◽  
Constança Britto ◽  
José Borges-Pereira

Com o objetivo de avaliar aspectos epidemiológicos, clínicos e parasitológicos da doença de Chagas crônica, em pacientes do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, realizamos um estudo seccional envolvendo 120 chagásicos e 120 controles não-chagásicos, de ambos os sexos, com idades de 16 a 82 anos. Os aspectos epidemiológicos foram avaliados por questionário, a cardiopatia por exame clínico, eletrocardiograma convencional, radiologia e ecodopplercardiograma e a presença de Trypanosoma cruzi no sangue por xenodiagnóstico e teste da reação em cadeia da polimerase. Os resultados mostraram predominância de alóctones com baixa escolaridade e referência de contato prévio com triatomíneos entre os chagásicos. Abortamento espontâneo foi mais freqüente nas mulheres chagásicas. A cardiopatia devido ao componente chagásico foi estimada em 20,2%. Apresentou-se com 7,5% de cardiomegalia, 6,2% de aneurisma de ventrículo esquerdo e com predominância de dispnéia, palpitações e hipertensão arterial. O xenodiagnóstico foi positivo em 26,1% dos chagásicos enquanto a PCR foi positiva em 53,7%. A análise dos resultados indicou que a doença de Chagas no grupo estudado apresenta características clínicas e parasitológicas que revelam peculiaridades regionais.


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