scholarly journals Murcha bacteriana no estado do Amazonas, Brasil

2004 ◽  
Vol 29 (1) ◽  
pp. 17-23 ◽  
Author(s):  
Rosalee A. Coelho Netto ◽  
Bianca G Pereira ◽  
Hiroshi Noda ◽  
Bernard Boher

Durante 1998 e 2000, a incidência de murcha bacteriana causada por Ralstonia solanacearum foi registrada em 25 municípios do estado do Amazonas. A bactéria foi encontrada nas seguintes espécies vegetais: Capsicum annuum, C. chinense, C. frutescens, Cucumis sativus, Heliconia sp., Lycopersicon esculentum, Melanthera discoidea, Moringa oleifera, Musa sp., Solanum melongena, S. gilo, e S. nigrum. Em tomateiros (Lycopersicon esculentum), a murcha bacteriana estava presente em todos os plantios. Em bananeiras (Musa spp.), a incidência do Moko foi menor nas várzeas dos rios Madeira e Negro do que nas dos rios Solimões e Amazonas. Caracterizaram-se 320 isolados de R. solanacearum, obtidos no levantamento, com relação a raça e a biovar. A biovar 1 predominou em todos os hospedeiros, com exceção de C. annuum e C. chinense, onde estirpes da biovar 3 foram maioria. Apenas 7,8% das estirpes foram da biovar N2. A sensibilidade de 56 estirpes da raça 1 a 23 bacteriocinas foi avaliada. As estirpes da biovar 3 apresentaram uma menor variabilidade, na sensibilidade a bacteriocinas do que as estirpes das biovares 1 e N2.

2003 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 362-366 ◽  
Author(s):  
Rosalee A. Coelho Netto ◽  
Bianca G. Pereira ◽  
Hiroshi Noda ◽  
Bernard Boher

A variabilidade de isolados de Ralstonia solanacearum, provenientes de tomateiros (Lycopersicon esculentum) do Estado do Amazonas, foi estudada com relação à agressividade, à sensibilidade a bacteriocinas e às características bioquímicas. Três experimentos foram estabelecidos em áreas naturalmente infestadas com R. solanacearum sendo um em terra firme, em 1998, e dois em uma mesma área de várzea, em 1998 e em 2000. Em cada experimento, 200 mudas de tomateiros da cv Yoshimatsu (resistente) e 200 da cv. Santa Cruz Kada (suscetível) foram plantadas alternadas em um espaçamento de 1 m entre fileiras e 0,5 m entre plantas. Semanalmente, isolou-se a bactéria, a partir de plantas apresentando sintomas de murcha. Obtiveram-se, nos três experimentos, 267 isolados pertencentes aos biovares 1 (67,8%) e 3 (32,2%). Em terra firme, 80,4% dos isolados obtidos eram do biovar 1 enquanto que em várzea, os isolados do biovar 1 foram 37,4 e 87,8%, nos ensaios de 1998 e de 2000, respectivamente. Com base na sensibilidade a bacteriocinas os isolados foram divididos em sete grupos, sendo que dois deles englobaram 80,5% do total dos isolados. Através da reação apresentada por 15 plantas de tomate, de berinjela (Solanum melongena) e de pimentão (Capsicum annuum) , inoculadas um mês após a semeadura, a agressividade de isolados selecionados foi avaliada. Os isolados do biovar 1 foram mais agressivos sobre tomateiros que os do biovar 3. Estes últimos, no entanto, foram mais agressivos sobre pimentão e berinjela. Em várzea, as plantas da cv. Yoshimatsu tiveram 50,5% de mortalidade contra 22,5%, em terra firme, comprovando a importância do fator ambiente na ocorrência da doença.


2005 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
Author(s):  
S. V. S. Chauhan ◽  
H. H. Singh ◽  
H. K. Gupta

: N-phenylphthalamic acid — Cl4H1 1 NO3 (Nevirol 60 WP) was successfully used for enhancing yield in some important vegetable crops namely, tomato (Lycopersicon esculentum), chilli (Capsicum annuum) and brinjal (Solanum melongena) of Solanaceae. Aqueous sprays with 0.2% and 3.0% significantly enhanced fruit production in chilli and tomato respectively. On the other hand, various treatments in brinjal failed to enhance yield significantly. The increase in yield in both tomato and chilli is largely due to increase in the number of flowers and fruit-set percentage.


Author(s):  
Rkhaila Amine ◽  
El Hartiti Abla ◽  
Bouziani Idrissi Mohammed ◽  
Ounine Khadija

Background: Chitin and chitosan are natural products extracted from shrimp shells. They are non-toxic, biocompatible and biodegradable which favors many applications in agricultural domain. Moreover, chitin and chitosan are known as stimulators of photosynthetic rates and enhance pants growth through minerals contains (C, O, N ….). In the present study, these co-products are evaluated for their ability to stimulate the germination and growth of Lycopersicon esculentum L., Capsicum annuum L. and Solanum melongena L. Methods: The experiments were conducted at Ibn Tofail University-Kenitra, between July 2016 to January 2018. The experiments are carried out by using a germination test for the three seeds. On the other hand, the in vivo test is used to determine the effect of the biopolymers on plant growth (length, fresh and dry weights of aerial and root parts, number and weight of the obtained fruits). Result: In vitro studies reveal a promoter action of chitosan and the mixture chitin-chitosan on increasing seed germination percentage by 16%, 34% and 22%. Thus, at both 25, 50 and 100 mg/l of chitin or chitosan, increase vigor index, shoot length and root is obtained. In vivo, the effect of chitin and chitosan is limited to stimulation of the lengths, fresh and dry weights of plants. However, a highly significant increase in the number and weight of the fruits is marked by the weekly soil amendment by the chitin-chitosan mixture at 25 mg/l and 100 mg/l.


2007 ◽  
Vol 273 (3) ◽  
pp. 763-766 ◽  
Author(s):  
T. Ünak ◽  
Y. Yildirim ◽  
G. Tokucu ◽  
G. Ünak ◽  
J. Öcal ◽  
...  

Revista CERES ◽  
2013 ◽  
Vol 60 (3) ◽  
pp. 354-362 ◽  
Author(s):  
Daiana Pereira dos Santos ◽  
Renan Rodrigues Braga ◽  
Fernanda Aparecida Rodrigues Guimarães ◽  
Ana Beatriz Rocha de Jesus Passos ◽  
Daniel Valadão Silva ◽  
...  

Herbicidas que apresentam atividade residual no solo podem se tornar problema para os cultivos agrícolas, pela possibilidade de intoxicar culturas sucessoras. No caso dos hormonais, há grande dificuldade na determinação de resíduos pela técnica do bioensaio, em função da variação na resposta em crescimento, apresentada pela espécie indicadora. Neste trabalho, objetivou-se determinar espécies e variáveis sensíveis aos herbicidas 2,4 D e picloram, para indicação de resíduos no solo. Para isso, realizaram-se dois bioensaios, sendo que cada um, constituiu-se de 60 tratamentos, em esquema fatorial, compostos pela combinação de três espécies vegetais (Lycopersicon esculentum, Cucumis sativus e Beta vulgaris), dois substratos (areia e amostra de solo) e dez subdoses do herbicida (0; 3; 6; 12; 22,5; 47; 94; 187,5; 375 e 750 g ha-1) e (0; 3; 6; 9; 18; 30; 60; 123; 246 e 501 g ha-1) para o 2,4-D e picloram, respectivamente. O delineamento experimental utilizado para ambos os ensaios foi em blocos casualizados, com quatro repetições. O aumento das doses dos herbicidas provocou reduções nas variáveis altura de planta, matéria seca e, aumento da intoxicação visual das espécies avaliadas. A intoxicação visual mostrou-se a variável mais adequada para determinação de baixos níveis de resíduos de 2,4 D e picloram no solo. B. vulgaris foi a espécie com maior sensibilidade ao 2,4 D enquanto que L. esculentum foi a espécie mais sensível ao picloram.


2005 ◽  
Vol 30 (5) ◽  
pp. 475-481 ◽  
Author(s):  
Flávia R. A. Patrício ◽  
Irene M. G. Almeida ◽  
Amaury S Santos ◽  
Osvaldo Cabral ◽  
João Tessarioli Neto ◽  
...  

O presente trabalho avaliou o emprego da solarização como uma alternativa para o controle da murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum, em amostras de solo infestado com o patógeno, dispostas em bolsas de náilon e enterradas em parcelas solarizadas ou não. Dois experimentos foram instalados, um em Campinas (SP), de fevereiro a abril de 2001, e o outro em Piracicaba (SP), de dezembro de 2001 a janeiro de 2002. Os ensaios foram efetuados em delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial, com quatro repetições, tendo cada parcela 4 x 4 m. Os fatores avaliados foram a solarização (com ou sem), efetuada com filme plástico transparente de 100 µm de espessura, o período de tratamento (30 e 60 dias e 37 e 60 dias para o primeiro e o segundo experimentos, respectivamente) e a profundidade de colocação das amostras (10 e 20 cm), fator verificado apenas no segundo ensaio. Após os períodos estipulados de solarização, o solo de cada bolsa foi colocado em vasos, para os quais foram transplantadas mudas de tomateiro (Lycopersicon esculentum). No solo não solarizado, em ambos os experimentos, 43 a 100% dos tomateiros murcharam. No segundo experimento, 6 a 22% dos tomateiros murcharam no solo solarizado por 37 dias. Entretanto não foram detectadas plantas murchas nas parcelas solarizadas do primeiro experimento e no segundo ensaio nenhum tomateiro murchou solo solarizado por 60 dias, nas duas profundidades estudadas. Os resultados indicam que a solarização é uma técnica promissora para o controle de R. solanacearum.


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