scholarly journals Acidentes de trânsito no Brasil: dados e tendências

1994 ◽  
Vol 10 (suppl 1) ◽  
pp. S19-S44 ◽  
Author(s):  
Maria Helena P. de Mello Jorge ◽  
Maria Rosário D. O. Latorre

As estatísticas de mortalidade mostram, em 1988, para o Brasil, que cerca de 12% dos óbitos são devidos a causas externas, e destes 30% são por acidentes de trânsito. Quando se comparam com outros países, os dados referentes ao Brasil são sempre elevados. O objetivo deste trabalho é apresentar os dados e analisar a tendência da mortalidade por acidentes de trânsito no Brasil e em cada uma das Capitais das Unidades da Federação. Calcularam-se os coeficientes de mortalidade (bruto e padronizado), segundo sexo, bem como a mortalidade proporcional dentro das causas externas para os acidentes de trânsito no período de 1978 a 1989. Os resultados mostram que, para o Brasil, houve um aumento do número de óbitos, bem como dos coeficientes de mortalidade em cada faixa etária e sexo. Proporcionalmente, em relação às causas externas, a representatividade esteve em torno de 30%. Em uma parcela significativa dos municípios estudados, a mortalidade por acidentes de trânsito corresponde a quase metade dos óbitos por causas externas. Os coeficientes padronizados são quase sempre superiores a 20 por 100.000 habitantes, cifra esta muito superior àquela observada em outros países. Analisando-se o período de 1978 a 1989, observa-se uma tendência de aumento dos coeficientes de mortalidade em Porto Velho, Rio Branco, Recife, Maceió, Curitiba, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Distrito Federal. Em Manaus, Macapá, Natal, Teresina, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, a mortalidade vem permanendo estacionária no período estudado. Nas demais seis capitais, a tendência é de declínio, concluindo-se que este permanece um importante problema de saúde pública no país.


1997 ◽  
Vol 31 (4 suppl) ◽  
pp. 05-25 ◽  
Author(s):  
Maria Helena Prado de Mello Jorge ◽  
Vilma Pinheiro Gawryszewski ◽  
Maria do Rosário D. de O. Latorre

As mortes por causas externas correspondem a grande parcela de óbitos em, praticamente, todos os países do mundo, ocupando, sempre, a segunda ou terceira colocação. Porém a sua distribuição quanto ao tipo de causa é diversa. Com o objetivo de estudar a mortalidade por causas externas, segundo o tipo de causa, sexo e idade, foi descrita a situação dessas mortes no Brasil e capitais, no período 1977 a 1994. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por causas externas e a mortalidade proporcional, utilizando os dados de mortalidade fornecidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, e a população foi estimada baseada nos dados censitários de 1970, 1980 e 1991. Os resultados mostraram que, em números absolutos, os óbitos por causas externas quase dobraram no período de 1977 a 1994, passando a ser a segunda causa de morte no País. O coeficiente de mortalidade, em 1994, foi de 69,8/100.000 habitantes e o maior crescimento se deu nos óbitos do sexo masculino. Os coeficientes de mortalidade masculinos são, aproximadamente, 4,5 vezes o valor dos femininos. As causas externas representaram a primeira causa de morte dos 5 aos 39 anos, sendo a maior ocorrência na faixa etária dos 15 a 19 anos (65% dos óbitos por causas externas). Além do aumento, parece estar ocorrendo um deslocamento das mortes para faixas etárias mais jovens. A mortalidade por causas externas, segundo tipo, mostra que durante o período analisado houve aumento tanto nos óbitos por acidentes de trânsito, quanto por homicídios, tendo os suicídios permanecido, praticamente, constantes. No grupo de acidentes classificados como "demais acidentes" houve leve aumento, devido, principalmente, às quedas e afogamentos. Nas capitais dos Estados a mortalidade por causas externas apresentam valores mais altos que a média brasileira, com exceção de algumas áreas do Nordeste. As capitais da região Norte apresentaram algumas das maiores taxas para o País. Já na região Nordeste apenas Recife, Maceió e Salvador apresentaram níveis muito elevados em relação ao País. Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, na região Sudeste, apresentaram os maiores coeficientes do País e Belo Horizonte apresentou declínio no período de estudo. Na região Sul houve aumento nas taxas, bem como na região Centro-Oeste, que teve aumento homogêneo em suas capitais. Esse aumento observado nas diferentes capitais apresentou diferenciais quanto ao tipo de causa externa. Os suicídios não representaram problema de Saúde Pública em nenhuma delas. Os acidentes de trânsito em Vitória, Goiânia, Macapá, Distrito Federal e Curitiba tiveram sua situação agravada. Os homicídios tiveram aumento expressivo em Porto Velho, Rio Branco, Recife, São Luís, Vitória, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá e Distrito Federal. No período estudado houve o crescimento da importância das causas externas para a população brasileira, chamando atenção, principalmente, o aumento dos homicídios. A qualidade das estatísticas de mortalidade por causas externas depende da colaboração do médico legista, e essa qualidade não é a mesma para todas as capitais estudadas.



2000 ◽  
Vol 20 (2) ◽  
pp. 213-232 ◽  
Author(s):  
Ricardo Luis Lopes ◽  
José Vicente Caixeta Filho

Esta pesquisa teve como principal objetivo a análise da distribuição mais eficiente de granjas suinícolas no Estado de Goiás. O modelo de localização desenvolvido envolveu uma estrutura de programação inteira mista. Os fatores considerados para o objetivo do estudo foram os custos de transporte de grãos (milho e soja) até a granja, o custo de transporte de suínos até o abatedouro e o custo de transporte de carcaça de suíno até o mercado consumidor. Definiu-se como mercado consumidor o próprio Estado de Goiás, o Distrito Federal e os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além disso, determinou-se também as ofertas de milho e soja de cada microrregião do Estado de Goiás, e o consumo per capita nacional de carne suína. Considerou-se três cenários, envolvendo níveis distintos de consumo per capita, sendo um o atual e os outros dois determinados de acordo com as perspectivas do setor.



2021 ◽  
Vol 10 (5) ◽  
pp. e31610514977
Author(s):  
Letícia Aires do Rosário ◽  
Camila Marinelli Martins ◽  
Juliana Barbosa Schwab ◽  
Erildo Vicente Muller ◽  
Kamila Mayara Silva Mendes ◽  
...  

Objetivos: demonstrar a série histórica de internamentos por sepse no Brasil, quais as capitais e regiões mais acometidas, bem como, se essas internações tiveram crescimento, em que proporção ocorreram e qual a relação com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico de série temporal com dados dos internamentos por septicemia nas capitais brasileiras de 1999 a 2016, obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde (SIH) e IDH das mesmas no período. Foram calculados os indicadores de internamentos para a metade de cada triênio do período obtido. Modelos de regressão linear e de Poisson foram realizados para verificar a tendência temporal e coeficientes de correlação de Pearson ou Spearman para correlação com o IDH. Resultados: houve aumento significativo de internamentos em algumas capitais, tais como: Boa Vista, Maceió, Porto Velho e Rio de Janeiro, e decréscimo em Campo Grande e Goiânia. A maior média de internamentos ocorreu em Porto Velho com 26.443,7 e a menor média em Teresina 171,3. Os coeficientes de correlação entre o total de internamentos e o IDH de cada capital registraram correlação positiva e significativa para Belo Horizonte, Boa Vista, São Paulo e Vitória. Conclusão: os internamentos por sepse tiveram mais acréscimos que decréscimos e a correlação com o IDH mostrou que quanto maior o IDH, maior fica o índice de internamentos, sugerindo que com taxas maiores desse IDH, torna-se possível fornecer uma estrutura adequada e um melhor desempenho no reconhecimento e desfecho da sepse.



Author(s):  
Revista Travessia

Migrações e metrópoles Problemas e mitos na luta pela moradia Rio Branco, cidade menina “Digo pro senhor, vida de peão não tem futuro” (Palavra do migrante) Ocupação: a arma dos sem teto (Relato de experiência) SOS Acre – No Acre: alagação rima com exploração, que rima com eleição, que rima com expulsão, que por sua vez rima com migração (Reportagem) Vamos à metrópole! A mobilidade intra-regional na metrópole: consolida-se uma questão São os migrantes tradicionais? A reinvenção de Curitiba: pluralismo étnico e imagens de primeiro mundo Uma face desconhecida da metrópole: os bolivianos em São Paulo Migrantes e vizinhos Brás, Moóca e Belenzinho: formação e dissolução dos antigos bairros “italianos” além-Tamanduateí Urbanização, bairro e vida de bairro As novas e velhas esperanças de uma comunidade em Florianópolis São Miguel Paulisa dos “baianos” Política de gestão urbana e mobilidade intrametropolitana – a migração como  estratégia  de  inserção  no  mercado habitacional na região do Distrito Federal e entorno A vida na rua sob o olhar de seus moradores Espaço-urbano-migrante Espaços divididos e disputados: relações sociais entre nativos e os “de fora” em Guariba-SP Migraciones, espacios uranos y hospitalidad O urbano entre a direita e a esquerda, o público e o privado: a rua negada como possibilidade à vida Quem não tem casa mora debaixo da ponte” A reterritorialização dos migrantes nordestinos em Rio das Pedras Economia, urbanização e novas territorialidades no desenvolvimento de São Paulo O migrante e a cidade: enraizemento e/ou desenraizamento Primeira impressão – o Rio de Janeiro visto por quem nele chegou de navio O núcleo colonial Antônio Prado e as origens da segregação urbana em Ribeirão Preto Migração e segregação urbana: estudos de caso em uma cidade metropolitana (Canoas-RS) (Des) caminhos da migração pendular na metrópole do Rio de Janeiro – uma perspectiva a partir dos eixos de transporte La città abbandonatta: dove sono e come cambiano le periferie italiane. (Resenha) Mauro Magatti (org.) Renda e migração na Região Metropolitana de Belo Horizonte



Author(s):  
Priscila Pimentel Jacob ◽  
José Augusto Drummond ◽  
Cristiane Gomes Barreto

Resumo Este artigo avalia, por meio de métricas da paisagem, a fragmentação do Cerrado causada pelo espraiamento urbano de Brasília. Três análises compõem o estudo: i) análise diacrônica, ii) análise sincrônica; e iii) cenário de não espraiamento urbano da cidade. A análise diacrônica (1953-2013) estuda as transformações da paisagem do Distrito Federal com foco nas áreas urbanas e naturais. A análise sincrônica compara as densidades e as compacidades urbanas das concentrações urbanas brasileiras de caráter metropolitano (São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/BH, Recife/PE, Porto Alegre/RS, Salvador/BA, Brasília/DF, Fortaleza/CE e Curitiba/PR) para o ano de 2015. O cenário hipotético de não espraiamento urbano de Brasília mostra a forma e o tamanho que a cidade poderia ter caso fosse mais densa e compacta. Os resultados indicam que um cenário urbano mais denso e compacto poderia ter preservado mais a paisagem natural da cidade.



Author(s):  
Revista Travessia

Migrações e metrópoles Problemas e mitos na luta pela moradia Rio Branco, cidade menina “Digo pro senhor, vida de peão não tem futuro” (Palavra do migrante) Ocupação: a arma dos sem teto (Relato de experiência) SOS Acre – No Acre: alagação rima com exploração, que rima com eleição, que rima com expulsão, que por sua vez rima com migração (Reportagem) Vamos à metrópole! A mobilidade intra-regional na metrópole: consolida-se uma questão São os migrantes tradicionais? A reinvenção de Curitiba: pluralismo étnico e imagens de primeiro mundo Uma face desconhecida da metrópole: os bolivianos em São Paulo Migrantes e vizinhos Brás, Moóca e Belenzinho: formação e dissolução dos antigos bairros “italianos” além-Tamanduateí Urbanização, bairro e vida de bairro As novas e velhas esperanças de uma comunidade em Florianópolis São Miguel Paulisa dos “baianos” Política de gestão urbana e mobilidade intrametropolitana – a migração como  estratégia  de  inserção  no  mercado habitacional na região do Distrito Federal e entorno A vida na rua sob o olhar de seus moradores Espaço-urbano-migrante Espaços divididos e disputados: relações sociais entre nativos e os “de fora” em Guariba-SP Migraciones, espacios uranos y hospitalidad O urbano entre a direita e a esquerda, o público e o privado: a rua negada como possibilidade à vida Quem não tem casa mora debaixo da ponte” A reterritorialização dos migrantes nordestinos em Rio das Pedras Economia, urbanização e novas territorialidades no desenvolvimento de São Paulo O migrante e a cidade: enraizemento e/ou desenraizamento Primeira impressão – o Rio de Janeiro visto por quem nele chegou de navio O núcleo colonial Antônio Prado e as origens da segregação urbana em Ribeirão Preto Migração e segregação urbana: estudos de caso em uma cidade metropolitana (Canoas-RS) (Des) caminhos da migração pendular na metrópole do Rio de Janeiro – uma perspectiva a partir dos eixos de transporte La città abbandonatta: dove sono e come cambiano le periferie italiane. (Resenha) Mauro Magatti (org.) Renda e migração na Região Metropolitana de Belo Horizonte



2001 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 593-596 ◽  
Author(s):  
GENI RODRIGUES FAGUNDES ◽  
OSVALDO KIYOSHI YAMANISHI

A evolução das quantidades e preços médios mensais e anuais da banana-'Prata' comercializada nos entrepostos das CEASAS do Distrito Federal, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro foi analisada no período de janeiro de 1995 a dezembro de 1999. Os dados foram analisados pelo teste de Tukey, a nível de 5%. A média da quantidade anual comercializada nas CEASAS do DF, SP, BH e RJ foram, respectivamente, de 831; 1.012; 3.101 e 5.597 t no período analisado. A quantidade média anual comercializada variou significativamente em todas as CEASAS. Os preços médios anuais diferiram significativamente, sendo que em todas as CEASAS estes foram maiores em 1995 e menores em 1997. Não houve diferença significativa na quantidade média mensal comercializada apenas na CEAGESP, já o preço médio mensal diferiu significativamente nas CEASAS do DF, SP e BH. O preço médio anual foi maior na CEASA/RJ (R$ 1,01/Kg), que foi 18,8%; 32,9% e 80,4% superior quando comparado ao preço praticado na CEASA/ DF, CEAGESP e CEASA/BH, respectivamente.



2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.



2015 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 250-267 ◽  
Author(s):  
César Marques ◽  
Henrique Frey

A partir da década de 2000, o mercado de habitação brasileiro passou por sensíveis mudanças, que permitiram a retomada do crescimento da construção civil, do número de unidades construídas e comercializadas. Tais mudanças foram possíveis em função de uma série de mudanças nas políticas urbanas e habitacionais, com destaque para a ampliação da oferta do financiamento habitacional, que permitiu a incorporação de uma parcela maior da população no acesso à casa própria. No entanto, os efeitos das recentes políticas de habitação ainda não são claros. Por um lado, o crescimento do valor dos bens imobiliários foi generalizado, alcançando patamares comparáveis a de importantes centros mundiais, principalmente nas grandes cidades e metrópoles brasileiras. Por outro, ainda pouco se sabe sobre os efeitos quantitativos desse modelo, ou seja, se de fato a parcela da população com acesso ao domicílio próprio aumentou significativamente e houve uma consequente queda do número de domicílios alugados e cedidos. Para isso, esse artigo propõe uma primeira análise exploratória, utilizando os dados dos Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010 para avaliar se tais políticas alteraram as dinâmicas das condições de ocupação nos domicílios na escala metropolitana. Analisamos dados das três maiores regiões metropolitanas (Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro) a partir do município, comparando as mudanças na sede e no entorno. O texto está estruturado em torno da discussão do mercado habitacional no Brasil, das inovações em termos de políticas públicas no período recente e da própria análise dos dados censitários, apontando suas potencialidades e limites.



2007 ◽  
Vol 56 (2) ◽  
pp. 94-101 ◽  
Author(s):  
Marcelo Gomes ◽  
André Palmini ◽  
Fabio Barbirato ◽  
Luis Augusto Rohde ◽  
Paulo Mattos

OBJETIVO: Verificar o conhecimento da população sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de médicos, psicólogos e educadores sobre aspectos clínicos do transtorno. MÉTODOS: 2.117 indivíduos com idade > 16 anos, 500 educadores, 405 médicos (128 clínicos gerais, 45 neurologistas, 30 neuropediatras, 72 pediatras, 130 psiquiatras) e 100 psicólogos foram entrevistados pelo Instituto Datafolha. A amostra da população foi estratificada por região geográfica, com controle de cotas de sexo e idade. A abordagem foi pessoal. Para os profissionais (amostra aleatória simples), os dados foram coletados por telefone em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. resultados: Na população, > 50% acreditavam que medicação para TDAH causa dependência, que TDAH resulta de pais ausentes, que esporte é melhor do que drogas como tratamento e que é viável o tratamento psicoterápico sem medicamentos. Dos educadores, > 50% acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes, que tratamento psicoterápico basta e que os esportes substituem os medicamentos. Entre psicólogos, > 50% acreditavam que o tratamento pode ser somente psicoterápico. Dos médicos, > 50% de pediatras e neurologistas acreditavam que TDAH resulta de pais ausentes. CONCLUSÕES: Todos os grupos relataram crenças não respaldadas cientificamente, que podem contribuir para diagnóstico e tratamento inadequados. É urgente capacitar profissionais e estabelecer um programa de informação sobre TDAH para pais e escolas.



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