scholarly journals Controle de lagartas dos frutos do tomateiro pelo ensacamento das pencas

2000 ◽  
Vol 29 (4) ◽  
pp. 773-782 ◽  
Author(s):  
Alexandre L. Jordão ◽  
Octávio Nakano

Visando o controle das pragas dos frutos Neoleucinodes elegantalis (Guenée), Helicoverpa zea (Boddie) e Tuta absoluta (Meyrick), pencas de tomates, Lycopersicon esculentum Mill., foram ensacadas com papel-manteiga. Além do efeito do ensacamento testaram-se dois repelentes, pastilhas desodorizantes e dentes de alho em pedaços de aproximadamente 90 mm³, colados no interior dos saquinhos. Foram realizados três ensaios com delineamento experimental em blocos ao acaso. O primeiro e o segundo ensaios foram realizados em campo experimental, utilizando-se tomateiros da variedade Santa Clara. O terceiro ensaio foi realizado em campo comercial, utilizando-se o híbrido Carmen. Cada ensaio foi constituído por cinco tratamentos: saquinhos contendo pastilha desodorizante, saquinhos contendo dente de alho, saquinhos vazios, testemunha e controle químico com o inseticida metamidofós. A eficiência do ensacamento e dos repelentes foi verificada por meio do número médio de lagartas encontradas por tratamento. Os resultados demonstraram que o ensacamento, associado ou não aos repelentes de insetos, reduz o ataque das lagartas N. elegantalis e H. zea aos frutos. Entretanto, o ensacamento dos frutos não foi suficiente para protegê-los dos danos causados por T. absoluta, sendo necessária a integração do método com controle químico na época de maior infestação.

2008 ◽  
Vol 32 (3) ◽  
pp. 996-1004 ◽  
Author(s):  
Guilherme Victor Nippes Pereira ◽  
Wilson Roberto Maluf ◽  
Luciano Donizete Gonçalves ◽  
Ildon Rodrigues do Nascimento ◽  
Luís Antônio Augusto Gomes ◽  
...  

Uma das estratégias do melhoramento do tomateiro, no Brasil, visando à resistência a pragas, tem sido a utilização de aleloquímicos presentes nos folíolos. Objetivou-se no presente trabalho, estudar os níveis de resistência a dois artrópodos-pragas [traça do tomateiro (Tuta absoluta) e ácaros (Tetranychus evansi)], em genótipos previamente selecionados com base apenas no seu teor foliar de acilaçúcares. Foram selecionadas 11 plantas contrastantes quanto aos níveis de acilaçúcares nos folíolos, de uma população F3RC2, derivada do cruzamento interespecífico Lycopersicon esculentum Mill 'TOM-584' x Lycopersicon pennellii (Correll) D'Arcy 'LA-716'. Esses genótipos, juntamente com os genitores TOM-584 e LA-716, foram submetidos a ensaios de repelência/resistência a artrópodos-pragas. No teste de repelência ao ácaro T. evansi, as plantas com altos teores de acilaçúcares se comportaram de forma semelhante ao genitor resistente LA-716. As magnitudes das correlações foram negativas e significativas, confirmando assim a associação entre altos teores do aleloquímico e a resistência (repelência) ao ácaro, avaliada pela distância percorrida. No ensaio realizado com a traça do tomateiro, os genótipos foram avaliados para danos nas plantas e lesões nos folíolos. Os genótipos contendo alto teor de acilaçúcares, demonstraram bons níveis de resistência a Tuta absoluta, não diferindo significativamente do acesso selvagem LA-716. Em todas as épocas de avaliação, os teores de acilaçúcares mostraram-se alta e negativamente correlacionados com os níveis de dano causados pela traça. Os resultados obtidos comprovaram a eficiência da seleção de genótipos de tomateiro com elevados teores de acilaçúcares nos folíolos, visando à resistência a artrópodos-praga.


2017 ◽  
Vol 14 (7) ◽  
pp. e1700065 ◽  
Author(s):  
Samira Bouayad Alam ◽  
Mohammed El Amine Dib ◽  
Nassim Djabou ◽  
Boufeldja Tabti ◽  
Nassira Gaouar Benyelles ◽  
...  

2001 ◽  
Vol 36 (7) ◽  
pp. 929-933 ◽  
Author(s):  
Elsa Gilardón ◽  
Mariana Pocovi ◽  
Carmen Hernández ◽  
Graciela Collavino ◽  
Ana Olsen

O metabólito secundário 2-tridecanona, secretado pelos tricomas glandulares tipo VI das folhas de tomateiro silvestre, Lycopersicon hirsutum L., confere-lhe resistência a uma grande variedade de insetos, inclusive a traça-do-tomateiro, Tuta absoluta (Meyrick). O objetivo do trabalho foi avaliar a concentração de 2- tridecanona, a densidade de tricomas glandulares tipo VI e o grau de infestação da traça-do-tomateiro na cultivar suscetível 'Uco Plata' (Lycopersicon esculentum Mill.), na linhagem resistente PI 134417 (L. hirsutum f. glabratum) e em suas progênies F1 e F2. Foram avaliadas ainda as possíveis associações entre a concentração de 2-tridecanona, a densidade de tricomas glandulares tipo VI e o grau de infestação da traça-do-tomateiro. O grau médio de infestação da traça-do-tomateiro em 'Uco Plata' foi significativamente superior ao obtido em PI 134417. Ainda que a concentração de 2-tridecanona tenha sido significativamente superior no parental resistente, a presença deste metabólito somente explicaria parcialmente a resistência (R² = 8,17%). Não se detectaram diferenças significativas na densidade de tricomas tipo VI entre o parental suscetível e o resistente. Este comportamento ocorreu independentemente do conteúdo de 2-tridecanona e do grau de infestação da traça-do-tomateiro.


2003 ◽  
Vol 33 (1) ◽  
pp. 07-11 ◽  
Author(s):  
Paulo Cesar Bogorni ◽  
Ricardo Adaime da Silva ◽  
Gervásio Silva Carvalho

A "traça-do-tomateiro", Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera: Gelechiidae), é uma das principais pragas do tomateiro na atualidade. Suas larvas atacam folhas, hastes, brotos, flores e frutos, causando severos danos à cultura. Trabalhos de quantificação do dano são relativamente raros e restringem-se à contagem do número de frutos atacados e estimativa dos danos foliares, nos testes de controle químico. Desta forma, realizou-se este trabalho objetivando quantificar o consumo de mesofilo foliar por este inseto em três cultivares de tomateiro (Carmem, Santa Clara e Empire). No Laboratório de Entomologia, do Departamento de Fitossanidade da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi realizada a criação de lagartas nas três cultivares de tomateiro, sob condições controladas (temp. 25±1°C; U.R. 65±10% e fotofase de 12h). Através do uso de um medidor de área foliar (Li-cor Model LI-3000) mediu-se a área de mesofilo foliar consumida, correspondente ao dano em cada um dos ínstares. Não foram observadas diferenças no consumo de mesofilo foliar nas três cultivares. O consumo no 4º ínstar foi significativamente superior aos demais, chegando na cultivar Santa Clara, a mais consumida, a 2,207±0,258cm², valor equivalente a 78,9% do total consumido durante a fase larval.


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