scholarly journals As Paisagens da Ausência no Diálogo Epistolar entre Gonçalves Dias e Teófilo Leal

Author(s):  
RENATA RIBEIRO LIMA

 Gonçalves Dias é conhecido como o “poeta nacional” por excelência, que teria consagrado a paisagem tropical brasileira como parte da ideia de nação. No entanto, numa análise mais detida de sua correspondência pessoal – gênero no qual também exercitava sua veia literária e registrava impressões dos lugares –, não se encontram paisagens simplesmente descritas, mas antes a construção de paisagens da ausência, isto é, a idealização constante de um lugar ausente diante de um espaço hostil, feita mais pela via da sugestão do que pela descrição. Para analisarmos essa questão, utilizaremos concepções desenvolvidas por teóricos da Geografia Humanista Cultural, a fim de compreender mais a fundo a relação do poeta com os lugares por onde passou, elegendo aqui as cidades do Rio de Janeiro e de Lisboa, conforme os registros literários de suas cartas. Palavras-chave: Paisagem. Lugar. Não-lugaridade. Correspondência. Gonçalves Dias.Landscapes of Absence on the Epistolary Dialog between Gonçalves Dias and Teófilo LealABSTRACTGonçalves Dias is known as “the national poet” by excellence, that had consecrated the Brazilian tropical landscape as part of his idea of nation. However, in a closer view of his personal correspondence – gender in which he also exercised his literary vein and registered impressions of places –, we can not find landscapes simply described, but instead the construction of landscapes of absence, that is, the constant idealization of an absent place in unfriendly circumstances, made more by suggestion than by description. To analyze this point, we utilize conceptions developed by Cultural Humanistic Geography theorists to understand deeply the poet’s relation with the places he passed by, electing here the cities of Rio de Janeiro and Lisbon, according to the literary registers of his letters.Keywords: Landscape. Place. Placelessness. Correspondence. Gonçalves Dias.

GEOgraphia ◽  
2009 ◽  
Vol 4 (7) ◽  
pp. 25
Author(s):  
João Baptista Ferreira de Mello

RESUMO O artigo, afinado com os princípios da geografia humanística, que procura entender a alma dos lugares a partir das experiências vividas pelos indivíduos e grupos sociais, explora tons e versos dedicados aos bairros da chamada Grande Tijuca, bem como seus diversos lugares centrais, utilizando ainda a oralidade como instrumento de pesquisa para a compreensão desta porção espacial da cidade do Rio de Janeiro. Palavras-chave: lugar, geografia humanística, oralidade, música, centralidade.ABSTRACT This article, on the principles of humanistic geography, aims to understand the “soul” of places through lived experiences of individuals and social groups, exploring tones and verses related to districts of so-called Great Tijuca, as well its many central places, by the use of orality as an instrument of research for the comprehension of this spatial part of Rio de Janeiro city. Keywords: place, humanistic geography, orality, music, centrality.


GEOgraphia ◽  
2009 ◽  
Vol 4 (7) ◽  
pp. 25
Author(s):  
João Baptista Ferreira de Mello

RESUMO O artigo, afinado com os princípios da geografia humanística, que procura entender a alma dos lugares a partir das experiências vividas pelos indivíduos e grupos sociais, explora tons e versos dedicados aos bairros da chamada Grande Tijuca, bem como seus diversos lugares centrais, utilizando ainda a oralidade como instrumento de pesquisa para a compreensão desta porção espacial da cidade do Rio de Janeiro. Palavras-chave: lugar, geografia humanística, oralidade, música, centralidade.ABSTRACT This article, on the principles of humanistic geography, aims to understand the “soul” of places through lived experiences of individuals and social groups, exploring tones and verses related to districts of so-called Great Tijuca, as well its many central places, by the use of orality as an instrument of research for the comprehension of this spatial part of Rio de Janeiro city. Keywords: place, humanistic geography, orality, music, centrality.


2018 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 317-328 ◽  
Author(s):  
Verônica C. Araujo ◽  
Christina M. B. Lima ◽  
Eduarda N. B. Barbosa ◽  
Flávia P. Furtado ◽  
Helenice Charchat-Fichman

2010 ◽  
pp. 170-181
Author(s):  
Maria Izabel Oliveira Szpacenkopf
Keyword(s):  

Author(s):  
S Rego ◽  
J Costa ◽  
A Mesquita ◽  
C Brasil ◽  
H Dohnann
Keyword(s):  

Author(s):  
Donald Worster

Frontier and Western History in Central Brazil Dutra e Silva, S. No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central (Rio de Janeiro: Mauad X, 2017)


2016 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
Author(s):  
Marco Antônio Guimarães Da Silva

Por circunstâncias relacionadas à minha titulação, acabei designado pela Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro (UCB) para avaliar uma parceria proposta pela Escola de Osteopatia de Madri (EOM). À época, em 1997, a EOM propunha que a UCB passasse a organizar academicamente os cursos de osteopatia que a referida Escola já vinha ministrando no Brasil, com vistas a, no futuro, torná-lo um curso de pós-graduação. Algumas viagens à Madri para observar a estrutura acadêmica e pedagógica da sede da EOM, condição imposta pela UCB para concretizar a parceria, me levaram a conhecer esta modalidade terapêutica, com resultados efetivamente comprovados através de trabalhos científicos.Realizadas as adaptações que se faziam necessárias, a UCB aprovou, em 2000, o curso de osteopatia, com uma carga horária de 1050 horas para a titulação de especialização acadêmica, nível Lato Sensu. A resolução do COFITO, que estabelece a osteopatia como uma especialidade da fisioterapia, levou-nos a propor ao CEPE da UCB uma complementação de 450 horas, alcançando, assim, as 1.500 horas, distribuídas ao longo de cinco anos, exigidas pela referida resolução do COFITO. A introdução desta técnica terapêutica no Brasil pela corrente Européia e a pronta intervenção do COFITO foram fatores decisivos para nos brindar com mais uma especialidade. Houvera sido a Osteopatia implantada no Brasil por influência da escola americana, talvez os rumos tomados fossem outros. Senão, vejamos. Nos EUA, a osteopatia é normalmente exercida pelo médico, que deve obter sua permissão através do National Board of Osteopatic Medical Examiners, e está dividida em Sociedades Osteopáticas que se distribuem por todas as modalidades médicas; a saber: Allergy and Immunology, Anesthesiology, Dermatology ,Emergency Medicine, Internal Medicine, Neurologists and Psychiatrists, Obstetrics and Gynecology, Occupational and Preventive Medicine, Ophthalmology and Otolaryngology, Orthopedics Pathology, Pediatrics Proctology, Radiology, Physical Medicine and Rehabilitation, Rheumatology Sports Surgery Medicine.Com o objetivo de incentivar as linhas de pesquisas na área da osteopatia, estará sendo criado, durante as III Jornadas Hispano-Lusas de Fisioterapia em Terapia Manual (Sevilha-Espanha, 5 de outubro de 2001), o Centro Internacional de Pesquisas em Osteopatia. O referido Centro, dirigido por um fisioterapeuta brasileiro com Doutorado, terá sua sede na Espanha e manterá núcleos, vinculados a Universidades, na Argentina, no Brasil, na Itália, em Portugal e na Venezuela. Esperamos, desta forma, ao lado do reconhecimento profissional já oferecido pela resolução COFITO, dar mais um passo na consolidação acadêmica da nossa mais nova modalidade terapêutica.


2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.


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