scholarly journals Análise Epidemiológica do Câncer de Mama no estado do Rio de Janeiro nos últimos 5 anos

2021 ◽  
Vol 12 (3) ◽  
pp. 50-54
Author(s):  
Rafael Spagnol de Almeida ◽  
Juliana Lopes Dias ◽  
Felipe Teixeira Freitas ◽  
Bruno Cezario Costa Reis

O câncer de mama é a neoplasia maligna com maior incidência e letalidade em mulheres no Brasil e no mundo. Possui entre os fatores de risco tanto componentes genéticos quanto ambientais. Portanto, para analisar sua epidemiologia foi realizada uma revisão sistemática de literatura nas plataformas Google Acadêmico e Pubmed, associada a uma coleta de dados no DATASUS. Esse estudo teve como objetivos analisar o cenário do câncer de mama, nos últimos 5 anos, comparando dados importantes como internações, taxa de mortalidade, faixa etária e etnia, tendo como objetivo comparar as estatísticas atuais com os resultados coletados. A partir disso, foi possível concluir que o sexo feminino é o mais afetado principalmente nas faixas etárias de 50 a 69 anos, porém com maior taxa de mortalidade nos maiores de 80 anos e no sexo masculino. Portanto, cabe uma análise mais cuidadosa dessa prevalente patologia, estudando e conscientizando as populações mais vulneráveis sobre seus fatores de risco.

2007 ◽  
Vol 53 (4) ◽  
pp. 477-508
Author(s):  
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

Trabalhos realizados pelos estudantes de Iniciação Científica (IC) do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nessa edição, os títulos foram: Caracterização Funcional do Wnt4 no Câncer de Próstata; Estabelecimento de Vetores Retrovirais para Análise do NFAT na Proliferação e Morte Celular; Biogênese de Autofagossomos em Resposta à Radiação em Células de Adenocarcinoma de Cólon Humano, HCT-116; Correlação dos Polimorfismos Gênicos da Família GST com a Resposta ao Tratamento da LLA na Infância; Expressão de Transcritos para Herstatina, um Inibidor Natural de HER2, em Linhagens Hematopoéticas Malignas Humanas e em Mononucleares de Sangue Periférico de Indivíduos Normais; Expressão de Receptores da Família HER e seus Ligantes em Malignidades Hematopoéticas Humanas; Análise da Importância da Survivina e da Smac/DIABLO na Resistência à Idarubicina em Células Leucêmicas de Origem Mielóide; Análise da Atividade Macropinocítica em Macrófagos Infectados com Leishmania Amazonensis e Leishmania Major; Estudo Fase II de Gencitabina e Cisplatina Neo-adjuvantes Seguidas de Cirurgia em Pacientes com Câncer de Bexiga Localmente Avançado: Avaliação Molecular para Predição de Resposta à Quimioterapia através da Relação mRNA XIAP/XAF-1; Detecção de Mutações Constitutivas em Pacientes com Retinoblastoma através da Análise do cADN do Gene RB1; Incidência e Fatores Associados ao Arco Incompleto de Movimento para Flexão do Ombro no Pós-operatório do Tratamento do Câncer de Mama; O Retinoblastoma e a Análise Mutacional do Gene RB1: Experiência com Pacientes do Instituto Nacional de Câncer; Incidência de Escápula Alada no Pós-operatório de Linfadenectomia Axilar; Estudo Citogenético em Pacientes com Síndrome Mielodisplásica Primária Tratados com Transplante de Medula Óssea Alogeneico: Citogenética Clássica e Molecular (FISH); Sarcomas Primários do Retroperitônio: Morbimortalidade e Sobrevida dos Pacientes Tratados no Instituto Nacional de Câncer; Carcinoma de Vesícula Biliar: Morbimortalidade e Sobrevida dos Pacientes Tratados no Instituto Nacional de Câncer; Análise das Hepatectomias para Sarcomas - 17 Anos de Experiência do Instituto Nacional de Câncer; Modulação da Resistência às Drogas Mediada pelo Sistema Glutation em Linhagens Tumorais Exibindo Diferentes Fenótipos de Resistência; Diversidade Genética de Papillomavirus Humano (HPV) em Amostras Cervicais de Mulheres do Estado do Rio de Janeiro; Padrão de Metilação da Linhagem MCF7 nos Promotores de BRCA1 e MDR1; Estabelecimento de Culturas de Curta Duração de Células Estromais Humanas Derivadas da Medula Óssea e Análise Preliminar de seu Perfil Proteômico; A Influência de fatores sociais e da alimentação no desenvolvimento de câncer de próstata (CaP) no Rio de Janeiro; Análise de variantes por splicing alternativo do gene GBP-2 humano selecionadas por uma abordagem de bioinformática em um painel de linhagens celulares de câncer humano; Análise da Expressão do Gene Regulado pelos Interferons Gbp-2 e Mutação do Gene Tp53 no Carcinoma Epidermóide de Esôfago; Identificação de Mutações Germinativas no Gene VHL em Famílias com a Doença de von Hippel-Lindau; Geração de Células Citotóxicas contra a Leucemia e Utilização do Sistema de Gene Suicida CD20/Rituximab para o Enriquecimento e Eliminação das Células Alo-reativas; Mecanismos Inibitórios de Granulócitos Ativados sobre a Doença Enxerto-Contra-Hospedeiro em Modelos Experimentais; Estudo para a Transdução Preferencial de Linfócitos Alo-ativados com o Sistema de Gene Suicida para o Tratamento da Doença Enxerto-Contra-Hospedeiro; Rastreamento de Mutações no Éxon 4 do Gene GATA1 em Desordens Hematológicas; Análise Fenotípica da Superexpressão de Claudinas em Células HEK 293T.


Author(s):  
Paloma Gomes ◽  
Fernando Lopes Tavares de Lima ◽  
Antonio Tadeu Cheriff dos Santos

Introdução: A dor crônica é um problema comum em sobreviventes de câncer de mama. Objetivo: Compreender os significados atribuídos por mulheres, sobreviventes de câncer de mama, à experiência de viver com dor crônica. Método: Para alcance dos objetivos, realizou-se uma pesquisa qualitativa com base na hermenêutica-dialética, em hospital referência em oncologia do Rio de Janeiro. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis sobreviventes de câncer de mama de longo prazo, entre julho e outubro de 2018. Resultados: Quatro abrangentes sentidos sociais ganham relevo no material empírico: dor como consequência do tratamento; dor como um processo cenestésico; dor como tributo à doença sofrida; e dor como expressão de afetos e apegos. São relatos que apontam para um balanço da experiência como busca de uma explicação para a dor total sentida. A sobrevivência é experienciada como um processo de transição, aceitação e construção de novas identidades biográficas que só são possíveis de serem compreendidas e cuidadas levando-se em conta as dimensões biológica, emocional, social e espiritual. Conclusão: As narrativas partem de uma dor como fragmentação, murmúrio e monólogo do corpo, para uma situação de convívio, expressão de afetos e aceitação da dor como transição para sobrevivência. O estudo reforça a necessidade da estruturação de uma linha de cuidados que tenha na escuta ativa e qualificada das narrativas de dor o ponto básico para o desenvolvimento de um cuidado na sobrevivência ao câncer humanizado.


Author(s):  
Felipe Camargo Ferreira ◽  
Caroline Silva de Araujo Lima ◽  
João Pedro Gambetta Polay ◽  
Trinnye Luizze Santos ◽  
Maria Carolina Marques de Sousa Araújo ◽  
...  

2019 ◽  
Vol 24 (6) ◽  
pp. 2361-2369
Author(s):  
Denise Leite Maia Monteiro ◽  
Camila Lattanzi Nunes ◽  
Nádia Cristina Pinheiro Rodrigues ◽  
Clara Alves Antunes ◽  
Erica Motroni Almeida ◽  
...  

Resumo A prevalência do câncer de mama gestacional (CMG) é 1:3.000-10.000 gestações. O objetivo é conhecer os fatores de risco (FR) associados ao CMG. Trata-se de estudo caso-controle entre janeiro de 2004 e dezembro de 2014, em maternidade de referência para gravidez de alto risco no Rio de Janeiro. Para cada um dos casos foram selecionados dois controles, totalizando 21 casos de CMG e 42 controles. Os dados foram coletados a partir de revisão de prontuários e sumários de internação e parto. Características reprodutivas, obstétricas, sociodemográficas e relativas à saúde foram investigadas. Resultados: A idade média das gestantes dos dois grupos foi 35,5 anos. A média de idade da menarca também se mostrou equivalente (12,3 anos). A idade materna na primeira gravidez foi > 30 anos em 28,6% da pacientes com CMG e em 2,4% do grupo controle (p = 0,03). Utilizando regressão logística condicional pareada por idade da mãe, calcularam-se as razões de chance brutas e ajustadas e os respectivos IC95%. Os resultados apontaram que a chance de CMG aumenta 27% para cada ano a mais na idade materna na primeira gravidez (p < 0,02) e que mães com baixa escolaridade tiveram maior chance de apresentar câncer de mama (OR = 8,49). Conclusão: Nossos dados confirmam a associação entre primiparidade a partir de 30 anos e baixa escolaridade como CMG.


2004 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 167-175 ◽  
Author(s):  
Claudia Vitória de Moura-Gallo ◽  
Tatiana de Almeida Simão ◽  
Fabiana Siqueira Ribeiro ◽  
Maria José Andrada-Serpa ◽  
Luís Eduardo Bastos Cardoso ◽  
...  

No Brasil, o câncer de mama é a primeira causa de óbito por câncer entre mulheres, sendo o Rio de Janeiro o Estado que apresenta o maior coeficiente de mortalidade do país. Estudos que avaliam a sobrevida por câncer de mama têm indicado que vários fatores de ordem genética e molecular podem influenciar a evolução dos casos. O objetivo deste trabalho foi descrever mutações no gene TP53 em 120 pacientes com diagnóstico de carcinoma invasivo de mama, recrutadas no Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, entre 1995 a 1997, e analisar as possíveis associações entre fatores de risco e presença de mutação e entre características do tumor, incluindo estas mutações e o risco de óbito. A análise molecular detectou 24 mutações no gene TP53 em 22 casos (18,3%), sendo que 2 casos apresentaram 2 mutações cada e, em um caso observamos o polimorfismo no éxon 6. As mutações encontradas eram: 14 com troca de sentido; 2 sem sentido; 2 silenciosas; 2 deleções; 1 inserção e 3 localizadas em íntron. Em relação aos fatores de risco estudados em associação à presença de mutação, observou-se que apenas o consumo de tabaco mostrou associação negativa (OR ajustado= 0,24 (0,06-0,88)). A análise multivariada utilizada para avaliar as características tumorais associadas ao risco de óbito mostrou que apenas a agressividade do tumor apresentou OR indicativo de risco (3,98, IC 95% 1,25-12,72). Estes resultados corroboram outros estudos que mostram que a mutação no gene TP53 pode ser um indicador de tumores de mama biologicamente mais agressivos, apesar de não ser o único parâmetro a ser considerado.


2010 ◽  
Vol 43 (2) ◽  
pp. 97-101 ◽  
Author(s):  
Hilton Koch ◽  
Melissa Vieira Koch e Castro

OBJETIVO: Demonstrar o conhecimento mamográfico dos médicos interpretadores que trabalham na rede de saúde pública do Estado do Rio de Janeiro e avaliar o conhecimento adquirido após um curso elaborado com o objetivo de capacitar profissionais médicos no diagnóstico precoce do câncer de mama. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram convidados 53 médicos que laudam exames mamográficos para o treinamento. Esses médicos eram submetidos a um pré-teste, no qual se avaliava o grau de conhecimento inicial. Depois, foram lecionadas aulas previamente elaboradas por mamografistas experientes, e para conclusão do curso esses médicos eram submetidos a um pós-teste para avaliação do conhecimento adquirido. RESULTADOS: O curso de capacitação de profissionais médicos, com ênfase em aulas teóricas, não mostrou aumento significativo na qualidade da interpretação mamográfica, destacando-se a persistência do erro na descrição morfológica das lesões fundamentais da mama, erro da classificação pelo sistema de padronização das lesões mamárias (BI-RADS®), falta de coerência entre a classificação BI-RADS adotada e a recomendação de conduta, tanto no pré-teste como no pós-teste. CONCLUSÃO: Concluiu-se que os médicos interpretadores mostram conhecimento insuficiente em relação ao diagnóstico precoce por imagem do câncer de mama e que o curso teórico não mostrou aumento significativo na qualidade da interpretação mamográfica.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 26-26
Author(s):  
Ludmira Fortuna Santos ◽  
Lilian Cassia Gomes Cintra ◽  
Karine Alves Matos ◽  
Gabriel Nogueira Silva ◽  
Danielle Brandão Nascimento

Introdução: As mamas são motivos de diferentes simbologias, a depender da cultura local. São símbolos da feminilidade e do amamentar, e, ao mesmo tempo, fontes de anseio e ternura. Quando na intimidade, se associam à sexualidade e ao regozijo. Quando mostradas em público, podem afirmar protesto e valentia. No entanto, também sofrem de enfermidades. As doenças que atingem essa glândula são inúmeras e diversificadas, sendo uma das mais preocupantes a neoplasia maligna de mama (NMM), por ser incidente em mulheres e a principal razão de óbito por câncer nesse grupo, no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 59.700 casos novos de câncer de mama no país para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Quando não considerados os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o segundo mais frequente nas mulheres da Região Sudeste. Objetivo: O presente trabalho objetivou analisar a morbimortalidade associada a neoplasias malignas de mama no Rio de Janeiro entre os anos de 2008 e 2018, com enfoque na necessidade de medidas preventivas e de educação à população. Métodos: Fundamenta-se em levantamento epidemiológico feito com base em dados do banco do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), conforme Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Resultados: No período entre 2010‒2013 houve um aumento dos óbitos secundários à NMM, crescimento percentual de aproximadamente 40%. Já no ano subsequente, 2014, ocorreu redução dos casos, no entanto, seguiu-se nova elevação, atingindo o total de 837 óbitos, valor esse 18,4% maior que aquele obtido em 2013. Da totalidade de óbitos no período, 112 equivalem a óbito masculino, parâmetro que oscilou bastante de 2008 para 2018 em contraposição a um crescimento majoritário dos óbitos femininos. Cerca de 30% dos casos ocorrem na faixa etária de 50‒59 anos. Quanto à cor/raça, observou-se prevalência da cor branca, seguida da parda, por apenas 12,73% de diferença. Conclusão: Percebe-se a necessidade indubitável da prática de ações voltadas às mulheres que enfoquem a prevenção, primordialmente, e o diagnóstico precoce daquelas já acometidas pela neoplasia. A mamografia, exame de prevenção oferecido pelo SUS na faixa etária de 50 a 69 anos, entra como critério de diligência, já que analisando os dados entende-se que as idades mais acometidas estão justamente entre 50 e 59 anos no estado do Rio de Janeiro. Além disso, ações educativas que trabalhem no Dia das Mulheres e no Outubro Rosa são estratégias plausíveis para a explanação à população feminina sobre a severidade e a morbimortalidade da NMM, além da ênfase nos diversos fatores de risco relacionados a essa patologia.


2021 ◽  
Author(s):  
Michelle Freitas de Souza ◽  
Fatima Helena Do Espirito Santo ◽  
Ana Paula De Magalhaes Barbosa ◽  
Fabio Ricardo Dutra Lamego

Introdução: A Política Nacional de Humanização define acolher como reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. Ele é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre profissionais e pacientes tornando-se em uma rede socioafetiva. O câncer de mama é o mais temido entre as mulheres, porque ao receberem o diagnóstico significa incertezas, medo da morte, mutilação, distúrbio de imagem e depressão. Objetivo: Descrever a experiência da atuação do enfermeiro no acolhimento de pacientes em pré operatório de câncer de mama. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma enfermeira da clínica cirúrgica feminina de um Hospital Universitário no Rio de Janeiro, no período de janeiro a abril de 21. Resultados: O acolhimento acontece quando a paciente é admitida no setor de clínica cirúrgica feminina (CCF). O enfermeiro entrevista e colhe o histórico da paciente, logo após oferta uma escuta qualificada, apoio psicológico e emocional, fortalece que ela é capaz de vencer as adversidades da doença, explica a importância do tratamento precoce e do auto cuidado. Conclusão: O acolhimento vem ao encontro do cuidado humanizado cujos elementos são a empatia, a compaixão e o respeito à dignidade da pessoa. A partir da relação dialógica e escuta ativa o enfermeiro favorece que a paciente se sinta mais segura e confiante para enfrentar o diagnóstico e superar os desafios do tratamento do câncer repercutindo na recuperação e conscientização quanto à importância do auto cuidado.


2005 ◽  
Vol 21 (6) ◽  
pp. 1829-1835 ◽  
Author(s):  
Cláudia Brito ◽  
Margareth Crisóstomo Portela ◽  
Mauricio Teixeira Leite de Vasconcellos

Este estudo buscou avaliar a concordância dos dados clínicos e demográficos das Autorizações de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC) em câncer de mama, do Sistema Único de Saúde (SUS), com os encontrados em uma amostra aleatória de 310 prontuários, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. A concordância foi calculada pelas estatísticas kappa (K), kappa ajustado pela prevalência (KA), kappa ponderado (KW), coeficiente de correlação intraclasse (CCIC) e freqüência relativa. Foram estimados intervalos de confiança (IC) de 95,0% e usado o critério de Landis & Koch para interpretação da concordância. Assumindo KA como a estatística mais apropriada às características das variáveis analisadas, observou-se uma boa concordância para estadiamento da doença, KA = 0,63 (IC95%: 0,56-0,70) e para diagnóstico morfológico, KA = 0,84 (IC95%: 0,72-0,96). O CCIC estimado para data de nascimento e data de diagnóstico foi de 0,96 (IC95%: 0,95-0,96) e 0,92 (IC95%: 0,90-0,94), respectivamente. Em relação ao município de residência, a concordância observada foi de 52,9%. Exceto pelo município de residência, as informações analisadas mostraram concordância com as dos prontuários, abrindo espaço para o seu uso em estudos epidemiológicos e serviços de saúde, e no planejamento em saúde.


2009 ◽  
Vol 43 (3) ◽  
pp. 481-489 ◽  
Author(s):  
Claudia Brito ◽  
Margareth Crisóstomo Portela ◽  
Mauricio Teixeira Leite de Vasconcellos

OBJETIVO: Avaliar a associação entre sobrevida de mulheres com câncer de mama e estrutura e práticas observadas nos estabelecimentos de assistência oncológica. MÉTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo, baseado em informações do Sistema de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade do Sistema Único de Saúde e em amostra aleatória de 310 prontuários de mulheres prevalentes atendidas em 15 unidades hospitalares e ambulatoriais oncológicas com quimioterapia entre 1999 e 2002, no estado do Rio de Janeiro. Foram consideradas como variáveis independentes características da estrutura das unidades oncológicas e as suas intervenções praticadas, controlando o efeito com variáveis sociodemográficas e clínicas das pacientes. Para análise dos dados, foram utilizados a técnica de Kaplan-Meier e o modelo de risco de Cox (pseudo-verossimilhança). RESULTADOS: As análises de Kaplan-Meier apontaram associações significativas entre sobrevida e tempo entre diagnóstico e início do tratamento, realização de cirurgia, utilização de hormonioterapia, tipo de hormonioterapia, combinações terapêuticas, tipo de unidade e plano de saúde, volume de atendimento em câncer de mama do estabelecimento e natureza jurídica da unidade. Estimativas obtidas pelo modelo de Cox indicaram associações positivas entre o hazard de morte e tempo entre diagnóstico e início do tratamento, volume de atendimento de câncer de mama do estabelecimento e tipo de unidade combinado ao uso de plano de saúde; e negativas entre sobrevida e cirurgia de mama e tipo de hormonioterapia. CONCLUSÕES: Os resultados mostram associação entre sobrevida de câncer de mama e o cuidado de saúde prestado pelos serviços credenciados, com implicações práticas para pautar novas propostas para o controle do câncer no Brasil.


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