Revista Brasileira de Cancerologia
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Published By Revista Brasileira De Cancerologia (Rbc)

2176-9745, 0034-7116

Author(s):  
Luan dos Santos Fonseca ◽  
Beatriz Correia Carvalho ◽  
Héllen Oliveira Santos ◽  
Jackeline Melo da Silva ◽  
José Cleyton de Oliveira Santos ◽  
...  

Introdução: A atuação da enfermagem ao indivíduo em cuidados paliativos (CP) na Atenção Primária à Saúde (APS) visa a promover a qualidade de vida dos indivíduos e da sua família como garantia da assistência integral, para um cuidado humanizado e digno, melhorando a maneira de enfrentar a doença e minimizando o sofrimento. Objetivo: Analisar e sintetizar a produção científica relacionada à assistência do enfermeiro ao indivíduo em CP nas APS. Método: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores: Palliative Care, Nursing e Primary Health Care. Resultados: Foram analisados 17 artigos após seleção sistemática, sintetizados em um quadro com seus principais resultados e agrupados em três categorias: capacitação em CP: uma barreira para atuação do enfermeiro na APS; percepções, experiências e práticas dos enfermeiros nos CP; o papel do enfermeiro na equipe multiprofissional de CP. Conclusão: Notou-se que os enfermeiros possuíam conhecimento superficial acerca dos CP na APS, evidenciando a necessidade de educação continuada para promover a sua atuação em CP. Ademais, estudos com maior rigor metodológico com o foco no enfermeiro como agente disseminador da prática são necessários.


Author(s):  
Cynthia Assunção Gomes Pereira ◽  
Bhárbara Luiza de Araújo Pontes ◽  
Talita Ribeiro Valente ◽  
Andréa Felinto Moura ◽  
Rafael Barreto de Mesquita ◽  
...  

Introdução: O câncer é uma doença complexa, sendo a segunda maior causa de morte no Brasil e no mundo, com uma média de 9,8 milhões de óbitos ao ano. Objetivo: Verificar a influência do tipo de câncer, gástrico ou hematológico, na qualidade de vida e na funcionalidade dos indivíduos. Método: Trata-se de um estudo clínico, transversal, analítico e de abordagem quantitativa. Utilizaram-se na coleta de dados uma ficha com dados demográficos, antropométricos, habituais e da doença, o Quality of Life Questionnaire-Core30 da European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC QLQ-C30) e a Escala de Performance de Karnofsky (KPS). Resultados: Foram avaliados 29 pacientes no total; destes, 19 pacientes com câncer hematológico (Grupo A) e dez com câncer gástrico (Grupo B). A correlação entre idade, EORTC QLQ-C30 e KPS foi positiva entre a idade e os sintomas (r=,571, p=0,011) e a idade e a somatória total do EORTC QLQ-C30 (r=,548, p=0,015); e negativa entre a KPS e os sintomas (r=-,495, p=0,031) e a KPS e a somatória total do EORTC QLQ-C30 (r=,-580, p=0,009) no grupo A. No grupo B, não foi observada nenhuma correlação entre essas variáveis. Conclusão: Pacientes com câncer hematológico e câncer gástrico apresentam redução da qualidade de vida, sendo observada uma diminuição da funcionalidade nos pacientes com câncer hematológico quando comparado ao câncer gástrico. A redução da função nesses indivíduos pode estar diretamente relacionada com a idade e os sintomas físicos apresentados.


Author(s):  
Lilian de Lana Bernardino ◽  
Maria das Graças Silva Matsubara

Introdução: Feridas neoplásicas malignas (FNM), também denominadas de lesões oncológicas, tumorais ou fungoides, ocorrem pela infiltração das células malignas do tumor nas estruturas da pele. Objetivo: Construir e validar um questionário para avaliar o conhecimento do enfermeiro especialista em Oncologia sobre o cuidado com o paciente portador de FNM. Método: Estudo transversal, com abordagem quantitativa, dividido em duas etapas. A etapa 1 consiste na elaboração do questionário e a etapa 2 compreende a validação. Resultados: Todos os 11 especialistas convidados aceitaram participar do estudo, sendo realizada a classificação segundo critérios propostos no processo de elaboração e validação, mostrando pontuação média de 11. Entre os especialistas, 18,18% eram estomaterapeutas, 18,18% mestres, 54,55% doutores e 9,09% pós-doutores. Foi elaborado um questionário contendo 18 questões de múltipla escolha com quatro opções de respostas abrangendo os seguintes temas: incidência, definição, processo de oncogênese e FNM, características e sintomatologia, estadiamento, tratamento e intervenções de enfermagem, intervenções básicas e específicas no manejo da FNM, proteção da pele periferida e especificidade da FNM comparada a feridas de outras etiologias. A validação foi realizada por meio do índice de concordância entre os avaliadores usando o coeficiente de Kendall, com resultado geral igual a 0,0941, indicando um bom grau de concordância. Conclusão: O presente estudo contribui para a área de Enfermagem Oncológica tanto no que tange às instituições de ensino que possuem o programa de pós-graduação em Oncologia como às instituições de saúde com o intuito de direcionar o desenvolvimento de programas de educação permanente.


Author(s):  
Leopoldo Silocchi Pergo ◽  
Cibele Feroldi Maffini ◽  
Rita Maira Zanine ◽  
Luiz Martins Collaço ◽  
Ana Paula Martins Sebastião

Introdução: O exame de Papanicolau é uma importante ferramenta na triagem do carcinoma do colo uterino. O diagnóstico citológico de atipias celulares escamosas de significado indeterminado favorecendo lesão de alto grau (ASC-H) é a categoria de menor concordância interobservador. Objetivo: Avaliar o grau de concordância interobservador para os diagnósticos de ASC-H e de lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (LIEAG) em um hospital terciário e avaliar a capacidade do diagnóstico de ASC-H para predizer lesões de maior grau. Método: Foram coletadas lâminas de pacientes atendidas entre 2007 e 2015 no Serviço de Anatomia Patológica do hospital, com diagnósticos originais de ASC-H ou LIEAG realizados pelo mesmo patologista, colposcopia e biópsia, quando indicadas, pelo mesmo ginecologista. Essas citologias foram posteriormente revisadas por outros dois patologistas separadamente e às cegas. Ambos tiveram acesso a dados sobre idade no momento do diagnóstico para reproduzir o diagnóstico da prática clínica. Resultados: Houve 65,1% de lâminas listadas com ASC-H e 34,9% com LIEAG. As duas revisões concordaram concomitantemente com o diagnóstico original em 54,7%. Os índices kappa para os dois diagnósticos e somente para ASC-H foram, respectivamente, 0,46 e 0,49 (concordâncias moderadas). Das lâminas originalmente interpretadas como ASC-H, 68,3% resultaram em lesões de maior grau na histologia. Conclusão: Os dados mostraram uma concordância moderada entre os patologistas para o diagnóstico de ASC-H. É importante destacar que o diagnóstico de ASC-H correspondeu à lesão de maior grau de malignidade na histologia, demonstrando que essas lesões devem ser seguidas clinicamente como LIEAG.


Author(s):  
Jeane Tomazelli

A atual Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) é simultaneamente produto e parte integrante de uma série de normativas que buscam organizar as ações e serviços de saúde para assegurar ao cidadão o acesso universal e igualitário à promoção, à proteção e à recuperação. Sob o prisma da Reforma Sanitária, pautado na concepção de saúde como direito social, busca-se construir um Sistema Único de Saúde (SUS) no qual os valores e crenças estruturantes da sociedade são a igualdade e a equidade. Entender que a PNPCC deve induzir à promoção, à proteção e à recuperação da saúde traz a necessidade de ações de avaliação dos seus resultados. Logo, a sua implementação deve estar acompanhada de estudos de avaliação para prover informações sobre a sua efetividade e a identificação dos pontos de fragilidades. Estudos que avaliem a política e sua efetividade auxiliam a gestão orientando quanto à adequação do rumo e escopo. Ademais, é importante que revistas científicas, entre elas a Revista Brasileira de Cancerologia (RBC), mantenham um canal aberto para a divulgação da produção nessa área, propiciando a construção crítica de conhecimento específico e fornecendo elementos para o aprimoramento das ações de controle do câncer.


Author(s):  
Ana Paula do Nascimento Antonio ◽  
Thiago Ribeiro Nery ◽  
Liliana Rosa Alves Manaças ◽  
Priscila Helena Marietto Figueira

Introdução: A avaliação das causas de interrupção do plano terapêutico antineoplásico permite a elaboração de estratégias que aumentem a adesão e os desfechos positivos do tratamento. Objetivo: Traçar o perfil clínico das pacientes com tumores ginecológicos, em tratamento antineoplásico intravenoso, identificando o risco de interrupção do plano terapêutico. Método: Estudo retrospectivo e quantitativo (2011-2018), incluindo pacientes maiores de 18 anos, com tumores ginecológicos em tratamento antineoplásico. O banco de dados foi construído a partir das planilhas de controle de antineoplásicos da Central de Quimioterapia. As variáveis coletadas foram ano de tratamento, idade, tipo de tumor, finalidade do tratamento, protocolo, medicamento, dose, início e término do tratamento e interrupção do tratamento. Resultados: Avaliaram-se 6.496 pacientes ao longo de oito anos. Cinquenta e dois por cento das pacientes apresentavam câncer cervical. Quase 48% (47,6%) apresentaram uma finalidade de tratamento paliativo para seus tumores. Aproximadamente 23% (22,6%) interromperam o tratamento antineoplásico. Para fins adjuvantes, curativos e paliativos, a faixa etária de 18 a 30 anos apresentou a maior interrupção, respectivamente 33%, 36% e 41%. O protocolo paclitaxel/carboplatina foi o mais prescrito com percentual significativo de interrupção. Conclusão: Os achados sugerem que exista uma associação entre a suspensão do tratamento e a idade dos pacientes e a finalidade terapêutica.


Author(s):  
Lais Reis Siqueira ◽  
Sterline Therrier ◽  
Kamilla Maestá Agostinho ◽  
Edison Vitório de Souza Júnior ◽  
Zélia Marilda Rodrigues Resck ◽  
...  

Introdução: O câncer de mama ocupa uma das primeiras posições das neoplasias malignas em mulheres. Entre os tipos de tratamento, está a radioterapia que, apesar de ser um método seguro, traz diversos efeitos colaterais que prejudicam a qualidade de vida relacionada à saúde. Objetivo: Avaliar o efeito da prática integrativa e complementar de relaxamento com visualização guiada na melhora da qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres com câncer de mama submetidas à radioterapia. Método: Pesquisa quantitativa, quase-experimental, do tipo pré e pós-teste, realizada com 25 mulheres com câncer de mama submetidas à radioterapia em um Centro de Oncologia do Sul de Minas Gerais, entre julho de 2019 a março de 2020. Foram coletados dados sobre aspectos sociodemográficos e clínicos, e utilizado o instrumento Quality of Life Questionnaire-Core 30 da European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC QLQ-C30) para avaliação da qualidade de vida, aplicado em três momentos do tratamento. As seções de relaxamento foram aplicadas três vezes na semana durante todo o tratamento radioterápico. Resultados: A maioria das pacientes se encontrava na faixa etária de 41-60 anos, com nível médio de escolaridade, aposentadas, católicas, brancas, casadas e em estadiamento IIA. Os escores relacionados às escalas funcionais apresentaram melhora ao longo do tratamento. Para a escala de sintomas, os prevalentes foram insônia, constipação e fadiga. Conclusão: A prática de relaxamento foi eficaz na melhora dos domínios da qualidade de vida relacionada à saúde, sendo uma prática de baixo custo que pode ser aplicada por profissionais treinados.


Author(s):  
Daniele Barin Facin ◽  
Maria Laura Brizio Gomes ◽  
Marlos Rodrigues Domingues

Introdução: Neoplasias são um dos principais problemas de saúde prevalentes. O câncer colorretal (CCR) apresenta alta incidência no Brasil, o tratamento da doença consiste em auxiliar o sistema imunológico a combater as células malignas, e a prática de exercícios pode auxiliar em sua prevenção. Na busca de fatores de risco para CCR, pesquisas obtiveram dados consistentes quanto a: alimentação inapropriada, inatividade física, obesidade, consumo de álcool e tabaco, mas ainda não foi possível encontrar dados sobre o histórico de atividade física (AF) dos pacientes diagnosticados com CCR. Objetivo: Avaliar se a prática de AF durante toda a vida pode influenciar no desenvolvimento da doença. Método: Estudo caso-controle. Os casos foram obtidos nos centros oncológicos de Pelotas, Brasil. Dois controles de cada caso foram detectados no mesmo centro de saúde. Ambos os grupos foram pareados por idade (±5 anos). Ao todo, participaram do estudo 82 casos e 165 controles. Resultados: A partir das análises brutas e ajustadas para os fatores de confusão, a AF em seus quatro domínios e a AF total, realizadas durante toda a vida, não estiveram associadas ao desfecho. Conclusão: Os resultados analisados neste estudo foram contrários, em sua maior parte, ao encontrado na literatura; as possíveis explicações foram o perfil de AF na população estudada, as características da AF ocupacional e o tamanho amostral.


Author(s):  
Maria Isabel do Nascimento ◽  
Jorge Ricardo Furtado Cardoso de Moraes ◽  
Esther Rohem Costa Silva ◽  
Maria Gabriela Guinancio da Mota ◽  
Raphael Mendonça Guimarães

Introdução: O câncer de pele não melanoma (CPNM) e o mais comum entre todas as malignidades. Objetivo: Descrever as tendências da mortalidade por CPNM no Brasil e nas suas Macrorregiões, de 2001 a 2018. Método: As taxas de mortalidade ajustadas por idade e estratificadas por sexo foram apresentadas por 100 mil pessoas-ano. Uma análise autorregressiva foi implementada para avaliar tendências, Mudança Percentual Anual (MPA) e intervalos de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: Houve 27.550 óbitos por CPNM no Brasil com maior frequência em homens (58,1%) e entre pessoas de 70 anos e mais (64,3%). As taxas globais foram de 2,25 (homens) e 1,22 (mulheres) por 100 mil pessoas-ano. As tendências seguiram em elevação no Brasil, em homens (MPA: 2,91%; IC95%: 1,96%; 3,86%) e em mulheres (MPA: 3,51%; IC95%: 2,68%; 4,34%). O mesmo ocorreu na Região Norte, em homens (MPA: 9,75%; IC95%: 7,68%; 11,86%) e em mulheres (MPA: 10,38%; IC95%: 5,77%; 15,21%), bem como na Região Nordeste, em homens (MPA: 9,98%; IC95%: 5,59%; 14,57%) e em mulheres (MPA: 8,34%; IC95%: 3,29%; 13,64%). Conclusão: Os óbitos por CPNM não são raridade no Brasil. O país e as Regiões Norte e Nordeste experimentaram taxas com tendência em elevação. Norte e Nordeste são as Regiões mais próximas da Linha do Equador e as menos desenvolvidas socioeconomicamente. Nessas Macrorregiões, um sinergismo entre diferentes tipos de desigualdades e exposições ambientais pode estar promovendo um aumento dos óbitos por esse tipo de câncer considerado totalmente evitável.


Author(s):  
Beatriz de Almeida Affornalli ◽  
Nadinne Maria Macetti ◽  
Camila Moraes Marques ◽  
Diancarlos Pereira de Andrade ◽  
Rosiane Guetter Mello
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Introdução: Os trihalometanos (THM) constituem um grupo de subprodutos gerados pela desinfecção da água por meio da cloração. Desde a primeira vez em que foram reportados, em 1974, são alvos de estudos que buscam estabelecer uma relação positiva entre a exposição dos humanos a esses compostos e o desenvolvimento de câncer. Objetivo: Revisão da literatura cientifica disponível sobre a presença de THM na água e sua relação com o desenvolvimento do câncer de bexiga. Método: Levantamento bibliográfico da revisão feito nas bases de dados ScienceDirect e PubMeb. Os descritores utilizados foram ‘‘trihalomethane’’, ‘‘disinfection by-products’’ e ‘‘bladder cancer’’ dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual em Saúde. Os artigos selecionados foram publicados nos últimos cinco anos. Resultados: A amostra final desta revisão foi constituída por 31 artigos, sendo a maioria deles publicados em jornais e revistas sobre meio ambiente. Analisaram-se estudos descritivos, metanálises e outros estudos individuais com delineamento experimental, encontrando uma associação positiva, mas controversa, entre os THM e o câncer, associada a diferentes mecanismos. A relação mais consistente tem sido entre a exposição crônica e o câncer de bexiga. Conclusão: Os estudos reconhecem que existem riscos significativos a saúde relacionados aos THM, no entanto, evidencias que esclareçam os mecanismos de ação e o papel que outros fatores de risco possuem, juntamente com os THM, ainda permanecem incertas.


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