scholarly journals O MOVIMENTO COMO MODO DE CRIAÇÃO: A EXPERIÊNCIA DO VIVO

Cena ◽  
2019 ◽  
pp. 3-12
Author(s):  
Adriana Dal Forno

Este estudo observa aspectos do sistema proposto por Konstantin Stanislávski referentes aos processos de vivência corporificada das ações físicas. Os elementos do sistema atenção, tempo-ritmo, imaginação e plasticidade dos movimentos são apresentados como operadores dos impulsos que efetivam o movimento em ato, e este como produto e produção de vivência, a experiência do vivo. Nesse sentido, os movimentos são portadores de intensidade e de tendências para a tessitura do acontecimento cênico.

2020 ◽  
Vol 11 (15) ◽  
pp. 244-258
Author(s):  
Daniela Simone Terehoff Merino

Estas recordações foram escritas pelo ator russo Mikhail Tchékhov (1891-1955) após a morte de seu mestre teatral Leopold Antônovitch Sulerjítski (1872-1916). No decorrer do texto torna-se evidente a influência benéfica que o professor exerceu sobre a individualidade criadora de seu aluno. Também são trazidas à tona algumas das principais experiências vividas pelo ator dentro do pequeno espaço experimental conhecido como Primeiro Estúdio do Teatro de Arte de Moscou (TAM). A relevância destas recordações está não apenas em reafirmar as confluências existentes entre o mestre e seu aprendiz, como também em demonstrar o quanto o Primeiro Estúdio – inaugurado em 1912 pelo próprio Leopold Sulerjítski em parceria com o grande ator, diretor e pedagogo russo Konstantin Stanislávski (1863-1938) –, foi um dos principais impulsionadores da jornada artística posterior de Mikhail Tchékhov.


Author(s):  
Herman Marchenko

The article deals with two different approaches to training actors. One of them is Stanislavski’s system, and the other is Meyerhold’s biomechanics. Konstantin Stanislavski and Vladimir Nemirovich-Danchenko are reformers of the Russian theater. As the Art Theater founders, they understood that the emergence of a new drama would require a completely different approach to working with actors and a different design of the stage space. With regard to new performances, it became possible to pose critical social questions related to everyday life before the viewer. Therefore, it was logical that the director's profession became very important. Working on his system, Stanislavski paid great attention to the need for an actor’s comprehensive development. Many wonderful actors who attended his acting school were among the students of this great theater director. Vsevolod Meyerhold was one of them. However, the latter chose his direction and began to engage in staging performances actively and search for new means of expression, having come to an absolute convention on the stage. Meyerhold created his method of working with an actor, known as biomechanics, in the theatrical environment. The principle of this approach is the opposite of Stanislavski's system. With all the difference in views on the theater, in the early stages of Meyerhold's independent practice, Konstantin Stanislavski offered him the opportunity to cooperate, which led Vsevolod Meyerhold to the Studio on Povarskaya Street in Moscow. Evgeny Vakhtangov was another student of Stanislavski and Nemirovich-Danchenko. At the request of Stanislavski, Vakhtangov was engaged in educational work in the studio of Moscow Art Theatre. Unlike Meyerhold, he thoroughly mastered the system and then created his theatrical direction called fantastic realism. Vakhtangov's legacy was preserved thanks to the activities of his students, among whom was Boris Zakhava. He turned to Meyerhold for help and spent several seasons with the master, gaining invaluable experience, including revealing the features of biomechanics in practice. Boris Zakhava remained faithful to Vakhtangov’s principles and continued his teacher’s work at the Shchukin Theater Institute.


2021 ◽  
Vol 3 (42) ◽  
pp. 1-28
Author(s):  
Sharon Marie Carnicke ◽  
Felipe Rodrigues Carvalho

O artigo compara a obra de Konstantin Stanislávski publicada em 1938, Rabota aktiora nad soboi, Tchast I (O trabalho do ator sobre si mesmo, Parte I), com a sua tradução em língua inglesa feita por Elizabeth Reynolds Hapgood e publicada em 1936, An Actor Prepares (Um ator se prepara). A comparação revela importantes diferenças que vão desde o tamanho do texto, o que indica um forte corte editorial, até alterações ou inconstâncias na escolha de determinados termos. Dessa forma, o artigo se debruça sobre as consequências que a tradução em língua inglesa traz para o entendimento do “sistema” no teatro estadunidense, sobretudo no século XX, e como as escolhas feitas pelo conselho editorial e pela tradutora, foram decisivas durante a transmissão e alteração do sentido do texto de Stanislávski e, portanto, de suas ideias.


2019 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 262-275
Author(s):  
Natacha Dias

O artigo aborda a noção de “trabalho do ator sobre si mesmo”, concebida por Konstantin Stanislávski como princípio operador que permeia as relações entre arte e vida por meio da afirmação dos aspectos concretos do ofício do ator. Propõe, assim, a aproximação de uma tradição teatral que formulou um novo paradigma ético e poético para o artista da cena a partir da urgência de redimensionar o sentido do fazer artístico em um contexto de profundas transformações políticas e sociais.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document