scholarly journals verdes mares bravios do Turista aprendiz

2021 ◽  
Vol 31 (3) ◽  
pp. 145-165
Author(s):  
Rodrigo de Albuquerque Marques

O presente artigo descreve um trecho da viagem de Mário de Andrade ao Norte e Nordeste do país em 1927. Refere-se às passagens e iconografias de O Turista aprendiz: (Viagens pelo Amazonas até o Peru, pelo Madeira até a Bolívia e por Marajó até dizer chega), diário de viagem do modernista, nas quais o estado do Ceará e a sua capital Fortaleza aparecem não só como espaço geográfico, mas como espaço simbólico e literário. O artigo reflete como um dia de passeio de Mário de Andrade na capital cearense, levou-o a refletir sobre a poesia de Castro Alves e a prosa de José de Alencar, revisando, no curso do diário, concepções românticas acerca da relação entre as forçasde nossa natureza tropical e uma literatura nacional autêntica.

2019 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 196-214
Author(s):  
Adriano de Paula Rabelo

Do ponto de vista da linguagem, o teatro de Nelson Rodrigues se realiza como a culminância de um processo histórico de apropriação da linguagem brasileira pela literatura. Em vários momentos, houve tentativas de abrasileiramento da linguagem por nossos escritores, tendo as elaborações críticas de José de Alencar e Mário de Andrade marcado essa discussão nos contextos do Romantismo e do Modernismo. Este artigo mostra como o dramaturgo brasileiro, no contexto da modernização do teatro no Brasil e seus desdobramentos, promoveu uma revolução na linguagem falada nos palcos, realizando ainda aquela que talvez seja a mais completa recriação plástica da prosódia brasileira em nossa literatura.


2019 ◽  
Vol 1 (2) ◽  
pp. 422-439
Author(s):  
Maria Júlia Pereira

Macunaíma: o herói sem nenhum caráter (1928), de Mário de Andrade, é o romance-rapsódia que versa sobre a trajetória de um herói baseado nas lendas indígenas amazônicas e apresentado como autenticamente brasileiro. A paródia se faz presente como intenção em diversas cenas da obra. Todavia, neste trabalho, será tratada a paródia enquanto deformação e transformação (ou imitação) com distanciamento crítico da figura do herói romântico indianista idealizado, que a personagem Peri, de O Guarani (1857), de José de Alencar, encarna.  Palavras-chave: Macunaíma. Peri. Herói. Paródia.


2019 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 184-200
Author(s):  
Adriano De Paula Rabelo

Do ponto de vista da linguagem, o teatro de Nelson Rodrigues se realiza como a culminância de um processo histórico de apropriação da linguagem brasileira pela literatura. Em vários momentos, houve tentativas de abrasileiramento da linguagem por nossos escritores, tendo as elaborações críticas de José de Alencar e Mário de Andrade marcado essa discussão nos contextos do Romantismo e do Modernismo. Este artigo objetiva mostrar, através de um levantamento extensivo e uma amostragem significativa, como o dramaturgo brasileiro, no contexto da modernização do teatro no Brasil e seus desdobramentos, promoveu uma revolução na linguagem falada nos palcos, realizando ainda aquela que talvez seja a mais completa recriação plástica da prosódia brasileira em nossa literatura, como o levantamento e a amostragem mostrarão.


1981 ◽  
Vol 61 (1) ◽  
pp. 140
Author(s):  
Manoel Cardozo ◽  
Luis Viana Filho
Keyword(s):  

2021 ◽  
Author(s):  
Maria do Rosário Alves Pereira

Este livro investiga o papel exercido por Mário de Andrade como crítico literário em sua epistolografia para escritores(as) mineiros(as), de diferentes grupos e gerações, tais como Carlos Drummond de Andrade e Martins de Almeida; Henriqueta Lisboa e Oneyda Alvarenga; Fernando Sabino e Alphonsus de Guimaraens Filho, entre outros. Percebe-se que os escritores, ainda que acatassem as sugestões mariodeandradianas e, em grande medida, as colocassem em prática na confecção do texto literário, mantinham, ao mesmo tempo, uma postura crítica e autônoma em relação aos apontamentos que recebiam. Desenvolve-se o conceito de carta-crítica, fundamental para as leituras aqui empreendidas, a fim de delinear como Mário, por meio de sua “sinceridade”, procurava orientar seus correspondentes. Procura-se demonstrar que o meio epistolar funcionou como uma espécie de laboratório tanto para o escritor paulista quanto para os jovens que dele se aproximavam, pois nas cartas se encontram a gênese de obras e, sobretudo, discussões profícuas sobre o fazer literário, a arte, o papel do intelectual e o do próprio crítico. Ao final, fica demonstrado o valor literário e histórico-cultural imbuído nessa vasta correspondência, que, seguramente, agrega novos sentidos à memória literária brasileira.


2006 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
pp. 89-114
Author(s):  
Valdeci Rezende Borges
Keyword(s):  

Este artigo aborda, primeiramente, as relações estabelecidas entre cultura, natureza, sociedade, história e literatura no ensaio crítico Benção paterna, de José de Alencar, no qual se expressa a preocupação com a edificação de uma literatura brasileira, com "cor local" e uma identidade nacional. Em seguida, focam-se as descrições da natureza fluminense no romance Sonhos d'ouro, observando as formas culturais de interação dos indivíduos com os aspectos físico-naturais e as apreciações sobre eles inseridas num processo de produção de um imaginário formador de uma identidade da nação e da cidade, no qual se põem em relevo suas singularidades, belezas e monumentalidade.


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