Este artigo trabalha a aproximação de dois textos, o conto Barba Azul (2010), de Charles Perrault, e Sin City (2012), narrativa gráfica de Frank Miller. São narrativas publicadas em períodos distintos e pertencentes a mídias distintas, mas que, em dado momento, apresentam a organização de um espaço muito semelhante: um aposento em que, na primeira história, há a exibição de corpos de mulheres mortas e, na segunda, a exibição de suas cabeças, tais como troféus de caça. O que teriam esses espaços em comum? A discussão busca, em um exercício de intertextualidade, reconhecer uma construção discursiva que se repete, resgatando certos sentidos e transformando outros.