O objetivo desse texto é discutir o diagnóstico, em grande medida partilhado por Jurgen Habermas e Axel Honneth, que aponta para um deslocamento dos atuais movimentos sociais que se afastariam de demandas anti-sistêmicas, leia-se anticapitalistas, para orientarem suas lutas na direção da reivindicação da solução de problemas específicos (ambientais, étnicoraciais, gênero, entre outros). Nesse sentido, serão apresentados elementos presentes em um dos movimentos sociais mais presentes no cenário social brasileiro, a saber, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, como expediente capaz de ancorar na realidade uma perspectiva de análise do tempo presente que permita pensar movimentos sociais que articulem anticapitalismo e demandas específicas. Com isso, pretende-se contribuir para que a Filosofia social mantenha em sua agenda uma perspectiva anticapitalista.