scholarly journals Protestantismo e educação no Brasil e na América Latina

2021 ◽  
Vol 14 (16) ◽  
pp. 1-4
Author(s):  
José Normando Gonçalves Meira ◽  
Shirley Patrícia Nogueira de Castro e Almeida ◽  
Wendell Lessa Vilela Xavier
Keyword(s):  

O dossiê buscou reunir artigos que discutem as ações educacionais protestantes no Brasil e na América Latina, considerando a relação dessa vertente do cristianismo com a educação escolar desde a Reforma Protestante do Século XVI. O impacto das convicções religiosas protestantes nos diversos aspectos da cultura moderna tem sido destacado por autores das diversas áreas do conhecimento, tendo como referências teóricas abordagens mais amplas tais como a de Weber (2004) e Biéler (2012) e outros. No que diz respeito especificamente à educação escolar, a influência do protestantismo na educação, tem sido reconhecida e discutida por diversos autores dessa área do conhecimento e de outras que com ela dialogam. Cambi (1999) Nunes (2017); Vieira (2008), Burke (1995), Chartier (1989), servem como exemplo. Alguns aspectos das convicções religiosas protestantes e da sua teologia justificam essa relação com a educação escolar: a doutrina da “sola Scriptura”, de que a Bíblia é a fonte do conhecimento do ser de Deus e da sua vontade para a vida do homem.  Entendem que “às Escrituras do velho e do Novo Testamento” devem estar sujeitos todas as decisões dos concílios e as elaborações teológicas dos doutores da Igreja. A leitura e interpretação do texto sagrado constitui-se em fundamento para a verdadeira religião. Embora o entendimento espiritual desse conteúdo dependa de uma comunicação especial de Deus, requer também esforço intelectual e um estudo correto desse texto. Enquanto para a Igreja medieval, o estudo da Bíblia era uma função específica do clero, que mediava o relacionamento do indivíduo com Deus, a Reforma Protestante do Século XVI afirmava não ter base bíblica essa mediação. Firmou a doutrina do “sacerdócio universal dos cristãos”. Essa convicção implicaria na necessidade de todos os cristãos, individualmente, conhecerem o conteúdo bíblico para responderem ao seu conteúdo. A alfabetização era para eles uma necessidade por razões de fé. Além da alfabetização para que os objetivos imediatos da proclamação do Evangelho e o discipulado dos conversos, o protestantismo incentivava a educação escolar, a produção do conhecimento como uma forma de “glorificar a Deus”. É o que Weber (2004) chama de “ascetismo intramundano”. Para ele, o protestantismo nega o mundo, enfrentando-o com o objetivo de transformá-lo. Neste caso, o conhecimento da realidade, da natureza, é uma das formas para que o homem cumpra do mandato cultural que lhe forma dado no ato da criação: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gênesis 2:15). Para exercer um domínio responsável sobre o mundo, é necessário conhecê-lo. Além disso, criado “à imagem e semelhança” do seu Criador, o homem tem um potencial a ser desenvolvido e a educação escolar é um instrumento considerado importante para isso. Esta é a razão pela qual o protestantismo, na proposta reformada de “voltar às Escrituras”, nas sociedades onde se instalou, além das escolas elementares, de alfabetização, procurou criar colégios e universidades que pudessem ampliar a busca de conhecimentos nas diversas áreas.

2004 ◽  
pp. 801-821
Author(s):  
María Adelaida FARAH Q.
Keyword(s):  

Las transformaciones en el modelo de desarrollo en los países de América Latina han significado cambios en las características del trabajo remunerado y no remunerado. Analizar esto en los espacios rurales, desde una perspectiva de género y una visión ampliada de trabajo, resulta necesario para comprender dichas transformaciones, sus aspectos positivos pero también hacer visibles sus contradicciones y las inequidades que conllevan. En este artículo se presentan elementos de análisis en este sentido, centrándose en América Latina, en general, y en algunos aspectos en Colombia, especialmente. Se comienza con una descripción de los cambios en el modelo de desarrollo y sus implicaciones en las relaciones laborales. Luego se hace un análisis de la relación entre el trabajo productivo (“remunerado”) y el reproductivo. Y finalmente, se introduce el tema de los niveles micro, meso y macro, debido a que analizar qué pasa en cada uno de ellos y cómo se interrelacionan entre sí, ayuda a entender lógicas y realidades que desaparecerían si se pierde de vista algunos de los niveles y sus interfases. 


2016 ◽  
pp. 133-148
Author(s):  
Camillo Robertini
Keyword(s):  

2018 ◽  
pp. 71-80
Author(s):  
Marco Quiroz Vitale ◽  
Enrico Damiani ◽  
Vergada Franzetti ◽  
Morris L. Ghezzi
Keyword(s):  

InterNaciones ◽  
2020 ◽  
pp. 249-283
Author(s):  
José Ramírez ◽  
Virginia Del Campo
Keyword(s):  

InterNaciones ◽  
2020 ◽  
pp. 15-60
Author(s):  
Melissa Bañuelos
Keyword(s):  

Author(s):  
Eloisa Beling Loose ◽  
Rogelio Fernández Reyes

El cambio climático se ha erigido como uno de los principales retos de la humanidad. Los efectos serán severos en algunas zonas de América Latina (responsables en la actualidad de cerca del 10% de las emisiones globales), lo cual viene a sumarse a otros retos sociales y económicos de sus países, con muy diferentes realidades. Los medios de comunicación ejercen un importante papel social en el abordaje de este gran desafío. En esta investigación se presenta una relación bibliográfica en Latinoamérica acerca de la comunicación del cambio climático con el fin de contribuir a su discusión en la región, además de identificar los principales hitos de la cobertura en perspectiva comparada con el ámbito internacional. La investigación bibliográfica identifica numerosas similitudes entre nueve países latinoamericanos, la falta de intercambios sobre la realidad de la región y una serie de ausencias. También se observan semejanzas considerables entre la cobertura latinoamericana y la internacional.


2018 ◽  
Author(s):  
Diego Molano Vega ◽  
Guillermo Cruz Alemán ◽  
Santiago Amador Villaneda
Keyword(s):  

2019 ◽  
Vol 20 (6) ◽  
pp. 721
Author(s):  
Mara Lilian Soares Nasrala ◽  
Walkiria Shimoya-Bittencourt ◽  
Viviane Martins Santos ◽  
Ariane Hidalgo Mansano Pletsch ◽  
Maristela Prado e Silva Nazário ◽  
...  

Introdução: As doenças cardiovasculares somam 1/3 de todas as mortes na América Latina e no Brasil, representando a 2ª causa de morte no país. Objetivos: Mensurar e acompanhar a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) durante 180 dias e correlacionar os resultados com ansiedade, depressão em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Métodos: 63 pacientes foram submetidos a CRM eletiva, no pré-operatório foram coletados os dados sociodemográficos e clínicos depois os pacientes preencheram questionários: MacNew QLMI para avaliação de QVRS, IDATE Traço-Estado para avaliação de ansiedade e Beck Depression Inventory (BDI) para avaliação de depressão. Após a alta hospitalar, em seus domicílios, os pacientes responderam novamente os questionários e foram acompanhados por 6 meses. Resultados: Foi observada melhora significativa da QVRS após 60 dias, que se manteve estável entre 120-180 dias após CRM. Houve uma correlação negativa significante entre QVRS e depressão e QVRS e ansiedade. Quanto aos domínios do QLMI, observou-se melhora significante no físico e social após 120 e 180 dias da cirurgia. Não foi observada diferença significativa nos escores de depressão e ansiedade em relação ao tempo de CRM. Porém, observou-se redução significativa nos níveis de depressão 180 dias após CRM. Conclusão: Pacientes submetidos a CRM apresentam uma melhora espontânea significativa em sua QVRS após 60 dias e que se estabiliza até 180 dias. Fatores como ansiedade e depressão podem afetar o curso de sua completa recuperação emocional, física e social.Palavras-chave: ansiedade, depressão, qualidade de vida, cirurgia de revascularização do miocárdio.


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