ATIVIDADE ANTIPARASITÁRIA DA Artemisia annua CONTRA ESPÉCIES DE Leishmania

2021 ◽  
Author(s):  
Saulo Brivaldo Mendonça da Silva ◽  
Fernando Silveira Rocha

Introdução: A Artemisia annua é uma planta natural da Ásia e foi introduzida em diversos países ao redor do mundo(1). Conhecida há séculos por suas características medicinais, essa planta pode ser utilizada, por exemplo, na forma de óleo essencial ou pó para auxiliar contra diversas patologias, desde uma simples inflamação até mesmo infecção viral e bacteriana, diabetes e cânceres(1,3,4). O amplo espectro de ação da A. annua se deve ao fato de haver em sua composição metabólitos como artemisinina, flavonóides, terpenóides, cumarinas e saponinas(4). A Artemisia annua possui também ação contra a leishmaniose, uma doença causada por mais de 20 agentes etiológicos intracelulares(4). Transmitida por insetos dos gêneros Phlebotomus e Lutzomyia spp, a leishmaniose é considerada uma doença de preocupação global e se divide em três formas, sendo elas a cutânea, mucocutânea e visceral(2,4). Uma vez que os medicamentos que existem atualmente no mercado possuem graves efeitos colaterais, fez-se necessário o melhor entendimento acerca da ação da Artemisia annua sobre as espécies de Leishmania(4). Objetivos: Este resumo tem como objetivo analisar a ação anti-leishmania da Artemisia annua e em quais formas do parasita essa planta é capaz de atuar. Métodos: Foi realizada uma busca nas plataformas de dados PubMed e Google Acadêmico, e os artigos científicos foram encontrados por meio do descritor “artemisia annua AND leishmania”. Resultados: As folhas da Artemisia annua apresentaram ação contra as amastigotas da Leishmania panamensis, agente etiológico da leishmaniose cutânea, e não foi observada cito e genotoxicidade(4). Além disso, as sementes e folhas da A. annua mostraram atividade contra promastigotas e amastigotas de Leishmania donovani, agente causador da leishmaniose visceral. A ação anti-leishmania ocorreu por meio da ativação da morte celular programada, onde foi possível observar a exteriorização de fosfatidilserina e fragmentos de DNA. Os componentes da A. annua identificados na pesquisa foram a cânfora, n-hexano, acetato de alfa-amirina, β-cariofileno e derivados da artemisinina. Ademais, não foi encontrada citotoxicidade nas células de mamíferos(2,3). Conclusões: Em decorrência do que foi exposto, conclui-se que a Artemisia annua possui componentes com ação anti-leishmania, provocando a morte de amastigotas e promastigotas. Com isso, é necessário que pesquisas continuem sendo realizadas com a A. annua para que mais compostos com potencial contra espécies de Leishmania possam ser identificados e, assim, abordagens terapêuticas mais baratas e seguras possam ser aplicadas em indivíduos infectados por esse parasita.

2012 ◽  
Vol 61 (12) ◽  
pp. 1709-1718 ◽  
Author(s):  
Mohammad Islamuddin ◽  
Abdullah Farooque ◽  
B. S. Dwarakanath ◽  
Dinkar Sahal ◽  
Farhat Afrin

1997 ◽  
Vol 89 (2) ◽  
pp. 149-159 ◽  
Author(s):  
David G Croan ◽  
David A Morrison ◽  
John T Ellis

2007 ◽  
Vol 56 (9) ◽  
pp. 1213-1218 ◽  
Author(s):  
Rupashree Sen ◽  
Samiran Bandyopadhyay ◽  
Avijit Dutta ◽  
Goutam Mandal ◽  
Sudipto Ganguly ◽  
...  

A major impediment to effective anti-leishmanial chemotherapy is the emergence of drug resistance, especially to sodium antimony gluconate, the first-line treatment for leishmaniasis. Artemisinin, a sesquiterpene lactone isolated from Artemisia annua, is an established anti-malarial compound that showed anti-leishmanial activity in both promastigotes and amastigotes, with IC50 values of 160 and 22 μM, respectively, and, importantly, was accompanied by a high safety index (>22-fold). The leishmanicidal activity of artemisinin was mediated via apoptosis as evidenced by externalization of phosphatidylserine, loss of mitochondrial membrane potential, in situ labelling of DNA fragments by terminal deoxyribonucleotidyltransferase-mediated dUTP nick end labelling (TUNEL) and cell-cycle arrest at the sub-G0/G1 phase. Taken together, these data indicate that artemisinin has promising anti-leishmanial activity that is mediated by programmed cell death and, accordingly, merits consideration and further investigation as a therapeutic option for the treatment of leishmaniasis.


Planta Medica ◽  
2010 ◽  
Vol 76 (12) ◽  
Author(s):  
F Emadi ◽  
M Sharifzadeh ◽  
N Yassa

Planta Medica ◽  
2011 ◽  
Vol 77 (12) ◽  
Author(s):  
O Kayser ◽  
A Ryden ◽  
H Bouwmeester ◽  
C Ruyter Spira ◽  
H Osada ◽  
...  

Planta Medica ◽  
2012 ◽  
Vol 78 (11) ◽  
Author(s):  
E Ivarsen ◽  
XC Fretté ◽  
RM Engberg ◽  
ICN Thøfner ◽  
JP Christensen ◽  
...  
Keyword(s):  

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