scholarly journals Perfil de mulheres submetidas à curetagem uterina em uma unidade de médio porte do Distrito Federal

2022 ◽  
Vol 3 (14) ◽  
pp. 261-281
Author(s):  
Roseane Do Vale Garcia ◽  
Lauane Rocha Itacarambi ◽  
Dayanny Nogueira Rodrigues Ulhôa ◽  
Jacqueline Ramos de Andrade Antunes Gomes ◽  
Gleyce Mikaelle Costa Quirino ◽  
...  

Introdução: O abortamento representa um grave problema de saúde pública, com maior incidência em países em desenvolvimento representando uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil. Portanto, objetiva-se verificar o perfil de mulheres submetidas à curetagem uterina em um hospital de médio porte no Distrito Federal, Brasil. Método: Trata-se de pesquisa de análise documental retrospectiva, de caráter exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, realizada em um hospital público do Distrito Federal. Resultados: A curetagem apresentou taxa de 54,03% e a AMIU taxa de 45,97%; a frequência de procedimentos nos 12 meses analisados foi de 5,74% a 11,04%, em relação à amostra de 435 pacientes; a faixa etária com maior número de procedimentos foi de 25-34 anos, com 40,70%, ficando as outras duas faixas (15-24 anos e 35-45 anos) com 29,65%. Conclusão: O perfil encontrado não difere substancialmente daquele apresentado na literatura, relativo ao Brasil, incluindo o fato de que cabe às maternidades do Distrito Federal atenderem pacientes dos estados próximos, como ocorre em outras regiões do país, o que acarreta sobrecarga.

2019 ◽  
Vol 29 (01) ◽  
pp. 36-44
Author(s):  
Brunno Henrique Kill Aguiar ◽  
Juliana Moura Da Silva ◽  
Mônica Beatriz Ortolan Libardi ◽  
Juliana de Andrade Passos ◽  
Silvia Caixeta De Andrade ◽  
...  

Introdução. Historicamente observam-se diversos movimentos em prol da saúde sexual e reprodutiva feminina. Os mesmos vem problematizando a legalização do aborto, sendo este definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a interrupção da gravidez no máximo até a idade gestacional de 20-22 semanas e peso fetal de 500 gramas. Objetivo. O presente estudo buscou identificar como o aborto é discutido legalmente na América Latina, explorando a diversidade do tema. Método. Foi realizada uma revisão narrativa, utilizando-se as palavras-chave "aborto e (lei ou bioética)" lançadas nas bases de dados LILACS, SCIELO e PUBMED, no período de 2011 a 2016. Resultados e Discussão. Foram encontrados artigos científicos abordando 18 dos 20 países que atualmente compõem a América Latina, com exceção do Paraguai e Venezuela. Os resultados mostraram que alguns países e/ou estados têm leis menos restritivas, tais como Cuba, Uruguai e o Distrito Federal do México. Em contrapartida, outros consideram o aborto como prática ilegal sob qualquer hipótese, como Chile, Costa Rica, El Salvador, Honduras e Nicarágua. Os demais países encontrados despenalizam o aborto em situações específicas como estupro, malformações fetais incompatíveis com a vida e risco de vida ou à saúde da gestante. Conclusão. O tema da legalização do aborto ainda gera muitas ambivalências na América Latina. Contrapõem-se, por um lado, visões religiosas, o direito à vida fetal e o receio de banalização da prática, e, por outro, iniciativas de preservação da vida e dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, buscando diminuir os índices de aborto inseguro e mortalidade materna.


2004 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
pp. 449-460 ◽  
Author(s):  
Ruy Laurenti ◽  
Maria Helena Prado de Mello Jorge ◽  
Sabina Léa Davidson Gotlieb

A mortalidade materna pode ser considerada um excelente indicador de saúde, não só da mulher, mas da população geral; mostra, também, iniqüidades. A redução da mortalidade materna é uma das principais metas, estando também incluída nas Metas do Desenvolvimento do Milênio da ONU. OBJETIVO: Conhecer a qualidade da informação da mortalidade de mulheres de 10 a 49 anos, e estimar a razão de mortalidade materna (RMM) e os fatores de ajuste para os dados oficiais, no conjunto das capitais de estados brasileiros e Distrito Federal. METODOLOGIA: Adotou-se a metodologia RAMOS (a partir da declaração de óbito, entrevista no domicílio da mulher falecida, com preenchimento de questionário, sobre variáveis demográficas, epidemiológicas, clínicas e de acesso a serviços; seguiam-se consultas a prontuários médicos hospitalares e a laudos de autópsia). Após o resgate da informação, pôde ser feita análise das reais causas básicas, terminais e associadas. A população de estudo foi estimada em 7.332 mortes de mulheres de 10 a 49 anos, ocorridas no primeiro semestre de 2002, sendo 239 óbitos por causas maternas. A RMM foi de 54,3 por cem mil nascidos vivos (n.v.), no conjunto de capitais, variando entre 42 por cem mil n.v. no Sul, e 73,2 por cem mil n.v. no Nordeste. O fator de ajuste para o conjunto das capitais brasileiras foi igual a 1,4; para as regiões (considerando apenas as capitais), variaram entre 1,08 na Região Norte e 1,83 na Região Sul. As mortes obstétricas diretas corresponderam a 67,1%, mostrando que assistência ao pré-natal, ao parto e ao puerpério deve ser aprimorada.


2008 ◽  
Vol 24 (3) ◽  
pp. 653-662 ◽  
Author(s):  
Maria Helena de Sousa ◽  
José Guilherme Cecatti ◽  
Ellen Hardy ◽  
Suzanne Jacob Serruya

Apresentar uma experiência de relacionamento do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), e do SIH com ele próprio, aplicados na área de morbidade materna grave (near miss) e mortalidade materna. Trata-se de um estudo empírico, utilizando-se dados brasileiros das capitais de estados e do Distrito Federal em 2002. Para os dois relacionamentos, aplicados separadamente em cada uma das capitais, estabeleceu-se estratégia de blocagem em três passos simples, bem como a de múltiplos passos relacionados, e duas de revisão manual. Do total de pares verdadeiros dos dois relacionamentos, menos de 8% não puderam ser localizados pelos passos simples, enquanto que a estratégia de múltiplos passos deixou de localizar apenas 0,7%. Foi possível explorar o assunto de mortalidade e morbidade materna grave nos bancos de dados. O número de pares formados e revisados sob a estratégia de múltiplos passos foi inferior à soma dos pares nos três passos simples e, além disso, menos pares foram perdidos. Porém, para o relacionamento do SIH com ele próprio, sugerem-se as duas estratégias.


2007 ◽  
Vol 41 (2) ◽  
pp. 181-189 ◽  
Author(s):  
Maria Helena de Sousa ◽  
José Guilherme Cecatti ◽  
Ellen Elizabeth Hardy ◽  
Suzanne Jacob Serruya

OBJETIVO: Descrever as características da mortalidade materna segundo Sistema de Informação sobre Mortalidade em relação a dados correspondentes a esses registros em outros sistemas. MÉTODOS: Estudo descritivo, com utilização dos dois sistemas de informações de dados vitais e do sistema hospitalar, para as 26 capitais estaduais e o Distrito Federal do Brasil, em 2002. Inicialmente foram calculadas as razões de mortalidade materna e obtidas informações das mortes maternas declaradas. A partir dessas mortes relacionou-se probabilisticamente o Sistema de Informação sobre Mortalidade com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e com o Sistema de Informações Hospitalares, utilizando-se o programa "Reclink II", com estratégia de blocagem em múltiplos passos. Para os registros pareados, foram detalhados os diagnósticos e procedimentos hospitalares aproximados pelos critérios mais conhecidos de morbidade materna grave. RESULTADOS: Foram registradas 339 mortes maternas em 2002, com razões de mortalidade materna oficial e ajustada, respectivamente, de 46,4 e 64,9 (mortes por 100.000 nascidos vivos). No relacionamento com os dados do sistema de nascidos vivos, foi possível localizar 46,5% das mortes maternas e, com o de informações hospitalares, localizaram-se 55,2% das mortes. O diagnóstico de internação mais freqüente foi o de infecção (13,9%), e o procedimento com maior percentagem (39,0%) foi o de admissão à UTI. CONCLUSÕES: Foi baixa a percentagem de relacionamento entre os registros das três fontes estudadas. Nenhuma das possíveis falhas e/ou impossibilidade de relacionamento apontadas, isoladamente ou em conjunto, podem explicar esse baixo percentual.


2020 ◽  
Vol 41 (1) ◽  
Author(s):  
Larissa Pereira Gonçalves ◽  
Esmeralda Figueira Queiroz
Keyword(s):  

Este artigo trata da análise da atuação de uma professora intérprete de anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola do Distrito Federal, tendo como foco a sua constituição subjetiva mediante a singularidade do contexto em que sua atividade se desenvolve. Configurado como um estudo de caso, optamos pela Teoria da Subjetividade de González Rey como constructo teórico de sustentação deste estudo. E em consonância com essa teoria, a opção metodológica verteu-se para Epistemologia Qualitativa cunhada pelo mesmo autor. Assim, a construção das informações a serem analisadas se deu por meio de situações conversacionais, análise de documentos e de instrumento elaborado para completar frases. O aspecto singular de professor intérprete de um aluno surdo com transtorno do espectro do autismo foi o diferencial no cenário escolar e que conduziu as autoras a lograr o desvendamento da constituição subjetiva desta profissional.   


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document