scholarly journals Educação permanente em saúde do trabalhador: realidades em uma unidade de atenção secundária

2020 ◽  
Vol 2 ◽  
Author(s):  
Nathalia Henriques Veiga ◽  
Yan Zi Li Ten ◽  
Magda Guimarães de Araujo Faria ◽  
Carla Tatiana Garcia Barreto Ferrão ◽  
Cristiane Helena Gallasch
Keyword(s):  

Objetivo: identificar como ocorre a incorporação de conteúdos de saúde do trabalhador nas estratégias de educação permanente entre trabalhadores enfermeiros lotados em uma unidade de atenção secundária, localizada no município do Rio de Janeiro – Brasil. Método: pesquisa qualitativa transversal, não experimental e descritiva. O cenário elencado foi uma unidade de saúde voltada para Atenção Secundária, no formato de policlínica. Participaram do estudo 19 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico entre os meses de março a abril de 2020, sendo feita a análise de dados pela estatística descritiva e interpretação gráfica gerada pela plataforma de recolha de dados denominada Survey Monkey. Resultados: os profissionais não se enxergam como produtores de conhecimento em saúde do trabalhador, observando-a como uma área especializada. Além disso, não foram apontadas ações de promoção da saúde como necessárias, restringindo-as a atividades de prevenção, sobretudo de riscos. Observou-se a utilização de estratégias da Educação Permanente em Saúde (EPS), como as rodas de conversa, na condição de escolha metodológica para a realização das atividades educativas. Conclusão: é emergente a necessidade de criação de espaços e atividades educativas em saúde do trabalhador sob a perspectiva da Educação Permanente em Saúde, buscando, assim, um espaço de compartilhamento de experiências, saberes, que estimule atividades de promoção da saúde, para que estas tenham magnitude semelhante àquelas de prevenção, já tão presentes no paradigma teórico da saúde ocupacional.

2019 ◽  
Vol 44 ◽  
pp. 37 ◽  
Author(s):  
Lucia Helena Esteves Pereira ◽  
Sandra Regina Holanda Mariano ◽  
Joysi Moraes ◽  
Bruno Francisco Batista Dias
Keyword(s):  

Este artigo discute, em que medida, as práticas inerentes ao modelo da Gestão Integrada da Escola (GIDE) implementadas nas escolas estaduais do Rio de Janeiro passaram a fazer parte da rotina da organização escolar, ou seja, em que medida foram institucionalizadas ou não. O processo de institucionalização, caracterizado por possuir, pelo menos, três fases, habitualização, objetificação e sedimentação (TOLBERT e ZUCKER, 1999), foi analisado sob a perspectiva dos docentes. Foi realizada uma survey com professores da Rede Estadual de Educação, utilizando o Survey Monkey. O nível de confiança adotado foi de 92% e, tendo como referência o universo em estudo de 54.000 professores, havia a necessidade de alcançar, pelo menos, 156 respondentes. Foram obtidas 189 respostas. Os resultados apontam que a implementação da GIDE organizou e padronizou rotinas administrativas que permitiram a maior organização do sistema educacional do estado. Estas práticas administrativas foram sedimentadas. Entretanto, as práticas pedagógicas dos docentes, em sala de aula, não foram alteradas, ou seja, as mudanças sugeridas pela GIDE não foram extensíveis à sala de aula. Só houve mudança, de fato, nos processos administrativos. Este foi um dos principais achados desta pesquisa: no espaço destinado ao exercício da burocracia profissional não ocorreram mudanças significativas. Uma das principais características deste tipo de estrutura é a autonomia individual que permite grande liberdade de controle do próprio trabalho por parte do profissional, como no caso dos docentes em sala de aula (CLABAUGH e ROZYCKI, 1990; BIDWELL, 2001; MINTZBERG, 2003).


2018 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 317-328 ◽  
Author(s):  
Verônica C. Araujo ◽  
Christina M. B. Lima ◽  
Eduarda N. B. Barbosa ◽  
Flávia P. Furtado ◽  
Helenice Charchat-Fichman

2010 ◽  
pp. 170-181
Author(s):  
Maria Izabel Oliveira Szpacenkopf
Keyword(s):  

Author(s):  
S Rego ◽  
J Costa ◽  
A Mesquita ◽  
C Brasil ◽  
H Dohnann
Keyword(s):  

Author(s):  
Donald Worster

Frontier and Western History in Central Brazil Dutra e Silva, S. No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central (Rio de Janeiro: Mauad X, 2017)


2016 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
Author(s):  
Marco Antônio Guimarães Da Silva

Por circunstâncias relacionadas à minha titulação, acabei designado pela Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro (UCB) para avaliar uma parceria proposta pela Escola de Osteopatia de Madri (EOM). À época, em 1997, a EOM propunha que a UCB passasse a organizar academicamente os cursos de osteopatia que a referida Escola já vinha ministrando no Brasil, com vistas a, no futuro, torná-lo um curso de pós-graduação. Algumas viagens à Madri para observar a estrutura acadêmica e pedagógica da sede da EOM, condição imposta pela UCB para concretizar a parceria, me levaram a conhecer esta modalidade terapêutica, com resultados efetivamente comprovados através de trabalhos científicos.Realizadas as adaptações que se faziam necessárias, a UCB aprovou, em 2000, o curso de osteopatia, com uma carga horária de 1050 horas para a titulação de especialização acadêmica, nível Lato Sensu. A resolução do COFITO, que estabelece a osteopatia como uma especialidade da fisioterapia, levou-nos a propor ao CEPE da UCB uma complementação de 450 horas, alcançando, assim, as 1.500 horas, distribuídas ao longo de cinco anos, exigidas pela referida resolução do COFITO. A introdução desta técnica terapêutica no Brasil pela corrente Européia e a pronta intervenção do COFITO foram fatores decisivos para nos brindar com mais uma especialidade. Houvera sido a Osteopatia implantada no Brasil por influência da escola americana, talvez os rumos tomados fossem outros. Senão, vejamos. Nos EUA, a osteopatia é normalmente exercida pelo médico, que deve obter sua permissão através do National Board of Osteopatic Medical Examiners, e está dividida em Sociedades Osteopáticas que se distribuem por todas as modalidades médicas; a saber: Allergy and Immunology, Anesthesiology, Dermatology ,Emergency Medicine, Internal Medicine, Neurologists and Psychiatrists, Obstetrics and Gynecology, Occupational and Preventive Medicine, Ophthalmology and Otolaryngology, Orthopedics Pathology, Pediatrics Proctology, Radiology, Physical Medicine and Rehabilitation, Rheumatology Sports Surgery Medicine.Com o objetivo de incentivar as linhas de pesquisas na área da osteopatia, estará sendo criado, durante as III Jornadas Hispano-Lusas de Fisioterapia em Terapia Manual (Sevilha-Espanha, 5 de outubro de 2001), o Centro Internacional de Pesquisas em Osteopatia. O referido Centro, dirigido por um fisioterapeuta brasileiro com Doutorado, terá sua sede na Espanha e manterá núcleos, vinculados a Universidades, na Argentina, no Brasil, na Itália, em Portugal e na Venezuela. Esperamos, desta forma, ao lado do reconhecimento profissional já oferecido pela resolução COFITO, dar mais um passo na consolidação acadêmica da nossa mais nova modalidade terapêutica.


2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.


2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Marco Antonio Guimarães
Keyword(s):  

Há poucos dias encontrei no Jardim Botânico, bairro da zona sul do Rio de Janeiro,um amigo que não via há quase quinze anos. Seus negócios, primeiro na Europa e depois nos Estados Unidos, provocaram um verdadeiro desarranjo nos nossos eventuais encontros aqui no Rio e jogaram para o ar os bate-papos que tínhamos.Embora ambos estivéssemos com pressa, paramos para nos cumprimentar e marcar um novo dia para conversarmos com mais calma. Pelo menos era essa a nossa intenção. Estávamos na rua Jardim Botânico, principal artéria daquele bairro, que escoa a maioria dos ônibus e automóveis que vêm e vão para a Barra da Tijuca e outros bairros da zona oeste. Por um momento interrompemos os cumprimentos para notar a desembalada carreira dos ônibus, que, como verdadeiros bólidos desenfreados, passavam diante de nós. O episódio despertou a ira do meu amigo, e o que deveria ser uma rápida conversa tornou-se um longo e verdadeiro atode indignação pelo que víamos. A partir daí, passamos a analisar a conduta dos cariocas, como condutores e conduzidos, os quais, de um modo ou de outro, somos todos nós.“É, meu amigo, carioca não gosta de sinal fechado.” “E não se esqueça que também são sacanas”, disse-me ele. É pena que a musicalidade e poesia da música cantada por Adriana Calcanhoto tenha nos servido de âncora para uma nada simpática avaliação do caráter que começamos a traçar do cidadão que vive nessa cidade, que um dia já foi maravilhosa. Deixando de lado o lado metafórico da letra da música (se é que ele existe), fixei-me na sua literalidade para me lembrar de um acidente do qual fui vítima em Ipanema, no ano de 1972: meu carro, um fuscão, totalmente triturado por um ônibus que avançou o sinal, foi dado como “perda total pelo seguro”. Até hoje não sei como escapei ileso. Vieram também à tona alguns acidentes mais recentes, um com o ônibus que tombou em um viaduto na avenida Brasil, fazendo 7 vítimas mortais e outras tantas feridas, por causa de uma briga entre motorista e passageiro. Pelo que foi noticiado, o passageiro, um jovem estudante de engenharia, teria desacordado o motorista com um chute no rosto. O motorista, por sua vez, com recorde de infrações no trânsito, recusou-se a parar em um ponto, o que teria gerado toda a confusão. Li também na imprensa que outro ônibus, em alta velocidade, invadiu um posto de gasolina, matando e provocando amputação bilateral de pernas em uma mulher de trinta e poucos anos.Inevitavelmente avançamos para as comparações. As referências paradigmáticas de nossa conversa, que nos serviram para essas comparações, foram as cidades na Europa onde costumamos passar uma longa temporada todos os anos. Não são um paraíso, têm lá seus problemas, mas nada que se compare à violência da nossa urbe, manifestada não só nesses exemplos que acabei de dar, como também demonstradas em outras inúmeras situações. Lá no outro continente, diferentemente daqui, os problemas estão minimamente controlados. Temos a real percepção de que ao sairmos de casa, salvo raríssimas exceções, voltaremos vivos e sem nenhuma amputação de membro. Aqui, essa percepção transfigura-se em uma ilusão, a ilusão de acharmos que nada nos acontecerá, que estamos blindados aos “cariocas que não gostam de sinal fechado”; “aos cariocas que são sacanas.”


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