Educação permanente em saúde do trabalhador: realidades em uma unidade de atenção secundária
Objetivo: identificar como ocorre a incorporação de conteúdos de saúde do trabalhador nas estratégias de educação permanente entre trabalhadores enfermeiros lotados em uma unidade de atenção secundária, localizada no município do Rio de Janeiro – Brasil. Método: pesquisa qualitativa transversal, não experimental e descritiva. O cenário elencado foi uma unidade de saúde voltada para Atenção Secundária, no formato de policlínica. Participaram do estudo 19 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico entre os meses de março a abril de 2020, sendo feita a análise de dados pela estatística descritiva e interpretação gráfica gerada pela plataforma de recolha de dados denominada Survey Monkey. Resultados: os profissionais não se enxergam como produtores de conhecimento em saúde do trabalhador, observando-a como uma área especializada. Além disso, não foram apontadas ações de promoção da saúde como necessárias, restringindo-as a atividades de prevenção, sobretudo de riscos. Observou-se a utilização de estratégias da Educação Permanente em Saúde (EPS), como as rodas de conversa, na condição de escolha metodológica para a realização das atividades educativas. Conclusão: é emergente a necessidade de criação de espaços e atividades educativas em saúde do trabalhador sob a perspectiva da Educação Permanente em Saúde, buscando, assim, um espaço de compartilhamento de experiências, saberes, que estimule atividades de promoção da saúde, para que estas tenham magnitude semelhante àquelas de prevenção, já tão presentes no paradigma teórico da saúde ocupacional.