scholarly journals Avaliação antropométrica e sua associação com variáveis clínicas em pacientes pediátricos com fibrose cística de um centro no Nordeste brasileiro

2020 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 298
Author(s):  
Jamile Cardoso Bomfim ◽  
Valmir Machado De Melo Filho ◽  
Adson Santana De Jesus ◽  
Fernanda Gomes Coqueiro ◽  
Edna Lúcia Souza
Keyword(s):  

<p><strong>Introdução</strong>: a avaliação e o acompanhamento nutricional fazem parte do cuidado integral dos pacientes com fibrose cística (FC),<br />possibilitando intervenção precoce e tratamento mais efetivo da doença. <strong>Objetivo</strong>: avaliar o estado antropométrico de crianças e<br />adolescentes com FC e pesquisar sua associação com variáveis clínicas e demográficas. <strong>Metodologia</strong>: estudo descritivo, incluindo-se<br />indivíduos entre 1-19 anos de idade. Foram registradas medidas de peso, estatura, circunferência do braço (CB) e da prega cutânea<br />tricipital (PCT) e calculados indicadores antropométricos (Peso/Idade- P/I, Altura idade -A/I e IMC/idade-IMC/I) e Circunferência<br />Muscular do Braço (CMB). Comparou-se o indicador CMB com variáveis clínicas e demográficas através do cálculo de razões de<br />prevalência (RP). <strong>Resultados</strong>: foram incluídos 41 pacientes, 53,6% do sexo masculino, mediana de idade de 78 meses. Quinze (36,6%)<br />pacientes foram classificados como desnutridos pela avaliação da CMB (&lt;P5), enquanto, através do indicador IMC/I, apenas um (2,4%)<br />apresentava magreza. Trinta (73,1%) pacientes tinha insuficiência pancreática (IP), determinada pela terapia de reposição enzimática<br />(TRE) e/ou níveis da elastase fecal. Todos os pacientes realizaram pesquisas de mutações no gene CFTR e 38 (92,8%) tiveram duas<br />variantes patológicas identificadas, dos quais 25 (65,8%) tinham pelo menos um alelo para a variante F508del. Dezesseis (39%)<br />crianças cursavam com infecções respiratórias recorrentes. A desnutrição (CMB&lt;P5) teve uma associação positiva com as seguintes<br />variáveis: idade do diagnóstico, sexo masculino, PCT &gt;P15, TRE, mutação F508/del e A/I&lt;-2, observando-se maior associação com<br />as três últimas, RP de 6,25, 3,12; e 2,06; respectivamente. <strong>Conclusão</strong>: o IMC pode não ser suficiente para a avaliação do estado<br />nutricional na FC, pois subestima a prevalência de desnutrição. Com exceção das infecções respiratórias recorrentes, as demais<br />variáveis tiveram associação com o indicador CMB &lt;P5.</p>

1998 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 251-255
Author(s):  
C Houdayer ◽  
C Cazeneuve ◽  
M Tredano ◽  
C Meunier ◽  
P Aymard ◽  
...  
Keyword(s):  

2020 ◽  
Vol 19 (4) ◽  
pp. 572
Author(s):  
Adson Santana de Jesus ◽  
Edna Lúcia Souza
Keyword(s):  

<p><strong>Introdução</strong>: a fibrose cística é a doença autossômica recessiva mais comum em populações caucasianas e a sua etiologia está associada a variantes patogênicas no gene CFTR. O teste do suor é considerado o padrão ouro para o diagnóstico dessa enfermidade. Estudos apontam que o genótipo do CFTR e a idade dos indivíduos influenciam as concentrações de cloreto no suor. <strong>Objetivos</strong>: pesquisar a correlação entre os níveis de cloreto no teste do suor e a idade ao diagnóstico de indivíduos com fibrose cística e comparar as concentrações iônicas do cloreto entre os sexos, diferentes faixas etárias e três grupos diversos de genótipos do CFTR. <strong>Metodologia</strong>: Realizou-se um estudo de corte transversal, incluindo sujeitos de 0 a 20 anos, com diagnóstico confirmado de fibrose cística. Os indivíduos selecionados foram agrupados de acordo com as variáveis analisadas. Calcularam-se os valores descritivos das concentrações de íons cloreto de cada grupo. Utilizou-se o teste de Spearman para a análise da correlação entre a idade ao diagnóstico e os níveis de cloreto no suor. <strong>Resultados</strong>: 64 indivíduos foram incluídos no estudo, sendo 51,56% do sexo masculino. A mediana (Min – Max) da idade ao diagnóstico foi de 7 meses (1-206). Não foi observada correlação entre a idade dos indivíduos ao diagnóstico e os níveis de cloreto no suor. As concentrações medianas de cloreto foram maiores nos escolares (106 mEq/l), no sexo feminino (102 mEq/l) e nos heterozigotos F508del/Classe I a III (108 mEq/l); e menores nos adolescentes (100 mEq/l) e nos heterozigotos F508del/Classes IV a VI (77 mEq/l). <strong>Conclusão</strong>: Os níveis de cloreto no suor não apresentaram correlação com a idade dos indivíduos ao diagnóstico. A variação considerável dos níveis iônicos entre os grupos de diferentes genótipos corrobora que o teste do suor é um bom preditor da avaliação funcional do canal CFTR.</p>


1996 ◽  
Vol 12 (4) ◽  
pp. 485 ◽  
Author(s):  
C Férec ◽  
C Verlingue ◽  
B Mercier
Keyword(s):  

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