belo monte
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12
(FIVE YEARS 3)

Author(s):  
Tarciana Lima Cirino ◽  
Marys Lene Braga Almeida ◽  
Mariangela Dutra de Oliveira ◽  
Marcelo Libânio

Abstract In this article, the project and implementation of the sewer system in the Paquiçamba Village, as a condition for environmental licensing, was investigated. This village is surrounded by the influence of the Belo Monte Hydroelectric Plant (Brazil). This research aimed to characterize the context of ethnodevelopment, thus recognizing the social participation of the indigenous people. The research within a qualitative approach between 2009 and 2018 was based on primary data sources (through structured interviews) and secondary data (electronic files related to the environmental licensing). Data were analysed according to descriptive, focused and selective observations until reaching theoretical saturation. The organization of the data was followed by the organization of the themes, which formed a spiral of interconnected activities based on Creswell's proposal (2014). It was detected that indigenous involvement occurred at some moments in the elaboration of the sewage system project. The maintenance of ancestral habits in the disposal of excreta by a portion of the indigenous people, even with the sewage system in place, makes it essential to broaden the debate on the projects proposed on the environmental licensing processes. The Indigenous can not only have a consultative role, but assume a deliberative participation, being protagonists in conducting their own development.


2021 ◽  
Vol 24 (3) ◽  
Author(s):  
Elisa Mergulhão Estronioli ◽  
José Queiroz De Miranda Neto
Keyword(s):  

A segregação socioespacial é um processo dialético indissociável da dinâmica do sistema capitalista nas cidades e expressa a luta de classes pela apropriação do espaço. Este artigo discute como a Hidrelétrica de Belo Monte, como um dos fatores de reestruturação na cidade de Altamira (PA), interfere no processo de segregação socioespacial. A construção do empreendimento hidrelétrico mobilizou uma grande quantidade de capital e de trabalhadores para a região, implicando diretamente no aumento dos preços de terrenos e dos aluguéis, influenciando processos de ocupação urbana em áreas alagadiças, como na Lagoa do Independente I. Além disso, a Norte Energia agiu diretamente em processos de reassentamento urbano, modificando as localizações urbanas da população mais pobre da cidade de Altamira no sentido centro-periferia. Como resultado, apresentamos dois modos de segregação: a conduzida, resultante dos programas de requalificação desenvolvidos pela empresa Norte Energia; e a induzida, que emerge a partir da ampliação da desigualdade socioespacial advinda de Belo Monte.


2021 ◽  
Vol 22 (3) ◽  
pp. 86-99
Author(s):  
Célio Hissadi Inagaki ◽  
Fabíola Graciele Besen ◽  
JUAREZ BORTOLANZA ◽  
Ricardo Santana de Almeida
Keyword(s):  

Este artigo faz uma análise das estratégias de legitimidade propostas por Suchman (1995) na Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Caracteriza-se como um estudo de caso, com abordagem quantitativa dos dados e análise documental. Para o alcance do objetivo geral, fez-se uso dos relatórios anuais e socioambientais, dos anos de 2017 e 2018 da empresa Norte Energia S.A., responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Estes relatórios, cujos dados foram quantificados e tabulados permitiram apreciar, e identificar as estratégias utilizadas pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no gerenciamento de sua legitimidade social. Conforme os resultados, a categoria de legitimidade “pragmática”, foi identificada em 40,32% dos discursos analisados seguida, pelas categorias “cognitiva”, com 34,27% e, “moral”, com 25,40% das evidenciações. A Norte Energia S.A fez uso, principalmente, de estratégias que visam ganhar legitimidade, a qual se destacou 68,95% das evidenciações relacionadas a temas socioambientais. Em seguida, destacaram-se as finalidades “manter”, com 29,44% e “recuperar”, com 1,61% das evidenciações.


2021 ◽  
Vol 3 (42) ◽  
pp. 1-21
Author(s):  
Ana Bernstein
Keyword(s):  

Este ensaio trata da crise climática através da discussão de Altamira 2042, uma performance-instalação multimídia de Gabriela Carneiro da Cunha, que aborda as conseqüências sociais, culturais e ambientais da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, responsável por um dos piores ecocídios do século XXI. A distopia de Belo Monte evidencia o conflito entre os interesses do capital global, as forças do "progresso" e a sobrevivência da população local e suas organizações sociais, conhecimentos e tradições; entre a tecnologia instrumental da modernidade e suas tecnologias antigas. O ensaio debruça-se sobre a questão de como as performances feministas podem responder ao espectro da extinção em massa e à crise da mudança climática.


2021 ◽  
Vol 36 (4) ◽  
Author(s):  
Thiago Da Costa Oliveira ◽  
Carlos Fausto

This visual essay documents the house-ing practices of Amazonian river dwellers and urban and peri-urban residents in the face of large-scale development projects. In Altamira (Pará, Brazil), the construction of the third-largest hydroelectric dam in the world, the Belo Monte Plant, has led to the flooding of housing areas along rivers and the displacement of residents into collective urban resettlements. Although the complexities of people’s living did not enter the engineers’ calculations or the public policy agenda, the residents improvised construction materials and aesthetic repertoires to preserve the relationships that constituted their local ecologies. Our visual ethnography aims to re-center the situated purview of the resettled, re-visibilizing the house as an index of ineffaceable livelihood and as an ongoing terrain of contestation and continuous Amazonization. Resumo Este ensaio visual documenta as práticas de house-ing de ribeirinhos e habitantes urbanos e peri-urbanos da Amazônia, confrontados com grandes projetos de desenvolvimento. Em Altamira (Pará, Brasil), a construção da terceira maior hidroelétrica do mundo, a usina de Belo Monte, conduziu ao alagamento de áreas habitacionais e ao deslocamento de seus moradores para novos assentamentos urbanos coletivos. Embora as especificidades do mundo vivido dessas pessoas não tenham entrado no cálculo dos engenheiros, nem na agenda das políticas públicas, os moradores improvisaram materiais construtivos e repertórios estéticos para preservar as relações que constituíam suas ecologias locais. Esta etnografia visual busca restituir a perspectiva situada dos deslocados, dando visibilidade à casa como índice dos modos de viver e como um terreno aberto de contestação e de contínua amazonização. Resumen Este ensayo visual documenta las prácticas de house-ing de los ribereños y de los habitantes urbanos y periurbanos de Amazonia que se enfrentan a grandes proyectos de desarrollo. En Altamira (Pará, Brasil), la construcción de la tercera mayor represa hidroeléctrica del mundo, la usina Belo Monte, provocó la inundación de áreas de vivienda y el desplazamiento de sus habitantes a nuevos asentamientos urbanos colectivos. Aunque las especificidades del mundo vivido por estas personas no entraron en los cálculos de los ingenieros ni en la agenda de las políticas públicas, la gente improvisa materiales de construcción y repertorios estéticos para preservar las relaciones que constituían sus ecologías locales. Esta etnografía visual pretende recuperar la perspectiva de los desplazados, dando visibilidad a la casa como índice de formas de vida y como terreno abierto a la permanente contestación y amazonización.


2021 ◽  
Vol 58 ◽  
Author(s):  
Camila Prates ◽  
Jalcione Almeida
Keyword(s):  

Este artigo mapeia e discute a controvérsia na pesca gerada pelas perturbações no rio Xingu em decorrência da construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte. As alterações na pesca local, longe de serem consensuais, foram captadas por meio do mapeamento da controvérsia sobre a pesca na região, da observação e realização de entrevistas. Recorre-se à categoria de controvérsia tecnocientífica para mostrar como as alegações no âmbito tecnocientífico são formuladas, disputadas e encerradas não com base em um consenso científico, mas com auxílio de uma rede de sustentação construída por humanos (pescadores, indígenas, pesquisadores) e não humanos (peixes, relatórios, financiamento, acordos) que exerce mais influência sobre os demais. A pesquisa apontou que a suspensão da controvérsia em questão agrava os conflitos ambientais, uma vez que existem diferentes versões ambientais sobre o rio Xingu, apreendidas pela ciência, mas que são ignoradas no âmbito da legitimação dos impactos da obra. O estudo conclui que a controvérsia é encerrada à força com a demarcação política “Belo Monte é sustentável”, que age com a ajuda de diretrizes científicas favorecendo estudos em larga escala sobre o rio, apoiadas pela rede do programa de ação que constrói a Usina.


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