COMPORTAMENTO DA COMUNIDADE MICROBIANA NO SISTEMA SILVIAGRÍCOLA NA REGIÃO DE CERRADO

O sistema integração lavoura – floresta vem sendo considerado inovador com alto potencial na recuperação de áreas degradadas. Porém seu impacto na qualidade do solo necessita de maiores estudos tornando imprescindível estabelecer indicadores adequados para detecção de mudanças na qualidade do solo. O presente trabalho teve por objetivo apresentar variáveis microbiológicas como indicadoras de qualidade no sistema agroflorestal. O experimento foi realizado na fazenda experimental da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Ipameri. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos e quatro repetições, sendo estas: área com sistema agroflorestal (SAF) que possui renques do híbrido de Eucalyptus grandis “GG100” dispostos em fileiras duplas (3 m x 2 m x 17 m), com 65 meses de idade cultivada com soja sob plantio direto, área de mata nativa (MN), onde é estabelecida uma vegetaçã

GERMINAÇÃO DE Allium schoenoprasum SUBMETIDA A DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE NaCl

Este trabalho teve como objetivo avaliar a germinação da Cebolinha submetida a diferentes concentrações de NaCl. O experi-mento foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos (0; 25; 50; 75; 100 mM de NaCl) e 4 repetições de 50 sementes por tratamento, totalizando 1000 sementes. Foi avaliada a primeira contagem, porcentagem de germina-ção, o índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG), peso fresco e peso seco. As variáveis avaliadas não foram afetadas até a concentração de 75 mM de NaCl, e para a concentração de 100 mM, a redução foi de apenas 9, 19 e 16% em relação ao controle, para a porcentagem de germinação, o IVG e o TMG. Allium schoenoprasum não tem sua germinação afetada até a concentração de 75 mM de NaCl e é possível a utilização de água com teores de sais elevados (100 mM de NaCl) para a irrigação desta espécie, pois embora afete, ainda mantém a germinação elevada.

EMERGÊNCIA E DESENVOLVIMENTO DE PLÂNTULAS DE Dipteryx alata Vogel EM DIFERENTES SUBSTRATOS

O objetivo geral deste estudo foi avaliar a emergência e o desenvolvimento de plântulas de baru em diferentes substratos cultivados em casa de vegetação. Os tratamentos foram obtidos por meio de diferentes proporções de terra, areia e composto orgânico, acrescido de superfosfato simples. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e cinco repetições de seis mudas, cada. Inicialmente foram mensurados a porcentagem de emergência, o índice de velocidade de emergência e o tempo médio de emergência. Depois foram realizadas as medições de altura das plântulas, e quantificado o número de folhas e o número de folíolos por plântulas, diâmetro do colo e massa seca das plântulas (raiz, parte aérea e total). Os substratos em misturas utilizados são melhores para a emergência das plântulas de baru do que os substratos puros. Para o desenvolvimento inicial das plântulas, o tratamento T1 (100 % terra) foi o que mais se destacou, pois proporcionou valores maiores em todas variáveis morfológicas de desenvolvimento. Em contrapartida, o tratamento T3 (100 % composto orgânico) deve ser evitado, pois além de resultar em baixas taxas de emergência de plântulas, propicia o menor desenvolvimento dessas em todas variáveis morfológicas em análise.

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE FEIJÃO CARIOCA SOB TRATAMENTO COM POLÍMERO E PÓ-SECANTE

O experimento ocorreu no Laboratório de Sementes, situado na Fazenda Escola da Faculdade Montes Belos (FMB), localizada no município de São Luís de Montes Belos – GO. Objetivou-se avaliar o tratamento de sementes com polímero e pó-secante, como também o recobrimento com os produtos e suas interferências na qualidade da germinação de sementes de feijão carioca (Phaseolus vulgaris L.). Os dados obtidos na qualidade da germinação ocorreram pela contagem de sementes normais e anormais. Todos os tratamentos foram mantidos em câmara de germinação (BOD) a uma temperatura de 25º, na qual, foram feitas as contagens no 4º dia. O esquema fatorial foi o delineamento inteiramente casualizado de 4x4, com 4 tratamentos, cada uma com 4 repetições contendo 50 sementes cada, totalizando 16 unidades experimentais. A contagem do experimento demonstrou que as testemunhas se equivaleram ao tratamento com polímero e pó-secante em todas as repetições em relação aos demais tratamentos.

PROPAGAÇÃO IN VITRO DE Coppensia ranifera (LINDL.) F. BARROS & V.T. RODRIGUES (ORCHIDACEAE)

O cultivo in vitro tem sido empregado para a propagação e conservação de orquídeas. Neste contexto, estabeleceu-se um método eficiente de propagação in vitro para Coppensia ranifera (Lindl.) F. Barros & V. T. Rodrigues utilizando a técnica de camada fina celular longitudinal (lTCL). Foram utilizados protocormos germinados in vitro seccionados longitudinalmente (2 mm) em meio Knudson C líquido estacionário e semissólido, suplementado com thidiazuron (TDZ) (1,0 a 8,0 mM) para a formação de estruturas semelhantes a protocormos (ESP). Para a regeneração de plântulas foi utilizado meio de cultura isento de regulador de crescimento vegetal. A formação de ESP ocorre por via direta, sem calo. A utilização de meio de cultura líquido é mais eficiente do que o meio semissólido com relação ao número de ESP formado por explante. Em meio líquido de cultura o maior percentual de formação e o maior número de ESP por explante ocorre com a adição de 4 mM de TDZ. A eficiência (percentual de conversão) na regeneração de plântula em meio semissólido é maior do que em meio líquido.

SERAPILHEIRA ACUMULADA DE EUCALIPTO EM SISTEMA INTEGRADO DE LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

A importância da serapilheira se dá pelo retorno da matéria orgânica acumulada e nutrientes para o solo, representando grande parte da restauração da fertilidade deste, sendo essencial para a manutenção da capacidade produtiva da área. Em sistemas consorciados, como o ILPF, a decomposição da matéria orgânica é uma forma de sinergismo e complementaridade que beneficia a ciclagem de nutrientes possibilitando maior eficiência para meios de produção. O objetivo desse trabalho foi avaliar a produção de biomassa nas estações seca e chuvosa da serapilheira de um plantio de Eucalyptus urograndis em sistema integrado de lavoura-pecuária-floresta (ILPF) aos 5 (cinco) anos de idade. O estudo foi realizado no município de Cachoeira Dourada, em um sistema integrado de lavoura-pecuária-floresta, na Fazenda Boa Vereda, ao sul do Estado de Goiás, GO, Brasil. Para a coleta de serapilheira acumulada foram utilizados quatro renques com dois tratamentos – um entre plantas e um entre linhas de eucalipto. Foram coletadas 50 amostras aleatoriamente nos renques, sendo 25 amostras entre plantas e 25 entre linhas. Para a coleta da serapilheira acumulada utilizou-se um gabarito de madeira com área de 0,0625 m2). Após secagem do material em estufa de circulação e renovação de ar por 72 horas a 65°C, foi separado em cada componente (folha, galho/casca, miscelânea) e obtido seu peso total. Os valores obtidos no estudo realizado foram: 11,16 Mg ha-1 no período chuvoso e 12,66 Mg ha-1 no período seco, com um incremento de 1,49 Mg ha-1 (13,43%) na biomassa total acumulada. As maiores quantidades absolutas foram da porção galho/casca, porém o maior incremento foi da porção miscelânea seguido da porção folha. Houve maior porcentagem de deposição da fração folha e miscelânea entre plantas e da fração galho/casca e miscelânea entre linhas. O período seco apresentou a maior acúmulo de biomassa, principalmente pelo percentual de biomassa acumulada da fração folhas e galho/casca.

ESTUDO COMPARATIVO DE MANEJO FITOSSANITÁRIO / NUTRICIONAL: QUIMIGAÇÃO X APLICAÇÃO CONVENCIONAL, EM ÁREA IRRIGADA POR PIVÔ CENTRAL, COM SOJA, MILHO E TOMATE INDUSTRIAL

Uma maneira de reduzir os custos com irrigação é o uso da quimigação, visto que os custos com operações tratorizadas são minimizados. Porém, essa redução nos custos é específica para cada sistema agrícola. Assim, este trabalho se propôs a quantificar a redução destes custos e o consequente aumento na lucratividade, para uma área de 80 ha irrigada com pivô central, em cultivos sucessivos de soja, milho e tomate industrial no estado de Goiás. Os custos de produção foram calculados utilizando a planilha Amazonsaf para um projeto de 30 anos (Taxa Mínima de Atratividade - TMA de 12,0%). Nela foram inseridos os coeficientes técnicos de produção, obtidos na Federação da Agricultura do Estado de Goiás (FAEG), e calculados os indicadores financeiros: valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR), relação benefício custo (B/C) e payback. Os resultados mostraram que houve viabilidade econômica do empreendi- mento, independente da maneira que os fertilizantes e defensivos são aplicados. O VPL foi de R$ 1.670,94 ha-1.ano-1 e R$1.477,52 ha-1.ano-1, TIR de 31,94% e 27,98%, B/C de 1,31 e 1,27, e payback de 4 e 5 anos para quimigação e aplicação convencional, respectivamente. Observou-se que no sistema com quimigação houve redução no custo de produção, e a lucratividade aumentou na ordem de 2,68%.

UTILIZAÇÃO DAS CASCAS E AMÊNDOAS DO PEQUI POR MORADORES DO NORTE DE MINAS GERAIS

Este estudo teve como objetivo verificar a utilização das cascas e amêndoas do pequi por moradores de duas cidades do Norte de Minas Gerais, bem como os municípios que disponibilizaram sua venda ao Ceasa/Minas de Belo Horizonte no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. O consumo do fruto foi avaliado após a compra do pequi no Mercado Municipal de cada cidade por meio de um questionário semiestruturado. Analisou-se os dados do Ceasa/Minas de 2016 e 2017 quanto ao fornecimento de pequi por 22 municípios mineiros. Participaram do estudo 53 indivíduos adultos das cidades de Montes Claros (MG) e Porteirinha (MG), que apresentaram um consumo mensal médio durante os meses da safra de 4,0±2,9 kg em Montes Claros (MG), e 5,8±4,5 kg em Porteirinha (MG). Os avaliados relataram não consumir as cascas do pequi por desconhecerem sobre a sua importância nutricional, e poucos ingeriam suas amêndoas. Os principais municípios mineiros fornecedores de pequi para o Ceasa/Minas foram Paraopeba, Santana de Pirapama e Curvelo. Conclui-se que a maioria dos avaliados não consumiam os resíduos deste fruto (casca e amêndoas), destacando a necessidade de mais divulgação sobre seus benefícios nutricionais, e 3 municípios foram os principais fornecedores deste fruto no período avaliado.

PRODUÇÃO DE Pleurotus florida SOB A INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS DA AMAZÔNIA MERIDIONAL

O aproveitamento dos resíduos gerados pela agricultura na região amazônica se revela uma alternativa promissora, por ser eficiente e economicamente viável para o cultivo do gênero Pleurotus na Amazônia. A bioconversão destes resíduos em um produto de valor agregado (cogumelo comestível) possibilitará a inserção desta atividade no modelo industrial regional, por possibilitar o aproveitamento de resíduo gerado por este setor. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a produção e teor de proteína bruta de Pleurotus florida cultivado em substrato a base de milho e capim elefante na região norte do Mato Grosso. Constituído de 160 unidades amostrais dispostas da seguinte forma: 3 tratamentos com 5 repetições contendo 8 unidades cada repetição totalizando quarenta amostras por tratamento. Os tratamentos foram capim elefante puro (CAP), capim elefante adicionado 20% de farelo de arroz (CAA) e silagem de milho puro (SMP). Foram avaliados inoculação micelial, velocidade de desenvolvimento micelial, tempo de emissão de primórdios, tempo de frutificação, nitrogênio total e proteína bruta e massa fresca e seca de cogumelos. O substrato capim elefante suplementado com 20% de farelo de arroz promoveu melhores condições para o fungo e melhor produtividade nas condições experimentais do Norte do Mato Grosso, nos meses de seca (agosto e setembro).

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO MUÇARELA FATIADO

O queijo muçarela é um produto de elevado consumo, porém muito suscetível à contaminação microbiológica esta contamina-ção pode trazer prejuízos à saúde humana. Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica e físico-química do queijo muçarela fatiado, comercializados no município de Jataí- GO. Foram coletadas em 10 supermercados, 10 amostras de queijo muçarela fatiados de diferentes em cada estabelecimento, no período de agosto a novembro de 2016. Para as análises físico-químicas, observou-se a temperatura de comercialização, o pH e o teor de gordura. Com relação os resultados da análise físico-química podermos verificar que os resultados de pH, permaneceram entre 5,45 a 6,08, os de gordura total variaram de 26,3 a 31,1%, e a temperatura de comercialização variaram de 13,4 a 25,1°C. Nas análises microbiológicas verificou-se o NMP (Número Mais Provável) de Coliformes fecais, a presença de Salmonella spp e a contagem de UFC (Unidade de Formadora de Colônia) de Staphylococcus spp. Dentre as amostras analisadas, 30% apresentaram resultados positivos para Salmonella spp, 70% para os Staphylococcus spp e 20% para os Coliformes fecais, sugerindo que a contaminação por estas bactérias pode ser decorrente da inadequação da qualidade da matéria-prima, de higiene e armazenamento durante sua fabricação, pois correspondia ao produto fatiado, provavelmente por esses produtos passarem por uma etapa a mais (fatiamento) antes de serem embalados, pode der ocorrido a contaminação. Geralmente os alimentos contaminados por essas bactérias, causam problemas de intoxicação, podendo levar à morte.