Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM
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(FIVE YEARS 1)

Published By Universidade Federal De Santa Maria

1981-3694, 1981-3694

2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
André Ribeiro Giamberardino ◽  
Mário Edson Passerino Fischer da Silva
Keyword(s):  

Objetiva-se comparar panoramicamente os direitos e o papel do ofendido no processo penal brasileiro e americano. A metodologia pauta-se em revisão bibliografica e análise comparativa entre os marcos legais e jurisprudenciais. O artigo é dividido em três partes: a compreensão dos marcos normativos em cada país; as formas de intervenção do ofendido no processo penal e os direitos garantidos ao ofendido e os remédios jurídicos para assegurá-los. Conclui-se que o direito norte-americano mostra-se mais aberto à participação direta do ofendido no processo, prevendo as declarações de impacto, o direito de conferência com o promotor e o direito de consulta no âmbito do plea bargaining.; mas quanto à intervenção processual indireta, o direito brasileiro oferece ao ofendido chances mais potentes. Ambos, todavia, imersos em uma racionalidade punitiva e que deve ser diferenciada da alternativa, mais promissora, das práticas restaurativas.


2021 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Lara Santos Zangerolame Taroco ◽  
Victor Gameiro Drummond
Keyword(s):  

O objetivo do presente estudo é analisar o processo conhecido por streaming e as suas consequências no direito de autor contemporâneo, bem como as interpretações quanto à sua natureza jurídica e posição ocupada no ambiente do direito de autor. O streaming se apresenta como a manifestação de uma nova exploração comercial de obras de natureza musical e audiovisual. A possibilidade de múltiplos acessos às obras traz, à contemporaneidade, uma repetição da discussão clássica do direito de autor no que se refere à possibilidade de se auferir lucros e o simples uso de obras ou interpretações protegidas por lei. Considerando os desafios impostos pelas novas tecnologias, a insurgência de conflitos e divergências conceituais em relação ao streaming e o largo histórico de desenvolvimento do direito de autor, é necessário investigar, a partir de um viés hermenêutico, como essa questão tem sido tratada no Brasil, bem como quais são limites e possibilidades hermenêuticas para a adequação do streaming aos pressupostos da legislação vigente.


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
José Raphael Batista Freire ◽  
Leila Andressa Dissenha

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) entrou integralmente em vigor no dia primeiro de agosto de 2021. Tal instrumento legal traz uma preocupação imediata aos empreendimentos quanto à sua aplicação e às implicações da realidade que impõe. As cooperativas, com toda sua importância econômica e social, assim como todas as demais organizações, devem se adequar aos parâmetros impostos pela nova lei. Este breve artigo, pautado nas referências bibliográficas existentes sobre o tema e no próprio texto legal, possui como objetivo uma análise dos desafios de implementação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais nas Cooperativas, situando gestores, cooperados e colaboradores acerca da necessidade de criar estratégias para a implementação das exigências legais e, principalmente, alertar para as dificuldades que podem se apresentar neste processo e as consequências que podem advir da omissão diante do novo cenário criado para a proteção de dados. O método utilizado foi o dedutivo e dogmático. Por fim, o artigo está estruturado em introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.


2021 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Cíntia Rosa Pereira de Lima

A corrida pela monetização de dados pessoais foi iniciada por importantes players da economia informacional. Amazon, Google e Facebook são alguns exemplos de como os algoritmos de personalização podem ser utilizados de maneira extremamente lucrativa. Estas técnicas são constantemente aprimoradas, utilizando machine learning, collaborative filtering e Inteligência Artificial. Neste contexto de intenso e constante desenvolvimento, cabe à Autoridade Nacional de Proteção de Dados regular e complementar a Lei Geral de Proteção de Dados, além de fiscalizar o seu correto cumprimento. Neste artigo, objetiva-se evidenciar algumas ferramentas para o enforcement da LGPD no cenário do capitalismo de vigilância, tais como os “Códigos de Boas Práticas” e a regulação e fiscalização por parte da ANPD. Empregou-se nessa pesquisa, o método dedutivo, partindo-se da constatação da hipervulnerabilidade dos titulares de dados pessoais e o legítimo desenvolvimento econômico, conclui-se que deve se chegar a um consenso harmonizando os interesses em jogo, tendo em vista a recente aprovação do Regulamento do Processo de Fiscalização e do Processo Administrativo Sancionador pela ANPD, que enfatiza a regulação responsiva.


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
María Salas Porras

O estudo que se apresenta a seguir tenta cumprir um duplo objetivo. Por um lado, apresentam a possível extensão que teria sofrido o conceito de pobreza laboriosa face à crise de saúde no que diz respeito à oferta de políticas sociais dirigidas aos trabalhadores por conta própria - grupo que, em situações normais, não atinge os padrões de proteção esperados pela OIT em sua agenda de Trabalho Decente. E, por outro lado, a apresentação das medidas adotadas pelos países membros da União Européia que, sem uma orientação clara do nível supraestadual, acabam convergindo. Estes lugares-comuns mostram que, com efeito, o trabalhador independente se revela, depois da crise de saúde provocada pela COVID, como um grupo à beira da exclusão social por falta de previsão por parte dos Estados-Membros, de medidas estruturais. de proteção social.


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
Martha Toribio Leão
Keyword(s):  

O objetivo deste artigo é analisar criticamente a teoria de Jeremy Waldron sobre a liberdade de expressão e a regulação do discurso de ódio. Para tanto, o artigo está dividido em três partes. Na primeira parte, analisa-se a teoria de Jeremy Waldron sobre liberdade de expressão a partir do exame dos seus três pilares (dignidade, sense of assurance e vulnerabilidade), e demonstra-se que a teoria de Waldron permite o sopesamento dos princípios especialmente em virtude das consequências produzidas pelo discurso. Na segunda parte, são apresentadas as principais críticas formuladas por Edwin C. Baker e Ronald Dworkin à teoria de Jeremy Waldron, bem como as respectivas respostas. Na terceira parte, defende-se a crítica formulada por Ronald Dworkin à teoria de liberdade de expressão de Jeremy Waldron, no sentido de que essa permite a restrição da liberdade de expressão ainda quando isso represente uma violação a um direito individual. O artigo conclui que a tese de Waldron falha em criar critérios objetivamente controláveis para definir as hipóteses nas quais o discurso de ódio deve ser proibido ou regulado. 


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
Magno Federici Gomes ◽  
Eduardo Calais Pereira ◽  
Alfonso Jaime Martínez Lazcano
Keyword(s):  

Este estudo visa analisar a necessária regulação da atividade notarial e do registo, habilitando-a a funcionar como braço dos Órgãos de controle e fiscalização das atividades das pessoas e entidades. Em primeiro lugar, é apresentada uma conceituação do Direito Notarial e de Registro. Em seguida, são analisados os princípios básicos, buscando cumprir os objetivos propostos. Em seguida, demonstra-se a relação do serviço notarial com as práticas de compliance na prevenção de crimes ambientais. Por fim, quando da apresentação do Dispositivo 88/2019 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é feita uma análise crítica de seu conteúdo e eficácia. Este trabalho conclui que o CNJ se saiu bem ao incluir cartórios, registros e protestos como aliados no combate ao crime organizado e ao financiamento do terrorismo. No entanto, ainda é necessário o desenvolvimento de práticas regulatórias por parte dos serviços no que se refere aos crimes ambientais, dada a importância do tema. O regulamento proposto pode revelar-se um importante aliado na prevenção de crimes, degradações e tragédias.


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
Grasielle Borges Vieira de Carvalho ◽  
Dimas Pereira Duarte Júnior ◽  
Daniela De Andrade Souza

O presente artigo tem por objetivo analisar o direito à diversidade sexual e de gênero a partir de um estudo comparativo dos sistemas de proteção dos direitos humanos a nível global e interamericano. Pretende-se responder à problemática que diz respeito à possibilidade de um diálogo complementar entre os sistemas para maior eficácia na proteção de direitos humanos a nível internacional. Para tanto, é empregado o método qualitativo, com o uso de revisão bibliográfica bem como de pesquisa documental sobre relatórios de conferências e resoluções acerca da temática, utilizando o caminho desde o início da entrada na agenda dos sistemas internacionais. Deste modo, ao utilizar a expressão de gênero e sexualidade, considera-se que o sistema global, que confere tratamento universalizante aos direitos humanos, e o sistema interamericano, que se restringe geograficamente a uma localidade com suas peculiaridades, podem interagir de forma a atuar simultaneamente e de forma complementar numa proteção multinível dos indivíduos.


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
Marco Aurélio Rodrigues da Cunha e Cruz ◽  
Luís Henrique Kohl Camargo

Este artigo objetiva analisar três medidas não farmacológicas adotadas pelo Poder Público brasileiro para o enfrentamento da Covid-19: 1) o repasse de informações pelas operadoras de telecomunicação sobre a circulação de pessoas; 2) o compartilhamento de dados pessoais para a implantação de teleatendimento pelo Ministério da Saúde; 3) o compartilhamento de dados ao IBGE de todos os consumidores de empresas de telecomunicações. Tais medidas tematizam questionamentos sobre a afetação e a possível violação do direito à proteção de dados pessoais. A metodologia aplicada é a analítica. O problema é resolvido por intermédio de levantamento bibliográfico e documental em três etapas: defenderemos o direito à proteção de dados pessoais como direito fundamental; descreveremos as três medidas objeto de análise; estabeleceremos as relações de precedência condicionada aplicáveis a cada uma das medidas. Concluímos que as medidas 1 e 2 podem ser adotadas desde que observadas condições específicas; e que a medida 3 representa violação do direito à privacidade e uma vigilância indevida


2021 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
Author(s):  
Alexander De Castro ◽  
Anna Blachnio-Parzych

Nosso objetivo aqui é comparar a proteção contra insider trading no Brasil e na União Europeia, especificamente a maneira como o insider trading é sancionado nessas duas jurisdições. Destacaremos as diferentes combinações entre sanções administrativas e criminais encontradas nos dois sistemas e suas implicações para os direitos fundamentais e da personalidade (no caso do Brasil) dos responsáveis pela prática de abuso de informação privilegiada. A possível acumulação de punições impostas por tribunais criminais e órgãos reguladores administrativos levanta a questão de saber se pode haver uma violação do princípio ne bis in idem. A resposta a essa pergunta será diferente em cada sistema. Começaremos fazendo um breve balanço da gênese e da evolução da regulamentação sobre uso de informações privilegiadas no Brasil e na UE, a fim de compreender as diferentes razões para a proibição do insider trading nas duas jurisdições de forma a entender os motivos por trás de suas divergências e convergências.


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