Termografia aplicada à Enfermagem: uma revisão bibliométrica

O objetivo deste estudo é analisar as publicações acadêmicas sobre a utilização da termografia nas áreas de interesse para a enfermagem e as principais aplicações nos diagnósticos de enfermagem. O estudo utilizou-se da bibliometria como ferramenta com busca de artigos com corte temporal entre 2015 e 2020. Os termos de busca foram: termografia, enfermagem e diagnósticos de enfermagem; thermography, nursing e nursing diagnoses; termografía, enfermería e diagnósticos de enfermería. Os dados foram obtidos através das plataformas de pesquisa digitais acadêmicas Lilacs, Pubmed, Scielo, Medline e Web of Science. Os critérios de inclusão foram artigos apresentados na íntegra. Os critérios de exclusão foram artigos repetidos ou que não apresentassem aderência ao tema. Os principais resultados apontam a termografia aplicada ao pé diabético, neoplasias e infusões de quimioterápicos, lesões por pressão, Fenômeno de Raynaud e análise de temperatura puerperal, das mamas e do recém-nato. Como conclusão entende-se a presença da termografia como ferramenta complementar à assistência de enfermagem e cuidados com o profissional de saúde sendo um campo vasto para pesquisa e aplicação junto aos diagnósticos de enfermagem.

Efeito agudo do ultrassom terapêutico contínuo na temperatura da pele, em região de ponto gatilho: relato de caso

O ultrassom terapêutico é utilizado no tratamento de ponto gatilho miofascial e a termografia pode ser utilizada como ferramenta auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento desses casos. Dessa forma, este estudo teve por objetivo avaliar a resposta aguda do ultrassom contínuo no tratamento de ponto gatilho miofascial por meio da termografia, em um paciente do sexo masculino, sedentário, com 41 anos de idade e sem comorbidades. Na avaliação termográfica foi identificado um ponto gatilho em região de trapézio do lado direito, cuja temperatura excedia em 0,4ºC o lado contralateral. Em seguida, foi aplicado ultrassom terapêutico contínuo por quatro minutos, frequência de 3Mhz e intensidade de 1,4 W/cm². Após conduta terapêutica, foi realizado seguimento da região de interesse por meio da termografia com imagens a cada 2 minutos. Imediatamente após a aplicação, a temperatura local foi elevada em 4,4ºC com posterior redução até o 7º minuto. A partir do 9º minuto, foi registrado um ligeiro aumento da temperatura da pele no local da intervenção, e, a partir de então, a temperatura se manteve praticamente constante até os minutos finais de acompanhamento. Houve redução da intensidade da dor e da percepção sensorial da localização do ponto gatilho. Este relato de caso revela que a termografia possui grande potencial de aplicação tanto no auxílio diagnóstico quanto no monitoramento da evolução do tratamento.

Acompanhamento do tratamento quimioterápico do Osteossarcoma por imagem infravermelha

Os tumores ósseos primários malignos são doenças raras, sendo o mais frequente o osteossarcoma. O diagnóstico é feito por exames de imagem e anatomopatológico, sendo tratado em três etapas (quimioterapia pré-cirúrgica, cirurgia e quimioterapia pós-cirúrgica). O mais relevante para o prognóstico a resposta tumoral à quimioterapia. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do tratamento quimioterápico de pacientes com tumor ósseo por meio das imagens térmicas. Foi realizado um estudo prospectivo observacional com 04 pacientes (3 do gênero masculino e 1 do gênero feminino) com tumor ósseo maligno primário (Osteossarcoma). Os resultados mostram que o comportamento térmico coincidiu com a melhora clínica dos pacientes no decorrer do tratamento, com relação a dor e calor local. Pode-se concluir que a termografia por infravermelho é um exame de imagem funcional indolor, sem radiação e sem riscos que pode ser utilizado como mais uma ferramenta no acompanhamento da resposta tumoral ao tratamento quimioterápico.

Termografia Médica na Avaliação de Resposta Terapêutica na Leucemia Linfocítica Crônica

Leucemia linfocítica crônica (LLC), uma das doenças linfoproliferativas, é a leucemia mais comum do mundo ocidental. Foi realizado uma avaliação termográfica - exame de imagem indolor, sem contato e sem radiação, que capta a emissão de calor da superfície corporal - para avaliação pré e pós início de um tratamento quimioterápico, mostrando esse ser um método útil de avaliação de resposta ao tratamento.

Níveis de treinamento em Termografia para Profissionais da Saúde

A ABRATERM, dentro de suas atribuições de ensino, pesquisa, capacitação e certificação de profissionais da área de saúde, organizou a classificação dos Cursos de Termologia e Termografia segundo níveis preconizados internacionalmente e critérios para o bom desempenho profissional e ético do termografista e do termologista perante seus pacientes, bem como os critérios para obtenção de certificação de membro titular ABRATERM.

Imagem infravermelha no diagnóstico das doenças dos pés

Este trabalho tem como objetivo apresentar a técnica de registro de imagens infravermelhas dos pés como método de avaliação neurovascular para identificar comorbidades usando um método não invasivo. Método: Durante o período de março de 2015 e fevereiro de 2017, foram avaliados 22 pacientes portadores de onicomicose crônica. O registro das imagens infravermelhas foi efetuado com câmera térmica Flir® modelo T420bx, FOL 18mm, resolução IR320 x 240, sob condições de controle de circulação de ar (< 0,2ms), temperatura ambiente de 23°C. Resultados: Foram identificadas 6 áreas de interesse de acordo com o território neurovascular de uma determinada região dos membros chamado de angiossoma, que foram estudadas com a comparação das áreas impares nas plantas do pé esquerdo e pares nas plantas no pé direito. Embora a amostragem seja pequena, observou-se estatisticamente uma tendência à onicomicose subungueal distal lateral (OSDL) nos diabéticos em relação à onicomicose distrófica total (ODT). Conclusões: O exame por imagem infravermelha pode avaliar precocemente alterações vasculares, ortopédicas e neurológicas e servir de ferramenta para rastrear comorbidades sistêmicas ou locoregionais dos membros inferiores.

Nasal thermal activity during voluntary facial expression in a patient with chronic pain and alexithymia

The presence of alexithymia (difficulty in recognizing and expressing emotions and feelings) is one of the psychological factors that has been studied in patients with chronic pain. Different psychological strategies have been used for its management; however, none of them regulates the autonomic activity. We present the case of a 74-year-old female patient diagnosed with rheumatoid arthritis with alexithymia. For twelve years he has been taking pregabalin for pain. The main objective of this case study was to perform a biopsychosocial evaluation of pain (level of interleukin 6 concentration, to evaluate the inflammatory appearance, psychophysiological nasal thermal evaluation and psychosocial measures associated with pain). He was presented videos with affective scenes of various emotions (joy, sadness, fear, pain, anger). The results show that, when the patient observes the videos, there is little nasal thermal variability. However, when facial movements are induced for 10 seconds of a facial expression, a thermal variation is reached around 1 ° C. The induced facial expressions that decrease the temperature are those of anger and pain, which coincide with the priority needs of the patient according to the biopsychosocial profile. The results are discussed in the clinical context of the use of facial expressions to promote autonomic regulation in this population.

Termografia aplicada ao Fenômeno de Raynaud: Artigo de Revisão Bibliométrica

A termografia é um método não invasivo, sem contato físico, não apresentando riscos para o paciente ou para o aplicador. Os sensores detectam a quantidade de radiação infravermelha apresentada na superfície do corpo. Os objetivos deste estudo foram identificar protocolos para: a) verificar os que tiveram resultados positivos na detecção do Fenômeno de Raynaud e b) identificar os pontos em comum entre eles. Este é um estudo exploratório que utilizou como ferramenta a bibliometria, sendo incluídos os artigos publicados entre 2013 a 2016. Foi realizada uma análise descritiva onde os artigos foram categorizados e descritos conforme os dados de publicação, autoria e equipamento utilizado. Os resultados apontam uma variedade de protocolos de utilização da termografia no estudo do Fenômeno de Raynaud e de seu comportamento na forma primária e secundária. Como conclusão identifica-se um grande uso da termografia na detecção de doenças do tecido conectivo. A maior parte destes estudos utiliza os seguintes critérios: Deve-se manter a sala entre 22°C e 23°C (graus Celsius). O estresse ao frio deve ser realizado com água entre 10°C a 20°C (graus Celsius). Acredita-se que um protocolo que adote os critérios listados baseados nas evidências dos estudos realizados, seja capaz de detectar o F.R.

Neuropatia de Fibras Finas em um caso de Artrite Psoriásica

A neuropatia periférica ocorre como consequência dos distúrbios metabólicos nos pacientes com diabetes mellitus e hipotireoidismo, situações carenciais (deficiências de vitamina B12 e folato), associada a quadros clínicos tóxicos (etilismo, exposição a metais pesados), infecciosas (sífilis, HIV), entre outras causas, como medicamentos. A polineuropatia típica, associada principalmente ao diabetes é simétrica, distal e correlacionada com o dano progressivo tanto de fibras somáticas como neurovegetativas. A técnica de captação de imagens infravermelhas (termografia médica) consiste no registro da temperatura a partir da irradiação infravermelha da pele, o termograma que permite tanto uma análise qualitativa quanto quantitativa da distribuição térmica cutânea. O tônus vasomotor é regulado pelas fibras simpáticas finas tipo C e, portanto, sua disfunção pode ser identificada pela alteração de padrões de temperatura cutânea, sobretudo, sob manobras provocativas neurovegetativas, como o uso de estímulo frio (em inglês Cold Stress Test). Avaliou-se um homem de 60 anos, que procurou atendimento para tratamento de onicomicose crônica no hálux direito em uso de adalimumabe, metotrexate e deficiência de vitamina B12 através da termografia, verificando-se instabilidade vasomotora simpática anormal nas plantas dos pés.