Revista da Escola de Guerra Naval
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Published By Tikinet Edicao Ltda. - Epp

1809-3191, 1809-3191

2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 91-120
Author(s):  
Tássio Franchi ◽  
Sandro Teixeira Moita
Keyword(s):  

Carl von Clausewitz (1780-1831) é reconhecidamente um dos maiores teóricos da guerra no mundo ocidental. Este trabalho investigou como seus conhecimentos têm sido utilizado no Brasil, entre 1990 e 2019. A hipótese é que a produção no período se ampliou na medida em que ocorreu uma transformação e expansão do aparato de Defesa no país, o que impulsionou o debate em Estratégia e consequentemente mais obras relacionadas um Clausewitz. A pesquisa foi limitada à produção emforma de artigos e capítulos de livros, devido a maior circulação de meios de divulgação do que teses, dissertações ou monografias. Para realizar uma pesquisaforam investigadas plataformas com Scopus, Portal de Periódicos Capes, Google Scholar e sites de revistas acadêmicas. Os resultados encontrados onde e com qualIlustração Clausewitz tem sido trabalhado no Brasil.


2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 121-160
Author(s):  
Carlos Eduardo Franco Azevedo ◽  
Gabriela Alves de Borba ◽  
Laércio Eduardo de Araújo

A presente pesquisa tem como objetivo analisar as principais barreiras culturais e que dificultam as interações e, em consequência, o processo de inovação do setor de Defesa. Motivação para estudar questões culturais e moda no gênero-tor da Defesa advém da percepção de que os indicadores de inovação atualmente na área acadêmica transcen-dem aspectos relacionados com pesquisa, desenvolvimento, proteção, produção e aplicação do conhecimento, os quais complementam a compreensão da essência da inovação e toda a amplitude e complexidade do ambiente propício às inovações. Do ponto de vista metodológico, este trabalho éresultado de uma base de escolha, de pesquisa bibliográfi-ca e de pesquisa documental sobre a cultura de inovação pré-sente nas Forças. Os dados foram categorizados e distributivosempregando-se o método denominado Análise de Conteúdo. Os resultados apontam sugestões de políticas públicas, de ca-ráter estrutural, educacional e operacional, consolidadas em forma de diretrizes estratégicas (Apêndice A), Conselho con-tributar com o incremento de uma cultura organizacional que inspire confiança, espírito de corpo e capacidade de trabalhar em conjunto, aceitando as diferenças. Além disso, vale des-tacar que a investigação sobre possíveis barreiras aplicam corrobora a percepção de que o Ministério da Defesa deva exercer a coordenação das inovações no setor.


2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 271-304
Author(s):  
Fernando Silva Azevedo ◽  
Daniel Santos Kosinski

A “bomba-dólar”, produto das respostas dos Estados Unidos aos atentados do 11 de setembro de 2001, é instrumento do seu uso exclusivo que, apoiado nas posições hegemônicas do dólar e das suas finanças no sistema financeiro internacional, lhe permite impor sanções financeiras com grau de sofisticação e poder de destruição nunca antes vistos. Assim, revolucionou a guerra financeira e a ordem internacional no século XXI. Todavia, na China, as autoridades adaptaram as tecnologias das criptomoedas privadas e descentralizadas, como o bitcoin, para criar o renmimbi digital (e-RMB) com objetivos explícitos de construir as bases de um sistema financeiro internacional alternativo, confrontando diretamente a capacidade estadunidense para sancionar. Assim, este artigo objetiva identificar em que medida esse efeito será real. A investigação revelou que autoridades e centros de pesquisa estadunidenses constataram que, de fato, o e-RMB reduzirá significativamente a capacidade dos Estados Unidos para impor sanções. Dessa forma, concluímos que há fortes indícios de que, quando em pleno funcionamento a partir de 2022, o e-RMB neutralizará a bomba-dólar, abrindo um novo capítulo nas guerras financeiras e nos interesses, disputas e conflitos nas relações internacionais.


2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 181-208
Author(s):  
Guilherme Thudium

Este artigo oferece um exame das principais tendências que apontam para a intensificação das disputas de poder interestatal na Região do Oceano Índico (ROI), espaço de crescente interesse no concerto estratégico do século XXI. Neste prisma, buscar-se-á fazer uma análise da importância estratégica deste espaço, bem como das dinâmicas regionais de segurança, competição e integração regional existentes. UMAlevantada centralmente necessária que uma empresa adquirida seja adquirida pela região no cenário global deu origem a um “choque de potências ”, sendo Estados Unidos, Índia e China os principais atores envolvidos. A pesquisa também buscou contextualizaro interesse aumentado pela região com diretrizes oficiais adotadas recentemente por atores relativamente novos, como é o caso da Alemanha.


2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 499-526
Author(s):  
Erica Simone Almeida Resende ◽  
Graziela Dumard

Thirty years after the restauration of their independence, Estonia, Latvia and Lithuania are now members of the European Union and demonstrate little affinity with Russia, heir to the USSR. What is the role identity discourses in their foreign policy choices? We argue that Estonia, Latvia and Lithuania define their national identities – and therefore the thrust of their foreign policies – according to a logic of triangular attraction and repulsion towards Russia and Europe. Based on the Self/Other dichotomy, this article identifies how meanings associated with Baltic national identities were incorporated into their foreign policies after the fall of URSS. More specifically, the article examines the discourses of Russification and/or Sovietisation and Europeanisation, how these discourses differ from one another, and how the Baltic states respond to those influences in constructing their foreign policies.


2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 403-428
Author(s):  
Marco Túlio Souto Maior Duarte ◽  
Marcos Alan S. V. Ferreira

O presente artigo ampara-se na literatura sobre construção de cenários para analisar o contexto geopolítico da República Popular da China face à recente pandemia do COVID-19. Temos como objetivo oferecer um referencial de futuros alternativos que nos permita, nesse caso específico, analisar riscos geopolíticos. Podemos afirmar que a atual estratégia chinesa se baseia no crescimento econômico por meio de investimentos em tecnologia e abertura de mercados, se conjugando com a iniciativa “一带一路” (Cinturão e Rota). Tal estratégia se encontrou ameaçada pela atual crise sanitária mundial, que fechou portos, fronteiras, mercados e causou sérios danos à imagem internacional da China. De modo a realizar tais objetivos, o presente artigo se fundamenta na visão de teóricos vinculados à análise de cenários prospectivos e de estudos estratégicos. Objetivando avançar a compreensão sobre o tema, criamos três cenários, a dizer: um cenário cauteloso; um cenário otimista, e um cenário de agressividade intensa. Esperamos, a partir dessa construção, observar as possíveis situações futuras e riscos à estratégia geopolítica da China.


2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 31-54
Author(s):  
Miguel Patrice Philippe Dhenin
Keyword(s):  

O conceito de “Entorno Estratégico” surgiu no Brasil no começo do século como proposta elástica para abordar questões pautadas na projeção de poder. Ao desenhar um entorno geograficamente delimitado, o Brasil procurou definir conceitualmente áreas consideradas prioritárias para exercer sua influência política e estratégica. O artigo tem como objetivo a formulação de eixos para elaborar uma “Grande Estratégia Fronteiriça”. Em primeiro lugar, apresentaremos o conceito de “Entorno Estratégico”, a partir da perspectiva brasileira. Para tal, foi realizado um levantamento com os principais documentos oficiais que norteiam as políticas de Defesa. Em seguida, procuramos avaliar a relação entre “Entorno Estratégico” e “Grande Estratégia”, conceito que evoluiu na literatura anglo-sa-xônica ao longo do século XX. A partir do Plano Estraté-gico de Fronteiras, lançado em 2011, procuramos avaliar seu impacto nas políticas públicas para a região norte do Brasil. Finalmente, encerramos esse trabalho com uma breve proposta conceitual, balizando uma “Grande Es-tratégia Fronteiriça”, primeiros passos para propor uma política de Estado num futuro próximo.


2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 305-336
Author(s):  
Henrique de Oliveira Mendonça ◽  
Tássio Franchi
Keyword(s):  

A soberania é um dos pilares dos Estados-nação, no entanto, sua definição é ambígua e controversa. Não obstante à perene contestação de conceitos, este estudo se propõe a estabilizar contingencialmente uma acepção de soberania adequada à realidade brasileira. No maior país sulamericano, os aglomerados subnormais das metrópoles nacionais concentram populosas áreas de baixa governabilidade e com atuação destacada de criminosos, entretanto, a base teórica anglo-saxã, dominante na literatura acadêmica, dispõe de escassos recursos para uma interpretação da fragilidade endêmica de um Estado consolidado e distante dos parâmetros da falência. Assim, a partir de premissas essenciais, como a autoridade, coerção e territorialidade, a investigação aprofunda a compreensão e a caracterização do efeito deletério do crime organizado sobre a soberania estatal brasileira. Oferece, também, um suporte argumentativo que amplia a agenda de pesquisa relacionada ao emprego das Forças Armadas no enfrentamento ao crime organizado. Os resultados obtidos pela combinação entre a elucidação teórica e estudos empíricos indicam que, embora não apresentem uma retórica direta revisionista ou de contestação, as organizações criminosas se sobrepõem ao poder estatal de forma seletiva e progressiva nos black spots das metrópoles nacionais brasileiras.


2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 469-498
Author(s):  
Laís Raysa Lopes Ferreira

Numa escala temporal, a partir de mudanças de paradigmas (gerenciais e operacionais), a maneira de execução da atividade ao mar tem evoluído, agregada a ferramentas tecnológicas fundamentais. Apesar da regulamentação da Organização Marítima Internacional (IMO) na busca por soluções safety, security, e sustentáveis, acidentes marítimos continuaram a acontecer – numa abordagem causal simples, devido a “erros humanos”. Sendo incalculáveis os prejuízos decorrentes de tais circunstâncias, verificou-se que a navegação poderia ser aprimorada com o auxílio da tecnologia, a fim de proporcionar um maior controle das ações humanas – conceito e-Navigation – o que caracteriza o início de uma nova era para a navegação. O presente estudo pretende analisar a e-Navigation como solução para os aspectos safetye sustentável do âmbito marítimo, numa aplicação das Ciências Náuticas por método indutivo, associada a uma proposta técnico-científica que apresenta as mudanças de paradigmas da atividade comercial marítima (setor petroleiro) em eras específicas, com análise aplicável a toda a indústria de transporte marítimo. Verificou-se que, numa fase inicial, soluções “inteligentes”, safetye sustentáveis para a navegação comercial podem ser possíveis; mas só até certo limite (ponto de inflexão), quando situações imprevistas, circunstâncias adversas ou falhas humanas, por exemplo, venham a acontecer.


2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 55-90
Author(s):  
Raphael Padula ◽  
Pedro Silva Barros

O artigo tem como objetivo apresentar a importância geográfica (política e econômica) do Mato Grosso do Sul (MS) para a conexão do Brasil com os vizinhos sul-americanos e particularmente na construção de Corredores Bioceânicos. Assim, além de ser plataforma geopolítica (para projeção de influência), argumenta-se que o MS apresenta enorme potencial produtivo e logístico no âmbito da integração da América do Sul. Ainda, com o objetivo de contribuir para políticas públicas, é apresentado um mapeamento dos principais projetos de infraestrutura que podem melhorar a integração do MS com os países vizinhos, dando destaque para as que fazem parte do corredor rodoviário bioceânico; e sobre como tais obras devem ser encaradas a partir de um conjunto mais amplo e estruturante de obras e investimentos, notadamente as de caráter multimodal. Por isso, também são apresentadas algumas obras relevantes de transporte ferroviário e fluvial – hidrovias e portos – mesmo de sentido Norte-Sul. A metodologia utilizada passa pela revisão bibliográfica de autores de geopolítica brasileira, bancos de dados e documentos sobre integração física sul-americana, especialmente da UNASUL e IIRSA, documentos de agências de governo (BNDES, por exemplo), e notícias veiculadas pelo governo do Mato Grosso do Sul ou pela imprensa local.


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