Contextos Clínicos
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(FIVE YEARS 119)

H-INDEX

7
(FIVE YEARS 2)

Published By Universidade Do Vale Do Rio Dos Sinos - Unisinos

1983-3482

2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Daniel Carvalho de Matos ◽  
João Victor dos Santos Nascimento ◽  
Elyoneida Maria de Moraes Ávila ◽  
Pollianna Galvão Soares de Matos

O Behavioral Skills Training (BST) é utilizado na capacitação de profissionais, pais ou outros cuidadores e universitários para ensino de habilidades em aprendizes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Compreende: 1) instruções sobre princípios de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para o ensino de repertórios; 2) modelação (demonstração de comportamentos que devem ser emitidos durante o ensino); 3) ensaio comportamental com um confederado e 4) feedback de desempenho. O objetivo foi comparar a aplicação de dois tipos de BST (um com um componente de modelação ao vivo/presencial e, o outro, com um componente de modelação com vídeos) quanto a sua eficiência para a formação de seis estagiárias de graduação em Psicologia. Cada caso foi definido para melhorar a precisão no ensino de duas duplas de repertórios a um confederado, que simulava comportamentos de um aprendiz com TEA. A diferença entre os dois BST foi apenas em relação ao componente de modelação. Ambos produziram melhora na precisão do ensino de repertórios pelas estagiárias, e foram eficientes em uma medida semelhante, demandando poucos encontros para capacitação. Os dados foram discutidos considerando a importância de uma formação adequada para profissionais que possam colaborar no futuro com orientação de pais, e outros cuidadores, no manejo comportamental de seus familiares com TEA, tanto de forma presencial como remota (importante em tempos de pandemia do COVID-19).


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Déborah Brandão De Souza ◽  
Sandiléia Pfeiffer ◽  
Cassio Blos Nonnemacher ◽  
Natalia Coimbra Ribeiro ◽  
Carolina Saraiva de Macedo Lisboa

Experiências de bullying podem contribuir negativamente na visão do adolescente sobre ele próprio perante os pares. Hipotetiza-se que a adoção de uma postura calorosa, não-avaliativa e sensível do indivíduo ao experimentar sofrimento, como é definida a autocompaixão, pode ser uma estratégia adaptativa para situações hostis. Esse estudo investigou diferenças entre adolescentes quanto a níveis de autocompaixão e experiências de bullying, bem como a relação entre os dois construtos. Participaram 551 adolescentes, sendo 57% do sexo feminino, com idade média de 15,1 anos (DP= 1,7), estudantes de escolas públicas brasileiras. Análises de correlação de Pearson foram realizadas para investigar relações entre autocompaixão e bullying. Posteriormente, a amostra foi dividida em dois grupos extremos da escala de autocompaixão e comparou-se as médias. Foram encontradas correlações significativas e negativas entre a autocompaixão e tipos de bullying, bem como com os papéis de vitimização. Quando separados por grupos, os adolescentes com níveis mais elevados de autocompaixão apresentaram níveis menores de experiências de bullying e média maior no papel de defensor das vítimas. Observa-se que a existência de relações seguras e de apoio podem contribuir no desenvolvimento de habilidades e respostas compassivas de ajuda aos outros e de regulação emocional em situações difíceis.


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Cândida Prates Dantas ◽  
Gabriela Clerici Christofari ◽  
Dorian Mônica Arpini

A interação inicial mãe-bebê, marcada por uma intensa adaptação por parte da mãe às necessidades do filho, é essencial para o desenvolvimento do bebê. Igualmente importante é a interação que vai estabelecendo-se na díade, à medida que a mãe vai retomando outros interesses e o bebê adquirindo maior autonomia. Assim, o presente artigo teve como objetivo compreender a experiência da interação mãe-bebê para mães adolescentes. O trabalho teve caráter qualitativo, com delineamento exploratório e descritivo, e foi realizado a partir de entrevistas semiestruturadas com mães adolescentes e observações da relação da díade mediada pelo brincar. A análise dos dados foi realizada através da análise de conteúdo. Foi possível perceber que as participantes desenvolveram um estado de adaptação e devoção aos filhos. Ainda, observou-se o cuidado das mães com os filhos, mas também a autonomia proporcionada aos bebês. Assim, apesar das dificuldades inerentes ao processo da maternidade na adolescência, pode-se compreender que a interação mãe-filho estava permeada por afeto e cuidado, o que possibilita a constituição do bebê enquanto sujeito. Por fim, destaca-se que a condição para o desempenho da função materna não estaria atrelada necessariamente à idade da mãe, mas às suas experiências subjetivas e a sua capacidade de investimento.


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Denise Falcke

2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Eliane Fleury Seidl ◽  
Nicolly Papacidero Magrin ◽  
Rebeca do Valle Azambuja ◽  
Bárbara Cristina Lopes Pereira Campos ◽  
Luisa Mendonça Zacharias ◽  
...  
Keyword(s):  
On Line ◽  

O objetivo foi analisar aspectos sobre a saúde mental (estresse, ansiedade e depressão), a prevenção da infecção pelo coronavírus e o autocuidado em pessoas vivendo com HIV (PVH). Participaram 148 PVH, média de idade igual a 37,9 anos, 73,6% eram homens cisgênero, acompanhadas em serviços de saúde do Distrito Federal. Trata-se de estudo on-line, com questionários sociodemográfico; médico-clínico; sobre autocuidado em HIV/aids, comportamentos preventivos da infecção pelo coronavírus, consumo de substâncias psicoativas e sexualidade; Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). Análises de dados quantitativos e qualitativos foram realizadas. Os resultados revelaram alta frequência de práticas preventivas da infecção pelo coronavírus, com adesão às medidas recomendadas. Níveis de depressão foram observados em 16,2% dos participantes, estresse chegou a 14,9% e ansiedade alcançou 10,2% da amostra, incluindo casos leves a extremamente graves. Análises bivariadas revelaram maior vulnerabilidade à depressão e ao estresse de mulheres cisgênero e mulheres trans, bem como ao estresse e à ansiedade de pessoas com níveis mais baixos de renda. O estudo tem implicações relevantes para a saúde de PVH, auxiliando gestores e profissionais na execução de políticas e ações mais eficazes para o combate da Covid-19 e oferta de atenção integral, equânime e interdisciplinar a PVH.


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Daniela Lúcia Cavalcante Machado ◽  
Normanda Araujo de Morais
Keyword(s):  

O artigo objetivou compreender como a mediação de conflito familiar é investigada na literatura científica brasileira, por meio de uma revisão integrativa na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), no período de 2010 a 2020. Foram analisadas 16 dissertações e 09 teses. A maioria, advinda de Programas de Pós-Graduação em Direito (n = 10) e Psicologia (n = 5), oriundos de instituições do estado de São Paulo (n=8) e publicadas nos anos de 2013, 2016 e 2017 (n =4 em cada ano). Treze estudos eram empíricos e 12 teóricos e, dentre os estudos empíricos, todos eram qualitativos. Quatro categorias de análise foram identificadas: a) a função da mediação de conflito familiar; b) o estudo interdisciplinar da mediação familiar de conflito; c) a aplicação da mediação a diferentes demandas; e d) a avaliação de programas de mediação de conflito familiar. Trata-se, sem dúvida, de um campo bastante profícuo e ao qual a Psicologia tem muito a contribuir, em especial pela compreensão sistêmica dos conflitos familiares, a qual considera a sua dimensão intersubjetiva, relacional e complexa.


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Yara Amorim Viana de Castro ◽  
Vilma Valéria Dias Couto

Este estudo teve o objetivo de investigar a automutilação que ocorre na adolescência, buscando compreender os significados particulares dessa conduta e identificar fatores psíquicos relacionados. É uma pesquisa orientada pela psicanálise e que adotou o método do estudo de caso, com base na experiência clínica com duas adolescentes que se cortam. Os resultados demonstraram a relevância do corpo na adolescência e que os cortes são entendidos como via de comunicação e expressão de sofrimento psíquico. A busca de identidade própria e dificuldade de separação da figura materna, também, tiveram relevância na compreensão da conduta de automutilação. A investigação clínica sustentada pelo processo de pesquisa ofereceu caminhos para a reflexão e propiciou acolher as particularidades de cada adolescente.


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Murilo Zibetti ◽  
Sidnei Rinaldo Priolo-Filho ◽  
Carlos Aznar Blefari ◽  
Izabelly Cristina Ribeiro Fontana

O objetivo do presente estudo de caso foi apresentar a aplicação do Protocolo de atendimento psicoterápico individual para vítimas de abuso sexual infantil (PAPI-ASI). Participou do estudo uma criança do sexo feminino com seis anos de idade que foi vítima de abuso sexual. A intervenção visou a reduzir sintomas de Transtorno de Stress Pós-Traumático (TEPT), bem como, reduzir e/ou extinguir comportamentos indesejáveis resultantes do abuso sexual infantil (ASI) presentes na avaliação inicial. Os resultados foram avaliados quantitativamente em medidas pré e pós-intervenção com o Child Behavior Checklist (CBCL), respondido pelos pais e qualitativamente com a avaliação clínica e relato dos pais sobre as alterações observadas no comportamento da criança durante a intervenção. O desfecho global da intervenção foi positivo, apresentando melhoras na atenção, diminuição na dificuldade em finalizar atividades e menor frequência e intensidade da ansiedade. Inicialmente, a participante apresentava critérios clínicos suficientes para diagnóstico de TEPT que ao final da intervenção eram subclínicos. Por fim, o estudo apresentou resultados promissores do protocolo abordado, enfatizando a potencialidade de tornar-se um instrumento válido na dinâmica clínica relacionada a ASI.


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Bruna Sorensen ◽  
Eliandra Maria Mocellin ◽  
Cláudia Mara Bosetto Cenci

As normas de gênero têm influenciado a análise da violência conjugal, tendendo a considerar exclusivamente mulheres enquanto vítimas e homens enquanto agressores. No entanto, estudos demonstram que a violência perpetrada por mulheres contra homens na conjugalidade é uma realidade. O presente artigo apresenta e discute os resultados de uma pesquisa qualitativa de corte transversal, com delineamento exploratório e descritivo, multicêntrica no Brasil, que teve por objetivo compreender as percepções de homens violentados por mulheres sobre a violência contra os homens na conjugalidade. Foram entrevistados cinco homens procedentes de Mato Grosso e um homem procedente do Rio Grande do Sul. A análise temática foi utilizada para análise dos dados, da qual emergiram dois temas: “A lei que não é minha” e “Um homem também chora”. Os resultados foram discutidos à luz da teoria sistêmica e evidenciam que a violência perpetrada por mulheres na conjugalidade é uma realidade. Que os homens tendem a não denunciar e, quando denunciam, sentem que os serviços de segurança e as leis não os asseguram. A pesquisa contribui cientificamente ampliando a compreensão sobre a violência contra o homem na conjugalidade. Sugere-se mais estudos com esse público e a criação de serviços que atendam o homem enquanto vítima.


2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
Author(s):  
Eduardo José Esteves Brito ◽  
Edna Lúcia Tinoco Ponciano

A psicoeducação em grupo pode ser vinculada à promoção da saúde. A experiência de estar em grupo gera fatores terapêuticos e tem efeitos sobre a autorregulação. As referências teórico-técnicas utilizadas são a Focalização e a Experiência Somática® (SE), que têm características psicoeducativas facilitadoras do processo autorregulatório, ao criar um contexto de segurança. O objetivo é apresentar e discutir uma pesquisa que analisou a aplicação de uma proposta interventiva com foco nas sensações corporais e nas emoções. A pesquisa, transversal e de caráter exploratório, com ênfase nas narrativas dos participantes, enfatiza a construção da experiência na relação. A intervenção investigada, dividida em cinco etapas, iniciada pelo corpo e com a posterior elaboração de significados sentidos, teve como instrumento de coleta de dados as atividades desenvolvidas em grupo, que foram gravadas e transcritas. Participaram 25 estudantes universitários. Foram analisadas as falas sobre a experiência de estar em grupo, nas categorias experiências positivas, negativas e mistas, autorreferência, novas perspectivas e fatores terapêuticos, que implementam a autorregulação em um contexto de regulação comunal. Concluímos destacando os fatores terapêuticos no processo de estar em um grupo, no qual a insegurança e o estranhamento iniciais são substituídos pela segurança, desencadeando mudanças experienciais.


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