Revista Universo Contábil
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

304
(FIVE YEARS 0)

H-INDEX

4
(FIVE YEARS 0)

Published By Revista Universo Contabil

1809-3337, 1809-3337

2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 177
Author(s):  
Joyce Mariella Medeiros Cavalcanti ◽  
Hudson Fernandes Amaral ◽  
Laise Ferraz Correia ◽  
Luiz Cláudio Louzada

Os ativos intangíveis passaram, nos últimos anos, a serem considerados como os principais direcionadores de valor corporativo. Apesar de sua relevância, avaliá-los tem se constituído em uma atividade complexa que envolve o debate entre as perspectivas da Contabilidade e das Finanças. Ao se discutir neste ensaio teórico as potencialidades e as limitações da Contabilidade e das Finanças para avaliar os ativos intangíveis – a partir de suas teorias positivas e normativas, o objetivo foi apresentar uma proposta de possível convergência entre essas perspectivas, a qual ensejasse uma melhoria na qualidade da informação concernente ao valor desses ativos. Argumentou-se, por um lado, que a Contabilidade não evidencia os ativos intangíveis inteiramente nas demonstrações contábeis; e, por outro, defendeu-se que metodologias financeiras permitiriam compensar essa lacuna na informação. Como conclusão, entendeu-se que ambas perspectivas se complementam, uma vez que a avaliação dos ativos intangíveis funciona como um ciclo, em que a Contabilidade evidencia nas demonstrações financeiras o que de fato reconhece como eventos que alteraram a situação econômica, financeira e patrimonial da firma, enquanto as Finanças concentram-se na análise dessas informações, em conjunto com dados externos, como suporte à tomada de decisão.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 155
Author(s):  
Luzivalda Guedes Damascena ◽  
Robério Dantas De França ◽  
Paulo Amilton Maia Leite Filho ◽  
Edilson Paulo

As práticas de tax avoidance, em períodos normais e de turbulência, podem ser alternativas viáveis a serem adotadas pelas empresas, especialmente as empresas com restrições financeiras, a fim de obter mais fontes de recursos internos com a redução de impostos sobre o lucro (Effective Tax Rate- ETR). Desse modo, empresas com restrições financeiras, para quem o acesso ao financiamento externo se torna mais oneroso que o financiamento interno e, que desejam sair desse cenário, poderiam atentar para uma fonte alternativa de financiamento por meio de práticas de tax avoidance. Assim, objetivou-se analisar se as empresas com restrições financeiras de capital aberto que atuam no Brasil, buscam reduzir os impostos sobre o lucro como uma alternativa de fonte de financiamento interno, mais do que empresas não restritas, especialmente em momentos de crise. O período analisado foi de 2011 a 2015 e a amostra contemplou 615 firmas-anos. Utilizou-se a análise de dados em painel e os resultados mostram que, ao contrário do que se esperava, empresas com restrições financeiras aumentam sua ETR. No entanto, em períodos de crise econômica (2014-2015) ocorre o inverso, isto é, empresas restritas minimizam custos com impostos sobre o lucro em até 6,5%, mais do que empresas não restritas. Finalmente, as empresas brasileiras restritas intensificam a preocupação com a redução de ETR apenas na crise, e embora não seja o cenário ideal, tal comportamento pode ser explicado pelo maior risco de default nesses períodos de turbulência, dado sua condição inicial além de possível associação com a diminuição das fiscalizações tributárias nesse período. Pela ótica da variável ETR Diferencial, é possível observar que em períodos de crise as empresas com restrições financeiras se afastam da ETR nominal tornando a ETR mais agressiva. Assim, constatou-se que as possíveis práticas de tax avoidance, por parte das empresas que necessitam sair da condição de restrição financeira, não são uniformemente realizadas ao longo dos períodos.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 33
Author(s):  
Amanda Russo Chirotto ◽  
Ivam Ricardo Peleias ◽  
Claudio Parisi ◽  
Jacqueline Veneroso Alves da Cunha
Keyword(s):  

A Teoria do Capital Humano (TCH) estabelece que, ao adquirir mais conhecimentos e habilidades, um indivíduo aumentaria o valor de seu capital humano, e em consequência, de sua empregabilidade, produtividade e rendimento potencial. Diante desse pressuposto, buscou-se analisar a influência do título de mestre nos egressos do mestrado em Ciências Contábeis da FECAP sob a ótica da TCH. Foi realizada uma pesquisa descritiva, quantitativa, com aplicação de um questionário para 180 egressos mestres. Os resultados apontaram que os mestres são majoritariamente homens, com idade média de 47 anos, casados, com filhos, residentes na cidade de São Paulo e com formação em Ciências Contábeis, tendo como principais atividades remuneradas o mercado e a academia, a maioria atuando no setor privado e com remuneração acima de R$ 9.000,00, os resultados apontam melhora na faixa salarial após a conclusão do curso. Os principais fatores percebidos como mais influenciados pelo título foram: espírito acadêmico, diferenciação profissional, competências analíticas, empregabilidade, oportunidades na carreira, respeitabilidade e reconhecimento acadêmico/profissional. Para os egressos, o título influenciou positivamente, considerando os fatores preconizados pela TCH.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 60
Author(s):  
Bianca Maria da Silva ◽  
Eugênio José Silva Bitti ◽  
Vivian Lara dos Santos Silva

Esse artigo investiga a relação entre a dispersão geográfica e taxas de franquia em redes franqueadas operando no Brasil. Essas organizações normalmente cobram de franqueados uma taxa fixa inicial no ato da compra da franquia, além de, normalmente, praticarem royalties contínuos cobrados sobre o faturamento bruto de cada unidade franqueada. O presente estudo adota o framework da teoria da agência, assumindo que a dispersão geográfica em redes de franquias eleva a complexidade e, consequentemente, os custos de monitoramento. Na presença de monitoramento insuficiente, problemas de comportamento indesejado de franqueados podem surgir. Tais problemas poderiam afetar tanto o fluxo de caixa da rede em decorrência da queda no faturamento das unidades – e, por conseguinte, o pagamento de royalties – como o próprio valor da marca da rede franqueada em função da queda na qualidade de atendimento, por exemplo. Este quadro pode levar as redes franqueadas a adotarem maiores incentivos ao bom comportamento de franqueados; por exemplo, praticando taxas de franquia mais reduzidas. No entanto, mesmo em presença de uma elevada dispersão espacial das unidades, esse efeito poderia ser moderado por características da operação que permitissem monitoramento à distância mais eficiente. Por exemplo, em redes de varejo, o giro de estoques poderia ser usado como indicador de desempenho em vendas. O estudo então desenvolve e testa um modelo econométrico para estimar o efeito da dispersão geográfica e de características das redes quanto ao monitoramento à distância sobre o setup das taxas fixas e variáveis praticadas por redes de franquia operando no Brasil. Um total de 376 redes associadas à Associação Brasileiras de Franchising (ABF) são investigadas em uma análise cross-section tendo como base o ano de 2011. Os resultados apresentam evidências de que redes franqueadas mais dispersas tipicamente praticam taxas de royalties mais baixas. Por outro lado, certas características reduzem este efeito tais como a presença de estoques nas unidades, maior nível de automação nas unidades e uma maior proporção de lojas posicionadas em shopping centers. No entanto, para as taxas fixas os resultados não são conclusivos. O estudo também constatou que as taxas de franquias fixas e variáveis não apresentam efeito substitutivo entre elas, ou seja, não são inversamente proporcionais, o que indica uma diferenciação do cenário brasileiro em relação a outros países.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 84
Author(s):  
Raquel Souza Ramos ◽  
Joséte Florencio Santos ◽  
Adriana Fernandes Vasconcelos

Esta pesquisa teve por objetivo identificar como as empresas que compõem o Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco realizam a gestão do capital de giro segundo o modelo dinâmico de Fleuriet. O modelo dinâmico, conhecido também como modelo de Fleuriet, foi desenvolvido a fim de proporcionar uma visão menos estática e mais adequado à realidade brasileira, no que tange a análise financeira. O modelo apresenta uma nova classificação do balanço patrimonial, em que as contas são classificadas conforme o tempo que leva para realizar um giro. Após esse processo de definições dos ciclos, a empresa consegue identificar as três variáveis que o modelo desenvolveu: Necessidade de Capital de Giro (NCG), o Capital de Giro (CDG) e a disponibilidade de recursos, representado pelo saldo de Tesouraria (T). Trata-se de um estudo exploratório-descritivo realizado em 55 empresas, com coleta de dados realizada através da aplicação de um questionário estruturado. A análise foi efetuada por meio das três variáveis do modelo a NCG, o CDG e o T. Os resultados referentes à situação financeira das empresas pela ótica do modelo dinâmico se mostraram favorável, pois as empresas apresentaram uma situação financeira excelente, devido à necessidade de capital ser negativa, o capital de giro positivo e o saldo tesouraria também positivo, demonstrando uma alta liquidez, sendo um dos principais motivos a opção pelo capital gerado internamente.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 104 ◽  
Author(s):  
Vander Ribeiro Almeida ◽  
Ricardo Vinícius Dias Jordão

A pesquisa ora descrita teve como objetivo analisar os efeitos do capital intelectual (CI) sobre a lucratividade das empresas brasileiras. Nesse ensejo, realizou-se um estudo quantitativo, descritivo e aplicado, nas companhias listadas na BM&FBovespa com base em dados secundários, em um recorte multi-setorial, durante o período de 2010 a 2014, mediante a utilização de testes empíricos (estatísticas descritivas e multivariadas), análise gráfica e regressão com dados em painel. O estudo justifica-se pela relevância do tema, dimensionando a influência do conhecimento materializado no CI sobre a lucratividade organizacional, além de inovar pela proposta de mensuração do CI desenvolvida e aplicada. Os resultados corroboram e complementam as teorias de contabilidade, finanças e gestão, comprovando que se pode aferir, através de indicadores financeiros, a contribuição do CI em aspectos do desempenho financeiro das empresas brasileiras. Os resultados revelaram que (i) o CI influência positivamente na lucratividade dessas empresas, medida por diferentes métricas; (ii) as empresas listadas na BM&FBovespa, mais intensivas em CI, apresentam lucratividade superior às demais; (iii) o CI colabora para o aumento da lucratividade, de forma sistemática, ao longo do tempo; e (iv) os setores apresentam índices de CI e lucratividade diferentes entre si.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 194 ◽  
Author(s):  
Flávia Fonte de Souza Maciel ◽  
Bruno Meirelles Salotti ◽  
Joshua Onome Imoniana

As normas contábeis brasileiras, através do Pronunciamento Técnico CPC 03, estabelecem opções de classificação na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) dos fluxos de caixa relacionados a juros, dividendos e juros sobre capital próprio, pagos e recebidos, em linha com a norma internacional IAS 7. Apesar dessa liberdade de escolha, o CPC 03, parágrafo 34A, encoraja fortemente certas classificações de tais fluxos de caixa. Este trabalho busca verificar se a maioria das empresas não financeiras do mercado de capitais brasileiro segue o referido encorajamento, e identificar uma relação entre características (setor e firma de auditoria) das empresas e suas escolhas de classificação na DFC, no período de 2008 a 2014. Com uma amostra de 352 empresas, 2.323 relatórios de auditores e DFCs analisados, e 3.821 dados levantados, os resultados apontaram que: i) a maior parte das empresas brasileiras segue as classificações encorajadas pelo parágrafo 34A do CPC 03, exceto quanto ao item dividendos/JCP recebidos; ii) as empresas dos setores “Máquinas Industriais” e “Têxtil” seguiram uma classificação predominante em todos os itens que possuem flexibilidade de apresentação na DFC; e, iii) há classificações predominantes em todos itens para empresas auditadas pela PwC. Finalmente, quanto ao tema escolhas contábeis, este trabalho contribui ao identificar possíveis influências que direcionam a escolha de classificação na DFC.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 127
Author(s):  
Daniel Magalhães Mucci ◽  
Fabio Frezatti

O objetivo do estudo é explorar a percepção de gestores de diversas áreas de uma organização de grande porte do setor elétrico brasileiro sobre as críticas ao orçamento tradicional. As críticas abrangem quatro grupos: efeitos perversos sobre os comportamentos dos gestores, inadaptação ao ambiente, ritual e foco excessivo no curto prazo. A pesquisa consiste em um estudo de caso que adota o nível de análise do indivíduo e área, e cujo foco são gestores que participam do processo orçamentário, compondo uma população de 180 gestores. Foram realizadas 9 entrevistas e aplicado um questionário eletrônico em que foi obtida uma amostra de 75 respondentes. Para análise de dados, utilizamos a estatística descritiva, o teste de diferença de médias e a análise do discurso. Os resultados indicam para um baixo nível de críticas ao processo orçamentário, o que converge com os resultados de pesquisas empíricas anteriores desenvolvidas no ambiente nacional e internacional. As críticas com maior concordância no questionário foram o foco excessivo no curto prazo e os efeitos perversos sobre os comportamentos das pessoas. Também identificamos que certas críticas estão associadas à área de formação e à área de atuação do gerente. Através das entrevistas pudemos nos aprofundar na discussão das críticas, por meio dos fragmentos dos discursos dos gestores. Dentre as contribuições destaca-se o olhar para as críticas no contexto profissional e abrangendo as percepções de executivos que não são da área financeira dentro de um único ambiente organizacional. Nesse sentido, propomos que as críticas ao orçamento sejam interpretadas em função do interesse e que as insatisfações sejam tratadas a partir de diferentes perspectivas e ações nas diversas áreas da empresa.


2018 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 08
Author(s):  
Flaviano Costa ◽  
Gilberto De Andrade Martins
Keyword(s):  

Esta pesquisa objetivou analisar como se apresentam as estruturas sociais do campo científico contábil brasileiro. Para tanto, utilizou a Teoria de Campos de Pierre Bourdieu para embasar os resultados obtidos. Trata-se de um levantamento operacionalizado por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas entre os anos de 2014 e 2015, com uma amostra de 9 respondentes de diferentes regiões do país e vinculados a diferentes Instituições de Ensino Superior (IES) que passaram por uma socialização acadêmica em nível de doutorado ou pós-doutorado na área contábil. Os dados foram analisados com emprego da técnica de análise de conteúdo. Com relação ao habitus dos agentes pertencentes ao campo científico contábil, constatou-se uma tendência ao produtivismo. Apoiando-se em Bourdieu (2004, 2008, 2009, 2011, 2013) foram encontradas evidências que podem sinalizar que as teorias, conceitos, metodologias, técnicas e demais escolhas realizadas pelos pesquisadores da área contábil, na maioria das vezes, não passam de manobras estratégicas que visam conquistar, reforçar, assegurar ou derrubar o monopólio da autoridade científica, visando a obtenção de maior poder simbólico no campo, ou seja, a produção de conhecimento em contabilidade, similar a outras áreas do conhecimento humano, não é desinteressada, neutra e preocupada com o progresso da área, mas é um caso de produção e distribuição capitalista de mercadorias, que foca, principalmente, a obtenção de prestígio e reconhecimento social por parte dos agentes. Contudo, tais evidências devem ser analisadas com cautela por se tratar de um estudo que não contemplou a totalidade de pesquisadores da área, tendo sido seus dados coletados por acessibilidade.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document