Rearing triatomine bugs in the absence of a live host and some effects of diet on reproduction in Rhodnius prolixus Stål (Hemiptera: Reduviidae)

1978 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 243-250 ◽  
Author(s):  
P. A. Langley ◽  
R. W. Pimley

AbstractRhodnius prolixus Stȧl was successfully reared for three generations on a diet of defibrinated pig blood fed through Parafilm or silicone-rubber membranes. Reproduction in terms of the number and sizes of eggs produced was superior to, while survival from egg to adult was equal to that reported for, insects fed on live hosts. The technique appears equally applicable to the rearing of Panstrongylus megistus (Burm.), Triatoma infestans (Klug) and T. brasiliensis Neiva. The inadequacy of cow blood as a diet for R. prolixus was manifested in a decrease in adult size after two generations and in a reduction of egg weight from 30 to around 16 mg per female per week. This was accompanied by a corresponding reduction in egg hatch from 90 to about 50%.

1976 ◽  
Vol 10 (6) ◽  
pp. 339-353 ◽  
Author(s):  
Mauro Pereira Barreto

Com base em seu comportamento ecológico e seu grau de relacionamento com o homem e os mamíferos domésticos, comensais e sinantrópicos, os triatomíneos são distribuídos em seis grupos: 1) Triatomíneos tipicamente silvestres, isto é, espécies só encontradas em ecótopos naturais e que nunca freqüentam as habitações humanas e suas dependências. Conseqüentemente, nunca entram em contacto com o homem e os mamíferos domésticos, a não ser acidentalmente quando estes penetram nos focos naturais. Entretanto, podem ter papel maior ou menor na manutenção da enzootia tripanossômica silvestre. Exemplos: Psammolestes coreodes, Psammolestes tertius, Cavernicola pilosa, Triatoma dispar, Triatoma delpontei e muitas outras espécies cujos hábitos são pouco conhecidos. 2) Triatomíneos essencialmente silvestres cujos adultos invadem, com maior ou menor freqüência, as habitações humanas e suas dependências, sem, todavia, aqui se colonizar. Além do papel que têm no ciclo silvestre de transmissão do T. cruzi, podem, ao entrar em contacto com o homem e os mamíferos domésticos e domiciliados suscetíveis, transmitir-lhes a infecção, tanto em áreas silvestres quanto em ecótopos artificiais. Exemplos: Panstrongylus geniculatus, Triatoma rubrovaria,Triatoma arthumeivai, Triatoma patagonica, Triatoma eratyrusiforme, Rhodnius domesticus e muitas outras espécies cujos hábitos são poucos conhecidos. 3) Triatomíneos silvestres em fase inicial de adaptação aos ecótopos artificiais, formando pequenas colônias principalmente no peridomicílio e, mais raramente, na própria habitação humana. Além da importância que têm no ciclo silvestre do T. cruzi, podem trazer a infecção para os ecótopos artificiais e, em determinadas instâncias, participar do ciclo domiciliário do parasita. Exemplos: Rhodnius neglectus, Triatoma vitticeps. Triatoma platensis e outras espécies pouco estudadas. 4) Triatomíneos que se criam indiferentemente em ecótopos naturais e artificiais. Embora tenham conseguido adaptar-se com maior ou menor sucesso à habitação humana e suas dependências, são encontradas também em diferentes ecótopos naturais. Além de participar do ciclo silvestre do T. cruzi têm importância no transporte do parasita para os ecótopos artificiais e na infestação inicial ou na reinfestação destes ecótopos livres de insetos pelo expurgo, constituindo também elos na cadeia de transmissão domiciUária da infecção. Exemplos: Panstrongylus megistus, Rhodnius prolixus, Rhodnius pallenscens, Triatoma sórdida, Triatoma brasiliensis, Triatoma maculata, Triatoma pseudomaculata, Triatoma quasayana etc. 5) Triatomíneos bem adotados aos ecótopos artificiais, mas, às vezes, ainda encontrados em focos residuais naturais. São os insetos mais importantes no ciclo domiciiiário do T.cruzi, mas podem, pelo menos em certas áreas, participar do ciclo silvestre da infecção. Exemplo: Triatoma infestans. 6) Triatomíneos estritamente domiciliados. Apesar disto, parecem ter menor importância no ciclo domiciiiário, especialmente na transmissão do T. cruzi ao homem, porque convivem mais com ratos comensais, embora também entrem em contacto com o homem. Exemplo: Triatoma rubrofasciata.


1981 ◽  
Vol 14 (1) ◽  
pp. 13-27 ◽  
Author(s):  
Mário B. Aragão

Foram reunidos resultados de testes de precipitina feitos com o conteúdo do tubo digestivo de triatomineos. €ssas informações foram discutidas com base nas proporções de sangue de mamíferos e de ave, encontradas e em diversas observações relativas às espécies de vertebrados a que os triatomíneos estão associados na natureza. O estudo englobou as seguintes espécies: Belminus peruvianus, Panstrongylus geniculatus, Panstrongilus herreri, Panstrongylus megistus, Psammolestes tertius, Rhodnius neglectus, Rhodnius prolixus,Triatoma arthurneivai, Triatoma dimidiata,Triatoma infestans, Triatoma protracta, Triatoma rubrovaria e Triatoma sórdida. As seguintes conclusões puderam ser obtidas: 1 - As espécies que, nos biótopos artificiais, se alimentam principalmente de sangue humano, na natureza, são as mais ecléticas. Sugam mamífero, ave e animais de sangue-frio, mas apresentam marcada preferência por sangue de mamífero. 2 - As espécies que, nos biótopos artificiais, são encontradas com maior freqüência associadas a aves, na natureza ou preferem sangue de ave ou não tem predileção nítida por ave ou mamífero. 3 - As espécies associadas a animais de sangue frio ou restritas a um único grupo de mamíferos, podem colonizar nos domicílios desde que eles sejam previamente colonizados pelo hospedeiro. 4 - Não foram encontrados indícios de que alguma espécie esteja se adaptando aos domicílios. Todos os triatomineos ditos domiciliários já possuíam, na natureza, atributos que permitiam a vida em novos biótopos, habitados ou pelo homem ou por animais domésticos.


1991 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 209-216 ◽  
Author(s):  
Juracy B. Magalhães ◽  
Sonia G. Andrade

Foi estudada a influência da passagem em diferentes espécies de triatomíneos de cepas do T. cruzi biologicamente distintas, mantidas em camundongos. Cepas: Peruana (Tipo I), 12 SF (Tipo II), Colombiana (Tipo 111). Triatomíneos: Rhodnius prolixus, Panstrongylus megistus e Triatoma infestans. Ninfas do 4o estágio foram alimentadas em camundongos infectados com as respectivas cepas e obtidos os inóculos (icft formas metacíclinas) para infecção de camundongos de 8 a 10 g. Grupos experimentais para cada cepa: I - Controles inoculados com formas sanguícolas; 11,111 e TV - inoculados com metacíclicos de P. megistus, T. infestans ou R. prolixus, respectivamente. Os perfis de parasitemia foram mantidos para cada cepa, com piques mais elevados nas infecções com metacíclicos do P. megistus e do R. prolixus, para a cepa Peruana, do P. megistus para a 12 SF e do R. prolixus, para a Colombiana. O histotropismo e o padrão de lesões foram mantidos para os três tipos de cepas. O grau de virulência da cepa Peruana foi idêntico em todos os grupos e variou para as cepas 12 SF e Colombiana de acordo com a espécie de triatomíneo usada, com predominância deformas delgadas, nos inoculados com formas metacíclicos o que foi interpretado como uma fase adaptativa das formas metacíclicos ao hospedeiro vertebrado.


1940 ◽  
Vol 35 (2) ◽  
pp. 399-409 ◽  
Author(s):  
Emmanuel Dias

Fica assinalada a infecção natural dos Phyllostomideos Lonchoglossa ecaudata e Carollia perspicillata no Estado de Minas Gerais e na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, por um Schizotrypanum. 2) em ambos os morcegos as formas de tripanosoma apresentam morfologia idêntica, caracterisada principalmente por suas pequenas dimensões (15µ) e pelo núcleo localisado muito próximo ao extremo anterior do corpo. 3) Tais características morfológicas são muito visinhas, sinão idênticas, ás do Schizotrypanum vespertilionis (Battaglia), e distinguem o parasito em estudo do Schizotrypanum cruzi humano, de um Schizotrypanum do morcego Carollia perspicillata da Venezuela (= T. phyllostomae Cartaya?) e do Schizotrypanum do morcego Phyllostomus hastatus do Brasil. 4) Em córtes de coração de Lonchoglossa ecaudata foram encontrados parasitos com a morfologia de leishmania. 5) Xenodiagnosticos realisados com Panstrongylus megistus, Triatoma infestans e Rhodnius prolixus, em morcegos com tripanosomas no sangue ao exame a fresco, resultaram negativos. 6) Em amplas as espécies de morcegos, no Rio de Janeiro, foi encontrado tambem um grande tripanosoma do grupo megadermae, parecido com o Trypanosoma heybergi Rodhain do morcego africano Nycteris hispidus. Em C. perspicillata da mesma cidade foi verificada tambem a infecção pela Bartonella rocha-limai Faria & Pinto, e tambem a presença de microfilarias no sangue. No rim de C. perspicillata de B. Constant encontramos fórmas esquisogonicas de um protozoário.


1988 ◽  
Vol 22 (5) ◽  
pp. 390-400 ◽  
Author(s):  
Alina Perlowagora-Szumlewicz ◽  
Carlos Alberto Muller ◽  
Carlos José de Carvalho Moreira

The reaction of nine vector species of Chagas' disease to infection by seven different Trypanosoma cruzi strains; Berenice, Y, FL, CL, S. Felipe, Colombiana and Gávea, are examined and compared. On the basis of the insects' ability to establish and maintain the infection, vector species could be divided into two distinct groups which differ in their reaction to an acute infection by T. cruzi. While the proportion of positive bugs was found to be low in Triatoma infestans and Triatoma dimidiata it was high, ranging from 96.9% to 100% in the group of wild (Rhodnius neglectus, Triatoma rubrovaria)and essentially sylvatic vectors in process of adaptation to human dwellings, maintained under control following successful insecticidal elimination of Triatoma infestans (Panstrongylus megistus, Triatoma sordida and Triatoma pseudomaculata). An intermediate position is held by Triatoma brasiliensis and Rhodnius prolixus. This latter has been found to interchange between domestic and sylvatic environments. The most important finding is the strikingly good reaction between each species of the sylvatic bugs and practically all T. cruzi strains herein studied, thus indicating that the factors responsible for the excellent reaction of P.megistus to infection by Y strain, as previously reported also come into operation in the reaction of the same vector species to acute infections by five of the remaining T.cruzi strains. Comparison or data reported by other investigators with those herein described form the basis of the discussion of Dipetalogaster maximus as regards its superiority as a xenodiagnostic agent.


1943 ◽  
Vol 39 (3) ◽  
pp. 301-329 ◽  
Author(s):  
Emmanuel Dias ◽  
C. A. Campos Seabra

Os autores, após historiar a desccberta do Trypanosoma conorrhini (DONOVAN, 1909) (sinonimia Crithidia conorrhini DONOVAN, 1909, Trypanosoma boy lei LAFONT, 1912) no inseto transmissor e no hospedeiro vertebrado, o Rattus rattus diardi, fazem um estudo sumário do seu vector intermediário, o barbeiro cosmopolita Triatoma rubrofasciata (DE GEER, 1773) . Em seguida, referem a captura, no centro da cidade do Rio de Janeiro, Brasil, de um exemplar adulto dêste barbeiro parasitado por flagelados que foram identificados ao Trypanosoma conorrhini, fato êste pela primeira vez verificado no Novo Mundo. Certas formas evolutivas dêste parasito no inseto são muito semelhantes às do Schizotrypanum cruzi, mas os tripanosomas metacíclicos apresentam alguns caractéres morfológicos que permitem seu reconhecimento: os mais notáveis são o pequeno tamanho e a colocação do núcleo muito para trás, bem junto ao blefaroplasto. São dadas as medidas de 100 tripanosomas metaciclicos do T. conorrhini e de Schizotrypanum, cujo comprimento total médio foi, respectivamente, 13.88 u e 19.85 u. Nas seguintes espécies de barbeiro foi facilmente obtida a evolução do Trypanosoma conorrhini: Triatoma infestans, Triatoma vitticeps, Rhodnius prolixus e Panstrongylus megistus. Por inoculação de triatomas infectados foi obtida a transmissão do T. conorrhini ao camondongo branco, ao rato e ao macaco rhesus. As infecções foram muito fracas, custando-se a ver o tripanosoma no sangue, a fresco. Em gotas espêssas êle é encontrado com mais facilidade, mas o método de escôlha para verificação da sua presença no sangue dos animais é o xenodiagnóstico. Nesta prova o Triatoma infestans foi empregado com os resultados mais favoráveis. Por êste processo foi observada a infecção inaparente de um camondongo até 53 dias depois da inoculação. A forma sanguícola do T. conorrhini é um tripanosoma ttpico, de grande dimensões (40-60u), de extremidade posterior muito alongada e pontuda, membrana ondulante ampla e com largas pregas, blefaroplasto subcentral; em muitos indivíduos é notável uma estrutura particular, junto e à frente do blefaroplasto. Poucas horas depois de inoculados com as dejeções, os flagelados passam para a circulação, transformando-se em 3-4 dias nos grandes tripanosomas que acabam de ser descritos. O número de parasitos depende do número de flagelados inoculados. Não se conhece o processo de multiplicação do T. conorrhini no vertebrado, nunca tendo sido observados tripanosomas em via de divisão no sangue nem formas proliferativas nos tecidos. As sub-inoculações (de animal a animal) em geral não passam da primeira (MORISHITA, 1935). Tentativas até agora realizadas por outros pesquisadores no sentido de cultivar o T. conorrhini a partir do sangue de animais infectados, têm sido negativas. Por enquanto as pesquisas tendentes a determinar o hospedeiro vertebrado do parasito no Rio de Janeiro limitam-se a aplicação do xenodiagnós-tico em cinco ratos do Morro de Santo Antônio, cujo resultado...


1979 ◽  
Vol 69 (3) ◽  
pp. 363-379 ◽  
Author(s):  
C. J. Schofield

AbstractFive aspects of the behaviour of the Triatominae are reviewed: hostfinding, defence from predators, habitat selection, activity patterns and substrate preferences, and mating and oviposition behaviour. It is emphasised that knowledge of behaviour is largely restricted to the three species Triatoma infestans (Klug), Rhodnius prolixus Stål and Panstrongylus megistus (Burm.) and that the behaviour of other species, particularly those with predominantly sylvatic habits, may be quite different in some respects.


1977 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 15-17
Author(s):  
Joaquim Eduardo de Alencar ◽  
Otávio Ferreira Bezerra

Foram isoladas duas cepas de Trypanosoma cruzi de marsupiais de área não endêmica e três cepas de área endêmica: uma de homem, uma de marsupial e uma de cão. Foram utilizados para uma prova de suscetibilidade frente a estas cepas 20 ninfas de 5º estádio das seguintes espécies de triatomíneos e testada previamente a capacidade de sugar camundongos brancos em gramas de sangue: Triatoma brasiliensis sugou uma média de 0,09 g, Triatoma infestans sugou 0,13 g, Panstrongylus megistus sugou 0,13 g e Rhodnius prolixus sugou 0,09 g. O T. infestans infectou-se com as taxas mais elevadas com todas as cepas; o T. brasiliensis foi a espécie que menos infectou-se, sendo seguida de perto pelo R. prolixus o P. megistus foi testado somente com as cepas de área não endêmica, apresentando taxas de infecção intermediárias entre o T. infestans e o T. brasiliensis. As cepas que mais infectam são as de marsupiais e a que menos infecta é a proveniente de cão.


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