UMA ANÁLISE HISTÓRICO-CRÍTICA DA UNIDADE AFETIVO-COGNITIVA DA ARTE NA EDUCAÇÃO ESCOLAR
Este artigo versa sobre a unidade afetivo-cognitiva presente na arte como componente curricular da educação escolar. A heterogeneidade da vida cotidiana na sociedade capitalista acentua uma concepção dicotômica entre razão e emoção, atribuindo, no senso comum, os elementos racionais como pertencentes apenas à ciência e os elementos afetivos apenas à arte. Em oposição a tais perspectivas, entendemos a arte e a ciência como esferas superiores de objetivação que refletem, cada uma ao seu modo, a realidade objetiva e proporcionam uma síntese entre razão e emoção fundamental para o processo de formação dos indivíduos. Assim, nos baseamos nos escritos estéticos de György Lukács e na pedagogia histórico-crítica, em uma pesquisa de natureza teórico-bibliográfica, observando a origem e o desenvolvimento dos reflexos artístico e científico a partir de uma análise dialética entre razão e emoção, tomando a música como uma modalidade artística que evidencia essa dialeticidade entre os aspectos racionais e emocionais. Por fim, defendemos uma formação omnilateral da individualidade, racional e afetivamente orientada para superação dos limites da vida cotidiana no capitalismo, acentuando a importância da transmissão dos conteúdos artísticos na educação escolar.