scholarly journals Microbiota oral e retal de calitriquídeos (Callithrix sp.) em área antropizada de Mata Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil

2020 ◽  
Vol 72 (4) ◽  
pp. 1113-1121
Author(s):  
D.D.A. Albuquerque ◽  
F.B. Figueiredo ◽  
M.L. Brandão ◽  
M.C. Furtado ◽  
J.L.P. Cordeiro ◽  
...  

RESUMO A proximidade dos primatas não humanos (PNH) com o ser humano pode ser considerada um fator de risco para transmissão de bactérias entre essas duas populações. Neste estudo, foi investigada a microbiota anfibiôntica aeróbica oral e retal de calitriquídeos em um fragmento de Mata Atlântica localizado no Rio de Janeiro, Brasil, e foram realizados testes fenotípicos para detecção de bactérias multirresistentes nos isolados encontrados. Foram capturados 14 calitriquídeos e coletadas 21 amostras (14 de cavidade oral e sete de cavidade retal) em dois pontos da mata próximos às habitações humanas. As espécies mais frequentes, na cavidade oral, foram Klebsiella oxytoca (50,0%), K. pneumoniae (28,6%), Kluyvera ascorbata (21,4%) e Stenotrophomonas maltophilia (21,4%) e, na cavidade retal, K. pneumoniae (85,7%), Escherichia coli (28,6%) e Enterobacter spp. (42,9%). Todos os 48 isolados da família Enterobacteriaceae foram negativos para ESBL (betalactamase de espectro ampliado), mostrando-se não produtores da enzima nos dois métodos utilizados: disco-aproximação e método de detecção automatizado. Na pesquisa de ERC (enterobactérias resistentes a carbapenêmicos), esses mesmos isolados não apresentaram resistência aos antibióticos imipenem, meropenem e ertapenem. Todas as bactérias isoladas apresentam um potencial zoonótico, o que representa um risco à saúde pública e à conservação das espécies.

2002 ◽  
Vol 26 (6) ◽  
pp. 727-742 ◽  
Author(s):  
Rosângela Alves Tristão Borém ◽  
Ary Teixeira de Oliveira-Filho

Este estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Atlântica pertencente à fazenda Biovert, no município de Silva Jardim, Rio de Janeiro. Teve como objetivos a caracterização da vegetação e a análise da estrutura da comunidade arbórea que ocorre ao longo de uma toposseqüência de um trecho de Floresta Atlântica bastante alterado antropicamente, de forma a estabelecer critérios adequados para seu manejo e sua recuperação. Para o estudo foi empregado o método de amostragem por parcelas de área fixa, distribuídas de forma sistemática, na toposseqüência. Os dados foram coletados de parcelas amostrais de 600 m², alocadas nos terços inferior, médio e superior de uma toposseqüência. Foram registrados, por espécie, os nomes vulgares e científicos e a circunferência do tronco a 1,30 m (CAP). No levantamento da composição florística foram constatadas 43 famílias, 95 gêneros e 129 espécies, obtendo-se um índice de diversidade de Shannon (H') de 4,137 nats/indivíduo. As espécies mais importantes (VI) foram Euterpe edulis, Cecropia glaziovii, Astrocaryum aculeatissimum e Piptadenia gonoacantha.


1989 ◽  
Vol 84 (suppl 4) ◽  
pp. 243-254 ◽  
Author(s):  
Anthony Érico Guimarães ◽  
Monique de Albuquerque Motta ◽  
Monique Arlé ◽  
Roberto Martins Machado ◽  
Luciene Dias Goncalves

Rodriguésia ◽  
2008 ◽  
Vol 59 (1) ◽  
pp. 259-263 ◽  
Author(s):  
Eliane de Lima Jacques

RESUMO Uma nova espécie de Begonia, endêmica da mata atlântica do Brasil, é descrita e ilustrada. Begonia lunaris é conhecida somente da sua localidade típica, Estação Ecológica Estadual do Paraíso, localizada nos municípios de Guapimirim e Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, Brasil (22º2'-22º32'S e 42º50'-42º56'W), crescendo próxima às margens dos rios. Destaca-se prontamente das demais espécies brasileiras do gênero por apresentar alas da cápsula inflexas, flores alaranjadas a vermelho-alaranjadas e folhas semi-lunares. Caracteres diagnósticos, descrição, ilustração detalhada e comentários taxonômicos são fornecidos e suas afinidades são discutidas.


1995 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 271-279 ◽  
Author(s):  
Dória Maria Saiter Gomes ◽  
Raul Dodsworth Machado

São apresentados dados relativos a micromorfologia da superfície foliar de duas espécies de Gomidesia (Myrtaceae). O estudo foi realizado em indivíduos que Ocorrem na Floresta da Tijuca (Mata Atlântica), Rio de Janeiro. Atenção especial é dada ao tipo de cera epicuticular, relevo, estômatos e tri comas. Características peculiares são observadas nos tricô mas de G. spectabilis.


GEOgraphia ◽  
2014 ◽  
Vol 16 (31) ◽  
pp. 101
Author(s):  
Elizabeth Rocha De Souza ◽  
Raul Sanchez Vicens ◽  
Carla Bernadete Cruz

O conhecimento sobre o uso do solo e o estado atual da cobertura vegetal representam importantes etapas para a compreensão da dinâmica espacial em áreas com crescente supressão da vegetação e pressão antrópica. Essa característica é muito comum no Brasil, tendo em vista a diversidade biofísica em toda a sua extensão continental. Nesse sentido, o interesse sobre padrões e processos que acarretam mudanças ambientais vem recebendo grande apoio das tradicionais geotecnologias para fins de monitoramento, manejo e planejamento ambiental. Seguindo essa tendência, o presente estudo utiliza produtos oriundos de geotecnologia hiperespectral para identificar novas metodologias de análise da paisagem, nas áreas com remanescentes de vegetação de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro.


2019 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Thais Gulias Oliveira

Os primeiros relatos sobre o Município de Silva Jardim datam de meados do século XVIII, onde recebia o nome de Capivari, porém há grandes controvérsias sobre sua origem. Crescendo meio ao bioma de Mata Atlântica. Localizado na região das Baixada Litorânea do Rio de Janeiro, microrregião da bacia do Rio São João. O presente artigo visa analisar a história de ocupação e crescimento através da exploração de recursos naturais dos períodos econômicos de exploração madeireira e agrícola do bioma de Mata Atlântica na passagem do século XVIII para o século XIX em Silva Jardim. E pontuar que esses impactos se refletem até hoje na paisagem fragmentada que recebe tentativas de recuperação.


Heringeriana ◽  
2019 ◽  
Vol 13 (1) ◽  
pp. 01-09
Author(s):  
Andressa Bezerra ◽  
Mariana De Carvalho ◽  
Nathalie Citeli ◽  
Sergio Carvalho-e-Silva ◽  
Fábio Hepp

Previsões para um futuro próximo indicam aumento no número de espécies ameaçadas e alto risco de extinção, principalmente para espécies endêmicas de regiões impactadas, como os anfíbios do gênero Euparkerella. Recentemente, populações de Euparkerella encontradas em fragmentos florestais pouco amostrados têm apresentado evidências de que podem representar novas espécies. Nesse cenário, o objetivo desse estudo foi identificar remanescentes florestais climaticamente apropriados para a ocorrência do grupo através de modelos de distribuição potencial, apontando regiões não exploradas visando localizar populações que podem representar espécies desconhecidas. Os modelos foram gerados com o algoritmo Maxent e apontaram adequabilidade para a região sul, centro e norte do estado Rio de Janeiro, e centro e sul do estado do Espírito Santo, regiões amplamente atingidas por ações antrópicas. Os resultados indicam que o gênero Euparkerella tem sua distribuição real subestimada, e que espécies ainda não descritas podem já estar sob ameaça.


2021 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
Author(s):  
Mariane Almeida Rodrigues Costa ◽  
Arnaldo Maldonado Júnior ◽  
Márcio Neves Bóia ◽  
Camila Dos Santos Lucio ◽  
Raquel De Oliveira Simões

Hassalstrongylus luquei n. sp. es descrito en el intestino delgado de Euryoryzomys russatus (Rodentia: Sigmodontinae) colectado en la Mata Atlantica (Estado de Río de Janeiro, Angra dos Reis, Brasil). El género Hassalstrongylus Durette-Desset de 1971 incluye 16 especies neotropicales. Las características más importantes de la nueva especie son: la bursa caudal subsimétrica con un tipo 2-2-1, rayos 8 ramificados en la mitad de la longitud del tronco dorsal, el tronco lateral derecho es mayor que el izquierdo y las espículas son las más grandes del género. Sólo tres especies de Hassalstrongylus tienen los rayos 8 no emergentes en la base del tronco, éstas son: H. mazzai, H. aduncus y H. echalieri. Sin embargo, la presente especie se distingue de H. mazzai por presentar los radios dorsales divididos en la cuarta parte del tronco, H. bocqueti por tener los rayos 5 bifurcados en tercera parte del tronco y H. echalieri por tener un patrón de 2-2-1.


Author(s):  
Marcos Cabrerisso Hilario ◽  
Marcelo Teixeira César de Oliveira

O Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) foi criado pelo Decreto nº 10.251, de 30/08/77, ampliado pelos decretos nº 13.313, de 06/03/79 e nº 19.448, de 30/08/82 e tombado pelo CONDEPHAAT pela resolução de nº 40 de 06/06/1985. Possui uma área de 315.390,69 ha com terras em diversos municípios do estado de São Paulo e com diversos Núcleos Administrativos (Caraguatatuba, Cunha, Curucutu, Itutinga-Pilões, Itarirú, Picinguaba, Santa Virgínia e São Sebastião). Integra o grande corredor de biodiversidade de Mata Atlântica, sendo constituído também por biomas como os manguezais. O presente estudo foi realizado no Núcleo Picinguaba, no município de Ubatuba e com uma área 47.500,00 ha, próximo a divisa com o estado do Rio de Janeiro sendo o único núcleo ao nível do mar. Tem sobreposição de parte de sua área com o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Dentro do parque encontram-se cinco vilas de caiçaras que mantém a tradição da cultura praticando a pesca artesanal e cultivo de subsistência. O objetivo deste trabalho foi o de realizar a avaliação preliminar da infra-estrutura de uso público e de pessoal, verificando suas condições, adequação e atividades. O trabalho foi iniciado com pesquisa bibliográfica, webgráfica e complementada com o levantamento de campo através de observação, anotações, fotografias, relatos dos administradores e de monitores executado durante o primeiro semestre de 2009. Possui hospedagem para receber grupos compostos por 30 a 40 pessoas com pré-agendamento com marcação bastante concorrida. Possui centro de visitantes com sala para 120 lugares equipado com telão, data show, mapa de todo o PESM, sanitários, bebedouros, sala de exposições com painéis explicativos dos biomas existentes no núcleo, animais empalhados, conchas, rochas e outros materiais, biblioteca, mapoteca e videoteca abertas aos visitantes. A Praia da Fazenda, próxima a sede do núcleo é a única aberta à visitação livre. São dez as trilhas abertas ao público e são feitas em grupos de no máximo 20 visitantes orientados por monitores moradores da região com capacitação oferecida pela Secretaria do Meio Ambiente. Os percursos são todos sinalizados indicando locais de paradas para observação de espécies de flora, fauna e particularidades de cada ambiente, além dos avisos de proibição de acessos. Os monitores foram acompanhados em três trilhas e demonstraram conhecimento da região fornecendo informações das características naturais dos biomas, a fauna e a flora durante o trajeto. A área estudada apresenta infra-estrutura boa para visitação e hospedagem, bem como fornece informações adequadas sobre o local no centro de visitantes, completadas com as palestras e acompanhamento nas trilhas, no entanto, falta material informativo que possa ser entregue aos visitantes com fins de difusão do conhecimento apresentado sobre a área conservada e que poderia servir para aprofundá-lo e colaborar na multiplicação do mesmo para completar o trabalho de interpretação ambiental.


2005 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 419-423 ◽  
Author(s):  
Alline Storni ◽  
Maria A. S. Alves ◽  
Michel P. Valim

O parasitismo é um importante mecanismo que afeta populações e comunidades. O objetivo deste estudo foi investigar a fauna de ectoparasitos que habita o corpo do sabiá-de-coleira, Turdus albicollis Vieillot, 1818 e avaliar se a massa corporal do hospedeiro é afetada por estes parasitos. Os indivíduos de T. albicollis foram mensalmente capturados na Ilha Grande, Rio de Janeiro, no período de julho de 1999 a junho de 2000, em uma área de Floresta Atlântica. As aves foram individualmente marcadas, pesadas e examinadas para registrar e quantificar a presença de ectoparasitos. A abundância e a localização dos parasitos no corpo do hospedeiro foram registradas. Em 54 indivíduos de T. albicollis amostrados, foram encontrados duas espécies de ectoparasitos. A prevalência de ácaros de penas, Pterodectes turdinus Berla, 1959, foi de 72,2% enquanto que a de carrapatos, Amblyomma longirostre Koch, 1844, foi de 27,8%. A abundância mensal de P. turdinus foi significativamente relacionada com os meses do ano, sendo maior nos meses com menor freqüência de chuva. Não houve relação estatisticamente significativa entre a massa corporal do hospedeiro (g) e a abundância total de ácaros de penas e carrapatos.


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