scholarly journals Carcaça e componentes não carcaça de cordeiros terminados em confinamento com caroço de algodão na dieta

2018 ◽  
Vol 70 (6) ◽  
pp. 1935-1942 ◽  
Author(s):  
V.M. Pilecco ◽  
S. Carvalho ◽  
L.G. Pellegrini ◽  
R.O. Mello ◽  
P.S. Pacheco ◽  
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RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar as características de carcaça e dos componentes não carcaça de cordeiros terminados em confinamento, com diferentes proporções de caroço de algodão na dieta. Foram utilizados 45 cordeiros, machos, não castrados, da raça Ile de France. Os tratamentos foram constituídos por níveis de inclusão de caroço de algodão na matéria seca (MS) da dieta total (0%; 10%; 20%; 30% ou 40%), sendo a dieta composta por silagem de milho (Zea mays L.), grão de milho triturado (Zea mays L.), farelo de soja (Glycine max L.), caroço de algodão (Gossypium hirsutum L.), calcário calcítico e sal mineral, em proporção de volumoso:concentrado de 40:60. Os animais foram abatidos com peso de abate preestabelecido. O peso de carcaça quente e o peso de carcaça fria, bem como o índice de quebra ao resfriamento, o índice de compacidade, a conformação e o estado de engorduramento da carcaça, não foram influenciados (P>0,05) pelo nível de inclusão de caroço de algodão na dieta. As características de rendimento de carcaça quente e rendimento de carcaça fria diminuíram linearmente (P≤0,05) à medida que se incluiu caroço de algodão na dieta. Com relação à medida de espessura de gordura de cobertura, pode-se observar que houve comportamento quadrático crescente e, em relação à variável área de olho de lombo, o comportamento observado foi o linear decrescente. Quanto às proporções dos cortes comerciais da carcaça, o peso de perna diminuiu linearmente (P≤0,05) enquanto a porcentagem de perna foi influenciada de forma quadrática (P≤0,05) pela inclusão de caroço de algodão nas dietas. O trato gastrointestinal cheio e o conteúdo do trato gastrointestinal aumentam linearmente (P≤0,05) com o incremento do nível de inclusão de caroço de algodão na dieta. Algumas das características de carcaça e dos componentes não carcaça tiveram influência negativa da elevação do teor de fibra e de lipídios da dieta à medida que se incluiu caroço de algodão na dieta total.

1998 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 311-317 ◽  
Author(s):  
I. F. Silva ◽  
J. Mielniczuk

Em um Latossolo Roxo de Santo Ângelo (RS), e em um Podzólico Vermelho-Escuro de Eldorado do Sul (RS), ambos com textura argilosa, submetidos o primeiro à exploração com cultivo convencional de trigo (Triticum aestivum L.) e soja (Glycine max L.) e sob setária (Setaria anceps L.), e o segundo à exploração com capim-pangola (Digitaria decumbens L.), siratro (Macroptilium atropurpureum L.), plantio direto com aveia (Avena bizantina L.)/milho (Zea mays L.) e área sem vegetação, foi realizado o presente trabalho durante a safra de verão (1990/1991), com o objetivo de avaliar a estabilidade e a agregação do solo sob diferentes sistemas de cultivo. Constatou-se, nessa avaliação, que as gramíneas perenes por meio do seu sistema radicular tiveram grande efeito na agregação e estabilidade dos agregados do solo e que os teores de carbono orgânico, de ferro e alumínio-oxalato, argila e grau de dispersão tiveram também efeitos na agregação do solo, porém insuficientes para explicar as variações entre o diâmetro médio ponderado dos agregados sob os diferentes sistemas de cultivo.


1998 ◽  
Vol 28 (2) ◽  
pp. 199-204
Author(s):  
Deny Alves Alvarenga ◽  
Pedro Milanez de Rezende ◽  
Messias José Bastos de Andrade ◽  
Luiz Antônio de Bastos Andrade

O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o comportamento da soja [ Glycine max (L.) Merrill ] cultivar Doko e do milho (Zea mays L.) cultivar BR 201 quando consorciados em diferentes sistemas de semeadura. O experimento foi conduzido no ano agrícola 1992/1993. em área experimental da Universidade Federal de Lavras, em Latossolo roxo distrófico, textura argilosa. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, com três repetições em esquema fatorial (3x3+4) constituído por três sistemas de consórcio (soja na linha do milho; soja na entrelinha do milho e soja em ambas linha e entrelinha) e três formas de semeadura do milho uma planta a cada 25cm, duas plantas e cada 50cm e quatro plantas a cada 100cm e mais 4 tratamentos adicionais representados pelos monocultivos das três formas de semeadura do milho e a da soja. A cultura do milho não foi influenciada pelos sistemas de semeadura empregados e nem pela presença da cultura da soja em consórcio. A soja consorciada em relação ao monocultivo apresentou maior acamamento e menor rendimento de grãos. Entre os sistemas de consórcio, a semeadura simultânea de soja nas linhas e entrelinhas do milho foi o que proporcionou o maior rendimento de grãos. A eficiência dos sistemas consorciadas sobre o monocultivo foi evidenciado com valor médio da razão de área equivalente (RAE) de 1,40.


2001 ◽  
Vol 36 (2) ◽  
pp. 235-241 ◽  
Author(s):  
Francisco Jorge Cividanes ◽  
José Carlos Barbosa

Procurou-se avaliar os efeitos do plantio direto e da consorciação soja (Glycine max (L.) Merrill) e milho (Zea mays L.) sobre pragas e inimigos naturais. Os tratamentos constituíram um fatorial 3 x 2 (monocultura de soja, monocultura de milho, consorciação soja-milho x plantio direto, plantio convencional), em blocos casualizados. Os insetos foram amostrados pelo método do pano, rede entomológica, procura visual e armadilha de sucção. Entre os insetos-pragas do milho, Maecolaspis assimilis ocorreu em maior número no sistema de plantio convencional; o mesmo ocorreu com os predadores Cycloneda sanguinea e Doru sp. Por outro lado, M. assimilis e o predador Toxomerus sp. foram mais numerosos na monocultura de milho em relação à cultura do milho consorciado com soja. Dos insetos-pragas da soja, destacaram-se pelo maior número Anticarsia gemmatalis e Diabrotica gracilenta, no sistema de plantio convencional, e o mesmo aconteceu com a espécie da família Trichogrammatidae, enquanto as espécies da família Eulophidae foram mais numerosas na soja sob sistema de plantio direto. Na soja consorciada com milho foi maior o número de insetos-pragas Megalotomus sp. e Maecolaspis sp. e dos inimigos naturais Geocoris sp., Lebia concina, Orius sp., Braconidae e Scelionidae.


2008 ◽  
Vol 32 (3) ◽  
pp. 717-724 ◽  
Author(s):  
Adriana Carla Ribeiro Lopes Pereira ◽  
José Vargas de Oliveira ◽  
Manoel Guedes Corrêa Gondim Junior ◽  
Cláudio Augusto Gomes da Câmara

O caruncho, Callosobruchus maculatus (Fabr.), é considerado a praga mais importante do caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp., armazenado em regiões tropicais e subtropicais. Visando minimizar os efeitos indesejáveis dos inseticidas químicos sintéticos, o controle dessa praga com óleos de origem vegetal vem se constituindo numa alternativa promissora, de baixo custo e segura para os aplicadores e consumidores. Foram testados os óleos essenciais [(Cymbopogon martini (Roxb.) J.F. Watson], Piper aduncum L., Piper hispidinervum C.DC., Melaleuca sp., Lippia gracillis Shauer) e fixos (Helianthus annuus L, Sesamum indicum L, Gossypium hirsutum L., Glycine max (L.) Merr. e Caryocar brasiliense Camb.), em grãos de caupi, cv. Sempre Verde. Os óleos foram utilizados nas concentrações 10, 20, 30, 40 e 50mL/20g, correspondendo a 0,5, 1,0, 1,5, 2,0 e 2,5 L/t e impregnados aos grãos no interior de recipientes de plástico, com auxílio de pipetador automático e agitados manualmente durante dois minutos. Parcelas de 20g de caupi foram infestadas com oito fêmeas de C. maculatus, com 0 a 48 h de idade. Cada óleo foi testado, separadamente, em delineamento inteiramente casualisado com seis repetições. Os óleos essenciais de C. martini, P. aduncum e L. gracillis causaram 100% de mortalidade em todas as concentrações, P. hispidinervum a partir de 1,5 L/t e Melaleuca sp. nas concentrações de 2,0 e 2,5 L/t. A redução do número de ovos viáveis e de insetos emergidos foi de 100% para todos os óleos essenciais, exceto Melaleuca sp. Por outro lado, os óleos fixos, apesar de apresentarem baixa mortalidade em todas as concentrações testadas, reduziram em praticamente 100% o número de ovos viáveis e de insetos emergidos.


2007 ◽  
Vol 31 (5) ◽  
pp. 1131-1140 ◽  
Author(s):  
Mastrângello Enívar Lanzanova ◽  
Rodrigo da Silveira Nicoloso ◽  
Thomé Lovato ◽  
Flávio Luiz Foletto Eltz ◽  
Telmo Jorge Carneiro Amado ◽  
...  

A compactação do solo é um dos principais fatores responsáveis pela queda da produtividade das culturas agrícolas. Por isso, o impacto causado pelo pisoteio bovino sobre o solo e os conseqüentes reflexos nos atributos físicos densidade do solo, porosidade do solo, resistência mecânica à penetração e infiltração de água no solo, em área manejada sob sistema integração lavoura-pecuária, foram investigados em experimento de campo, no município de Jari, na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram avaliados três sistemas de manejo da pastagem de inverno (aveia-preta, Avena strigosa Schreber + azevém, Lolium multiflorum Lam.), caracterizados pela freqüência de pastejo: (1) Sem Pastejo (SP), (2) Pastejo a cada 28 dias (P28) e (3) Pastejo a cada 14 dias (P14). Além disso, foi avaliada a influência da cultura de verão, soja [Glycine max (L.) Merr.] ou milho (Zea mays L.), em rotação com as pastagens de inverno, em amenizar ou agravar a ação compactadora do pisoteio bovino. A compactação do solo, avaliada pela sua densidade, concentrou-se na camada de 0-0,05 m de profundidade, porém houve redução de sua macroporosidade até a camada de 0,10-0,15 m, no sistema com a maior freqüência de pastejo (P14). A resistência mecânica do solo à penetração atingiu valores de 2,61 e 2,49 MPa nos tratamentos P14 e P28, respectivamente, nas profundidades de 0,05 e 0,08 m, enquanto as áreas que não foram pastejadas mantiveram valores inferiores a 1,66 MPa. A taxa de infiltração de água no solo foi alterada significativamente pelo pisoteio bovino e pela cultura de verão antecedente. Com a cultura de milho, o solo mostrou-se menos sensível ao pisoteio bovino, ao passo que com a cultura de soja na maior freqüência de pastejo (P14) a taxa de infiltração de água no solo foi reduzida. A cultura de soja proporcionou os maiores valores de macroporosidade nas camadas avaliadas e, quando conjugada à menor freqüência de pastejo (P28) ou à ausência de pastejo (SP), observaram-se as maiores taxas de infiltração de água no solo.


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