scholarly journals Produtividade de linhagens de feijoeiro em Campinas

Bragantia ◽  
1963 ◽  
Vol 22 (unico) ◽  
pp. 351-366 ◽  
Author(s):  
Antonio Sidney Pompeu

Numerosas introduções de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) já foram estudadas pela Seção de Genética do Instituto Agronômico de Campinas nestes últimos anos, procedentes das regiões fornecedoras de feijão ao Estado de São Paulo, de outros países produtores e dos centros de sua origem e de sua dispersão. Aquelas que se mostraram de potencialidade econômica foram avaliadas em ensaios comparativos de produção, os quais ascenderam a 28, no período 1958 a 1961, todos localizados em Campinas. Dêsses ensaios, 15 foram plantados no "período da sêca" e 13 no "período das águas", a fim de se terem informações sôbre a reação de mais de 160 linhagens nas condições prevalecentes nos dois períodos do ano. Em todos êles usou-se como testemunha a linhagem Mulatinho 1-208, produtiva e selecionada há alguns anos pela Seção de Genética. No período da sêca, 68 seleções chegaram a produzir, em pelo menos um ano, 25% mais do que a testemunha. Do material estudado em três anos consecutivos, apenas duas novas seleções, Rosinha 1454.9 e Prêto 147, deram, respectivamente, 36% e 32% mais do que a Mulatinho 1-208. Considerando as seleções avaliadas por dois anos nesse período, 11 chegaram a dar 25% mais do que a testemunha, sendo 9 do cultivar 'Rosinha' e duas do 'chumbinho'. No período das águas, das introduções examinadas em três anos consecutivos (1958/59 a 1960/61), 4 linhagens mostraram-se bem mais produtivas do que a testemunha, a saber: Rosinha 1454-10, Rosinha 1558, Rosinha 1277 e Prêto 147. Das seleções avaliadas por dois anos, 14 deram 25% mais do que a testemunha, c, destas, 11 eram do cultivar 'Rosinha' e 3 do 'Mulatinho'. Nesses 28 ensaios, as seleções do cultivar 'Roxinho', embora com boas qualidades culinárias, mostraram-se bem menos produtivas, não sendo recomendadas para plantio extensivo. As seleções do cultivar 'Rosinha' com maior capacidade de produção nas duas épocas do ano, Rosinha 1454-1, Rosinha 1454-4, Rosinha 1454-10, I-43-C-7, Rosinha 52, Rosinha 1459 e a seleção Prêto 147, vêm sendo avaliadas mais extensivamente em novos ensaios comparativos regionais, antes de serem preconizadas para plantio em larga escala.

1987 ◽  
Vol 44 (1) ◽  
pp. 461-492
Author(s):  
Carlos R. P. Laun ◽  
Nelly Neder ◽  
Moacyr O. C. Brasil Sobrinho ◽  
Antonio Vello

O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos da aplicação de zinco em duas unidades de solos originalmente cobertas com vegetação de cerrado, classificadas como Latossolo Vermelho Amarelo-fase arenosa e Areias Quartzosas, que ocorrem no Município de São Simão no Estado de São Paulo Foram feitas determinações químicas do zinco solúvel em HCl 0,1 N, em amostras de solos antes e depois de terem recebido a calagem. As determinações de zinco foram complementadas com o teste microbiológico do Aspergilus niger Simultaneamente, foram conduzidos ensaios de campo com milho (Zea mays L.) e feijão Phaseolus vulgaris L.) para estudar os efeitos da aplicação de zinco nas duas unidades de solo. Outros experimentos com milho foram desenvolvidos sob condições controladas, em casa de vegetação, para estudos de aplicação de zinco. As conclusões do trabalho foram as seguintes: 1. Os resultados dos ensaios microbiológicos mostraram boa concordância com os testes químicos e com a resposta do milho a aplicação de zinco em condições de campo. 2. A cultura do milho deu boas respostas a aplicação de zinco quando cultido nos solos Areias Quartzosas, correspondendo a uma dose econômica de 2,4 kg/ha de zinco. 3. Não houve efeito do zinco para o milho quando este foi cultivado no Latossolo Vermelho Amarelo-fase arenosa. 4. Não houve efeitos do zinco na produção do feijoeiro nas duas unidades de solos. 5. O ensaio de vasos usando o milho como planta teste não foi eficiente na resposta dos solos as aplicações de zinco.


Exacta ◽  
2012 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
Author(s):  
Maurício Lamano Ferreira ◽  
Paulo Henrique Apro ◽  
Viviane Santos Pereira ◽  
Camila Rosal ◽  
Lucíola Fátima Muller Souza ◽  
...  

1987 ◽  
Vol 44 (1) ◽  
pp. 769-800
Author(s):  
André M. Louis Neptune ◽  
Alfredo J. Lopez Perez

Procurou-se, em casa de vegetação, com o feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) respostas a quatro níveis de fósforo aplicado em cinco solos do Estado de São Paulo, a saber: Areia Quartzosa, ordem Entissol; Podzólico Vermelho Amarelo (2), ordem Ultissol; Latossolo Roxo, ordem Oxissol e Terra Roxa Estruturada, ordem Alfissol. Fizeram-se as correlações pertinentes e as seguintes conclusões foram tiradas: 1. Houve resposta significativa ao fósforo adicionado aos solos; 2. A utilização efetiva do fósforo pela leguminosa foi baixa; 3. As melhores correlações correlações do P solúvel com a matéria vegetal seca (MVA) e o P total na MVS foram obtidas com os extratores H2SO4 0,05 N (método do IAC) e H2SO4 0,025 N + HCl 0,05 N (método de Mehlich (r=0,94**), e 4. Os dois extratores usados para o P orgânico deram correlações similares com a MVS e o P total nesta MVS (r=0,69**).


Irriga ◽  
2010 ◽  
Vol 15 (4) ◽  
pp. 386-400 ◽  
Author(s):  
Pryscilla Ferrraz Câmara Monteiro ◽  
Rubens Angulo Filho ◽  
Rodrigo Otávio Câmara Monteiro

Este trabalho teve como objetivo analisar, em condições de campo, o efeito de lâminas de irrigação e de doses de nitrogênio sobre os parâmetros biofísicos da cultura do feijoeiro. O experimento foi conduzido na área experimental da Fazenda Areão – ESALQ/USP, localizada no município de Piracicaba, SP, de setembro a dezembro de 2007, utilizando-se o cultivar de feijão Pérola. O manejo da irrigação foi feito via clima, baseado em dados obtidos da estação meteorológica localizada próxima à área experimental. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com parcelas subdivididas, sendo que nas parcelas foram alocados os tratamentos relacionados com os níveis de irrigação (179,5; 256,5; 357,5 e 406,2 mm) e, nas subparcelas, os tratamentos relativos às doses de nitrogênio (0; 80 e 160 kg ha-1), totalizando assim doze tratamentos em cada bloco, dispostos em 48 parcelas experimentais. As variáveis biofísicas analisadas foram: altura das plantas, índice de área foliar, produtividade de grãos, número de vagens por planta e número de grãos por vagem. O fator água influenciou todas as variáveis biofísicas, encontrando-se valores maiores nas plantas que receberam maiores quantidades de água. A adubação nitrogenada não influenciou as variáveis biofísicas da cultura do feijão.   PALAVRAS-CHAVE: Phaseolus vulgaris L., evapotranspiração, manejo de irrigação, produtividade de grãos     MONTEIRO, P.F.C.; ANGULO FILHO, R.; MONTEIRO, R.O.C. IRRIGATION AND NITROGEN FERTILIZATION EFFECTS ON BEAN  AGRONOMIC VARIABLES     2 ABSTRACT   The objective of this research was to analyze the effect of irrigation levels and nitrogen fertilization on the common bean biophysical parameters. The experiment was carried out at  the University of São Paulo (ESALQ/USP),  Piracicaba, São Paulo, Brazil, from September to December, 2007, using Perola cultivar. Irrigation schedule was based on the weather data  given  by  meteorological station located near the experimental area. The experimental design was randomized blocks, with split plots, having 12 treatments, being: 4 irrigation levels (179.5; 256.5; 357.5 e 406.2 mm) and 3 nitrogen rates (0; 80 e 160 kg ha-1);  and four repetitions, totalizing 48 plots. The biophysical variables analyzed were: plant height, leaf area index, grain yield, the pod number per plant, and the grain number per pod. The irrigation influenced the biophysical variables and the largest medium values of plants were found on those that received the largest irrigation depth. The nitrogen fertilization did not influence the biophysical variables. KEYWORDS: Phaseolus vulgaris L., evapotranspiration, irrigation management, grain yield  


2010 ◽  
Vol 34 (2) ◽  
pp. 398-406 ◽  
Author(s):  
Eliana Francischinelli Perina ◽  
Cássia Regina Limonta Carvalho ◽  
Alisson Fernando Chiorato ◽  
João Guilherme Ribeiro Gonçalves ◽  
Sérgio Augusto Morais Carbonell

Neste estudo, objetivou-se avaliar a estabilidade e a adaptabilidade de genótipos de feijoeiro, cultivados em diferentes ambientes, por meio da análise multivariada da performance genotípica, empregando-se os teores de água, o valor protéico e os parâmetros de qualidade tecnológica dos grãos (porcentagem de absorção de água antes e após o cozimento, tempo de cozimento, porcentagem de grãos inteiros, expansão volumétrica e sólidos solúveis totais no caldo), em conjunto com a produtividade média dos genótipos cultivados em diversos ambientes, visando a identificar as linhagens e/ou cultivares mais estáveis e adaptadas para o conjunto de caracteres de importância para a cadeia produtiva do feijoeiro. Para tanto, foram avaliados 19 genótipos de feijoeiro pertencentes aos ensaios de VCU (Valor de Cultivo e Uso) 2005/2006/2007 de grãos dos grupos comerciais carioca e preto para o estado de São Paulo. Os resultados obtidos pela análise multivarida para a o conjunto das três épocas de semeadura reportaram o genótipo Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada como estáveis, responsivas à melhoria dos ambientes e tolerantes nos ambientes desfavoráveis. Por meio dos resultados obtidos, conclui-se que a análise de estabilidade e adaptabilidade multivariada proposta por Carneiro (1998), baseadas em Lin & Binns (1988), mostra-se eficiente e simples para a avaliação do desempenho genotípico das cultivares, além de apresentarem unicidade do parâmetro para estimar a adaptabilidade à ambientes favoráveis e desfavoráveis, e simplicidade na interpretação dos resultados.


1987 ◽  
Vol 44 (1) ◽  
pp. 317-339
Author(s):  
Carlos R. P. Laun ◽  
Moacyr O. C. do Brasil Sobrinho ◽  
Toshio Igue

O presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos da aplicação de boro em duas unidades de solo cobertas com vegetação de cerrado, classificadas co-como, Latossolo Vermelho Amarelo-fase arenosa e Regossolo (Areas Quartzosas), que ocorrem no município de São Simão, no Estado de São Paulo. Foram feitas determinações químicas de boro solúvel em amostras colhidas nas áreas experimentais antes e depois do tratamento dos solos com calagem. As determinações do boro foram complementados com testes biológicos do girassol (Helianthus annuus L.). Simultaneamente foram conduzidos ensaios de campo para estudos sobre a aplicação de doses crescentes de boro no feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). As conclusões do trabalho foram as seguintes: 1 - O teste do girassol apresentou boa concordância com os testes químicos, indicando que as duas unidades de solo são ligeiramente deficientes ou não deficientes em boro. 2 - O solo classificado como Regossolo (Areias Quartzosas) mostrou-se mais elevado em boro do que o Latossol Vermelho Amarelo - fase arenosa. 3 - Não houve efeito da aplicação de boro na produção do feijoeiro.


Bragantia ◽  
1978 ◽  
Vol 37 (1) ◽  
pp. 92-101 ◽  
Author(s):  
A. S. Pompeu ◽  
L. D'Artagnan de Almeida ◽  
N. C. Schmidt ◽  
L. C. Loberto

Com a finalidade de determinar cultivares mais adequados para plantio nas condições do Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo, foram instalados experimentos de competição de linhagens e cultivares em três locais no município de Pindamonhangaba. Durante o período de 1973 a 1976, notou-se a ocorrência de granizo em 1974, prejudicando um dos ensaios, e de geada em 1975, a qual destruiu dois dos três ensaios plantados. Entre as moléstias que ocorrem no feijoeiro, observaram-se a antracnose e a ferrugem. As melhores produções médias foram obtidas pelas linhagens H38C1727 (Mulatinho), H38C1723 (Bico-de-ouro), H40C1722 (Chumbinho) e H40C1725 (Preto), e pelos cultivares piratã-2 e piratã-1, com 2.475, 2.308, 2.218, 2.195, 2.177 e 2.164 kg/ha respectivamente. Os cultivares carioca (Diversos) e rosinha G-2 (Rosinha) tiveram produções de 2.094 e 1.677 kg/ha. Levando-se em consideração a alta capacidade produtiva demonstrada nesses experimentos e em outras regiões do Estado, bem como a disponibilidade de sementes, os cultivares aroana (H40C1722), moruna (H40C1725), piratã-1 e carioca podem ser indicados para plantio em larga escala na região do Vale do Paraíba.


2019 ◽  
pp. 110-112
Author(s):  
Aron José Pazin de Andrade

Foi com grande satisfação que aceitei escrever este editorial para a revista científica “The Academic Society Journal”, um novo e importante meio de divulgação dos trabalhos científicos sul-americanos e até mesmo de outros países, uma vez que é possível a publicações em português, espanhol e inglês. Esta revista é também um meio importante para a divulgação dos trabalhos apresentados nos Congressos de Engenharia e Ciências Aplicadas nas Três Fronteiras (MEC3F), evento anual que acontece na cidade de Foz de Iguaçu, Paraná, Brasil, com apoio do Parque Tecnológico Itaipu, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Este editorial tem a função de informar os leitores desta revista que o MEC3F conta desde já com o apoio da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Órgãos Artificiais e Engenharia de Tecidos a SLABO, tornando-se um evento satélite da SLABO. Este apoio se dará através da divulgação dos eventos entre os sócios da SLABO, participação dos pesquisadores em palestras ou aulas nas áreas científicas específicas da SLABO, envio de trabalhos científicos de seus membros ao MEC3F além de receber trabalhos científicos dos leitores desta revista para serem apresentados nos congressos organizados pela SLABO. Informações sobre atuação da SLABO podem ser encontradas no site: www.slabo.org.br. O que é a SLABO: Ela é uma sociedade civil sem fins lucrativos que reúne profissionais ligados à pesquisa, ao desenvolvimento, teste e utilização de biomateriais e órgãos artificiais em diferentes aplicações clínicas, incluindo aqueles que utilizam engenharia de tecidos para sua construção. Na sua relação de membros constam os nomes dos principais pesquisadores e profissionais das áreas biológicas e tecnológicas, atuantes no campo da Engenharia, Medicina, Odontologia, Farmácia, Biologia, Veterinária e de Química ligados à área de biomateriais e órgãos artificiais, dos países latino americanos, dos Estados Unidos, Canadá e até países europeus. Contando um pouco da história da SLABO: A necessidade de profissionais que atuavam em Biomateriais e Órgãos Artificiais em se organizarem de modo a propiciar melhores oportunidades de contato, de discussões técnicas, de troca de idéias e de opiniões culminou na organização de alguns eventos científicos no Brasil. Esses encontros revelaram a necessidade de se congregar toda essa massa crítica em uma Sociedade, que intermediasse de forma sistemática e em ambiente favorável essas interações. Nesse contexto, como oportunidade para a concretização desse objetivo, foi sugerida a realização em Belo Horizonte, do I Congresso Latino Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (1º COLAOB), entre os dias 10 e 13 de dezembro de 1998, ocasião em que foi realizada uma assembleia geral de fundação da SLABO e o presidente do 1º Colaob se tornou o presidente da SLABO. Os congressos foram acontecendo e, em suas assembleias gerais, novas diretorias da SLABO foram empossadas. Veja uma relação desses eventos e os novos presidentes da SLABO: 1º COLAOB, 1998, Belo Horizonte, MG – Presidente: Leonardo Lanna Wykrota; 2º COLAOB, 2001, Belo Horizonte, MG – Presidente: Aron José Pazin de Andrade; 3º COLAOB, 2004, Campinas, SP – Presidente: Cecília Amélia de Carvalho Zavaglia; 4º COLAOB, 2006, Caxambú, MG – Presidente: Glória Dulce de Almeida Soares; 5º COLAOB, 2008, Ouro Preto, MG – Presidente: Marivalda de Magalhães Pereira; 6º COLAOB, 20010, Gramado, RS – Presidente: Luís Alberto Loureiro dos Santos; 7º COLAOB, 2012, Natal, RN– Presidente: Clodomiro Alves Júnior; 8º COLAOB, 2014, Rosário, Argentina – Presidente: Marcos Pinotti Barbosa; Em 2015, devido ao falecimento do Prof. Marcus Pinotti, seu Vice-presidente se tornou Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook 9º COLAOB, 2016, Foz do Iguaçu, PR – Presidente: Carlos Roberto Grandini; 10º COLAOB, 2018, João Pessoa, PB – Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook; Alguns dos trabalhos apresentados nestes congressos foram selecionados e seus autores foram convidados a enviarem uma versão completa de seus trabalhos para serem revisados e publicados em números especiais da revista Artificial Organs, vejam os editoriais escritos nestas revistas em referências 1, 2, 3 e 4. Como a SLABO está comemorando este ano seus vinte anos de sua fundação, ela ganha um presente, está podendo participar dessa importante iniciativa de grupos de grande relevância para a pesquisa e ensino da América dos Sul, o evento Mec3F e a revista “The Academic Society Journal”. O que nos faz ficar muito agradecidos. Obrigado em nome da SLABO.


2009 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 57-59 ◽  
Author(s):  
Juliana Cristina Sodário Cruz ◽  
Nilton Luiz de Souza ◽  
Carlos Roberto Padovani ◽  
Edson Luiz Furtado

A preservação das estruturas de resistência de Plasmodiophora brassicae, em condições laboratoriais, é dificultada pelo fato de se tratar de um parasita obrigatório. O método de congelamento, utilizando freezer, comum foi testado com o objetivo de viabilizar a sobrevivência e a preservação de suas características infectivas. Raízes de diferentes brássicas, naturalmente infectadas por P. brassicae, contendo sintomas típicos de hérnia, de uma mesma propriedade localizada no município de Pardinho, Estado de São Paulo, foram coletadas em diferentes épocas e imediatamente congeladas, em freezer, a aproximadamente -20ºC. Os tratamentos foram divididos da seguinte maneira: T1: hérnias congeladas por 389 dias (rúcula); T2: hérnias congeladas por 242 dias (brócolis); T3: hérnias congeladas por 21 dias (couve chinesa) e T4: testemunha (sem inóculo). Os testes de patogenicidade, após diferentes períodos de armazenamento, foram realizados em condições de casa de vegetação (25±2ºC). Cada planta de uma variedade suscetível de couve-chinesa (Pak choi) foi inoculada com 2mL da suspensão de esporos de cada tratamento, na concentração de 10(7) esporos.mL-1. Cada tratamento contou com seis repetições distribuídas em blocos ao acaso. Passadas cinco semanas após a inoculação, as raízes das plantas foram lavadas e avaliadas. Houve diferença significativa entre os tratamentos. Os materiais congelados, entre 21 a 242 dias preservaram suas características infectivas, mostrando que o método de congelamento em freezer, nesse período, pode ser uma boa opção para a preservação das estruturas de resistência deste patógeno.


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