scholarly journals Severidade de ocorrência das manchas de alternária e septoriose em girassol semeado em diferentes épocas no Rio Grande do Sul

Bragantia ◽  
2012 ◽  
Vol 71 (2) ◽  
pp. 282-289 ◽  
Author(s):  
Luis Henrique Loose ◽  
Arno Bernardo Heldwein ◽  
Ivan Carlos Maldaner ◽  
Dionéia Daiane Pitol Lucas ◽  
Fernando Dill Hinnah ◽  
...  

A cultura do girassol tem recebido grande atenção em razão de suas características agronômicas e a possibilidade de inclusão nos sistemas de rotação de cultura. No entanto, as diferentes condições meteorológicas do período de cultivo determinam a ocorrência ou não de doenças, de modo que este conhecimento é fundamental para a escolha do melhor período de cultivo. Este trabalho teve por objetivo determinar a severidade de ocorrência das manchas de Alternária e septoriose em girassol (Helianthus annuus) semeado em diferentes épocas. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, bifatorial ("épocas de semeadura" x "híbridos de girassol") em quatro anos agrícolas de 2007 a 2011, em Santa Maria (RS). As medições fenométricas e as determinações de severidade das manchas de Alternária e septoriose foram feitas uma e duas vezes por semana, respectivamente. Obteve-se a severidade final observada (SVFO), e foram calculadas as variáveis área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e dias com área foliar sadia (DAFS). Nos anos agrícolas de 2007/2008, 2008/2009 e 2010/2011, a severidade das doenças foi menor para as primeiras épocas de semeadura, de agosto a setembro, enquanto nas épocas tardias a tendência foi de aumento da severidade. Para 2009/2010, ano sob influência de El Niño, com chuvas acima da média, todas as épocas de semeadura tiveram alta severidade, com destaque negativo para as primeiras épocas, pois são nessas que se concentram os maiores volumes de chuvas em anos sob influência desse fenômeno. Portanto, semeaduras tardias ou em anos de El Niño são propícias à alta severidade de manchas de Alternária e septoriose em girassol, devendo ser evitada a semeadura nessas condições.

2010 ◽  
Vol 34 (4) ◽  
pp. 1315-1323 ◽  
Author(s):  
Gizelli Moiano de Paula ◽  
Nereu Augusto Streck ◽  
Alencar Junior Zanon ◽  
Flávio Luiz Foletto Eltz ◽  
Arno Bernardo Heldwein ◽  
...  

O fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS) altera o tempo e o clima em vários locais, provocando alterações na circulação atmosférica que afetam os elementos meteorológicos e climáticos, principalmente a chuva, nas diferentes regiões do Brasil. Na região Sul do País, em anos de El Niño, fase positiva do fenômeno, a chuva é frequentemente acima da normal, e, em anos de La Niña, fase negativa do fenômeno, a chuva é frequentemente abaixo da normal. Algumas características das chuvas são alteradas pelo ENOS, como a frequência de ocorrência, a intensidade e a quantidade. Essas características são importantes para a definição das chuvas erosivas. Entre os métodos de determinação da erosividade das chuvas, o índice de erosividade EI30 é o mais usado no Rio Grande do Sul (RS). O objetivo deste trabalho foi determinar e associar o índice de erosividade EI30 com o fenômeno ENOS para a região de Santa Maria, RS. Usaram-se os dados diários de chuva registrados em pluviogramas a partir de 1º de julho de 1978 a 30 de junho de 2008, coletados na Estação Climatológica Principal de Santa Maria, RS. As chuvas individuais e erosivas foram identificadas nos pluviogramas, classificadas em anos de El Niño, La Niña e Neutros, e foi calculado o seu índice EI30. Foi realizada a análise de correlação de Pearson e análise de regressão entre o EI30 e o Índice Oceânico do Niño (ION). A significância da regressão foi testada com o teste t, a fim de quantificar a associação entre as duas variáveis, com vistas à possível previsibilidade do potencial erosivo das chuvas a partir de anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no oceano Pacífico. Também foram classificadas as chuvas em padrões Avançado, Intermediário e Atrasado. O potencial erosivo das chuvas em Santa Maria é afetado pelo fenômeno ENOS, de modo que maior número de chuvas tem maior potencial erosivo em anos de El Niño e em anos Neutros. A variabilidade do potencial erosivo das chuvas em Santa Maria é maior nos anos Neutros do que nos anos de anomalia da TSM. O padrão das chuvas é alterado em anos de anomalia da TSM, no sentido de que nos anos de El Niño há aumento nas chuvas de padrão avançado e em anos de La Niña há aumento nas chuvas de padrão atrasado; no padrão intermediário, há diminuição do número de chuvas em anos de El Niño e La Niña, em comparação com anos Neutros. A capacidade preditiva do potencial erosivo das chuvas em Santa Maria pelo índice ION é fraca.


Agrometeoros ◽  
2020 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
Author(s):  
Amanda Heemann Junges

Estudos locais de caraterização e variabilidade climática são fundamentais para geração de informações mais adaptadas às atividades agrícolas desenvolvidas em um município ou região. O objetivo desse trabalho foi caracterizar climaticamente e analisar a influência de eventos El Niño Oscilação Sul (ENOS) na série 1956-2015 de temperatura do ar de Veranópolis, RS. Para caracterização climática foram estabelecidas estatísticas descritivas das temperaturas do ar máximas, mínimas e médias mensais, estacional e anual na série e normal climatológica padrão 1961- 1990. Para identificação de diferenças entre estações e influência de eventos ENOS, os dados foram submetidos à análise de variância e teste de Duncan. Os resultados indicaram que a temperatura média anual é de 17,3ºC, variando entre 12,7ºC (julho) e 21,8ºC (janeiro). O clima é do tipo Cfb, de acordo com a classificação climática de Köppen e TE (temperado) na classificação climática do Estado. Temperaturas mínimas médias mensais inferiores a 10ºC ocorrem de maio a setembro, período de maior variabilidade interanual das temperaturas máximas (desvio padrão entre 1,5º e 1,8ºC), mínimas (1,6-1,8ºC) e médias mensais (1,4-1,7ºC). Anos de La Niña possuem temperaturas médias estacionais inferiores as de El Niño, embora diferenciação em relação a neutros ocorra somente para temperaturas mínimas na primavera e máximas no outono.


Agrometeoros ◽  
2018 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
Author(s):  
Ronaldo Matzenauer ◽  
Bernadete Radin ◽  
Alberto Cargnelutti Filho

O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre o fenômeno El Niño Oscilação Sul - ENOS e o rendimento de grãos de soja e de milho no Rio Grande do Sul e verificar a hipótese de que os eventos El Niño são favoráveis e os eventos La Niña são prejudiciais ao rendimento de grãos das culturas. Foram utilizados dados de rendimento de grãos dos anos agrícolas de 1974/75 a 2016/17, e relacionados com as ocorrências de eventos ENOS. Foram analisados os dados de rendimento observados na colheita e os dados estimados com a remoção da tendência tecnológica. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa do rendimento médio de grãos de soja e de milho na comparação entre os eventos ENOS. Palavras-chave: El Niño, La Niña, safras agrícolas. Abstract – The objective of this work was to evaluate the relationship between the El Niño Southern Oscillation (ENSO) phenomenon with the grain yield of soybean and maize in Rio Grande do Sul state, Brazil and to verify the hypothesis that the El Niño events are favorable and the La Niña events are harmful to the culture’s grain yields. Were used data from the agricultural years of 1974/75 to 2016/17, and related to the occurrence of ENOS events. We analyzed income data observed at harvest and estimated data with technological tendency was removed. The results showed that there was no significant difference in the average yield of soybeans and corn in the comparison between events.


2016 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 868
Author(s):  
Ana Paula Assumpção Cordeiro

A temperatura média global (continente e oceano) da superfície mostra um aquecimento linear de 0,85 (0,65 a 1,06) °C no período 1880-2012. Com a hipótese de que as tendências climáticas observadas em escala global estejam, também, ocorrendo no sul do Brasil, o objetivo deste trabalho foi analisar, temporal e espacialmente, as tendências climáticas, anuais e estacionais, da temperatura mínima do ar, temperatura máxima do ar e temperatura média do ar no Estado do Rio Grande do Sul, bem como discutir possíveis causas. Espera-se que essas informações possam subsidiar pesquisadores em diversas áreas de atividade, especialmente na agricultura. Para tal foram utilizados dados mensais do período de 1950 a 2009, de 14 estações meteorológicas, obtidos no 8º Distrito Meteorológico - Instituto Nacional de Meteorologia. Neste período de sessenta anos, as três temperaturas apresentaram tendência de aumento nas quatro estações do ano e no caso anual, exceto a temperatura máxima no verão, que apresentou tendência de redução. A tendência de aumento das três temperaturas foi mais fraca no inverno e mais forte na primavera. A temperatura mínima do ar foi a que apresentou a mais forte tendência de aumento, exercendo grande influência na tendência de aumento da temperatura média do ar. As tendências observadas estão relacionadas, pelo menos em parte, com o fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS), especialmente sua fase quente, El Niño, mais fortes, frequentes e extensos a partir da década de 1980, principalmente na primavera e início do verão (épocas de maior impacto do fenômeno no clima do Estado). No entanto, são coerentes também com o aumento do efeito estufa na atmosfera e com o aquecimento do sistema climático global e regional. Os resultados deste trabalho servem de subsídios para o planejamento de estratégias de adaptação e/ou mitigação de seus possíveis impactos negativos, ou para tirar proveito de possíveis condições climáticas favoráveis.


Irriga ◽  
2020 ◽  
Vol 25 (3) ◽  
pp. 537-548
Author(s):  
Lukas Dos Santos Boeira ◽  
Michaela Bárbara Neto ◽  
Lúcio De Araújo Neves ◽  
Viviane Santos Silva Terra ­ ◽  
Gilberto Loguercio Collares

EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA PELO MÉTODO DE PENMAN-MONTEITH EM ANOS DE ENOS PARA MICRORREGIÃO DE PELOTAS-RS     LUKAS DOS SANTOS BOEIRA¹; MICHAELA BÁRBARA NETO²; LÚCIO DE ARAÚJO NEVES3; VIVIANE SANTOS SILVA TERRA4 E GILBERTO LOGUERCIO COLLARES4   1Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Universidade Federal de Pelotas, Rua Gomes Carneiro, n° 1, Balsa, 96010-610, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected] 2Departamento de Engenharia de Biossistemas, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Av. Pádua Dias, 11, Caixa Postal 09, 13416-000, Piracicaba, São Paulo, Brasil, [email protected] 3Departamento de Solos, Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Campus Pelotas - Visconde da Graça, Avenida Engenheiro Ildefonso Simões Lopes, Três Vendas, 96060-290, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected] 4Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Universidade Federal de Pelotas, Rua Gomes Carneiro, n° 1, Balsa, 96010-610, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected]; [email protected]     1 RESUMO   A Microrregião de Pelotas, localizada no Sudeste do Rio Grande do Sul é uma das maiores produtoras de arroz irrigado do Brasil. A produção de arroz na região é realizada através do sistema de irrigação por inundação. Um dos fatores que influência na altura da lâmina d'água no sistema é a evapotranspiração, a qual está diretamente relacionada aos elementos e fenômenos climáticos. O El Niño Oscilação Sul (ENOS) é um dos principais fenômenos climáticos na região. O objetivo do estudo foi avaliar se a evapotranspiração de referência (ET0) é afetada pelos períodos de ENOS na Microrregião de Pelotas-RS. Para isso, foram utilizados quarenta anos de dados climáticos diários na estimativa da ET0, pelo método de Penman-Monteith, parametrizado pela FAO, sendo confrontados com a classificação do NOAA, para o fenômeno ENOS. Os resultados mostram que a região possui em média uma ET0 de 4,82 mm dia-1, sendo para os períodos de El Niño 4,71 mm dia-1, La Niña 4,89 mm dia-1 e Neutros de 4,87 mm dia-1. A partir da análise da variância e do teste de comparação de médias DMS de Fisher, foi verificado que o ENOS exerce influência significativa na ET0 da região nos meses de novembro e dezembro.   Palavras-chave: variáveis climatológicas, El Niño, La Niña, Neutros, arroz irrigado.     BOEIRA, L. S.; NETO, M. B.; NEVES, L. A.; TERRA, V. S. S.; COLLARES, G. L. REFERENCE EVAPOTRANSPIRATION BY THE PENMAN-MONTEITH’S METHOD IN YEARS OF ENSO FOR THE MICROREGION OF PELOTAS-RS.     2 ABSTRACT   The Micro-zone of Pelotas, located in the southeast of 'Rio Grande do Sul' is one of the major producers of irrigated rice in Brazil. Rice production in the region is performed through the flood irrigation system. One of the factors that influence the depth of water into the system is evapotranspiration, which is directly related to elements and climatic phenomena. The El Niño-Southern Oscillation (ENSO) is one of the main climatic phenomena in the region. The study aimed to assess whether  the reference evapotranspiration (ET0) is affected by the ENSO's periods in the Microregion of Pelotas-RS. For such,  forty years of daily climatic data were used to estimate ET0 by applying Penman-Monteith's method parameterized by FAO, then the results were confronted to NOAA's classification for the ENSO's phenomenon. The results showed that the region has an evapotranspiration average of 4.82 mm day-1 and for El Niño's periods 4.71 mm day-1, La Niña's 4.89 mm day-1 and Neutral of 4.87 mm day-1. From the variance analysis and the test of average comparison LSD by Fisher, it was noted that ENOS has  significant influence on the region's ET0 in  November and December.   Keywords: climatological variables, El Niño, La Niña, Neutral, irrigated rice.


2020 ◽  
Vol 37 (2) ◽  
pp. 166-185
Author(s):  
Glenio Antonio Da Luz ◽  
Laurindo Antonio Guasseli ◽  
Daniela Rocha Rocha

O Guaíba está localizado no estado do Rio Grande do Sul, onde se encontram uma complexidade de conjuntos de sistemas atmosféricos atuantes causando instabilidades atmosféricas e mudanças bruscas de temperatura durante a entrada de frentes frias que atuam sobre a temperatura da água. O objetivo consiste em analisar as anomalias na temperatura da água do Guaíba através de um recorte temporal embasado em imagens termais dos sensores Landsat 5 e 8 e dados meteorológicos. Para a realização do presente trabalho traçou-se perfis sobre as imagens termais onde se extraíram as médias dos pixels, para posteriormente, serem relacionadas com os dados meteorológicos. Quando se compara períodos de normalidade com anormalidade climática, observa-se que há um aquecimento das águas em períodos de El Niño e durante a La Niña há um aquecimento ainda maior. Os perfis com tendência de elevação ou manutenção das temperaturas, estão relacionadas com temperatura do bulbo seco, umidade relativa do ar e apresenta menor correlação com a pressão atmosférica e nebulosidade, não havendo ligação direta com os fenômenos El Niño e La Niña. A relação está diretamente ligada a entrada de frentes frias e precipitações em regiões da bacia hidrográfica e na área de abrangência do Guaíba.


2019 ◽  
Vol 38 (2) ◽  
pp. 521-534
Author(s):  
Greice Vieira SILVEIRA ◽  
Laurindo Antonio GUASSELLI

No Rio Grande do Sul são recorrentes eventos de inundação. Na bacia do rio Uruguai vários municípios decretaram Situação de Emergência. Esse trabalho objetiva mapear as inundações numa seção do rio Uruguai, próxima ao rio Ibicuí, a partir de imagens de satélite. Foram utilizados dados de: precipitação; cota do rio; imagens Landsat: 03/08/1987, 18/11/1997, 12/10/2001 e 22/01/10. No mapeamento utilizou-se o infravermelho médio e o Índice de Diferença Normalizada da Água (NDWI). A análise dos eventos mostra que o nível do rio Uruguai extrapola a planície de inundação, mas em níveis diferentes. O evento mais expressivo, foi novembro de 1997 sob influência do El Niño nos totais pluviométricos. Em chuvas concentradas em setores da bacia, a elevação do nível do rio é gradativa. As chuvas que elevam o nível do rio, na seção analisada, são regionais, oriundas do norte do Estado e sul de Santa Catarina. A banda do infravermelho próximo e o NDWI, foram eficientes ao identificar áreas inundadas. A partir dos dados de precipitação e cota observou-se que quando o nível do rio está em 10,7m a inundação atinge 27,33% da área, o nível normal é 6,59m e atinge 8,91% da área.


2005 ◽  
Vol 40 (5) ◽  
pp. 423-432 ◽  
Author(s):  
Moacir Antonio Berlato ◽  
Homero Farenzena ◽  
Denise Cybis Fontana
Keyword(s):  
El Niño ◽  
El Nino ◽  
La Niña ◽  
La Nina ◽  

A alta variabilidade interanual da produtividade de milho, no Rio Grande do Sul, é determinada, principalmente, pela variabilidade da precipitação pluvial, e esta, em grande parte está associada ao fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS). A disponibilidade, hoje, de previsões sazonais do ENOS faz vislumbrar a possibilidade de uso dessas informações para minimizar prejuízos e maximizar a produtividade. Há necessidade, porém, de se avaliar a vulnerabilidade da produtividade do milho a esse fenômeno. O objetivo deste trabalho foi quantificar a associação entre a produtividade de milho e a variabilidade da precipitação pluvial, causada pelo ENOS. Para a análise, foram tomadas séries históricas de produtividade, de precipitação pluvial mensal, de ocorrência das fases do ENOS (El Niño e La Niña), de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico equatorial, e do Índice de Oscilação Sul (IOS). Há forte tendência do El Niño em favorecer a cultura do milho, o que dá oportunidade à alta produtividade, ao passo que em anos de ocorrência de La Niña há alta freqüência de baixa produtividade. A precipitação pluvial mais associada à produtividade do milho é a integrada de outubro a março. Essas informações são úteis para decisões quanto a alternativas de manejo da cultura, frente a uma previsão de El Niño ou La Niña.


2018 ◽  
Vol 4 (5) ◽  
pp. 643-650
Author(s):  
Valeria POHLMANN ◽  
Marcondes LAZZARI

As variações na temperatura do ar ocasionam consequências diretas na produção agrícola do Brasil, cuja economia é baseada neste setor em vários estados. O estudo pode auxiliar no planejamento agrícola a fim de aperfeiçoar este processo. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a temperatura do ar para a região de Cachoeira do Sul no Rio Grande do Sul (RS). Utilizaram-se dados de 2007 a 2016 do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) da estação meteorológica A813 (Vaisala, MAWS 301; lat: -29º52’; long: -52º23’; alt: 107m). Calculou-se a temperatura média, mínima e máxima mensal e anual, além das temperaturas médias sazonais, temperaturas mínimas e máximas absolutas e a amplitude térmica. Foram analisados os anos com El Niño (/2010, 2014/2015 e 2015/2016) e La Niña (2007/2008, 2008/, 2010/2011 e 2011/2012). As médias da temperatura foram comparadas à Normal Climatológica 1961-1990. Verificou-se que a temperatura média anual foi de 19,1ºC (±0,5ºC), permanecendo próxima à normal. A temperatura média mínima apresentou aumento e a máxima, decréscimo. A temperatura em anos de La Niña apresentou redução, entretanto em anos de El Niño, não houve diferença. O conhecimento destas informações pode subsidiar o planejamento com relação à organização do agricultor, como o manejo do solo e a implantação bem-sucedida de novas culturas.


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