Graus-dia para atingir estádios fenológicos de subgrupos de cultivares de arroz irrigado por inundação

A pesquisa recomenda que o manejo seja realizado de acordo com os estádios de desenvolvimento da planta (EDP). Por serem influenciados pela temperatura, e especialmente o estádio R1 (diferenciação da panícula), recomenda-se expressar os EDP em dias, porém estimados por meio de graus-dia (GD). O objetivo deste trabalho foi determinar os graus-dia necessários para atingir seis EDP de sete subgrupos de cultivares de arroz irrigado. Experimentos de campo foram conduzidos na Embrapa Clima Temperado (ETB), município de Capão do Leão, RS, durante 12 safras, utilizando-se seis épocas de semeadura por safra. Dez plantas de cada cultivar foram marcadas e tiveram os EDP determinados durante o ciclo. Os GD (°C dia) foram calculados por meio do somatório da diferença entre a temperatura média diária do ar (Tm) e a temperatura base (Tb=11°C), da emergência até a data de cada estádio. Os resultados indicaram que os GD para atingir o estádio R1 representaram cerca de 48% do ciclo total (R9), na média dos sete subgrupos, variando de 42% para o subgrupo Muito Precoce 1 a 57% para o subgrupo Tardio. Os GD para atingir cada um dos seis EDP, exceto da emergência ao estádio de quatro folhas (E-V4), variam de acordo com o ciclo das cultivares.

Estádios de desenvolvimento da planta de subgrupos de cultivares de arroz irrigado por inundação

A pesquisa recomenda que o manejo seja realizado de acordo com os estádios de desenvolvimento da planta (EDP). Em geral, a data de ocorrência dos EDP é determinada em experimentos de campo utilizando-se de uma escala fenológica. O objetivo deste trabalho foi determinar o número de dias (ND) para atingir seis EDP, de sete subgrupos de cultivares de arroz irrigado, visando o manejo da cultura. Experimentos de campo foram conduzidos na Embrapa Clima Temperado (ETB), município de Capão do Leão, RS, durante doze safras, utilizando-se seis épocas de semeadura por safra. Dez plantas de cada cultivar foram marcadas e tiveram os EDP determinados durante o ciclo. Os resultados indicaram que o ND para atingir os EDP variou de acordo com os subgrupos sendo que, para alguns estádios, excetuando-se o de quatro folhas (V4), houve diferença estatística entre os subgrupos. O período vegetativo (da emergência-E ao estádio de diferenciação da panícula-R1) representa em torno de 50% do ciclo total, e é o que apresenta as maiores diferenças entre os sete subgrupos de cultivares estudados quando comparado ao período reprodutivo 1 (do estádio R1 à antese-R4) e ao período reprodutivo 2 (do estádio R4 à maturidade completa dos grãos da panícula-R9).

O sombreamento e densidade modificam a eficiência do uso da radiação, crescimento e produtividade da soja?

A soja é considerada uma das principais commodities agrícolas, por ser produto base para produção de alimentos. Assim, o objetivo foi analisar a eficiência do uso da radiação solar, crescimento e produtividade da soja submetida a diferentes níveis de sombreamento, e com diferentes densidades de semeadura. O estudo foi realizado em Frederico Westphalen - RS na safra 2016/2017. O delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados dispostos em sistema fatorial 4 x 4, caracterizados por quatro níveis de interferência na chegada de radiação no dossel e quatro densidades de semeadura, sendo a densidade ideal (250.000 plantas/ha) e outras 3 variações em função dessa densidade (-40%, +40% e +80%). Melhores resultados para produtividade foram encontrados no nível de 50% de interferência com densidade +40% plantas por hectare. Os tratamentos influenciaram os valores de índice de área foliar, taxa de crescimento absoluto, eficiência de conversão da radiação e produtividade. Sendo, que níveis de radiação com até 50% de interferência e densidade de +40% da densidade ideal a produtividade aumenta, com diferenças significativas para o nível de 0% de interferência e 70% nessa densidade. Portanto, caso a soja seja cultivada em sistemas de consórcio a interferência de radiação deve ser inferior a 50%.

Monitoramento espaço-temporal das condições biofísicas à superfície utilizando dados geoespaciais em região do Semiárido Brasileiro

As condições de mudanças na cobertura e uso da terra do Semiárido Brasileiro se intensificam ao longo tempo devido às mudanças climáticas e a variabilidade pluviométrica. O monitoramento ambiental por satélite das condições biofísicas à superfície favorece no planejamento e gestão na tomada de decisão de forma rápida e eficiente, para mitigar os impactos causados pelos efeitos da seca e ações humanas. Objetivou-se monitorar e avaliar os padrões de respostas das condições biofísicas utilizando dados geoespaciais para a região semiárida de Serra Talhada, Pernambuco, no período de 2015 a 2017. A partir do processamento digital de imagens orbitais do satélite Landsat-8 foram estimados índices de vegetação e o balanço de radiação à superfície, com aplicação do algoritmo SEBAL. O NDVI mostrou-se sensível a cobertura vegetal verde e o índice de área foliar às condições de umidade na vegetação, entretanto destacou o impacto severo da seca e estiagem na região. De modo que, os processos de troca de energia à superfície foram afetados, como destacado no saldo de radiação. Os índices de vegetação indicam áreas com alto déficit hídrico, o que provoca desequilíbrios na vegetação e que, consequentemente, afeta os processos de troca de energia e a evapotranspiração da cobertura vegetal.

Determinação dos coeficientes de cultivo e a evapotranspiração real da cana-de-açúcar com o uso do modelo SAFER

O conhecimento dos coeficientes de cultivo e da evapotranspiração das culturas é uma importante ferramenta para o planejamento agrícola em áreas irrigadas. Essas informações são utilizadas para determinar a demanda hídrica dos cultivos. O objetivo deste trabalho foi determinar os coeficientes de cultura através da relação ETr/ET0 nas diferentes fases fenológicas com a aplicação do modelo SAFER por meio do sensoriamento remoto. No cálculo da relação ETr/ET0 o comportamento da curva formada pelos valores determinados mostrou coerência com as curvas encontrados na literatura, entretanto os valores encontrados foram menores do que aqueles atualmente indicados.

Variação temporal de índices de vegetação em pastagem natural, submetida a diferentes ofertas de forragem

O objetivo deste estudo foi utilizar sensores orbitais visando gerar informações que possam ser úteis na construção de um sistema de monitoramento das pastagens naturais no bioma Pampa, assim como, analisar a dinâmica de variação temporal dos índices de vegetação. A área de estudos é um experimento de longa duração com pastagem natural, manejada sob diferentes ofertas de forragem: 4, 8, 12 e 16 kg de MS/100 kg de peso vivo. Para caracterizar a pastagem natural foram utilizadas imagens do sensor Terra/MODIS e dos sensores Landsat/TM e OLI. Para caracterizar as condições meteorológicas foram utilizados dados de temperatura média do ar, precipitação pluvial, umidade relativa do ar, velocidade do vento, radiação solar global e evapotranspiração potencial e calculado o balanço hídrico. Foi possível, utilizando os índices de vegetação diferenciar os tratamentos de oferta de forragem, sendo os maiores valores encontrados no tratamento 4 kg MS/100 kg de PV. Entre as estações do ano, os índices de vegetação apresentaram os menores e maiores valores no inverno e na primavera/verão, respectivamente. Estes resultados evidenciam que os sensores MODIS, TM e OLI são capazes de gerar dados que podem compor sistemas de monitoramento de pastagens naturais do bioma Pampa.