scholarly journals Determinação do nível de gravidade do trauma

1995 ◽  
Vol 29 (5) ◽  
pp. 333-341 ◽  
Author(s):  
Terezinha Dalossi Gennari ◽  
Maria Sumie Koizumi

Trata-se de estudo prospectivo que teve por objetivo caracterizar a gravidade do trauma de pacientes hospitalizados, através do "Injury Severity Score" (ISS). Foram analisados 100 pacientes de trauma internados em uma instituição referência para trauma localizada em São Paulo, Brasil. Do total de pacientes, 68 sofreram trauma fechado e 32 trauma penetrante. Dentre os pacientes de trauma fechado, 53,0% sofreram trauma leve (ISS 1-15), 29,4% trauma moderado (ISS 16-24) e 17,6% trauma grave (ISS > 25) enquanto que 34,4% dos pacientes de trauma penetrante sofreram trauma leve, 18,7% trauma moderado e 46,9% trauma grave. A média e desvio-padrão dos ISSs dos pacientes de trauma fechado e penetrante foi, respectivamente, de 14,9 ± 8,1 e 20,8 ± 11,0, correspondendo a um percentual de mortos de 11,8% e 12,5%.

2014 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
pp. 641-648 ◽  
Author(s):  
Maria Carolina Barbosa Teixeira Lopes ◽  
Iveth Yamaguchi Whitaker

Objetivo: Comparar a gravidade das lesões e do trauma mensurada pelas versões da Abbreviated Injury Scale 1998 e 2005 e verificar a mortalidade nos escores Injury Severity Score e New Injury Severity Score nas duas versões.Método: Estudo transversal e retrospectivo analisou lesões de pacientes de trauma, de três hospitais universitários do município de São Paulo, Brasil. Cada lesão foi codificada com Abbreviated Injury Scale 1998 e 2005. Os testes estatísticos aplicados foram Wilcoxon, McNemar-Bowker, Kappa e teste Z.Resultados: A comparação das duas versões resultou em discordância significante de escores em algumas regiões corpóreas. Com a versão 2005 os níveis de gravidade da lesão e do trauma foram significantemente reduzidos e a mortalidade foi mais elevada em escores mais baixos. Conclusão: Houve redução da gravidade da lesão e do trauma e alteração no percentual de mortalidade com o uso da Abbreviated Injury Scale 2005.






Author(s):  
Genesis S Barbosa ◽  
Bruna RS Moura ◽  
Tatiane GGN do Rio ◽  
Sérgio D Martuchi ◽  
Kézia P Lima ◽  
...  

RESUMO Objetivos Comparar idosos e não idosos, vitimas de trauma, segundo caracteristicas sociodemograficas e clinicas e identificar se idade avançada (≥60 anos) é fator de risco para mortalidade na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Material e metodo Coorte prospectiva, realizada entre 2012/2015, em quatro hospitais em Sao Paulo, Brasil. A amostra foi constituida por vitimas de trauma com idade ≥18 anos e permanencia superior a 24 horas na UTI. Foram comparados dois grupos: idosos (≥60 anos) e não idosos (<60 anos). Os testes Qui-Quadrado de Pearson, Exato de Fisher, t-Student e regressão logistica multipla foram aplicados, com nivel de significancia de 5%. Resultados Das 380 vítimas (73 idosos e 307 não idosos), a maioria era homens (87,9%), com idade média de 41,5 (±18,9) anos. A causa externa mais frequente foi queda (34,7%) seguida de acidente motociclístico (23,4%). A maioria dos idosos foi vítima de queda (75,4%). O tempo médio de permanência na UTI foi de 14,9 (±15,6) dias e um total de 74 (19,5%) pacientes evoluiu a óbito (53 não idosos e 21 idosos). Houve diferença significativa entre os grupos (p < 0,05) em relação ao gênero, causa externa, tipo de admissão na UTI, Injury Severity Score (ISS), New Injury Severity Score (NISS), Simplified Acute Physiology Score (SAPS II) e mortalidade. Os idosos apresentaram menores valores de ISS e NISS e maiores escores do SAPS II do que os não idosos. O fator de risco para mortalidade foi SAPS II (OR = 1,04; IC95% 1,03–1,06; p < 0,001) e tempo de permanência na UTI foi identificado como fator de proteção para o desfecho (OR = 0,98; IC95% 0,96–0,99; p = 0,021). Conclusões Apesar dos idosos apresentaram maior mortalidade do que os não idosos, a idade, variável de interesse desta pesquisa, não foi fator de risco para mortalidade em UTI. Significado clínico Os resultados deste estudo podem contribuir para estratégias de melhoria da qualidade do atendimento ao idoso traumatizado. How to cite this article Barbosa GS, Moura BRS, do Rio TGGN, Martuchi SD, Lima KP, Silva DV, Sousa RMC, Nogueira LS. Ser Idoso, Vítima de Trauma, é Fator de Risco Para Mortalidade Na Terapia Intensiva: Mito ou Realidade? Panam J Trauma Crit Care Emerg Surg 2017;6(2):81-89.


Author(s):  
Alina Yukie Handa ◽  
Cristiane de Alencar Domingues ◽  
Lilia de Souza Nogueira

RESUMEN Embora a literatura mostre resultados cada vez mais sugestivos de que as mulheres traumatizadas apresentem melhores desfechos em relação aos homens, algumas conclusões ainda são inconsistentes. Este estudo comparou os sexos (masculino/ feminino) segundo características e gravidade do trauma e identificou a influência desta variável na mortalidade. Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo, das vítimas de trauma atendidas em um hospital terciário localizado em São Paulo, Brasil, entre janeiro/2006 e dezembro/2010. Os testes Qui- Quadrado de Pearson, Mann-Whitney, t-Student e regressão logística múltipla foram aplicados no tratamento dos dados, considerando-se um nível de significância de 5%. A casuística foi composta por 2.380 pacientes, a maioria masculina (79,70%), c om i dade m édia d e 3 9,93 a nos ( DP = 17,81). A causa externa mais frequente foi pedestre traumatizado (24,54%). Atendimento pré-hospitalar foi recebido pela maioria das vítimas (91,22%) e 50,21% dos pacientes foram admitidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A taxa de mortalidade hospitalar foi de 16,43%. Diferenças significativas entre os grupos (masculino e feminino) ocorreram em relação ao tipo de trauma, causa externa, admissão na UTI, injury severity score (iss), new injury severity score (NISS), revised trauma score (RTS) e idade. As variáveis NISS, idade e número de regiões corpóreas acometidas foram fatores de risco para mortalidade hospitalar das vítimas de trauma e o tempo de permanência hospitalar foi considerado fator de proteção para este desfecho. O sexo, variável de interesse do estudo, não foi preditor de mortalidade nesta casuística. Como conclusão, variáveis relacionadas às características e gravidade do trauma, além da idade, diferiram entre os sexos e o gênero não foi considerado fator de risco para mortalidade nesta população. How to cite this article Handa YA, de Alencar Domingues C, de Souza Nogueira L. A Influência do Gênero nas Características E Gravidade do Trauma. Panam J Trauma Crit Care Emerg Surg 2015;4(2):43-47.


2021 ◽  
Vol 11 ◽  
pp. e29
Author(s):  
Daniela Vieira de Andrade Batista ◽  
Carolina Cassiano ◽  
Luciana Maria Capurro de Queiroz Oberg ◽  
Daniele Muñoz Gianvecchio ◽  
Regina Marcia Cardoso de Sousa ◽  
...  

: Objetivo: identificar os fatores associados ao tempo da morte de vítimas de trauma. Método: coorte retrospectiva que analisou laudos de autópsia de vítimas de trauma admitidas em 2015 no Instituto Médico Legal Central de São Paulo, Brasil. O tempo da morte foi identificado a partir do momento da ocorrência do trauma até a confirmação do óbito. O modelo linear generalizado foi aplicado para análise dos dados. Resultados: entre as 1.500 vítimas fatais (75,7% homens; idade média 49,7 anos), prevaleceram as quedas (33,5%), seguidas das agressões (27,8%). Os fatores associados ao tempo da morte foram número de regiões corporais afetadas (p0,001), tipo de trauma (p0,001), sexo (p=0,009), gravidade do trauma segundo New Injury Severity Score (p0,001), agressões (p0,001) e lesões autoprovocadas intencionalmente (p0,001). Conclusão: homens, vítimas de traumas que envolveram intencionalidade de provocar a morte e com elevada gravidade apresentaram tempo de sobrevida reduzido após a(s) lesão(ões).


Author(s):  
CR Kaiser ◽  
AC Margarido ◽  
DV Silva ◽  
JG Parreira ◽  
JC Assef

RESUMO Introdução No ano de 2010, no Brasil, especifi camente na cidade de São Paulo, foram registrados 7007 atropelamentos. Das 1.357 mortes em decorrência de acidentes de trânsito, 630 ocorreram em pedestres. Informações mais detalhadas sobre gravidade do trauma, órgãos lesados, causas de óbito e fatores prognósticos poderiam direcionar medidas de prevenção, de triagem e de tratamento nestes doentes. Objetivo Realizar uma análise da freqüência, da localização e da gravidade das lesões encontradas, bem como dos fatores prognósticos em vítimas de atropelamentos. Metodologia Análise retrospectiva de protocolos de atendimento em trauma, coletados de junho de 2008 a setembro de 2009. A estratifi cação da gravidade do trauma e das lesões foi feita com os índices: Escala de coma de Glasgow (ECG), Revised Trauma Score (RTS), Abbreviated Injury Scale (AIS), Injury Severity Score(ISS) e Trauma and Injury Severity Score(TRISS). Consideramos lesões graves as com AIS > 3. Resultados Formaram o grupo de estudo 855 vítimas de atropelamento. A média de pressão arterial sistólica a admissão foi 128,2±27,0 mm Hg, da escala de coma de Glasgow a admissão, 14,1 ± 2,4, do RTS, 7,68 ± 0,8, do ISS, 7,1 ± 10,2 e do TRISS, 0,96 ± 0,1. As lesões graves foram observadas no segmento cefálico em 108 (12,6%) doentes, no tórax em 40 (4,6%), no abdome em 27 (3,1%) e nas extremidades em 185 (21,6%). A causa principal de óbito foi o trauma craniencefálico em 20 doentes. Conclusão As vítimas de atropelamento na sua maioria apresentaram traumas leves a moderados. Contudo há uma incidência considerável de lesões graves, principalmente em segmento cefálico, torácico e em extremidades. A letalidade está associada à presença de lesões graves em crânio, tórax e extremidades, principalmente em doentes admitidos com alterações de dados vitais.


2008 ◽  
Vol 42 (4) ◽  
pp. 639-647 ◽  
Author(s):  
Marisa Aparecida Amaro Malvestio ◽  
Regina Marcia Cardoso de Sousa

OBJETIVO: Analisar as variáveis clínicas e pré-hospitalares associadas à sobrevivência de vítimas de acidente de trânsito. MÉTODOS: Estudo realizado no município de São Paulo, SP, de 1999 a 2003. Foram analisados dados de 175 pacientes, entre 12 e 65 anos, vitimados por acidente de trânsito. A Análise de Sobrevivência de Kaplan-Meier foi utilizada na abordagem dos resultados na cena do acidente com as vítimas de escore <11 segundo o Revised Trauma Score. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, mecanismos do acidente, procedimentos de suporte básico e avançado realizados, parâmetros e flutuações do Revised Trauma Score, tempo consumido na fase pré-hospitalar e gravidade do trauma segundo o Injury Severity Score e a Maximum Abbreviated Injury Scale. RESULTADOS: A análise identificou que as vítimas que tiveram menor probabilidade de sobrevivência durante todo período de internação hospitalar apresentaram: lesões graves no abdome, tórax ou membros inferiores, com flutuação negativa da freqüência respiratória e do Revised Trauma Score na fase pré-hospitalar e necessitaram de intervenções avançadas ou compressões torácicas. As lesões encefálicas foram associadas ao óbito tardio. CONCLUSÕES: O reconhecimento das variáveis envolvidas na sobrevivência de vítimas de acidentes de trânsito pode auxiliar na determinação de protocolos e na tomada de decisão para a realização de intervenções pré e intra-hospitalares e conseqüentemente maximizar a sobrevivência.


Author(s):  
Cristiane de Alencar Domingues ◽  
Rita de Cássia Almeida Vieira ◽  
Almir Ferreira de Andrade ◽  
Vinícius Monteiro de Paula Guirado ◽  
Regina Márcia Cardoso de Sousa

ABSTRACT Traumatic brain injury (TBI) affects large numbers of victims and constitutes a serious public health problem in Brazil. Diffuse axonal injury (DAI) is the most common consequence of TBI and it is responsible for most of the chronic sequelae. Analysis of the prognostic index new injury severity score (NISS) determines the severity of injuries by body region examined during the hospital stay and it is really useful in making decisions about treatment strategies and to predict mortality of victims. Given the above, the purpose of this study was to collect epidemiological data of victims with exclusive diagnosis of DAI and test the association of the predictive value of the NISS with the Glasgow Outcome Scale (GOS) at the hospital discharge. We analyzed medical records of 21 victims with exclusive diagnosis of DAI admitted to the DAI ambulatory at Clinics Hospital of the Faculty of Medicine, University of São Paulo, located in São Paulo city, from January 2011 to February 2012. The results show a predominance of male (76.2%) aged 24 years (±11.9) admitted during the morning (42.8%), on Saturday (23.8%), victims of motorcycle accidents (74 42%), referred to the hospital by prehospital specialized service (85.7%), with Glasgow Coma Scale less than or equal to 8 (76.2%); 71.4% of the victims were addmited at the Intensive Care Unit (ICU), with an lenght of hospital stay of 07 days (±20.46) and NISS mean of 36 (± 9.99). All victims had serious head injury with elevated head MAIS and severe disability (66.7%). Statistically significant association was found between NISS and the GOS. The severity of the victims with DAI by NISS is an important indicator of health care and can assist in the planning of multidisciplinary rehabilitation program specialist. How to cite this article de Alencar Domingues C, de Cássia Almeida Vieira R, de Andrade AF, de Paula Guirado VM, de Sousa RMC. Associação do Valor Preditivo do New Injury Severity Score (Niss) Com A Escala de Resultados de Glasgow em Pacientes Com Lesão Axonial Difusa. Panam J Trauma Critical Care Emerg Surg 2012;1(3):186-187.


1995 ◽  
Vol 15 (02) ◽  
pp. 79-86
Author(s):  
L. Lampl ◽  
M. Helm ◽  
M. Tisch ◽  
K. H. Bock ◽  
E. Seifried

ZusammenfassungGerinnungsstörungen nach einem Polytrauma werden eine große Bedeutung für die weitere Prognose der Patienten beigemessen. In einer prospektiv angelegten Studie wurden bei 20 polytraumatisierten Patienten Gerinnungsund Fibrinolyseparameter analysiert, um deren Veränderungen während der präklinischen Phase zu definieren. Die Blutentnahmen wurden zum frühestmöglichen Zeitpunkt am Unfallort und bei Klinikübergabe durchgeführt. Die gewonnenen Proben wurden mit Hilfe eines speziell konzipierten »Kleinlabors« noch vor Ort verarbeitet, um möglichst native Meßwerte zu erhalten. Die Patienten wurden dem Schweregrad der Verletzung entsprechend kategorisiert und hatten einen Verletzungsschweregrad nach NACA > IV und einen Injury Severity Score (ISS) > 20. Die Ergebnisse zeigen, daß bereits in der sehr frühen Phase nach Eintritt des Traumas schwerwiegende Veränderungen des Gerinnungsund Fibrinolysesystems eintreten. Die frühzeitige Thrombingenerierung führt zu einer Verbrauchskoagulopathie und reaktiven Hyperfibrinolyse. Zusätzlich erzeugt die Freisetzung von endothelständigem Tissue-type-Plasminogenaktivator eine primäre Hyperfibrinolyse. Die Veränderungen des Gerinnungsund Fibrinolysesystems in der frühen präklinischen Phase nach Polytrauma können zu schwerwiegenden klinischen Komplikationen wie Blutungen, thromboembolischen Komplikationen und zur Ausbildung von Schockorganen führen.


2021 ◽  
pp. 000313482110249
Author(s):  
Leonardo Alaniz ◽  
Omaer Muttalib ◽  
Juan Hoyos ◽  
Cesar Figueroa ◽  
Cristobal Barrios

Introduction Extensive research relying on Injury Severity Scores (ISS) reports a mortality benefit from routine non-selective thoracic CTs (an integral part of pan-computed tomography (pan-CT)s). Recent research suggests this mortality benefit may be artifact. We hypothesized that the use of pan-CTs inflates ISS categorization in patients, artificially affecting admission rates and apparent mortality benefit. Methods Eight hundred and eleven patients were identified with an ISS >15 with significant findings in the chest area. Patient charts were reviewed and scores were adjusted to exclude only occult injuries that did not affect treatment plan. Pearson chi-square tests and multivariable logistic regression were used to compare adjusted cases vs non-adjusted cases. Results After adjusting for inflation, 388 (47.8%) patients remained in the same ISS category, 378 (46.6%) were reclassified into 1 lower ISS category, and 45 (5.6%) patients were reclassified into 2 lower ISS categories. Patients reclassified by 1 category had a lower rate of mortality ( P < 0.001), lower median total hospital LOS ( P < .001), ICU days ( P < .001), and ventilator days ( P = 0.008), compared to those that remained in the same ISS category. Conclusion Injury Severity Score inflation artificially increases survival rate, perpetuating the increased use of pan-CTs. This artifact has been propagated by outdated mortality prediction calculation methods. Thus, prospective evaluations of algorithms for more selective CT scanning are warranted.


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