scholarly journals Ocorrência de doenças em plantas ornamentais tropicais no Estado de Pernambuco

2004 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 332-335 ◽  
Author(s):  
Severina R. O. Lins ◽  
Rildo S. B. Coelho

As condições de cultivo das plantas ornamentais tropicais, relacionadas aos fatores precipitação, umidade, temperatura e densidade de plantio, favorecem a ocorrência de doenças que limitam a produção e reduzem a qualidade das flores. Destacaram-se as doenças causadas por fungos e nematóides, sendo assinaladas a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) em Heliconia spp., Etlingera elatior, Tapeinochilos ananassae, causando lesões em folhas e inflorescências; manchas foliares (Bipolaris spp., Cercospora sp., Curvularia lunata, Glomerella cingulata, Guignardia sp. e Deigthoniella torulosa) em Heliconia spp., Calathea burle marx e Musa coccinea; podridão de rizomas e raízes (Rhizoctonia solani e Fusarium oxysporum f. sp. cubense) em E. elatior e Heliconia chartacea cv. Sex Pink. As fitonematoses, causadas por espécies dos gêneros Meloidogyne, Radopholus e Helicotylenchus, constituem um dos principais problemas sanitários em ornamentais tropicais em Pernambuco, ocorrendo comumente em Alpinia purpurata, E. elatior, Zingiber espectabiles, Heliconia spp. e Musa spp. A espécie A. purpurata foi a mais suscetível a M. incognita. Em função dos trabalhos de erradicação pelos produtores, a murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum raça 2) foi assinalada com baixa incidência nas áreas de cultivo de flores tropicais.

2001 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 155-158
Author(s):  
João Bosco C. Silva ◽  
Ivani T. Oliveira-Napoleão ◽  
Loeni L. Falcão

O tratamento sanitário de substratos é uma operação importante no processo de produção de mudas e no cultivo de plantas em vasos ou outros contentores. Tradicionalmente tem-se utilizado o gás brometo de metila como agente desinfetante. Entretanto, a produção deste gás deverá ser abolida até o ano 2010, forçando-se a busca de novas opções. Desenvolveu-se na Embrapa Hortaliças um equipamento que utiliza o vapor de água à baixa pressão, produzido por uma caldeira industrial, com capacidade para evaporar 30 L/h de água, para aquecer o substrato contido em uma caixa metálica cilíndrica com capacidade de 2000 L. O vapor é aplicado no fundo da caixa que contém uma camada de brita coberta com uma tela metálica de malha de 2 mm, que favorece a distribuição uniforme do vapor por toda a massa de substrato. O tempo de aquecimento é de aproximadamente 3 horas e o calor armazenado durante este período mantém a massa de substrato aquecida a temperaturas pasteurizantes, por até 4 horas após a aplicação do vapor. Para testar a eficácia do sistema avaliou-se a sobrevivência dos patógenos Ralstonia solanacearum, Fusarium oxysporum, Sclerotinia sclerotiorum e Rhizoctonia solani. Aplicou-se vapor por uma hora, não considerando o período de aquecimento, e coletaram-se as amostras após uma, duas, três ou quatro horas o início da aplicação de vapor. O tratamento por uma hora, em adição ao período de aquecimento, resultou na eliminação dos patógenos.


2011 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 456-466 ◽  
Author(s):  
S.P. Souza ◽  
M.G. Cardoso ◽  
P.E. Souza ◽  
L.G.L. Guimarães ◽  
J. Andrade ◽  
...  

Este trabalho teve como objetivos avaliar a composição química do óleo essencial de Baccharis tridentata Vahl, as atividades antioxidante e fungitóxica, e estudar a morfologia das estruturas secretoras do óleo essencial presentes na superfície foliar por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV). A extração do óleo essencial foi realizada por hidrodestilação, as análises quantitativas e qualitativas foram executadas por meio de cromatografia em fase gasosa com detector de ionização de chamas (FID) e acoplada à espectrometria de massas, respectivamente. A atividade antioxidante foi realizada empregando-se os métodos de redução do radical estável DPPH e o ensaio de oxidação do sistema β-caroteno/ácido linoleico. As atividades fungitóxicas foram avaliadas utilizando o teste bioanalítico in vitro, sobre a inibição do crescimento micelial dos fitopatógenos Fusarium oxysporum, Colletotrichum gloeosporioides e Rhizoctonia solani. A composição química revelou a presença de 28 compostos, sendo o α-tujeno (22,93%) o constituinte majoritário; não foi observada atividade antioxidante por meio dos ensaios utilizados, no entanto, observou-se atividade fungitóxica sobre o crescimento micelial dos fitopatógenos estudados. Já os estudos da superfície foliar por MEV revelaram a presença de tricomas glandulares em ambas as superfícies abaxial e adaxial.


2012 ◽  
Vol 38 (2) ◽  
pp. 159-162 ◽  
Author(s):  
Diogo Herison Silva Sardinha ◽  
Antonia Alice Costa Rodrigues ◽  
Nathália Bandeira Diniz ◽  
Raimunda Nonata Santos de Lemos ◽  
Gilson Soares da Silva

Considerando a importância do cultivo de flores tropicais no contexto nacional e internacional, buscou-se realizar um levantamento da ocorrência de fungos e nematóides associados às mesmas, em áreas de cultivos de flores tropicais em São Luís - MA. Foram realizadas visitas periódicas, em intervalos bimestrais, nos locais onde a principal atividade era o cultivo de flores tropicais, para o monitoramento e coleta de plantas ou partes de plantas das espécies: Heliconia spp., Alpinia purpurata e Etlingera elatior com sintomatologia típica de doenças. Realizou-se, ainda, o teste de patogenicidade dos principais fungos detectados como agentes causais das manchas foliares. Os resultados obtidos confirmaram a existência de fungos associados aos cultivos de flores tropicais em São Luís, com destaque para Curvularia eragrostides (78 %), Pestalotiopsis sp. (68 %) e Colletotrichum gloeosporioides (47 %) como agentes causais de manchas foliares em espécies da família Heliconiaceae, e Curvularia eragrostides (75 %), Pestalotiopsis sp. (37 %) em espécies da família Zingiberaceae. Foram registrados oito gêneros de nematóides, tanto na família Heliconiaceae, quanto na Zingiberaceae, destacando-se o gênero Meloidogyne.


2020 ◽  
Vol 29 (1) ◽  
pp. 107-115
Author(s):  
Amina Khatun ◽  
Shamim Shamsi ◽  
MA Bashar

A total of 24 species of fungi, namely Aspergillus flavus Link, A. fumigatus Fresenius, A. niger (Type 1 and Type 2) Van Tiegh, A. ochraceus K. Wilhelm, A. nidulans Eidam, Aspergillus sp.1, Aspergillus sp.2, Aspergillus sp.3, Curvularia lunata (Wakker) Boedijn, Colletotrichum gloeosporioides Penz & Sacc, C. gossypii Southw., Chaetomium globosum Kunze., Fusarium nivale (Fr.) Sorauer, F. moniliforme J. Shelden, F. oxysporum Schlechtendal, F. fujikuroi Nirenberg, Mucor sp. P. Micheli ex L., Penicillium sp.1 and sp.2 Link, Rhizoctonia solani Khun., Rhizopus stolonifer (Ehrenb.) Vuill., Rhizomucor sp. Lucet & Costantin, Syncephalastrum racemosum Cohn and Trichoderma viride Pers. were found to be associated with the seeds of 14 varieties (CB 1- CB 14) of cotton. Out of these 24 fungal species, nine were found to be pathogenic to cotton. They were Aspergillus flavus, A. niger (Type 1), Aspergillus sp. 1, Colletotrichum gloeosporioides, Curvularia lunata, Fusarium nivale, F. moniliforme, Mucor sp. and Rhizoctonia solani. These pathogenic fungi had remarkable effect on seed germination, vigor index, root-shoot length and mortality of cotton seedlings. The germination percentage of control seeds was 88 but because of the presence of pathogenic fungi the rate showed considerable reduction in all the varieties and it varied from 20 to 82%. Among the nine fungal isolates Rhizoctonia solani showed maximum reduction in seed germination. Aspergillus flavus, Colletotrichum gloeosporioides and Fusarium moniliforme also caused near about 50% reduction in seed germination. Mortality percentage of control seedling were also less (6) whereas, in inoculated seeds it was higher and varied from 7 - 23%. Root- shoot ratio of control seedlings was high but less in inoculated seedlings. The vigor index of control plant was high (1548.8) but less in inoculated plants. The lowest vigor index was noticed for Rhizoctonia solani (202.0) and highest for Aspergillus sp. 1(1213.6). Results indicated that Curvularia lunata and Rhizoctonia solani showed a greater impact in reduction of cotton seed germination and vigor index. Dhaka Univ. J. Biol. Sci. 29(1): 107-115, 2020 (January)


2019 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 159-166
Author(s):  
Johana Ramírez-Olier ◽  
◽  
Juan Trujillo-Salazar ◽  
Víctor Osorio-Echeverri ◽  
Margarita Jaramillo-Ciro ◽  
...  

2021 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 6-16
Author(s):  
Erika Lorena Blanco Carrero ◽  
Yulimar Castro Molina

Las rizobacterias forman parte de la gran cantidad de microorganismos que actúan como agentes de biocontrol, produciendo metabolitos que inducen resistencia sistémica en las plantas que inhiben el crecimiento de patógenos. El objetivo de esta investigación fue evaluar la capacidad de diez rizobacterias de los géneros Rhizobium, Bradyrhizobium, Sinorhizobium, Ochrobactrum y Pseudomonas para producir ácido cianhídrico (HCN), sideróforos y ácido indol-acético (AIA), disolver fosfato, fijar nitrógeno e inhibir el crecimiento de fitopatógenos. Se realizaron todas las pruebas fisiológicas y bioquímicas correspondientes, así como la prueba de antagonismo in vitro contra los fitopatógenos Fusarium oxysporum, Colletotrichum gloeosporioides y Rhizoctonia solani.  Cinco cepas produjeron una mayor cantidad de AIA en relación a las otras en presencia de triptófano, la cepa ES1 (Ochrobactrum sp.) produjo HCN, el 50 % de las cepas evaluadas liberaron sideróforos, el 60 % disolvió fósforo, y todas resultaron positivas para la fijación de nitrógeno. Nueve cepas inhibieron el crecimiento de F. oxysporum entre 40 % y 65 %, la cepa Alf (Pseudomonas fluorescens) inhibió además el crecimiento de C. gloeosporioides en un 22 %, y ninguna inhibió el crecimiento de R. solani. Los rizobios evaluados y la cepa de Pseudomonas fluorescens podrían ejercer efectos beneficiosos sobre las plantas a través de mecanismos directos e indirectos, o una combinación de ambos, lo que las convierte en una opción sostenible para la producción de cultivos.


2013 ◽  
Vol 39 (3) ◽  
pp. 204-206 ◽  
Author(s):  
Martival dos Santos Morais ◽  
Luciana Cordeiro do Nascimento ◽  
Keila Aparecida Moreira ◽  
Marilene da Silva Cavalcanti ◽  
Neiva Tinti de Oliveira

Objetivando-se levantar e quantificar a incidência de doenças da mandioca em plantios comerciais no Estado da Paraíba, realizaram-se coletas em 21 municípios de quatro microrregiões do Estado no primeiro semestre de 2011. As doenças detectadas foram mancha parda (Cercosporidium henningsii), mancha branca (Phaeoramularia manihotis), antracnose (Colletotrichum gloeosporioides f. sp. manihotis) e podridão mole (Fusarium oxysporum). A incidência apresentou-se com variação, sendo os maiores índices constatados nos municípios das microrregiões do Curimataú Ocidental, Sapé e Brejo paraibano. A mancha parda ocorreu em todos os municípios avaliados, sendo seguida da mancha branca, cuja porcentagem de plantas atacadas foi inferior. A antracnose foi detectada em cerca de 70% dos municípios avaliados, porém com incidência reduzida. A maior incidência da podridão causada por F. oxysporum foi observada na cidade de Imaculada, microrregião de Serra do Teixeira.


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