scholarly journals Notas sobre a composição arbóreo-arbustiva de uma fisionomia das savanas de Roraima, Amazônia Brasileira

2005 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 323-329 ◽  
Author(s):  
Reinaldo Imbrozio Barbosa ◽  
Sebastião Pereira do Nascimento ◽  
Paulo Atlântico Figueiredo de Amorim ◽  
Rosemberg Ferreira da Silva

Foi realizado um inventário florístico das espécies arbóreo-arbustivas presentes em uma das unidades de vegetação que compõem a paisagem de savanas do Estado de Roraima, extremo norte da Amazônia brasileira. Esta unidade é caracterizada por ser densamente colonizada por ninhos do cupim Cornitermes ovatus Emerson. Foram observadas 29 espécies (15 famílias botânicas) em três localidades utilizadas para a amostragem. O total de espécies, por localidade, variou de 12 a 20. As espécies mais abundantes foram Byrsonima verbascifolia (L.) DC. e Mimosa microcephala Humb. & Bonpl. ex Willd. (subarbustivas), Byrsonima cf. intermedia A. Juss. e Randia formosa (Jack.) K. Schum. (arbustivas) e, Byrsonima crassifolia (L.) H.B.K. e Curatella americana L. (arbóreas). Oito espécies são comuns às três localidades. A diversidade medida pelo Índice de Shannon (H') foi baixa para todos os locais amostrados (<0,90), indicando concentração de indivíduos em poucas espécies. O Índice de Sørensen indicou que as áreas estudadas possuem similaridade (± 0,60), sugerindo um conjunto de ambientes com diversidade vegetal comum, representando uma mesma unidade de vegetação.

Heringeriana ◽  
2014 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 33-44
Author(s):  
Fernanda Gomes Ferreira ◽  
Jeanine Maria Felfili ◽  
Mariana Martins Medeiros ◽  
Manoel Cláudio Silva Júnior ◽  
Evandro Luiz Mendonça Machado

O cerrado sentido restrito ocorre frequentemente associado a solos distróficos e bem drenados. Entretanto, próximo a alguns rios esta comunidade ocorre associada a neossolos flúvicos onde, durante a estação chuvosa a vegetação lida com estresse por anoxia. O presente trabalho visa analisar a fitossociologia do cerrado sentido restrito sobre neossolos flúvicos em Paracatu-MG (17°28'12,43"; 46°33'51,99"). O sistema de amostragem foi baseado em 1O parcelas de 20x50m (lha), parcelas aleatórias onde todas as árvores, Db30cm ≥ 5cm, tiveram medidos seus diâmetros e alturas. Foram amostradas 54 espécies, que resultaram em 706 indlha-1 e 6,4 7 m2,ha·1 de área basal. Curatella americana (80,2-26,7%), Byrsonima crassifolia (34,5-11,5%), Eugenia dysenterica (18,13-6,04%), Zanthoxylum riedelianum (11,2-3,73%) e Dipteryx alata (10,1-3,48%) destacaram-se como as mais importantes na comunidade, e, juntas, somaram 51,4% do lVI total. A anoxia, produto do alagamento periódico neste cerrado associado a solos aluviais, aparentemente contribuiu para a formação da comunidade que mostrou riqueza, diversidade, densidade e dominância menores quando comparada com 29 outras áreas no cerrado sentido restrito associado a solos bem drenados.


2010 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 124 ◽  
Author(s):  
NIDIA ROJAS, H ◽  
SENOVIO AVELLANEDA ◽  
ARMANDO CUÉLLAR CUELLAR

La región Tierra Caliente, del estado de Guerrero, México, posee una variada flora, parte de la cual se utiliza por sus pobladores para el tratamiento de sus enfermedades. Sin embargo, existe poca información sobre las plantas medicinales utilizadas en esta zona y sobre cuáles se emplean para el tratamiento de las enfermedades infecciosas. Con el objetivo de obtener información sobre las plantas utilizadas en la medicina tradicional de esta región para curar enfermedades de origen microbiano, se realizó una encuesta etnomedicinal de tipo mixto con una pregunta abierta y ocho cerradas a personas conocedoras de la flora local. Se seleccionaron 30 planillas referentes a plantas empleadas para el tratamiento de enfermedades de posible origen microbiano. La encuesta permitió identificar nueve plantas usadas con esta finalidad, las que fueron identificadas taxonómicamente según las características de material vegetal herborizado: Karwinskia humboldtiana Roem et Sch. Zucc. (Guayabillo), Waltheria indica L. (Güinar), Zizyphus amole (Seesé & Moc) M.C. Jhonst (Corongoro), Cyrtocarpa procera Kunth in H. B. (Chucumpún), Lippia alba N.E. Brown ex Britton & Wilson (Tarape), Acacia farnesiana L. Willd (Huizache), Diphysa minutifolia Rose (Shure), Euphorbia albomarginata Torr & Gray (Golondrina) y Curatella americana L. (Rasca Viejo). Se determinó la parte de la planta empleada, el modo de preparación y la dosificación, tiempo de empleo, así como sus aplicaciones. Las plantas C. procera, Z. amole y D. minutifolia que no se han reportado anteriormente como medicinales.


2009 ◽  
Vol 45 (3) ◽  
pp. 491-496
Author(s):  
Juliana Brandstetter Vilar ◽  
Laryssa Silva de Andrade ◽  
Kaio Ramos Leite ◽  
Heleno Dias Ferreira ◽  
Lee Chen Chen

Curatella americana L., commonly known as "lixeira" in Brazil, has been used in folk medicine to treat ulcers and inflammations. The purpose of the present work was to evaluate the cytotoxic and genotoxic potential of the ethanolic extract of C. americana stem bark using the prophage λ induction test (SOS inductest). To evaluate the cytotoxicity of this plant, after treatment with different concentrations of the extract, Escherichia coli WP2s(λ) cultures were diluted in M9 buffer, inoculated into LB plates, and incubated for 24 h at 37 °C. To assess genotoxicity, the lysogenic strain E. coli WP2s(λ) was treated with different concentrations of the extract. Then, the lysogenic strain was added to the indicator strain (RJF013), LB(1/2)(malt/amp), seeded into plates with the matches, and incubated for 24 h at 37 °C. After this period, the total number of colonies and the number of plaques were counted to evaluate C. americana cytotoxicity and genotoxicity, respectively. Our results showed that although the extract of "lixeira" did not modify the survival of bacteria (p > 0.05), it caused a significant increase in prophage λ induction, especially at the higher concentrations (p<0.05). Therefore, we conclude that the ethanolic extract of C. americana stem bark did not present cytotoxic effect, but some genotoxic potential was observed.


Rodriguésia ◽  
1980 ◽  
Vol 32 (52) ◽  
pp. 229-241
Author(s):  
DELPHOS JOSÉ GUIMARÃES ◽  
ROSÂNGELA RAMOS DE ARAÚJO ◽  
BENEDICTO A. DUARTE DE OLIVEIRA ◽  
HONORIO MONTEIRO NETO

A espécie usada no presente estudo, Curatella americana L. fam. Dilleniaceae, da qual existe exemplar vivo no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, cultivada a partir de sementes trazidas do cerrado da Paraopeba, Estado de Minas Gerais. Habita por todo Brasil tropical, em lugares secos subestéreis, associada a pequenas árvores e arbustos que são chamados tabuleiros cobertos e também na orla das caatingas, onde se torna caducifólia, Estado de São Paulo, parte setentrional, nos Estados de Minas Gerais, em Cerro Frio, perto de Formiga e também entre Borda do Campo e Ouro Preto, na parte ocidental até o Rio São Francisco. Pelo Estado de Goiás até Mato Grosso na altura de Cuiabá. De Vitória até a Bahia principalmente em lugares arenosos, também no Piauí, Maranhão e Pará (ob. dos autores). Nomes vulgares: lixeira, cajuerio, bravo, cajurana, sambaiba (do Tupi Çaimbé áspero). Os carajás denominam-se Cô-ri-xó segundo Othon Machado. As folhas são empregadas como papel de lixa, no polimento e desgaste de objetos de madeira. É utilizada ainda em veterinária e em medicina humana no tratamento de ferimentos infectados. (Fl. Bras. 13 (1):67-69. As folhas, quanto à sua morfologia, são: Folhas elíptica às vezes oblongas, obtusas às vezes arredondadas, mais ou menos plicadas inteiras. Repandas às vezes sinuato dentada (grosso crenada), superiormente (pag. ventral) áspera tomentosa às vezes ásperas. Folhas fechadas para o ápice do ramo, as mais jovens agradavelmente tomentosa, pelos faisciculados estelados, bastante rijos às vezes alogandos e flexíveis o indumento torna-se áspero e quando os pêlos são mais espeçados menos é a aspereza. O tamanho dos pêlos é variado, bem como o espaçamento entre eles e o tamanho das folhas varia de 7,6 cm a 30,5 cm de comprimento por 3,8 cm a 12,7 cm de largura. O pecíolo é pequeno medindo 0,225 cm. A nervura central bem desenvolvida, dorsalmente semicilíndrica. Nervuras secundárias em números de 12 a 18 ereto patentes e prolongam-se em apículos marginais. Ventralmente são subimpressas, e dorsalmente são salientes elegantemente reticuladas na página dorsal. Aparecem pelos estrelados em todas as nervuras, são persistentes.


1999 ◽  
Vol 67 (2) ◽  
pp. 171-177 ◽  
Author(s):  
M.S Alexandre-Moreira ◽  
M.R Piuvezam ◽  
C.C Araújo ◽  
G Thomas

2019 ◽  
Vol 7 (4) ◽  
pp. 443-448
Author(s):  
Yasmim Andrade Ramos ◽  
Allan Deyvid Pereira Da Silva ◽  
Rayna Régina Alves de Oliveira ◽  
Rodrigo Araújo Fortes ◽  
Francisca de Cássia Silva Da Silva ◽  
...  

A vegetação lenhosa do Cerrado apresenta propriedades adaptativas ao fogo. As queimadas durante a estação seca podem ocasionar em mudanças significativas na estrutura e composição florística da vegetação. Este trabalho teve como objetivo avaliar a inflamabilidade de seis espécies nativas de um fragmento de Cerrado, localizado no sul do Tocantins. Foram coletadas amostras compostas de materiais finos das espécies selecionadas, com diâmetro inferior a 7 mm, excluindo folhas jovens e gemas apicais. Para cada espécie, realizou-se 50 repetições, sendo analisados: frequência de ignição, tempo para ignição, duração da combustão, índice de combustão, além da determinação do valor de inflamabilidade. Dentre as espécies avaliadas, Curatella americana L., Clethra scabra Pers. e Anacardium occidentale L. obtiveram valores significativos com destaque para Clethra scabra Pers. que obteve os maiores valores médios das variáveis de inflamabilidade. Observamos também que a maioria das espécies tiveram um índice de combustão classificados como muito alto (IC = 4 e IC = 5). Com este estudo podemos concluir que a maioria das espécies são inflamáveis, sendo que Clethra scabra Pers. foi a espécie que apresentou o melhor resultado das variáveis de inflamabilidade sendo classificada como altamente inflamável. Por outro lado, Macrolobium limbatum Spruce ex Benth. var. limbatum e Ziziphus cinnamomum Triana & Planch. foram as espécies que obtiveram os menores resultados sendo classificadas como fracamente inflamáveis.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 020-027
Author(s):  
Maristela Epifânio ◽  
Pablo Henrique Nunes de Carvalho ◽  
Hygor Gomes de Almeida Sousa ◽  
Bruno Aurélio Campos Aguiar ◽  
Renata Carvalho da Silva ◽  
...  

O presente estudo tem como objetivo avaliar a similaridade entre a composição florística de quatro áreas de cerrado sensu stricto no estado do Tocantins, distribuídos em 9,5 hectares. Para análise observou-se uma lista de 75 espécies e 32 famílias, listadas em quatro diferentes estudos fitossociológicos realizados nos municípios de Dueré, Paranã e Gurupi. A análise multivariada de Cluster demonstrou a formação de três grupos: O grupo A formado pelas 4 áreas foi o menos similar, com aproximadamente 16% de similaridade, com apenas duas espécies de ligação entre Paranã e as demais áreas Curatella americana L. e Qualea parviflora Mart. O grupo B foi constituído por Dueré e as duas áreas de Gurupi e apresentaram aproximadamente 26% de similaridade, o grupo C foi formado por duas áreas de Gurupi e obtiveram 12 espécies em comum e a maior similaridade, com cerca de 44%. Os resultados salientam que a proximidade geográfica, as condições do solo, altitude e conservação das áreas contribuíram para a distribuição das comunidades e composição florística. Conclui-se que a diferença florística e estrutural é maior entre as áreas mais distantes do que entre as áreas em que há presença de reserva legal, destacando-se a necessidade da criação de Unidades de Conservação no Tocantins.


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