scholarly journals Fronteiras, deslocamentos, fluxos: quando a ficção questiona o estatuto da ficção

2010 ◽  
Vol 28 (2) ◽  
pp. 197-210
Author(s):  
Jacques Fux ◽  
Maria Elisa Moreira

O artigo problematiza as relações entre ficção e teoria a partir de uma reflexão sobre as obras de escritores cujos textos são híbridos às vezes impossíveis de classificar entre os dois gêneros. Tendo como ponto de partida as obras de Italo Calvino, Georges Perec, Jorge Luis Borges e Ricardo Piglia buscamos observar como a opção narrativa destes escritores enfrenta a própria distinção entre ficção e teoria, contribuindo para um alargamento dos limites e uma transposição das fronteiras entre eles. Estes autores colocam em questão os paradigmas tradicionais da ciência como única forma válida de produção de conhecimento e abrem espaços para a produção de outros saberes narrativos, quando tomam a própria ficção para questionar seu estatuto e atravessam assim as fronteiras da teoria.

2020 ◽  
Vol 29 (2-2020) ◽  
pp. 22-30
Author(s):  
Lis García-Arango

En este artículo, se pretende analizar Tema del traidor y del héroe, de Jorge Luis Borges, a partir de la tesis sobre el cuento borgeano que plantea Ricardo Piglia. Se emplea una metodología que divide el análisis en diferentes historias que convergen en el texto: la Escénica y las Criminales. Se profundiza en los pormenores y se apropia de la intertextualidad con los cuentos: La muestra de la espada rota y La torre de la traición, de Gilbert Keith Chesterton, para reinterpretar el relato que, desde el comienzo, es una paradoja. ¿Se es traidor o se es héroe? Descifrar el enigma, bajo la lupa del crítico-lector como detective y del escritor como criminal, guía la investigación.


Interacción ◽  
2014 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 223-241
Author(s):  
Catherine Bermejo Camacho

La découverte de Si par une nuit d’hiver un voyageur2 d’Italo Calvino nous fait penser à l’une des premières nouvelles de Jorge Luis Borges, Le conte de deux rêveurs, dans Historia universal de la infamia/Histoire universelle de l’infamie. S’inspirant d’un conte des Mille et une nuits, Jorge Luis Borges nous raconte l’histoire d’un homme qui vivait au Caire et qui un jour rêve qu’une voix lui ordonne de se rendre dans la ville d’Ispahan où il trouvera un trésor lui appartenant. L’homme entreprend le voyage. À son arrivée à Ispahan, il s’endort dans la cour d’une mosquée, sans savoir qu’il est entouré de voleurs. Quand il ouvre les yeux, il est en prison et un officier lui demande ce qu’il fait dans sa ville. L’Égyptien choisit de répondre la vérité, et l’officier, en se moquant de son rêve, lui dit: «Hombre desatinado y crédulo, tres veces he soñado con una casa en la ciudad de El Cairo, en cuyo fondo hay un jardín, y en el jardín un reloj de sol y después del reloj de sol una higuera y luego de la higuera una fuente, y bajo la fuente un tesoro. No he dado el menor crédito a esa mentira. Tú, sin embargo, engendro de mula con un demonio, has ido errando de ciudad en ciudad, bajo la sola fe de tu sueño. Que no te vuelva a ver en Isfaján. Toma estas monedas y vete3.»


2009 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
pp. 249-263
Author(s):  
Maria Elisa Rodrigues Moreira

2012 ◽  
Vol 22 (3) ◽  
pp. 215-227
Author(s):  
Maria Elisa Rodrigues Moreira

O presente artigo procura refletir sobre as diversas mobilidades que caracterizam o texto literário contemporâneo, tomando como objeto as obras de Jorge Luis Borges e Italo Calvino. Isso porque, ao constituir projetos literários híbridos, os dois autores questionam os lugares da ficção e da teoria, deslocando e espessando suas fronteiras originárias.


2015 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 73
Author(s):  
Maria Elisa Rodrigues Moreira

<p>O presente artigo propõe uma reflexão crítico-analítica sobre a temática do arquivo a partir das obras de Jorge Luis Borges e Italo Calvino. Tomando por referencial teórico o livro <em>Mal de arquivo</em>, de Jacques Derrida, aborda-se, num primeiro momento, duas ficções dos escritores que têm o arquivo e a memória como tema: “A memória do mundo”, de Calvino, e “A memória de Shakespeare”, de Borges. Em seguida, busca-se compreender como o escritor argentino e o escritor italiano valem-se de sua memória literária e de seu papel de autoridade arcôntica para estabelecer um certo arquivo da literatura, identificando outros autores e obras que julgam dignos de uma sobrevida. Essas “máquinas-arquivísticas” literárias são analisadas nos livros póstumos <em>Esse ofício do verso </em>e <em>Seis propostas para o próximo milênio</em>, resultados das conferências de Borges e Calvino, respectivamente, destinadas às Norton Lectures.    </p><p>This article purposes an analytic-critic reflection about the thematic of the archive from Jorge Luis Borges and Italo Calvino’s works. Having the book <em>Mal de arquivo</em>, by Jacques Derrida, as a theoretical reference, in the first moment, two fictional works from writers that have the archive and the memory as subject: “A memória de Shakespeare”, by Borges, and “A memória do mundo”, by Calvino are approached. After that, it is seeking comprehending how the Argentinean writer and the Italian writer have their literary memory and their archontic authority to establish some kind of literature archive, identifying other authors and works that judge themselves worthy of a afterlife (<em>Fortleben</em>). These literary “archival-machines” are analyzed in posthumous books <em>Esse ofício do verso </em>e <em>Seis propostas para o próximo milênio</em>, results of Borges and Calvino’s conferences, respectively, to Norton Lectures.</p>


2018 ◽  
Vol 52 (2) ◽  
pp. 492-504
Author(s):  
Armando Rotondi

Il contributo si focalizza sulla figura intellettuale di Silvio Perrella, scrittore palermitano di nascita, ma trasferitosi a Napoli nel 1973, che rappresenta un unicum nella scena letteraria napoletana odierna. In opposizione ad un contesto contemporaneo caratterizzato fortemente dalla letteratura di genere, Perrella dà vita a una narrazione post-moderna e anti-narrativa in cui si mescolano situazioni reali del suo vissuto, ricordi intellettuali e sezioni saggistiche, con al centro il rapporto spaziale e temporale con la città di Napoli. Nei suoi volumi Giùnapoli e Doppio scatto, così come nelle fiabe urbane L’Aleph di Napoli, L’alfabeto del mare e L’ombra della Gaiola, Perrella si muove in quella che si potrebbe definire una “promenade literature”, creando connessioni tra le differenti realtà di Napoli—caratterizzata dall’alto e dal basso—attraverso influenze che vanno da Jorge Luis Borges sino a Italo Calvino e Gilles Deleuze.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document