Abstract: The intensification of anti-immigration policies and discourses in the United States during Donald Trump’s administration reveals a reaction against the foreigner characterized, as Jacques Derrida proposes, by the widening of ethnocentric and xenophobic circles in face of the fluxes of capital, people, and information in contemporaneity. In this context, it is part of the critic’s responsibilities to address the link between literature and national identity, while attesting to the way literature transgresses the borders imposed upon it. This is the stance this article intends to take as it analyses Kathleen de Azevedo’s 2006 Brazilian-American novel Samba Dreamers. For this purpose, I depart from a discussion about the intrinsic relationship between hospitality and hostility to the foreigner, as well as from the possibility of literature of saying everything (tout dire), to argue that this novel objects to stable notions of nation, gestures towards a displacement of identity beyond the constraints of the state, and invites a post-national mode of thinking.Keywords: immigrant writing; post-nationalist literature; Brazilian-American literature; national identity.Resumo: A intensificação de políticas e discursos anti-imigração nos Estados Unidos durante a presidência de Donald Trump revela uma reação ao estrangeiro caracterizada, como coloca Jacques Derrida, pelo espessamento dos círculos etnocêntricos e xenofóbicos diante dos fluxos contemporâneos de capital, pessoas e informações. Nesse contexto, é papel do crítico abordar a relação entre literatura e identidade nacional, atentando para as formas pelas quais a literatura transpõe as fronteiras que lhe são impostas. Este é o posicionamento que se pretende ter aqui, enquanto se analisa o romance brasileiro-estadunidense Samba Dreamers, de Kathleen de Azevedo (2006). Para isso, parte-se de uma discussão sobre a relação intrínseca entre hospitalidade e hostilidade ao estrangeiro, assim como da possibilidade da literatura de dizer tudo (tout dire), para propor que o romance se opõe a noções estáveis de nação, articula o deslocamento da ideia de identidade para além dos limites geopolíticos do estado e convida a um pensamento pós-nacional.Palavras-chave: escrita de imigrantes; literatura pós-nacional; literatura brasileiro-estadunidense; identidade nacional.