scholarly journals Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida em mulheres no período pós-menopausa

2017 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 12-21
Author(s):  
Bianca Zezi ◽  
Hellen da Silva Camargo ◽  
Jaqueline Cortezia de Souza

Introdução: A Sociedade Internacional de Continência (International Continence Society) define Incontinência Urinária (IU) como “a queixa de qualquer perda involuntária de urina” relatada pelo paciente. Objetivos: Investigar a prevalência de IU em mulheres que estão vivenciando a pós-menopausa e verificar o quanto ela interfere na qualidade de vida. Metodologia: O presente estudo caracterizou-se por ser uma pesquisa do tipo descritiva, no qual se verificou a prevalência da IU e a qualidade de vida em 150 participantes da cidade de Olímpia e São José do Rio Preto/SP. Os questionários utilizados foram o King’s Health Questionnaire (KHQ) e o “International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form” (ICIQ-SF). Resultados: O estudo apresentou prevalência da IU em 48,66%na amostra estudada. Conclusão: O impacto da IU na qualidade de vida foi nenhum em 61,33%, verificando que as avaliadas que apresentaram IU, não a consideravam como um problema que causasse impacto na sua qualidade de vida.Palavras-chave: Incontinência Urinária; Menopausa; Fisioterapia.

2019 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 378-385
Author(s):  
Carolina Correia da Silva ◽  
Júlia Ribeiro Santana ◽  
Vinícius Oliveira da Silva ◽  
Priscila Godoy Januário ◽  
Humberto França Ferraz de Oliveira ◽  
...  

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina, sendo a tosse um fator de risco. A tosse é um sintoma frequente da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podendo associar-se com a IU. OBJETIVO: Avaliar a frequência de perda urinária e o impacto da IU na qualidade de vida das pessoas com DPOC e caracterizar a presença de tosse. MATERIAL E MÉTODOS: Tratou-se de um estudo descritivo, realizado em pessoas com DPOC. A coleta dos dados foi realizada no Departamento de Ciências da Vida II/UNEB. Aplicou-se o International Consultation Incontinence Short-Form (ICIQ-SF) para avaliar a frequência de perda urinária e o King’s Health Questionnaire (KHQ) para o impacto na qualidade de vida. Os dados foram analisados no software SPSS (v.22.0), descritos em medida de tendência central, dispersão e proporções. Um p < 0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: Das 30 pessoas avaliadas, a média da idade foi 66,7± 8,6 anos; desses 11 (36,7%) apresentaram queixa de IU, sendo sete (63,3%) mulheres. Entre esses a média de pontuação do ICIQ-SF foi de 5,9± 4,4. Vinte e oito participantes (93,3%) tinham tosse crônica. Analisando o KHQ, o domínio de maior impacto foi “percepção geral de saúde’’. CONCLUSÃO: A frequência de IU em pessoas com DPOC foi de 35,7% e a de tosse foi de 93,3%. Entre as pessoas com perda urinária, 36,7% referiram alguma interferência na vida diária. É importante incluir a avaliação da IU para ampliar o manejo clínico da condição de saúde dessas pessoas.


2004 ◽  
Vol 38 (3) ◽  
pp. 438-444 ◽  
Author(s):  
José Tadeu Nunes Tamanini ◽  
Miriam Dambros ◽  
Carlos Arturo Levi D'Ancona ◽  
Paulo César Rodrigues Palma ◽  
Nelson Rodrigues Netto Jr

OBJETIVO: Traduzir e validar para a língua portuguesa o questionário de qualidade de vida condição-específico denominado International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) em pacientes com incontinência urinária. MÉTODOS: Duas traduções independentes do ICIQ-SF foram feitas por brasileiros, fluentes na língua inglesa. Após harmonização das mesmas, a tradução resultante foi retrotraduzida independentemente por dois nativos de países de língua inglesa. As diferenças foram harmonizadas e pré-testadas em um estudo piloto. A versão final do ICIQ-SF para o português, bem como a versão em português do King's Health Questionnaire (KHQ) foram aplicadas simultaneamente em 123 pacientes consecutivos com queixa de incontinência urinária (29 homens e 94 mulheres) que procuraram o laboratório de uroginecologia e o serviço de urodinâmica de um hospital universitário, localizado em Campinas. Foram testadas as propriedades psicométricas do questionário, como confiabilidade e validade de constructo. RESULTADOS: A idade mediana foi de 53 anos (intervalo de 16 a 86 anos). O período médio de reteste para o ICIQ-SF foi de 14,37 dias (intervalo de seis a 41 dias). Nenhuma alteração do formato original do ICIQ-SF foi observada no final do processo de tradução e adaptação cultural. A consistência interna foi alta, como demonstrado pelo coeficiente alfa de Cronbach (0,88). O resultado do teste-reteste foi considerado de moderado a forte, como indicado pelo índice Kappa ponderado, cujos valores variaram de 0,72 a 0,75, e o coeficiente de correlação de Pearson que foi de 0,89. A correlação entre o ICIQ-SF e o KHQ foi considerada de moderada a boa para a maioria dos itens, variando de 0,44 a 0,77. A avaliação das validades de constructo e concorrente foi também satisfatória e estatisticamente significante. CONCLUSÕES: A versão para o português do ICIQ-SF foi traduzida e validada com sucesso para aplicação em pacientes brasileiros de ambos os sexos, com queixa de incontinência urinária, apresentando satisfatória confiabilidade e validade de constructo.


2014 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
pp. 17-25 ◽  
Author(s):  
Carlos Augusto Faria ◽  
Ana Maria Neiva de Menezes ◽  
Amannda Oliveira Rodrigues ◽  
Adriene de Lima Vicente Ferreira ◽  
Camilla de Nadai Bolsas

Objetivos: estimar a prevalência de incontinência urinária e de seus subtipos (incontinência urinária de esforço, bexiga hiperativa e incontinência mista), a prevalência do sintoma de noctúria, e avaliar o impacto dessas condições sobre a qualidade de vida na população de idosas atendida para vacinação numa Unidade Básica de Saúde de Niterói-RJ. Métodos: estudo observacional descritivo, com utilização das versões brasileiras do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form e do King's Health Questionnaire, respectivamente, para triagem de mulheres com incontinência urinária e para avaliar o impacto da incontinência urinária e da noctúria sobre a qualidade de vida. Participaram do estudo 66 mulheres. Resultados: a média das idades foi de 69,6±7,2 anos. Com o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form, a prevalência de incontinência urinária foi de 42,4%, sendo que 42,9% das idosas incontinentes referiram que a perda interferia nas suas atividades diárias. A prevalência de incontinência urinária de esforço, bexiga hiperativa e incontinência mista foi de 15,2%, 12,1% e 10,6%, respectivamente. Dentre as mulheres incontinentes, 20 aceitaram responder ao King's Health Questionnaire, tinham incontinência mista 11 delas (55%) e 16 apresentavam noctúria (80%). Houve comprometimento da qualidade de vida em todos os domínios. Conclusão: a prevalência de incontinência urinária foi elevada na população estudada. Com a utilização do questionário de triagem, a incontinência urinária de esforço foi o subtipo mais comum, ao passo que a utilização do questionário de avaliação de qualidade de vida mostrou prevalência mais elevada de incontinência mista. A frequência de noctúria foi estimada somente para as mulheres que responderam ao King's Health Questionnaire. Houve comprometimento da qualidade de vida em todos os domínios avaliados.


Author(s):  
Juliana Padilha ◽  
Alyssa Conte da Silva ◽  
Giovana Zarpellon Mazo ◽  
Cláudia Mirian De Godoy Marques

Objetivo: Investigar a Qualidade de Vida (QV) de mulheres com Incontinência Urinária (IU). Método: Pesquisa do tipo observacional de caráter transversal, com abordagem quantitativa. Aplicou-se uma ficha de anamnese adaptada de Moreno (2009) e Stephenson e O´Connor (2004) para traçar o perfil social e uroginecológico das participantes. A fim de investigar a QV em relação às perdas urinárias, foi utilizado o King’s Health Questionnaire (KHQ) e International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, distribuição de frequência, percentual, média e desvio padrão. Resultados: Participaram do estudo 44 mulheres com IU, com média de idade de 67,1 (±6,1) anos. Observou-se que a QV em relação às perdas urinárias foi considerada de fraca a moderada. Partindo-se do pressuposto que o KHQ não possui uma pontuação geral (os índices variam de 0 a 100), quanto mais próxima a pontuação de 100, pior o desempenho para aquele domínio em específico. Em relação ao questionário ICIQ-SF, o impacto da IU apontou que a média foi de 8,79, classificado como grave, sendo que a maioria, 43%, apresentou uma pontuação muito grave. Conclusão: Os dois instrumentos distintos (ICQ-SF e KHQ) apresentaram valores diferentes sobre análise da QV das mulheres pesquisadas, porém ambos remetem algum impacto negativo sobre a QV.


2017 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 9
Author(s):  
Fabiana Flores Sperandio

Trata-se de um estudo transversal, cujo objetivo foi avaliar a qualidade de vida de mulheres climatéricas com e sem perdas urinárias frequentes, comparando-as mediante o efeito das diferenças sociais sobre a qualidade de vida. Os sujeitos deste estudo foram 52 mulheres entre 45 e 55 anos, período pré e pós-menopausa. Estas foram divididas em dois grupos: Grupo I, 26 mulheres atendidas pela rede pública de saúde, com renda familiar inferior a três salários mínimos; Grupo II, 26 mulheres atendidas pela rede privada de saúde, com renda familiar superior a cinco salários mínimos. Os instrumentos do estudo foram questionários contendo dados pessoais, o Women’s Health Questionnaire e o “International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form” (ICIQ-SF). Observou-se que as mulheres do grupo II apresentaram melhor índice de qualidade de vida e menor interferência das perdas urinárias em sua vida diária. Obteve-se correlação negativa entre a escolaridade e os domínios e pontuação total do WHQ (r = - 0,427) e do ICIQ-SF (r = - 0,287), apontando que quanto maior a escolaridade menores os sintomas observados. Conclui-se, portanto, que fatores socioeconômicos, assim como as perdas urinárias interferem na percepção de qualidade de vida da mulher durante o período do climatério. Palavras-chave: climatério, qualidade de vida, incontinência urinária.


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