scholarly journals PHYSA MARMORATA (MOLLUSCA: PHYSIDAE) COMO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO DE ECHINOSTOMA EXILE (TREMATODA: ECHINOSTOMATIDAE) NO BRASIL

2021 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
Author(s):  
Hudson Alves Pinto ◽  
Alan Lane De Melo

Cercárias do tipo equinostoma apresentando colar cefálico com 45 espinhos foram encontradas em Physa marmorata Guilding, 1828 coletadas em coleção aquática localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Metacercárias obtidas experimentalmente em Biomphalaria glabrata (Say, 1818) foram utilizadas para a infecção de Columba livia Gmelin, 1789. Parasitos adultos recuperados do intestino delgado das aves aos 14 dias após a infecção foram identificados como Echinostoma exile Lutz, 1924. As características morfológicas das cercárias de E. exile são descritas pela primeira vez e P. marmorata é relatada como o primeiro hospedeiro intermediário natural do parasito.

1973 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
pp. 295-297 ◽  
Author(s):  
Luiz A. Magalhães ◽  
Luiz Candido de Souza Dias

Foi estudada a suscetibilidade da Biomphalaria glabrata de um foco de Schistosoma mansoni no município de Ourinhos, (SP, Brasil). Concluiu-se pela alta capacidade desses moluscos à infecção pelas cepas de S. mansoni de Belo Horizonte, Minas Gerais e de São José dos Campos, São Paulo.


1983 ◽  
Vol 78 (3) ◽  
pp. 251-256 ◽  
Author(s):  
Cecília Pereira de Souza ◽  
Neusa Araujo ◽  
Maria de Lourdes Lima de Azevedo

Caramujos de Biomphalaria straminea, descendentes de exemplares coletados em nove municípios do Estado de Minas Gerais, foram infectados experimentalmente com três cepas de Schistosoma mansoni: "LE", procedente de Belo Horizonte (MG); "SJ", procedente de São José dos Campos (SP) e "AL" procedente do Nordeste (AL). As taxas de infeção variaram de 0,0 a 24,0% com a cepa "LE"; de 0,0 a 16% com a cepa "SJ" e de 2,0 a 9,0% com a cepa "AL". Os índices de infecção experimental obtidos foram semelhantes aos registrados por outros autores, para B. straminea dessa região. Comparou-se o número de cercárias de cepa "LE", eliminadas por oito exemplares de B. straminea de Baldim e oito Biomphalaria glabrata do controle, após 30 minutos de exposição à luz. O número de cercárias eliminadas por B. straminea foi de 4.550, aproximadamente cinco vezes menor que o de B. glabrata, 22.679. Discute-se a potencialidade desses moluscos como hospedeiros do S. mansoni nessa região.


1975 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 26-35 ◽  
Author(s):  
Omar dos Santos Carvalho ◽  
Roberto Milward de Andrade ◽  
Maria Inês Nahás Cortês

Entre julho/1972 e novembro/1973, tiveram prosseguimento investigações relacionadas ao problema da esquistossomose mansônica no Lago da Pampulha, Belo Horizonte, MG (Brasil), particularmente sobre o papel epidemiológico dos roedores no problema local daquela parasitose. Dentro do período mencionado, foram realizadas 58 capturas, obtendo-se 183 exemplares de roedores, pertencentes a 8 gêneros e 10 espécies distintas. Através de exames de fezes e de vísceras (fígado e intestino) verificou-se que 10,9% (20) dos espécimens capturados abrigavam ovos e vermes adultos de Schistosoma mansoni. Apenas 3 espécies encontravam-se parasitadas: Holochilus brasiliensis (Desmarest, 1818), Nectomys squamipes squamipes (Brants, 1827) e Zygodontomys lasiurus (Lund, 1841), com, respectivamente, 11 (55,0%), 6 (30,0%) e 3 (15,0%) exemplares infectados. Não obstante, ao longo de cerca de 21 km de perímetro do lago, em 16.090 conchadas apenas 0,4% (70) revelaram-se positivas para planorbíneos, sendo capturados 64 exemplares de Biomphalaria glabrata (Say, 1818) e 35 de B. tenagophila (d'Orbigny, 1835), todos negativos para cercárias de S. mansoni. O encontro de roedores parasitados decorreria da eliminação de cercárias por planorbíneos existentes nos córregos tributários e valas a eles adjacentes. As larvas do trematódeo, levadas pela correnteza, atingiriam os roedores no "domínio vital" adstrito ao lago. Através de mecanismo análogo, os usuários do lago poderão se infectar, malgrado a permanente vigilância das autoridades sanitárias locais, que patrocinam estudos destinados à recuperação daquele local. Admitem, finalmente, os AA. que o papel dos roedores na epidemiologia da esquistossomose variará, sempre, de uma área para outra, segundo características de cada ecossistema envolvido.


1995 ◽  
Vol 37 (4) ◽  
pp. 319-324 ◽  
Author(s):  
Cecília Pereira de Souza ◽  
Liana K. Jannotti-Passos ◽  
Sueleny Silva Ferreira ◽  
Ivan Barbosa Machado Sampaio

In these experiments the ratio of male to female S. mansoni larvae in D. glabrata from Belo Horizonte and Ribeirão das Neves Minas Gerais, Brazil, either reared in laboratoty or collected in the field, varied from 1:1 to 1:1.3 or 1.4:1. Cercariae of LE strain of Schistosoma mansoni, shed by 39 snails maintained at 25±0.5ºC were used to infect mice on a weekly basis. Subsequent perfusion resulted in 76.6% male and 23.4% female worms. The cercariac produced by 32 infected snails maintained at 27+0.5°C were inoculated into mice and produced 43.4% male and 56.6% female worms (p<0.05). Cercariae eliminated by snails collected in Barreiro and Ressaca, Belo Horizonte, during hot months, produced 45.7 to 47.7% male and 52.3 to 54.3% female worms. A lower number of cercariae shed by snails collected in Gorduras, Belo Horizonte, at 20+3.0°C, produced 51.6% male and 48.4% female worms. Thus, in this region the infection of vertebrate hosts with S. mansoni cercariae would be more severe in the summer due to the higher level of parasites and the number of eggs.


1994 ◽  
Vol 36 (6) ◽  
pp. 485-489 ◽  
Author(s):  
Cecília Pereira de Souza ◽  
Neusa Araújo ◽  
Liana Konovaloff Jannotti-Passos ◽  
Carlos Tito Guimarães

The snail density, levels of infection and the monthly production of Schistosoma mansoni cercariae by Biomphalaria glabrata were determined in a focus of Barreiro de Baixo (Belo Horizonte, MG, Brazil). During a period of 38 months (1984 to 1987) 5,366 snails were collected of which 324 (6.03%) were infected with S. mansoni. The total number of cercariae shed was 5,667,312. Each snail shed an average of 17,422 cercariae during the time that it was under study in the laboratory. The greatest longevity of infected snails was 218 days. Natural cure was observed in 42 (12.9%) of the infected specimens about 130 days after collection. The average snail density in the focus during the period of study was 16.3 snails per scoop. The shedding of cercariae by snails collected from the field was compared with laboratory bred specimens infected in mass with the LE strain of S. mansoni from Belo Horizonte. The laboratory infected snails shed an average of 6,061 cercariae each, a value 2.8 times less than the field specimens due to a shorter life span. The prevalence of schistosomiasis in the focus was 14.3%.


1997 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 313-316 ◽  
Author(s):  
Carlos Tito Guimarães ◽  
Marilza Antunes de Souza ◽  
Delza de Moura Soares ◽  
Cecília Pereira de Souza

Existem atualmente na região metropolitana de Belo Horizonte 18 parques urbanos (também denominados "parques ecológicos") com coleções hídricas (lagoas, nascentes, córregos etc). Pesquisas iniciais em 17 destes parques mostraram a ocorrência de moluscos hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni em pelo menos quatro deles. Capturas mensais nestes parques, de agosto/94 a fevereiro/96, mostraram os seguintes resultados em relação aos planorbíneos: Parque Julien Rien: 1.145 exemplares de Biomphalaria glabrata (2 mm a 13 mm); Parque Betânia: 149 exemplares de B. glabrata (4 mm a 13 mm); Parque Santa Lúcia: 2.431 exemplares de B. straminea (3 mm a 9 mm) e Parque Lagoa do Nado: três exemplares de B. tenagophila (3 mm a 10 mm). As visitas aos parques terão prosseguimento e, após um diagnóstico sobre a situação de cada parque, serão sugeridas às autoridades municipais medidas de controle e/ou erradicação adequadas a cada área.


1976 ◽  
Vol 10 (5) ◽  
pp. 235-247 ◽  
Author(s):  
Omar dos Santos Carvalho ◽  
Roberto Milward de Andrade ◽  
Maria Inês Nahás Cortes

Junto ao Lago da Pampulha, Belo Horizonte, MG, foram capturados (julho/72-novembro/73) 28 exemplares de Holochilus brasiliensis, dos quais 11 (39,3%) eliminavam nas fezes ovos viáveis de S. mansoni. Miracídios da cepa mencionada ("H") infectaram Biomphalaria glabrata e as cercárias obtidas também infectaram camundongos albinos, recuperando-se, ao final do experimento, 35,3% de vermes adultos. Por outro lado, cercárias de cepa humana ("LE") de S. mansoni infectaram sete exemplares de H. brasiliensis, nascidos em laboratório, recuperando-se no fim de 60 dias, 30,5% de vermes adultos. Estudos anatomapatológicos de H. brasiliensis demonstraram infecção generalizada, encontrando-se granuloma no esôfago, estômago, intestino (delgado e grosso), fígado, baço, pâncreas e linfonodos abdominais. Espessamentos fibrosos da íntima da veia porta, granulomas em espaços porta e fibrose incipiente dos espaços porta e interlobular foram lesões decorrentes da presença de ovos de S. mansoni encontrados no fígado. Em ambiente semi-natural, foi possível fechar o ciclo do S. mansoni sem direta participação humana, utilizando-se B. glabrata experimentalmente infectadas com trematódeos da cepa "LE", H. brasiliensis nascidos em laboratório e B. glabrata nascida no ambiente semi-natural estabelecido. Verificou-se que ambas as cepas ("H" e "LE") comportaram-se de maneira análoga, não sendo verificadas, também, diferenças morfológicas entre os ovos e vermes adultos de ambas. As observações, realizadas no campo e no laboratório demonstraram que o Holochilus brasiliensis é bom hospedeiro de Schistosoma mansoni. Assim, em determinadas áreas e sob certas condições ecológicas, o cricetídeo em questão poderá, efetivamente, integrar-se ao ciclo do trematódeo na natureza, independente ou paralelamente à presença do homem. Assinala-se, finalmente, que o presente trabalho relata o segundo fechamento do ciclo biológico de S. mansoni em condições ditas semi-naturais. Os primeiros estudos, entretanto, de Antunes, Milward de Andrade, Katz & Coelho4,,em 1971 e de Antunes5, em 1971 foram feitos utilizando-se o Nectomys s. squamipes.


1997 ◽  
Vol 30 (4) ◽  
pp. 273-278 ◽  
Author(s):  
Carlos Tito Guimarães ◽  
Delza de Moura Soares ◽  
Zilton de Araújo Andrade ◽  
Cecília Pereira de Souza

Biomphalaria glabrata de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, criada no laboratório, apresenta 90% de taxa de infecção com 20 miracídios da cepa LE, autóctone. O período pré-patente normal varia de 5 a 7 semanas enquanto 5 a 10% dos moluscos expostos não eliminam cercárias. Os descendentes de exemplares negativos foram novamente submetidos à infecção individual com 20 miracídios. A média de infecção da F14 a F20 foi de 43,6%. Cortes histológicos de moluscos da F12, F14 e F15 mostraram reações teciduais nos exemplares eliminando menos de 10 cercárias. Um período pré-patente prolongado, 17 a 32 semanas, foi observado em 35 (17,9%) dos 195 exemplares infectados. Os índices de cercárias da F12, F13 e F15 baixaram de extremamente compatíveis (classe VI) para muito compatíveis e compatíveis (classes V e III) mostrando a compatibilidade menor dos moluscos selecionados.


1985 ◽  
Vol 80 (1) ◽  
pp. 51-53 ◽  
Author(s):  
Cecília Pereira de Souza ◽  
Carlos Tito Guimarães ◽  
Neusa Araújo ◽  
Carlos Rubens Teixeira da Silva

Descendentes do plonorbídeo Biomphalaria schrammi Crosse, 1864, coletados na localidade de Calciolândia, município de Arcos, Minas Gerais, Brasil foram expostos a miracídios de duas cepas de Schistosoma mansoni:"LE" de Belo Horizonte, Minas Gerais e "SJ" de São José dos Campos, São Paulo, Brasil. Dentre 172 exemplares expostos, nenhum se infectou com as duas cepas deste trematôdeo. Por outro lado, 100 exemplares de Biomphalaria glabrata, dos grupos controle, apresentaram taxas de infecção de 88 e 40% com as cepas "LE" e "SJ", respectivamente. A taxa de mortalidade de B. schrammi chegou a 44% enquanto a de B. glabara não atingiu 10%.


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