scholarly journals ASPECTOS HISTÓRICOS DO ENSINO DA ARITMÉTICA NO CONTEXTO DE GRUPOS ESCOLARES MATO-GROSSENSES (1910 – 1930)

Author(s):  
Leandro Oliveira ◽  
Edilene Simões Costa

Neste artigo, apresentamos os resultados de pesquisa de uma dissertação na temática da História da Educação Matemática, a qual teve por objetivo o estudo dos aspectos históricos do ensino de aritmética no contexto de Grupos Escolares, no período da pedagogia intuitiva em Mato Grosso. A abordagem metodológica considerou os tratados da operação historiográfica de Michel de Certeau, com o ensinamento dos movimentos do ofício do historiador em termos das práticas científicas para constituir uma história. O conjunto documental analisado trata das narrativas produzidas pelas instituições escolares depositadas no Arquivo Público do Mato Grosso. Muitas destas fontes foram elaboradas em relatórios por personagens históricos da instrução mato-grossense, configurados pelo representante institucional, ou seja, o diretor escolar, que desta forma nos possibilitou a análise para compreensão dos significados históricos sobre o ensino de aritmética do período em destaque. Por meio das análises, identificamos uma implementação consolidada do método intuitivo para ensinar os conteúdos disciplinares de aritmética, preconizando assim a modernização das formas de ensinar, mediante a circulação e apropriação de livros, materiais didáticos, normativas e ideias pedagógicas atreladas ao ensino intuitivo.

Fronteiras ◽  
2017 ◽  
Vol 19 (34) ◽  
pp. 302-318
Author(s):  
Gustavo Soldati Reis

O objetivo desse artigo é analisar a presença de movimentos pentecostais e neopentecostais em aldeamentos indígenas, com presença étnica majoritariamente Guarani, na região sul do Estado de Mato Grosso do Sul. Na análise empreendida, via de regra, prevalecem perspectivas antropológicas mais “funcionalistas” que focam a presença de missionamentos pentecostais nas aldeias como agências “lacunares”, ou seja, só ocupam os espaços históricos e sociais onde a religião tradicional não encontra mais as condições necessárias para se reproduzir (BRAND & VIETTA, 2004). Assim, as igrejas e movimentos pentecostais assumem funções antes atribuídas à tradição de conhecimento nativo. Sem querer desconsiderar as importantes contribuições dessas análises, a perspectiva aqui proposta procura outras direções. Uma dessas direções, com o auxílio dos estudos culturais, é perceber como os próprios indígenas apropriam-se do “universo simbólico” de produção de sentido posto pelas tradições pentecostais e “reinventam” suas experiências religiosas, em uma dialética entre táticas construídas e estratégias prescritas, tal como postulada por Michel de Certeau. Com isso, além da procura por homologias entre funções religiosas tradicionais e pentecostais, é importante interpretar as heterologias, ou seja, os discursos e práticas que instauram diferenças para as produções de sentido, “rupturas de mediações” que geram novos espaços religiosos (CERTEAU, 2003; 2005; 2006).  A presença pentecostal nos aldeamentos radicaliza, por hipótese, o jogo dialético entre tradições e traduções religiosas (HALL, 2006), onde o protagonismo Guarani reinventa o seu jeito de ser religiosamente plural (teko retã), ao mesmo tempo em que os pentecostalismos são, também, profundamente ressignificados.


2017 ◽  
Vol 21 (52) ◽  
pp. 312-334
Author(s):  
Cristinne Leus Tomé ◽  
Josiane Brolo Rohden

Resumo Este artigo aborda o entrelaçamento do discurso do progresso na educação sinopense dentro do contexto de implementação da política de integração nacional entre os anos de 1973 e 1979. O discurso de progresso difundido pelo Governo Federal foi assumido pelos Colonizadores, pelos migrantes e pela escola, que em suas práticas exemplificou e manifestou todos os valores desenvolvimentistas da época. A fundamentação teórica se baseou nas contribuições de Michel de Certeau e a pesquisa empírica foi realizada a partir dos procedimentos da História Oral com entrevistas com ex-professoras, assim como em documentos, revistas, iconografias localizadas em acervos particulares e públicos.


2013 ◽  
Vol 47 (33) ◽  
Author(s):  
Elizabeth Figueiredo de Sá ◽  
Josiane Brolo Rohden

Este artigo trata da implantação da primeira Escola de Sinop, Mato Grosso, constituída concomitantemente com a cidade, durante seus primeiros anos de colonização (1973-1979), cuja migração em especial, procedia do sul do país. O trabalho volta-se para a História da Infância, de forma a discutir como se organizou um sistema educacional provindo de costumes, tradições, para formar os futuros cidadãos desejáveis inquirindo a cultura escolar e as representações de infância que atendessem à concepção de uma escola que se assemelhasse à cultura sulista, situada geograficamente em plena região de floresta amazônica. Para tal, fundamentando-nos em Michel De Certeau, reconhecemos na cultura escolar produzida pelos sujeitos da instituição a possibilidade de concebermos a história de um cotidiano caracterizado pela criação, invenção daquilo que os sujeitos faziam com os produtos que lhes eram fabricados. Desta forma, estratégias de práticas intencionais estavam constantemente em conflito com táticas de subversão no interior da escola.


Author(s):  
T.R. FELDPAUSCH, ◽  
E. GANDINI, ◽  
S. JIRKA, ◽  
J. LEHMANN, ◽  
A.J. MCDONALD, ◽  
...  
Keyword(s):  

2004 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 269-271
Author(s):  
Naomi Segal
Keyword(s):  

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