A caça ao veado e o erro de Waltz

2019 ◽  
Vol 10 (19) ◽  
pp. 74
Author(s):  
Fernando Nunes Oliveira

Os argumentos de Kenneth Waltz em Man, State and War, feitos por analogia à caça ao veado de Rousseau apresentada Discurso Sobre a Origem das Desigualdades Entre os Homens, servem de base para uma teoria que considera que os conflitos internacionais decorrem do fato de os Estados não estarem submetidos a uma autoridade comum com o uso exclusivo da força, bem como para determinar certas características inerentes à relação entre Estados (especialmente o grande potencial conflituoso). Uma teoria como essa é apresentada por ele em Theory of International Relations. Tal teoria é extremamente influente, tendo ajudado a fundar o modelo neo-realista nas relações internacionais. Acredito, entretanto, que os argumentos que tem sua raiz na caça ao veado de Rousseau surgem de uma interpretação equivocada de tal alegoria e que uma interpretação correta mostraria que, tal como ela é descrita por Rousseau, a caça ao veado não serviria de base para os argumentos de Waltz. Mesmo com pequenas alterações, que permitam uma aproximação ao modo como Waltz interpreta a caça ao veado, creio que ela não levaria a uma total independência de teorias que considerem que os conflitos internacionais decorrem do fato de os Estados não estarem submetidos a uma autoridade comum com o uso exclusivo da força e, o que é ainda mais marcante, não levaria a uma consideração tão elevada da ameaça de conflito nas relações internacionais e como tal consideração tem uma influência tão elevada no comportamento dos Estados em tais relações. Palavras-chave: Realismo Político; Rousseau; Kenneth Waltz, Caça ao Veado.

Author(s):  
Brynne D. Ovalle ◽  
Rahul Chakraborty

This article has two purposes: (a) to examine the relationship between intercultural power relations and the widespread practice of accent discrimination and (b) to underscore the ramifications of accent discrimination both for the individual and for global society as a whole. First, authors review social theory regarding language and group identity construction, and then go on to integrate more current studies linking accent bias to sociocultural variables. Authors discuss three examples of intercultural accent discrimination in order to illustrate how this link manifests itself in the broader context of international relations (i.e., how accent discrimination is generated in situations of unequal power) and, using a review of current research, assess the consequences of accent discrimination for the individual. Finally, the article highlights the impact that linguistic discrimination is having on linguistic diversity globally, partially using data from the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) and partially by offering a potential context for interpreting the emergence of practices that seek to reduce or modify speaker accents.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document