scholarly journals Uma luz no “fundo do poço”

2021 ◽  
Vol 14 (1) ◽  
pp. 172-187
Author(s):  
Fernanda Novaes Cruz

O artigo aborda o tratamento oferecido pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) aos policiais militares usuários de drogas lícitas e ilícitas. O objetivo é apresentar as diretrizes adotadas no tratamento e suas justificativas. Desde 1987, a PMERJ mantém um ambulatório para tratamento de dependência química na estrutura de seu hospital central. O principal serviço oferecido é a internação de caráter voluntário. Em 1992, a partir de uma reformulação do serviço, além da desintoxicação, passou a ser adotada ao longo da internação a metodologia dos Doze Passos, oriunda de irmandades como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos. O trabalho ainda discute, à luz do conceito de instituições totais de Erving Goffman (1968) e de instituições reinventivas de Susie Scott (2013), o processo de reconstrução do indivíduo manejado ao longo do tratamento. O trabalho é resultado de observação participante realizada entre outubro de 2016 e junho de 2017 e entrevistas com funcionários e “conselheiros estagiários”, policiais que já haviam passado pela internação e passaram a colaborar com o funcionamento da clínica, auxiliando no acolhimento aos pacientes.   

2020 ◽  
Vol 30 (63) ◽  
pp. 1-17
Author(s):  
Amanda Bersacula Azevedo

Esse artigo aborda o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no espaço escolar. Elabora um esboço sobre a trajetória histórica pretérita ao ECA (Lei 8.069/90), sobre os movimentos sociais que deram origem a essa Lei e como o Estatuto se tornou um instrumento legal de proteção integral, diferente do Código de Menores de 1979. Expõe sobre o conceito de Estigma de Erving Goffman, e traz uma proposta para além de Goffman: como a sociedade pode estigmatizar para além de indivíduos, tentando fazer uma unidade dialética entre a teoria de Goffman e a experiência de estágio que culminou em uma pesquisa de campo em um Colégio Estadual no noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Como metodologia, foi aplicado um questionário com perguntas objetivas e qualitativas aos docentes que atuam na escola. Identificou-se que há um desconhecimento da Lei, assim como uma percepção “estigmatizante” que dificulta uma maior proximidade com o ECA. Discute, numa proposta provisória, as possibilidades de intervenções de Assistentes Sociais no âmbito escolar como via de enfrentamento da estigmatização do ECA.


2016 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
Author(s):  
Camila Pereira Maia ◽  
Roberto Jardim da Silva

<p>O objetivo deste trabalho é analisar a minissérie “<em>Sexo e negas</em>”, que foi ao ar na <em>Rede Globo</em> no período de 16 de setembro de 2014 a 16 de dezembro deste mesmo ano.  Ela conta a história de quatro amigas, mulheres negras da periferia do Rio de Janeiro, que almejam crescimento profissional e/ou buscam uma relação afetiva satisfatória. A iniciativa de analisar a minissérie se deu a partir do fato de que esta causou muita polêmica, sobretudo entre ativistas e intelectuais negras, que a acusavam de reforçar os estereótipos relacionados as mulheres negras. Assim, nossa análise visa abranger as seguintes questões: 1. A minissérie promove uma representação positiva das mulheres negras e as coloca em uma posição de protagonismo, como se propõe, ou apenas reforça os estereótipos que as envolvem, no imaginário social? 2. Como o corpo das mulheres negras é representado e qual o modelo de relação afetiva é conferido a elas? Como referência pra pensar a representatividade das pessoas negras na mídia será usado o pensamento de Joel Zito de Araújo. E para pensar a construção e reforço de estereótipos será usado o conceito de estigma de Erving Goffman. Para pensar a condição das mulheres negras no imaginário social brasileiro, usaremos como referência Suely Carneiro, Ana Cláudia Pacheco e Lélia Gonzalez. Constatou-se que a minissérie não foi capaz de romper com os estereótipos que envolvem as mulheres negras e seus corpos, assim como não foi capaz de colocá-las na posição de protagonistas, apenas reforçou os lugares sociais atribuídos a elas.</p>


RUA ◽  
2015 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 120
Author(s):  
Aline Gama de Almeida ◽  
Alberto Lopes Najar

O artigo analisa algumas das representações sociais da cidade do Rio de Janeiro: “Cidade Maravilhosa”, “Cidade Partida” e do termo “favela”. Para isso, dividimos a discussão em dois: a primeira parte apresenta uma perspectiva histórica e literária de cada um dos termos e a segunda se apropria de algumas questões apresentadas por Erving Goffman em seu livro “Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada” para refletir sobre o uso dessas representações da cidade.


2018 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 317-328 ◽  
Author(s):  
Verônica C. Araujo ◽  
Christina M. B. Lima ◽  
Eduarda N. B. Barbosa ◽  
Flávia P. Furtado ◽  
Helenice Charchat-Fichman

2010 ◽  
pp. 170-181
Author(s):  
Maria Izabel Oliveira Szpacenkopf
Keyword(s):  

Author(s):  
S Rego ◽  
J Costa ◽  
A Mesquita ◽  
C Brasil ◽  
H Dohnann
Keyword(s):  

Author(s):  
Donald Worster

Frontier and Western History in Central Brazil Dutra e Silva, S. No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central (Rio de Janeiro: Mauad X, 2017)


2016 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
Author(s):  
Marco Antônio Guimarães Da Silva

Por circunstâncias relacionadas à minha titulação, acabei designado pela Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro (UCB) para avaliar uma parceria proposta pela Escola de Osteopatia de Madri (EOM). À época, em 1997, a EOM propunha que a UCB passasse a organizar academicamente os cursos de osteopatia que a referida Escola já vinha ministrando no Brasil, com vistas a, no futuro, torná-lo um curso de pós-graduação. Algumas viagens à Madri para observar a estrutura acadêmica e pedagógica da sede da EOM, condição imposta pela UCB para concretizar a parceria, me levaram a conhecer esta modalidade terapêutica, com resultados efetivamente comprovados através de trabalhos científicos.Realizadas as adaptações que se faziam necessárias, a UCB aprovou, em 2000, o curso de osteopatia, com uma carga horária de 1050 horas para a titulação de especialização acadêmica, nível Lato Sensu. A resolução do COFITO, que estabelece a osteopatia como uma especialidade da fisioterapia, levou-nos a propor ao CEPE da UCB uma complementação de 450 horas, alcançando, assim, as 1.500 horas, distribuídas ao longo de cinco anos, exigidas pela referida resolução do COFITO. A introdução desta técnica terapêutica no Brasil pela corrente Européia e a pronta intervenção do COFITO foram fatores decisivos para nos brindar com mais uma especialidade. Houvera sido a Osteopatia implantada no Brasil por influência da escola americana, talvez os rumos tomados fossem outros. Senão, vejamos. Nos EUA, a osteopatia é normalmente exercida pelo médico, que deve obter sua permissão através do National Board of Osteopatic Medical Examiners, e está dividida em Sociedades Osteopáticas que se distribuem por todas as modalidades médicas; a saber: Allergy and Immunology, Anesthesiology, Dermatology ,Emergency Medicine, Internal Medicine, Neurologists and Psychiatrists, Obstetrics and Gynecology, Occupational and Preventive Medicine, Ophthalmology and Otolaryngology, Orthopedics Pathology, Pediatrics Proctology, Radiology, Physical Medicine and Rehabilitation, Rheumatology Sports Surgery Medicine.Com o objetivo de incentivar as linhas de pesquisas na área da osteopatia, estará sendo criado, durante as III Jornadas Hispano-Lusas de Fisioterapia em Terapia Manual (Sevilha-Espanha, 5 de outubro de 2001), o Centro Internacional de Pesquisas em Osteopatia. O referido Centro, dirigido por um fisioterapeuta brasileiro com Doutorado, terá sua sede na Espanha e manterá núcleos, vinculados a Universidades, na Argentina, no Brasil, na Itália, em Portugal e na Venezuela. Esperamos, desta forma, ao lado do reconhecimento profissional já oferecido pela resolução COFITO, dar mais um passo na consolidação acadêmica da nossa mais nova modalidade terapêutica.


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