O estado da arte da pesquisa acerca da violência doméstica contra a mulher no Brasil
Objetivo: Verificar as evidências científicas reveladas por pesquisas de identificação do perfil da violência doméstica contra a mulher (VDCM) no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão integrativa da literatura. Foi estabelecida a utilização dos descritores: “violência contra a mulher” AND “violência doméstica”, aplicados nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Foram incluídos artigos completos relacionados ao objeto de pesquisa, nos idiomas de português, inglês e espanhol, indexados nos referidos bancos de dados no período entre 2011 e 2021. Os critérios de exclusão para a amostra foram: artigos de revisão, dissertações, teses e pesquisas realizadas em outros países. Resultados: As buscas nas bases de dados resgataram um total de 415 artigos, dos quais 12 foram incluídos na amostra. Identificou-se a predominância de estudos publicados em 2017. Observou-se a caracterização do agressor, bem como do tipo de violência perpetrada contra a mulher como os principais achados em comum. Conclusão: As evidências científicas demonstraram que o agressor normalmente é do sexo masculino, onde na maioria dos casos trata-se do cônjuge/companheiro da mulher. Quanto ao perfil do tipo de VDCM perpetrada, prevalece a violência psicológica/moral, seguida da violência física e sexual. Somado a isso, o uso de álcool e outras drogas pelos companheiros, demonstrou ser um fator desencadeante para a VDCM. Percebeu-se a deficiência na efetivação de políticas públicas de saúde frente o agravo.