NT DISET 74 - Levantamento das Recomendações Para a Volta às Aulas em Tempos da Covid-19

2020 ◽  

Com o avanço da pandemia do vírus Sars-COV-2, diversos países encerraram as atividades presenciais nas instituições de ensino em 2020. A China, por exemplo, fechou as escolas no fim de janeiro (reabrindo gradualmente a partir de março) e o Japão, em 2 de março (reabrindo a partir de 18 de maio). As escolas da Suécia nunca fecharam a creche ou o ensino fundamental, ao passo que as escolas britânicas permaneceram abertas apenas para os filhos de trabalhadores críticos. Em contraste com a reabertura que ocorreu sem maiores traumas em países onde a contaminação estava razoavelmente controlada, o tema desperta muito debate em nações com grau mais acelerado de contágio, como os Estados Unidos e o Brasil. No Brasil, as escolas fecharam no Distrito Federal (DF) em 11 de março, e em Manaus as escolas particulares reabriram a partir de 6 de julho, e as públicas a partir de 10 de agosto. Em Unidades da Federação como o DF e o Rio de Janeiro, as decisões governamentais de reabertura têm sido objeto de disputa judicial. Em nosso país, os profissionais das redes de ensino municipal e estadual, das regionais de ensino e das escolas fizeram um grande esforço para prover os alunos com ensino emergencial remoto. Aulas foram oferecidas pela TV ou rádio, materiais impressos foram distribuídos para alunos sem acesso à internet e conteúdos foram organizados (para alunos, pais e professores) para serem acessados pela web. As redes com mais recursos, como a do estado de São Paulo, deram acesso a dados patrocinados (acesso gratuito a sites e aplicativos pré-definidos) a alunos e professores. Não obstante esse esforço, pode-se esperar que as perdas de aprendizado sejam significativas, principalmente no caso das famílias com menores recursos de conectividade (Nascimento et al., 2020), infraestrutura domiciliar e nível de escolaridade dos responsáveis. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o fechamento das escolas decorrente da pandemia da Covid-19 representa um risco sem precedentes para a educação, a proteção e o bem-estar das crianças. A interrupção da educação tem sérias consequências de longo prazo para as economias e sociedades como o aumento da desigualdade, os piores indicadores de saúde e a redução da coesão social (UNICEF, 2020). Na mesma linha, o Secretariado- Geral da Organização das Nações Unidas conclama todos a prevenir que a crise de aprendizado se transforme em uma catástrofe geracional (ONU, 2020). Quanto mais as crianças de piores condições socioeconômicas ficam fora da escola, menor a probabilidade de voltarem. Os impactos negativos também incluem questões como a alimentação escolar, o suporte psicossocial e a ansiedade causada pela falta de interação com pares e rotinas (UNICEF, 2020). Estudo da consultoria McKinsey estimou que as diferenças de rendimento escolar entre alunos de baixa e alta renda comprometeram, em 2019, de US$ 332 a US$ 550 bilhões, o equivalente a 2,0% a 2,6% do produto interno bruto estadunidense. O estudo avalia que, mesmo no melhor cenário de estudo remoto, existem perdas de aprendizado. E as perdas serão maiores para os estudantes de menor renda (quase o dobro em relação à média) e as minorias. Os autores estimaram uma perda individual de US$ 61 mil a US$ 82 mil de renda ao longo da vida em um cenário de ano escolar 2020/2021 com interrupções intermitentes nos Estados Unidos (Dorn et al., 2020). Pesquisa coordenada pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) com 24.161 jovens indicou que 24% dos estudantes de 15 a 18 anos entrevistados informaram que já pensaram em não voltar à escola após o fim do isolamento social (Conjuve et al., 2020). Barros et al. (2020) estimaram que o custo do abandono escolar equivale a R$ 372 mil por jovem, o que representa R$ 214 bilhões/ano. As informações apresentadas demonstram que os impactos econômicos e educacionais do fechamento das escolas são significativos. Outro fator não mencionado anteriormente são as dificuldades impostas aos responsáveis que continuaram ou já retornaram às atividades presenciais. Assim que as condições epidemiológicas permitam,1 é desejável a reabertura das escolas, o que pode variar no tempo conforme a localidade. No Brasil, no momento em que este texto foi escrito, as regiões mais afetadas no início da pandemia apresentam estabilidade e mesmo queda nos indicadores de contágio e óbitos, ao passo que os indicadores pioram nas regiões menos afetadas inicialmente. A reabertura das escolas deve ser determinada pelas autoridades governamentais competentes, em conjunto com as autoridades da saúde. Mas como deve se dar essa reabertura? Esta nota tem por objetivo consolidar recomendações que já foram publicadas sobre o assunto, buscando contribuir para os gestores da educação em seus diferentes níveis. Além desta introdução, a seção 2 traz algumas experiências internacionais de reabertura, a seção 3 introduz um levantamento de recomendações para a reabertura, e a seção 4 conclui o artigo.

1994 ◽  
Vol 10 (suppl 1) ◽  
pp. S19-S44 ◽  
Author(s):  
Maria Helena P. de Mello Jorge ◽  
Maria Rosário D. O. Latorre

As estatísticas de mortalidade mostram, em 1988, para o Brasil, que cerca de 12% dos óbitos são devidos a causas externas, e destes 30% são por acidentes de trânsito. Quando se comparam com outros países, os dados referentes ao Brasil são sempre elevados. O objetivo deste trabalho é apresentar os dados e analisar a tendência da mortalidade por acidentes de trânsito no Brasil e em cada uma das Capitais das Unidades da Federação. Calcularam-se os coeficientes de mortalidade (bruto e padronizado), segundo sexo, bem como a mortalidade proporcional dentro das causas externas para os acidentes de trânsito no período de 1978 a 1989. Os resultados mostram que, para o Brasil, houve um aumento do número de óbitos, bem como dos coeficientes de mortalidade em cada faixa etária e sexo. Proporcionalmente, em relação às causas externas, a representatividade esteve em torno de 30%. Em uma parcela significativa dos municípios estudados, a mortalidade por acidentes de trânsito corresponde a quase metade dos óbitos por causas externas. Os coeficientes padronizados são quase sempre superiores a 20 por 100.000 habitantes, cifra esta muito superior àquela observada em outros países. Analisando-se o período de 1978 a 1989, observa-se uma tendência de aumento dos coeficientes de mortalidade em Porto Velho, Rio Branco, Recife, Maceió, Curitiba, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Distrito Federal. Em Manaus, Macapá, Natal, Teresina, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, a mortalidade vem permanendo estacionária no período estudado. Nas demais seis capitais, a tendência é de declínio, concluindo-se que este permanece um importante problema de saúde pública no país.


2000 ◽  
Vol 20 (2) ◽  
pp. 213-232 ◽  
Author(s):  
Ricardo Luis Lopes ◽  
José Vicente Caixeta Filho

Esta pesquisa teve como principal objetivo a análise da distribuição mais eficiente de granjas suinícolas no Estado de Goiás. O modelo de localização desenvolvido envolveu uma estrutura de programação inteira mista. Os fatores considerados para o objetivo do estudo foram os custos de transporte de grãos (milho e soja) até a granja, o custo de transporte de suínos até o abatedouro e o custo de transporte de carcaça de suíno até o mercado consumidor. Definiu-se como mercado consumidor o próprio Estado de Goiás, o Distrito Federal e os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além disso, determinou-se também as ofertas de milho e soja de cada microrregião do Estado de Goiás, e o consumo per capita nacional de carne suína. Considerou-se três cenários, envolvendo níveis distintos de consumo per capita, sendo um o atual e os outros dois determinados de acordo com as perspectivas do setor.


2009 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 581-591
Author(s):  
Ailton Paulo de Oliveira Júnior ◽  
José Fausto de Morais

O presente estudo destinou-se à construção e validação de uma escala de atitudes de professores de Estatística em relação à Estatística em cursos de Graduação no Brasil. A validação da Escala de Atitudes de professores de Estatística em relação à Estatística (EAPE) contou com uma amostra de 87 professores de sete estados brasileiros (Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), de instituições de Ensino Superior públicas e privadas. Foi realizada análise fatorial experimental para a verificação da dimensionalidade da EAPE, sendo a solução de quatro fatores considerada a mais adequada. Os fatores extraídos foram denominados cognitivo, educativo, afetivo/social e de conduta, com alfas de Cronbach de 0,65; 0,68; 0,51 e 0,63, respectivamente. A escala geral apresentou uma consistência interna de 0,76.


1997 ◽  
Vol 31 (4 suppl) ◽  
pp. 05-25 ◽  
Author(s):  
Maria Helena Prado de Mello Jorge ◽  
Vilma Pinheiro Gawryszewski ◽  
Maria do Rosário D. de O. Latorre

As mortes por causas externas correspondem a grande parcela de óbitos em, praticamente, todos os países do mundo, ocupando, sempre, a segunda ou terceira colocação. Porém a sua distribuição quanto ao tipo de causa é diversa. Com o objetivo de estudar a mortalidade por causas externas, segundo o tipo de causa, sexo e idade, foi descrita a situação dessas mortes no Brasil e capitais, no período 1977 a 1994. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por causas externas e a mortalidade proporcional, utilizando os dados de mortalidade fornecidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, e a população foi estimada baseada nos dados censitários de 1970, 1980 e 1991. Os resultados mostraram que, em números absolutos, os óbitos por causas externas quase dobraram no período de 1977 a 1994, passando a ser a segunda causa de morte no País. O coeficiente de mortalidade, em 1994, foi de 69,8/100.000 habitantes e o maior crescimento se deu nos óbitos do sexo masculino. Os coeficientes de mortalidade masculinos são, aproximadamente, 4,5 vezes o valor dos femininos. As causas externas representaram a primeira causa de morte dos 5 aos 39 anos, sendo a maior ocorrência na faixa etária dos 15 a 19 anos (65% dos óbitos por causas externas). Além do aumento, parece estar ocorrendo um deslocamento das mortes para faixas etárias mais jovens. A mortalidade por causas externas, segundo tipo, mostra que durante o período analisado houve aumento tanto nos óbitos por acidentes de trânsito, quanto por homicídios, tendo os suicídios permanecido, praticamente, constantes. No grupo de acidentes classificados como "demais acidentes" houve leve aumento, devido, principalmente, às quedas e afogamentos. Nas capitais dos Estados a mortalidade por causas externas apresentam valores mais altos que a média brasileira, com exceção de algumas áreas do Nordeste. As capitais da região Norte apresentaram algumas das maiores taxas para o País. Já na região Nordeste apenas Recife, Maceió e Salvador apresentaram níveis muito elevados em relação ao País. Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, na região Sudeste, apresentaram os maiores coeficientes do País e Belo Horizonte apresentou declínio no período de estudo. Na região Sul houve aumento nas taxas, bem como na região Centro-Oeste, que teve aumento homogêneo em suas capitais. Esse aumento observado nas diferentes capitais apresentou diferenciais quanto ao tipo de causa externa. Os suicídios não representaram problema de Saúde Pública em nenhuma delas. Os acidentes de trânsito em Vitória, Goiânia, Macapá, Distrito Federal e Curitiba tiveram sua situação agravada. Os homicídios tiveram aumento expressivo em Porto Velho, Rio Branco, Recife, São Luís, Vitória, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá e Distrito Federal. No período estudado houve o crescimento da importância das causas externas para a população brasileira, chamando atenção, principalmente, o aumento dos homicídios. A qualidade das estatísticas de mortalidade por causas externas depende da colaboração do médico legista, e essa qualidade não é a mesma para todas as capitais estudadas.


2018 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 69-71
Author(s):  
Letícia de Oliveira Neves ◽  
Regina Coeli Ruschel ◽  
Sidney Piochi Bernardini ◽  
Daniel de Carvalho Moreira

O segundo número do Volume 9 de 2018 da PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção é composto por artigos de pesquisa e de revisões sistemáticas da literatura desenvolvidos por pesquisadores dos estados brasileiros de Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. As instituições de ensino e pesquisa envolvidas nos estudos apresentados são: Centro Superior de Juiz de Fora, Universidade de Pernambuco, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Brasília, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Viçosa e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neste número houve uma inversão, comparada a números anteriormente publicados, isto é, as áreas de formação dos autores concentram-se em Engenharia Civil, na maioria, e depois em Arquitetura. As temáticas abordadas nos artigos de pesquisa têm enfoque na ventilação natural e a qualidade ambiental das cidades, desempenho de vedações verticais e simulações termo energéticas. As revisões sistemáticas da literatura abordam pesquisas em sistemas generativos em projeto e sobre a percepção do valor na habitação. Assim, inspiram o título deste editorial.


2002 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
Author(s):  
ANTONIO HÉLIO JUNQUEIRA ◽  
MARCIA DA SILVA PEETZ

O trabalho consitui parte integrante do Projeto “Elaboração do Plano Estratégico de <i>Marketing</i> para Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil (<b><i>FloraBrasilis</i></b> - Convênio Ibraflor/APEX-Brasil, 2003/2004) e visou a uma análise comparada dos principais resultados recentes da evolução das exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais, dos pontos devista das características, vocações e estratégias comerciais dos diversos pólos de produção da floricultura nacional, conforme identificados pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). O estudo baseou-se, metodologicamente, na análise e interpretação dos dados divulgados, mensalmente, pela Secretaria de Comércio Exterior sobre a evolução das exportações setoriais, levando em conta os valores exportados,segundo origem e destino dos principais grupos de mercadorias. Incorporaram-se informações adicionais obtidas pelo Diagnóstico da Produção de Flores e Plantas Ornamentais Brasileira (Ibraflor/FloraBrasilis 2002) e entrevistas publicadas com as principais lideranças de cada pólo da floricultura nacional no <i>Informativo Ibraflor</i> (<i>Ibraflor/FloraBrasilis</i>, vários anos). Os resultados permitiram concluir que os 12 pólos nacionais de produção florícola possuem não apenas dados comparados bastante díspares quanto aos valores efetivos concretizados anualmente no mercado de exportação, mas também potenciais exportadores consideravelmente diferenciados quanto aos itens exportáveis, mercados-alvo e estratégias comerciais. Nesse sentido, o estudo permitiu a classificação dos pólos nacionais de produção de flores e plantas ornamentais em três categorias distintas: a) pólos com inserção definida e estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (São Paulo - Pólos I e II; Santa Catarina e Pólos Nordestinos - Pernambuco, Alagoas e Ceará); b) - pólos com inserção parcial e em fase de definição de estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e c ) - pólos com foco prioritário na consolidação da floricultura local e no auto-abastecimento (Paraná, Goiás e Distrito Federal, Bahia e Espírito Santo, e Região Norte - Pará e Amazonas).


2006 ◽  
pp. 17-36 ◽  
Author(s):  
Maria de Lourdes de Albuquerque Fávero

Situa as tentativas de criação de universidades no Brasil da Colônia ao Império e início da República, que não tiveram êxito. Registra a promulgação de vários dispositivos legais referentes ao ensino superior na Primeira República, embora a criação de universidades tenha sido postergada pelo Governo Federal até 1920, quando foi instituída a Universidade do Rio de Janeiro (URJ). Registra ainda, na década de 20, as discussões da Academia Brasileira de Educação e da Academia Brasileira de Ciências sobre concepções, funções e modelos de universidade. Analisa a Reforma de Ensino Superior de Francisco Campos (1931) e sua tendência centralizadora, registrando no período a criação da Universidade de São Paulo (1934) e da Universidade do Distrito Federal (1935), que expressam concepções distintas à proposta federal. Situa a instituição da Universidade do Brasil (1937) como modelo padrão, criada em 1920 (URJ) e reorganizada em 1931. Discute a universidade no pós-1945, destacando a tomada de consciência de sua situação por vários setores da sociedade, a partir dos anos 50, e, em especial, o papel do movimento estudantil no início dos anos 60. Apresenta algumas medidas oficiais decorrentes dos acordos MEC/USAID, do Plano Atcon e do Relatório Meira Mattos. Analisa a Reforma Universitária de 1968 e suas conseqüências para as instituições universitárias.


2019 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 526-529
Author(s):  
Luiza Cristiane Fialho Zazycki ◽  
Julia Patricia Vargas ◽  
Vanessa Santana Bonfim ◽  
Flávio Roberto Mello Garcia

A drosófila-de-asa-manchada possui elevada importância econômica por danificar frutos de epicarpo delgado os quais possuem elevado valor comercial agregado, principalmente para o consumo in natura. Os relatos da praga mostram que ela está distribuída em diferentes locais estados do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais). Nosso estudo teve como objetivo ampliar a área de ocorrência da espécie na região Serrana de Santa Catarina. Para o monitoramento de sua ocorrência foram utilizadas armadilhas tipo PET, iscadas com vinagre de maçã em um cultivo orgânico de morango conduzido em sistema semi-hidropônico no município de Frei Rogério. As armadilhas monitoraram 8.600 plantas durante dez dias e o material coletado foi avaliado em microscópio estereoscópico.  Foram coletados diversos insetos de Drosophilidae e destes, noventa e oito fêmeas e quatro machos de Drosophila suzukii revelando assim a presença da praga na região Serrana de Santa Catarina.


Rodriguésia ◽  
2001 ◽  
Vol 52 (81) ◽  
pp. 65-105 ◽  
Author(s):  
Inês da Silva Santos ◽  
Ariane Luna Peixoto

RESUMO A família Monimiaceae engloba 30 gêneros e cerca de 400 espécies de árvores ou arbustos distribuídos pelas regiões tropicais e subtropicais, especialmente do Hemisfério Sul. Está representada no Brasil por seis gêneros e cerca de 95 espécies, sendo os gêneros mais ricos em espécies Mollinedia e Siparuna. Macropeplus, gênero endêmico do Brasil, ocorre em áreas florestadas nos campos rupestres, cerrados e mata atlântica, acima de 1.000 m de altitude, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Desde a sua criação, no final do século passado, e até o presente estudo era considerado monoespecífico e compreendendo oito variedades. O presente estudo reconhece quatro táxons, que foram elevados à categoria de espécie: Macropeplus dentatus (Perkins) I.Santos & Peixoto, M. friburgensis (Perkins) I.Santos & Peixoto, M. ligustrinus (Tul.) Perkins e M. schwackeanus (Perkins) I.Santos & Peixoto. As espécies são distintas predominantemente com base na margem e consistência das folhas bem como na coloração que adquirem quando secas, tanto em campo quanto em laboratório; utilizou-se também, como caracteres diferenciais, comprimento do pedúnculo, do pedicelo, dos lobos florais e o número de estames. M. ligustrinus é a espécie de maior área de distribuição, ocorrendo na Bahia, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal; M. friburgensis é exclusiva da Serra do Mar, no Rio de Janeiro, ocorrendo nos municípios de Nova Friburgo e Teresópolis; M. schwackeanus é endêmica de Minas Gerais, ocorrendo na Serra de Ouro Preto e Serra do Caparaó; M. dentatus ocorre na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no Rio Janeiro e São Paulo. Durante o presente estudo foram localizadas nove populações no campo: cinco de M. ligustrinus, uma de M. friburgensis e três de M. dentatus. Não se pode localizar ainda nenhuma população de M. scwackeanus no campo.


Revista Labor ◽  
2020 ◽  
Vol 2 (24) ◽  
pp. 526-551
Author(s):  
Leonora de Jesus Mendes Tavares ◽  
Álvaro Itaúna Schalcher Pereira ◽  
Francisco Adelton Alves Ribeiro

A violência autoinflingida constitui evento de notificação compulsória que abrange comportamentos suicidas (tentativas de suicídio e suicídio) e autoabusos (agressões a si próprio e automutilações). Propõe-se a analisar utilizando técnicas prospectivas - artigos, dissertações e teses, no idioma português, de programas de pós-graduações brasileiros stricto sensu, pertencentes ao eixo Psicologia, Educação e Ciências Sociais, de 2009 a 2019, presentes nos bancos de dados nacionais identificando-se a evolução anual, o número de publicações por instituição e a área de conhecimento. Realizaram-se buscas e cruzamentos de dados disponibilizados pelo Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CTD/CAPES), pela Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e pela plataforma SciELO (Coleção SciELO Brasil). Das bases consultadas, o CTD/CAPES e a BDTD foram as que mais retornaram resultados abrangendo 84,38% dos trabalhos. Verificou-se que as áreas de conhecimento que mais desenvolveram trabalhos foram Psicologia (62,5%), Tratamento e Prevenção Psicológica (15,63%) e Educação (9,38%). Constatou-se que a Região Sudeste (44%) foi a que mais publicou seguida da Região Nordeste (31%) e da Região Centro-Oeste (16%). Os Estados com maior número de publicações foi Pernambuco (28,13%) seguido por São Paulo (18,75%) e Distrito Federal (9,38%). As Instituições com mais publicações depositadas foram a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, totalizando 31,25% do corpus analisado.


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